RUA
ALDEMAR DE SÁ LEITÃO
A Rua Aldemar de Sá Leitão está localizada no
Bairro São João, última rua da divisa com o Bairro Vertentes na cidade do Assu.
A Rua tem posição Norte / Sul. Ao Norte se limita com a Rua Luiz Correia de Sá
Leitão, ao Sul com a Rua Tavares Júnior (em frente ao antigo Projeto
Sertanejo). As artérias paralelas são: a Oeste Rua Professor Hélio e Leste Rua
João Batista de Oliveira.
Por muitos anos foi conhecida como “Rua de Dasdores
Flor”. No passado era uma via muito problemática, de muitos buracos e lamaçais.
Este problema foi abolido com a pavimentada a paralelepípedo da Rua.
No dia 21 de outubro de 2007 - no centenário de
nascimento do Patrono, as 9:00 horas da manhã, ocorreu missa em ação de graças
na Matriz de São João Batista celebrada pelo Monsenhor Américo Vespúcio
Simonetti. Após a celebração Eucarística foi inaugurado pelo prefeito Ronaldo
da Fonseca Soares a pavimentação da Rua Aldemar de Sá Leitão bem como num de
seus canteiros centrais um obelisco em homenagem ao centenário do aludido
patrono.
Na oportunidade falou pela
família a filha do homenageado e patrono Aldenita de Sá Leitão – Membro da
Academia Feminina de Letras do Brasil, Academia Feminina de Letras do Rio
Grande do Norte, escritora e poetisa.
Encerrando as manifestações deste
dia o prefeito Ronaldo Soares fez uso da palavra, inaugurando as obras e
homenageando o patrono e familiares.
No dia 21 de outubro, nascia em Assu, ALDEMAR DE SÁ
LEITÃO, filho de Joaquim de Sá Leitão e Maria Caldas de Sã Leitão.
Viveu seus primeiros anos no aconchego de um
modesto lar, agraciado pela natureza com o sopro da brisa das manhãs de
inverno, quando o verde das carnaubeiras se confundia com o verde da esperança
de um menino. Não lhe faltavam sorrisos nos lábios, carinho da família e brilho
em seus olhos. Corria despreocupadamente, atrás da bola de meia, apanhava do
chão carnaubinhas maduras para saborear, após o banho gostoso, na lagoinha,
onde banhava seus sonhos: outras vezes, no córrego que passava pelo carnaubal,
formando a paisagem de sua infância.
Logo cedo, tornou-se estudioso do Esperanto
passando a manifestar suas tendências para a comunicação.
A profissão de Telegrafista que abraçara,
sinalizava um luminoso caminho de Comunicador. Trabalhou como Telegrafista dos
Correios e Telégrafos em várias cidades: Recife, Natal, Mossoró, Macau,
Ceará-Mirim, Santana do Matos e Assu.
Vislumbrando o progresso de sua cidade,
corajosamente desenvolveu o mais arrojado empreendimento da época – a criação
do serviço de alto-falante Divulgadora Assuense, fruto de sua ousadia e
persistência, que contou com a colaboração de vários filhos da terra. Sua visão
aberta para o mundo lhe dirigia os sentidos: promovia programas infantis, Hora da
Saudade, Mensagens musicais, Leitura de Crônicas, “sketches”, teatro, página
social, além de um renovado repertório musical que agradava a todos. Havia o
momento informativo do que se passava na cidade, no país, no exterior.
Na data de 26 de setembro de 1945, o jornal “A Voz
de Londres”, nº 390, Boletim para o Brasil que fazia retransmissões diárias
para o Brasil, através da estação Nacional, faz referência à Voz da Divulgadora
Assuense, Estado do Rio grande do Norte, entrando então esse documento para a
história de um comunicador assuense.
Junto com outros assuenses, criou o Grêmio
Literário Coronel Sã Leitão, cujo nome foi reconhecida homenagem à memória de
seu pai, também amante do teatro. Participou Aldemar de Sá Leitão de várias
pelas teatrais.
O radialista, jornalista, foi presidente da
Associação Recreativa e Cultural de Assu – ARCA, promovendo encontros
sócio-culturais à família assuense.
Isis, Sônia, Aldemar, Ninita, Janete, Aldenita e Marcos Antônio |
Como autodidata, aprofundou-se no estudo dos
fenômenos da parapsicologia, notadamente a hipnose, ampliando tais
conhecimentos através da leitura, da experiência e também do apoio de seu
estimado sobrinho Padre Alfredo Simonetti. Costumou, ainda, aplicar o fruto de
seus estudos, em favor da comunidade, levando a quem o procurava a ajuda, o
apoio, à luz de seus conhecimentos. Isto o fazia feliz e vitorioso, poder
sempre ajudar alguém.
Casado com Ninita de Sã Leitão. São seus filhos:
Aldenita, Janet, Isis, Sônia e Marcus Antônio. Ainda em Natal, onde morava como
jornalista, trabalhou no Jornal do Comércio. Era membro da Associação
Norte-rio-grandense de Imprensa – ANI.
Em Recife, a 02 de março de 1968, faleceu Aldemar,
na Rádio Jornal do Comércio, espaço de comunicação.
Ecoa, em meio ao farfalhar das carnaubeiras, em
Assu, a voz vibrante de um homem simples que amou sua terra, sua gente – um
comunicador a serviço do bem.
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