segunda-feira, 18 de março de 2013

RUAS DO ASSU



RUA ALDEMAR DE SÁ LEITÃO
    
A Rua Aldemar de Sá Leitão está localizada no Bairro São João, última rua da divisa com o Bairro Vertentes na cidade do Assu. A Rua tem posição Norte / Sul. Ao Norte se limita com a Rua Luiz Correia de Sá Leitão, ao Sul com a Rua Tavares Júnior (em frente ao antigo Projeto Sertanejo). As artérias paralelas são: a Oeste Rua Professor Hélio e Leste Rua João Batista de Oliveira.

Por muitos anos foi conhecida como “Rua de Dasdores Flor”. No passado era uma via muito problemática, de muitos buracos e lamaçais. Este problema foi abolido com a pavimentada a paralelepípedo da Rua. 

No dia 21 de outubro de 2007 - no centenário de nascimento do Patrono, as 9:00 horas da manhã, ocorreu missa em ação de graças na Matriz de São João Batista celebrada pelo Monsenhor Américo Vespúcio Simonetti. Após a celebração Eucarística foi inaugurado pelo prefeito Ronaldo da Fonseca Soares a pavimentação da Rua Aldemar de Sá Leitão bem como num de seus canteiros centrais um obelisco em homenagem ao centenário do aludido patrono.
Na oportunidade falou pela família a filha do homenageado e patrono Aldenita de Sá Leitão – Membro da Academia Feminina de Letras do Brasil, Academia Feminina de Letras do Rio Grande do Norte, escritora e poetisa.  
Encerrando as manifestações deste dia o prefeito Ronaldo Soares fez uso da palavra, inaugurando as obras e homenageando o patrono e familiares.  

Quem foi o patrono ALDEMAR DE SÁ LEITÃO

No dia 21 de outubro, nascia em Assu, ALDEMAR DE SÁ LEITÃO, filho de Joaquim de Sá Leitão e Maria Caldas de Sã Leitão.

Viveu seus primeiros anos no aconchego de um modesto lar, agraciado pela natureza com o sopro da brisa das manhãs de inverno, quando o verde das carnaubeiras se confundia com o verde da esperança de um menino. Não lhe faltavam sorrisos nos lábios, carinho da família e brilho em seus olhos. Corria despreocupadamente, atrás da bola de meia, apanhava do chão carnaubinhas maduras para saborear, após o banho gostoso, na lagoinha, onde banhava seus sonhos: outras vezes, no córrego que passava pelo carnaubal, formando a paisagem de sua infância. 

Logo cedo, tornou-se estudioso do Esperanto passando a manifestar suas tendências para a comunicação. 

A profissão de Telegrafista que abraçara, sinalizava um luminoso caminho de Comunicador. Trabalhou como Telegrafista dos Correios e Telégrafos em várias cidades: Recife, Natal, Mossoró, Macau, Ceará-Mirim, Santana do Matos e Assu. 

Vislumbrando o progresso de sua cidade, corajosamente desenvolveu o mais arrojado empreendimento da época – a criação do serviço de alto-falante Divulgadora Assuense, fruto de sua ousadia e persistência, que contou com a colaboração de vários filhos da terra. Sua visão aberta para o mundo lhe dirigia os sentidos: promovia programas infantis, Hora da Saudade, Mensagens musicais, Leitura de Crônicas, “sketches”, teatro, página social, além de um renovado repertório musical que agradava a todos. Havia o momento informativo do que se passava na cidade, no país, no exterior. 

Na data de 26 de setembro de 1945, o jornal “A Voz de Londres”, nº 390, Boletim para o Brasil que fazia retransmissões diárias para o Brasil, através da estação Nacional, faz referência à Voz da Divulgadora Assuense, Estado do Rio grande do Norte, entrando então esse documento para a história de um comunicador assuense. 

Junto com outros assuenses, criou o Grêmio Literário Coronel Sã Leitão, cujo nome foi reconhecida homenagem à memória de seu pai, também amante do teatro. Participou Aldemar de Sá Leitão de várias pelas teatrais. 

O radialista, jornalista, foi presidente da Associação Recreativa e Cultural de Assu – ARCA, promovendo encontros sócio-culturais à família assuense. 

Isis, Sônia, Aldemar, Ninita, Janete, Aldenita e Marcos Antônio
Como autodidata, aprofundou-se no estudo dos fenômenos da parapsicologia, notadamente a hipnose, ampliando tais conhecimentos através da leitura, da experiência e também do apoio de seu estimado sobrinho Padre Alfredo Simonetti. Costumou, ainda, aplicar o fruto de seus estudos, em favor da comunidade, levando a quem o procurava a ajuda, o apoio, à luz de seus conhecimentos. Isto o fazia feliz e vitorioso, poder sempre ajudar alguém. 
                                      
Casado com Ninita de Sã Leitão. São seus filhos: Aldenita, Janet, Isis, Sônia e Marcus Antônio. Ainda em Natal, onde morava como jornalista, trabalhou no Jornal do Comércio. Era membro da Associação Norte-rio-grandense de Imprensa – ANI. 

Em Recife, a 02 de março de 1968, faleceu Aldemar, na Rádio Jornal do Comércio, espaço de comunicação. 

Ecoa, em meio ao farfalhar das carnaubeiras, em Assu, a voz vibrante de um homem simples que amou sua terra, sua gente – um comunicador a serviço do bem. 
 
Fonte; Parte deste texto foi extraído uma crônica de sua filha Aldenita de Sá Leitão em 21 de outubro de 2007- centenário do nascimento de Aldemar de Sá Leitão)

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