terça-feira, 19 de março de 2013

ASSU ONTEM



FONTES DE ÁGUA

Apresentamos relatos do saudoso Boanerges Wanderley no jornal Tribuna do Vale do Assu, no ano de 1995 – quando foram comemorados os 150 anos de emancipação política do Assu.

Fonte Pública (direita) - Rua Aureliano Lôpo - Retiradas da cheia de 1967.

Boanerges disse que: Existia em Assu uma fonte pública que ainda dá para se ver os chafarizes que ficam na Rua Aureliano Lôpo, vizinho a I.G. Produtos Agrícolas. Era um moinho a vento, uma caixa elevada os dois chafarizes que serviam a água do assuense até os anos 40.

Cacimbão de Torquato - Oiticicas da Rua do Córrego - Anos 70

Tínhamos também as cacimbas de água doce de Capitu e era localizada na margem esquerda do córrego, zona norte da cidade, na propriedade de Mariano Soares.

Na zona sul, havia mais duas cacimbas, uma de Torquato e a outra de Chico Belé. Estas cacimbas eram cavadas com uma área cúbica de 16 metros, ou seja 4 metros de largura, 4 de cumprimento e 4 de fundura. Nesta profundidade aparecia água abundante e bem no centro do quadrado era colocado um caixão que servia de reservatório, sendo esgotado diariamente às 5 horas da manhã, quando começavam a chegar os botadores d’água com galões e latas de querosene limpas e sem mau cheiro.

Os botadores d’água eram: Manoel Beltrão, Inacinho, Zé Doutor, João Beltrão, Capitu e muitos outros. Anos depois apareceram as carroças puxadas a mulos. Então, mestre Eduardo Corsino e Manuel Leocádio fizeram cacimbões e começaram a comercializar a água.

O carroceiro pagava uma pequena quantia. As pipas das carroças levavam 32 latas. Depois veio a CAEN que fez o Assu ter água encanada nas principais ruas e por fim a CAEN se transformou em CAERN, esta eterna problemática que é mais falada que prestadora de serviços.

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