quarta-feira, 31 de agosto de 2016

HISTÓRIA:

O Ajudante Bernardo Alves 
Conceição Rabello, Angicos
 
Por João Felipe da Trindade
jfhipotenusa@gmail.com
Um dos genros do Tenente Antonio Lopes Viegas, lá de Angicos, era Bernardo Alves da Conceição Rabello, casado com Maria Francisca. Em 1827, Antonio Bernardo Alves, filho de Bernardo Alves e de Maria Francisca, casou com a prima legítima, Joaquina Maria da Conceição, filha do alferes Antonio Lopes Viegas e Francisca Pereira. Nessa data, Bernardo era falecido, e sua esposa Maria Francisca só veio a falecer em 1877, com a idade de 96 anos. Através do Projeto Resgate, foi possível encontrar uma carta patente de Ajudante, lá em Assú.

José Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, Cavaleiro Professor na Ordem de Christo, Sargento-mor de Infantaria, Capitão-mor, Governador da Capitania do Rio Grande do Norte, por sua Majestade Real, que Deus Guarde, o Príncipe Regente Nosso Senhor &. Faço saber em quem esta carta patente virem, que havendo respeito a Bernardo Alves da Conceição Rabello ser proposto pelo capitão-mor das Ordenanças da Vila da Princesa, para exercer o posto de Ajudante das mesmas Ordenanças, e por esperar dele, que nas obrigações do Real Serviço se haverá muito com deve a boa confiança que faço de sua pessoa e conformando-me com a proposta do dito capitão-mor, hei por bem na conformidade da Ordem Régia de 22 de dezembro de mil setecentos e quinze, nomear, como por esta nomeio, ao dito Bernardo Alves da Conceição Rabello, no posto de Ajudante das Ordenanças da Vila da Princesa de que é capitão-mor Antonio Correa de Araújo Furtado, que se acha vago desde a criação deste corpo, e com o qual posto não haverá soldo algum, mas, servindo como deve, gozará de todas as graças, liberdades, privilégios e isenções de que gozam os Ajudantes de Tropas Pagas, na forma que determina a Carta Régia de 22 de março de 1766 /não obstante o Decreto de 1706/ que o contrário dispõe, e será obrigado a requerer a Sua Alteza Real, pelo seu Tribunal do Conselho Ultramarino a confirmação desta patente dentro de um ano, contado da data deste e não apresentando dentro do referido Termo ou Certidão de a haver entregue na Secretaria do dito Conselho, se lhe dará baixa do posto, na forma que determina a Ordem Régia de 28 de maio de 1795, pelo que ordeno ao dito Capitão-mor por tal o reconheça, honre, e estime, conferindo-lhe a posse e juramento de estilo, do que fará assento nas costa deste, e aos oficiais, e soldados e os subordinados lhe obedeçam e cumpram as suas ordens, relativas ao Real Serviço, como deve e são obrigados. Em firmeza do que lhe mandei passar a presente por mim assinada e selada com o sinete de minhas armas, que se registrará na Secretaria deste Governo, Vedoria desta Capitania, e Câmara ativa, donde se lhe assentará praça na forma de estilo. Dada na Vila da Princesa e Capitania do Rio Grande do Norte aos três de julho do ano de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e seis. Joze Rebello de Souza que serve de Secretário de Governo a fez. Joze Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque.

Postado por Hipotenusa

CULTURA:

Fundação de Cultura lançará livro 
A Pedra da Cruz
 
A Fundação Parnamirim de Cultura promoverá na próxima terça (6), às 18h, no Cine Teatro Municipal, o lançamento do livro A Pedra da Cruz, do advogado, historiador e escritor, Janduhí Medeiros.

O livro trata de um romance, uma prosa poética, onde os personagens Mestre Cirilo, Samir e Daniel vão desvendando informações que se encontravam escondidas na História seridoense e a influência judaica na vida e nos costumes do povo do Seridó.

Janduhi Medeiros também é crítico literário, presidente da Academia de Letras de Parnamirim e além da obra Pedra da Cruz, já possui três livros publicados: Carnavais e Outros Poemas (2003), Mensageiros das Oiticicas (2007) e Calçada da Bodega (2013).
Transcrito do Blog de Ana Valquíria. 

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

LAGOA DO PIATÓ:

Considerando que as escavações que moradores ao redor da Lagoa do Piató estão fazendo no leito ora seco do reservatório se constituem em um ato completamente ilícito além de agressivo ao ecossistema da reserva hídrica, o biólogo Mauro Guimarães, gestor da Floresta Nacional (Flona), administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Assú, pretende denunciar o caso de maneira oficial.

Em entrevista ao programa Panorama do Vale, na Rádio Princesa do Vale, o servidor público federal condenou de forma veemente os responsáveis por tal prática, e revelou de público que levará o caso ao conhecimento da representação estadual do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e ao Instituto de Gestão das Águas do RN (IGARN), na capital potiguar.

Mauro Guimarães declarou que, diferentemente do que se possa imaginar, as cacimbas que algumas pessoas estão fazendo dentro da Lagoa do Piató não têm por fim o acesso à água para dessedentação animal ou humana, e sim, para utilizar o “precioso líquido” unicamente em plantações, algo que ele vê como um absurdo.