quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

AÇÃO PARLAMENTAR:

LEI QUE TORNA UTILIDADE PÚBLICA A ASSOCIAÇÃO DOS MOTOTAXISTAS DE ASSÚ É APROVADA NA AL-RN
Durante a sessão ordinária desta quarta-feira (09), na Assembleia Legislativa do RN, foi votado e aprovado o projeto de Lei nº 199/2015, de autoria do deputado estadual George Soares (PR).
Na referida proposição o parlamentar republicano pleiteia a concessão do reconhecimento como ferramenta de utilidade pública a uma entidade com sede e foro jurídico na cidade do Assú: a Associação dos Mototaxistas do Assú (AMA).
O Projeto agora será levado à sanção final do governador Robinson Faria (PSD) para que possa conquistar a condição de lei com vigência em todo o território do RN e, assim, beneficiar a classe trabalhadora.
Assessoria de Imprensa do Deputado Estadual George Soares

CRÔNICA:

PADRE CANINDÉ:
UM APAIXONADO PELO SACERDÓCIO
Por Ivan Pinheiro
(Historiador, escritor e presidente da
Academia Assuense de Letras)
Francisco Canindé dos Santos nasceu, lá no “pé” da Serra do Cabugi (município de Angicos) na comunidade denominada Pelo Sinal. Quem um dia teve a feliz ideia de colocar o nome daquele pequeno povoado de “Pelo Sinal”, não imaginava que naquele sertão, castigado pela seca, no dia 05 de julho de 1937, nasceria uma figura humana que seria, durante toda a vida, o expositor andarilho da Santa Cruz.
O vocacionado Canindé estudou o primário ainda em Pelo Sinal. Sua primeira professora foi Isabel Neco de Oliveira que também foi sua madrinha de batismo.
O menino Canindé, alentado pela fé, teve a coragem de sair do seio de sua família para adquirir conhecimentos, levando consigo, à vontade de servir a Deus. Foi para Mossoró onde estudou de 1951 a 1957. Em 1958 estudou em João Pessoa (PB) onde concluiu o segundo grau. De 1959 a 1960 estudou em Fortaleza (CE) e de 1961 a 1965 estudou Filosofia e Teologia, no Seminário Regional do Nordeste em Olinda (PE).
Padre Canindé como é conhecido por toda a população do Assú e do Vale foi ordenado padre no dia 29 de junho de 1965 e teve como missão abraçar a partir de 03 de janeiro de 1966 a Paróquia do Assú. Nesta cidade, durante estes cinquenta anos, atuou como um verdadeiro pastor, um semeador da palavra de Deus.
       Foi também: professor, diretor dos estabelecimentos educacionais Instituto Padre Ibiapina e Ginásio Pedro Amorim; maestro de bandas marciais; diretor e radialista da Rádio Princesa, entre outras atividades pertinentes a sua missão apostólica.
Na sua labuta diária Padre Canindé recebeu amor, carinho e afeto da população assuense e também, em alguns momentos, contrariou interesses e foi incompreendido por uma infinidade de paroquianos.
Com uma paróquia de dimensões diocesana para administrar, já que durante muitos anos absorveu os municípios de Carnaubais e Porto do mangue, Padre Canindé sempre encontrou tempo para se dedicar as causas sociais. Nesta área abraçou lutas históricas, entre estas:
- Combateu ao lado do povo a forma desrespeitosa com que o Governo Federal tratou os proprietários de imóveis urbanos e rurais localizados nas áreas atingidas pela Barragem Armando Ribeiro Gonçalves;
- Lutou com “unhas e dentes”, para não vê fechado, no início da década de oitenta, um dos mais importantes estabelecimentos de ensino da região, o Instituto Padre Ibiapina (IPI);
- Articulou de maneira inigualável para a criação do Campus Avançado da Universidade Regional do RN, hoje UERN, e do consórcio à implantação da emissora de rádio ‘Princesa do Vale’;
- Trabalhou com fervor para que os festejos de São João Batista tivessem dimensões além-fronteiras norte-rio-grandenses;
- Lutou incansavelmente na defesa e justificativa para a implantação da Paróquia de São Cristóvão / Irmã Lindalva...
Enfim, nestes 50 anos de Assú, Padre Canindé sempre buscou estar presente nas ações de viabilidade econômica e social da região. A pontualidade, responsabilidade e honestidade são, entre outras virtudes, parâmetros inseparáveis deste religioso.
Agora, ao completar 50 anos de ordenação sacerdotal e 78 anos de idade, com sua missão cumprida, atuando como padre emérito, rogamos que o Padre Canindé descanse a mente, relaxe o corpo, cuide da sua saúde e, inclusive, escreva suas memórias... A população assuense, independente da religião de cada um, certamente reconhece os seus relevantes serviços prestados a este torrão bendito de São João Batista e de Irmã Lindalva. 
Publicado no Princesa em Revista nº 04 - dezembro/2015.
Foto: Jean Lopes - Assú.

ASSU ANTIGO:

  
Foto colhida no blog de Fernando Caldas.

RECURSOS HÍDRICOS:

Deputado George Soares solicita medidas urgentes para combater seca

Foto: João Gilberto/Assecom ALRN
O deputado estadual George Soares (PR) solicitou, através de pronunciamento feito na manhã desta terça-feira (08), que o Governo do Estado intensifique o trabalho de perfuração de poços nas regiões Central, Oeste e Vale do Açu e adote medidas emergenciais com relação ao abastecimento através de carros-pipa.
O pedido é justificado através do baixo nível de água registrado na Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves e o alerta de seca total para o canal que deixa o Rio Pataxó perene.
“O Canal do Pataxó faz a transposição das águas da Barragem Armando Ribeiro levando água para a região Central, Cabugi e Oeste, além de projetos de irrigação e a retomada da água da Lagoa da Ponta Grande, sem esquecer que abastece várias famílias”, disse, segundo informação elaborada pela assessoria de imprensa da Assembleia Legislativa do RN.
O deputado destacou emenda apresentada pelo seu mandato, no valor de R$ 400 mil, para recuperação do canal.
“Os recursos servirão para melhoria da estrutura que há anos não passa por recuperação e sua situação precisa ser discutida”, justificou.
George Soares citou informações da Agência Nacional das Águas (ANA) sobre uma reserva de água conhecida como Arenito Açu, que possui água de boa qualidade para consumo.
“É preciso que haja mais intensidade na perfuração de poços. Não só na região do Vale do Açu, mas em outras regiões. A perfuração de poços de 300 a 500 metros de profundidade já encontra água de excelente qualidade. O Governo do Estado precisa encontrar soluções para a convivência com a seca”, ressaltou.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

CRÔNICA:

A CASA DE PEDRO AMORIM
Por: Maria do Perpétuo Socorro 
Wanderley de Castro.
Na antiga rua das Flores, o vazio. Pra mim, como em velho álbum de retratos, está uma página sem imagens, apenas cantoneiras vazias. Na rua quieta, mais quieta ainda, o silêncio e espaço vazio se escancara, fauces tenebrosas a engolir a história. No lugar do nada de hoje, antigamente, dirão pouco a pouco os passantes, se erguia a casa de dr. Pedro Amorim. Nela vi a desfiguração de muitos anos, quando entrei em suas salas, pela última vez, em julho de 2003. O piso de mosaicos em composição geométrica de vermelho e amarelo estava encardido e coberto de poeira. Dia após dia, no abandono e na solidão, o pó foi se depositando sobre cada pedra, sobre as fechaduras, sobre as portas, sobre os degraus da escada, impedindo o acesso ao pavimento superior.

De costas para a casa, um grupo tirou um retrato. Para lembrar daquele dia, ou para lembrar daquela casa? Casa que brilhou em lustres derramados de pingentes, no piso encerado com cera de carnaúba, os largos móveis, os marquesões na espaçosa sala de estar. Casa onde se hospedaram, onde se banquetearam e brindaram por muitos e sucessivos anos, numerosos políticos ligados à linha do chefe político do Vale do Assu, dr. Pedro Amorim. Era uma casa nobre, um palacete, com primeiro andar e belas varandas.

Ouvi histórias que se passaram ali: dr. Hélio Santiago me contou quando ali esteve durante a campanha de Dix-sept Rosado, o governador efêmero que deixou uma saudade no Estado e fez do desastre do rio um momento de sebastianismo.

Fui revendo a casa, branca, elevando-se, altaneira, sobre o nível da rua. De um lado, o largo oitão, onde vicejavam flores. O grande portão se abria sobre a rua, sobre a qual também se debruçavam as duas amplas janelas, uma correspondendo à sala de estar, a outra à sala de jantar. E, nesta visão da frente da casa, uma varanda circundada pelos combongós, a meio caminho do espaço aberto que dirigia o olhar até mais longe, até encontrar a rua São João e mais longe ainda até o verde carnaubal. Nos velhos tempos, a casa era festiva e alegre. Ora, ajuntavam-se políticos confabulando. Ora, na palestra da calçada, reuniam-se amigos e correligionários, sorvendo café e sucos. Ora, se comemoravam vitórias e aniversários. Ora, ainda, as portas se abriam para que jovens ali se reunissem para conversar, dançar e namorar.

A casa teve muitas vidas. Viveu sob as mais diferentes circunstâncias, com seus moradores e costumes. Já nos últimos tempos, quando a procissão de São João descia a rua no caminho do Macapá, ela era a testemunha de pedra e cal de tantos anos que se passaram. Como assistira às querelas políticas, também assistia à contrição e fervor religioso do assuense ao seu padroeiro.

Quis descrever a casa, mas meus olhos se detiveram nas pessoas, nos significativos momentos que, para os cidadãos assuenses, ali se passaram. Quando procurei fixar meu olhar buscando a exatidão das paredes em sua espessura, dos lustres com seus pingentes, do teto com seus caprichosos desenhos, quando ia descerrar a suntuosa cortina bordô, encontrei o obscurecimento. Como em velhos contos, ou antigas lendas, só restava o pó sobre todas aquelas coisas, sobre todos aqueles dias. Vagando em derredor, constatei que todos estavam dormindo profundamente, dentro da noite de São João.

Nessa desolação, me veio à lembrança o romance de Steinbeck, As Vinhas da Ira, em que ele apresenta o confronto do indivíduo com a sociedade, ora opressora, ora indiferente; e me ecoou soturno o diálogo “Quem é a Companhia Shawnee de Terra e Gado? ” – “Não é ninguém. É uma companhia. ”

E a Samaritana que povoara o jardim, tomou seu cântaro ao ombro e se perdeu na fímbria do horizonte.

Do livro: Daqui eu vejo o Cata-vento. Maria do Perpétuo Socorro Wanderley de Castro.

CULTURA:

Espetáculo: EEJK realiza nesta terça-feira o musical 'O JK Canta o Romantismo em Verso e Prosa'

Foto: Reprodução
A Escola Estadual Juscelino Kubitschek (EEJK), maior estrutura educacional da rede pública na cidade do Assú, completou 64 anos de fundação neste domingo (06).
Para marcar a data e o encerramento das atividades letivas na alçada da referida unidade pública de ensino, estudantes do ensino médio estão agendando para esta terça-feira (08) a partir das 19h30 um evento musical intitulado O JK Canta o Romantismo em Verso e Prosa.
De acordo com informação do portal Assurn, editado pelo comunicador Gustavo Varela, a programação se será realizada nas dependências da própria EEJK, localizada no bairro Dom Elizeu, segundo notícia contida no convite oficial.
Postado por Pauta Aberta.