quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

ASSÚ DE LUTO:

EDMILSON DA SILVA
A VOZ DO ‘MOMENTO’ CALOU 
 
Ivan Pinheiro
Falar sobre Edmilson é falar de Assú. Ele foi a voz do ‘Momento’ - programa de rádio de maior diversidade de informação, de credibilidade e de audiência da Rádio Princesa do Vale por mais de 30 anos.

Edmilson da Silva se constituiu numa figura ímpar na comunidade. Conhecido e aplaudido nos mais distantes rincões do Assu e região.

Foi, literalmente, o cara de todos os momentos: Esteve sempre presente nas páginas dos jornais escrevendo artigos, crônicas, relatos históricos; nas celebrações religiosas, cantando, rezando, e em determinados momentos até celebrando; nos eventos sociais, articulando, organizando, sendo cerimonialista; sempre alerta no movimento escoteiro convocando para missões sociais, unindo grupos e até participando dos acampamentos; Nas horas tristes de despedidas de pessoas amigas, confortando, rezando, cantando, chorando; em momentos críticos de emergências, calamidades, buscando amenizar o sofrimento dos desprovidos, doando, pedindo, fosse através do Lions Club do Assú ou outra instituição de caráter filantrópico; nas lutas por uma melhor qualidade de vida, defendendo com unhas e dentes os interesses do Assú e do Vale; nos grandes embates políticos, apoiando amigos e correligionários...

Todos sabem, sobretudo nós assuenses, que é impossível definir Edmilson num só vocábulo. Certamente surgirão centenas de palavras. Entre outras encontraremos: família, assuense, religioso, cristão, devoto, escotista, radialista, cronista, jornalista, cerimonialista, escritor, apresentador, articulista, pacato, economista... De todas que o identificavam talvez passasse despercebida ‘economista’, que era a sua formação acadêmica (FURRN – atual UERN). Também pudera, quem algum dia viu Edmilson da Silva economizar esforços para abraçar uma causa?

Edmilson nasceu em Assu no dia 16 de julho de 1944. Filho de Manoel Pedro da Silva e dona Maria Áurea da Silva. Faleceu na tarde de 12 de dezembro de 2017.

A ausência física ficará... ficará na falta da voz nas solenidades e pelos microfones da Princesa do Vale; das risadas; dos abraços... permanecerá também a saudade da amizade, eternizada nas lembranças de cada familiar e amigo e em muitos registros fotográficos.

A sua missão foi cumprida, amigo! Sede feliz ao lado d’Ele.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

HISTÓRIA:

ASSÚ - RESUMO HISTÓRICO DE 1913
O Jornal Almanak Laemmert; Administrativo, Mercantil e Industrial (RJ), no ano de 1913, trouxe as seguintes informações sobre o município do Assú:

Passou de Julgado a Villa, com a denominação de Villa Nova da Princesa, em 11 de agosto de 1788 e depois a cidade, com a atual denominação, em virtude da lei provincial nº 124, de 16 de outubro de 1845. Compreende os distritos judiciários de Assú, Sant’Anna de Mattos e Augusto Severo, paroquia de S. João Batista. Foi criada a comarca em 1835, sendo o seu primeiro juiz de direito o Dr. Basílio Quaresma Torreão. Há minas de carvão, ferro, chumbo e enxofre.

Imprensa – A Cidade, redator e proprietário: Palmério Augusto de Amorim Filho.

Administração Municipal – Intendentes: Luiz José Soares de Macedo; Palmério Augusto Soares de Amorim Filho; Francisco Freire de Carvalho; Manoel Soares Filgueira; José Paulino de Oliveira. Presidente do Conselho: Antonio Saboya de Sá Leitão. Secretário: Américo Soares de Macedo. Procurador: Manoel Pereira de Faria. Fiscais: 1º Pedro Soares de Macedo; 2º José Soares de Macedo Filho. Porteiro: Manoel Lins de Vasconcelos. Guardas: Benevenuto Dionysio da Silva, Felix Sabino do Espírito Santo. Zelador do mercado: Julião Alexandre da Silva. Administrador do Cemitério: Manoel Lins de Vasconcelos. 

Administração Judiciária – Suplentes do Juiz substituto seccional: 1º Luiz Bezerra da Rocha Cabral; 2º Vicente Germano da Costa Ferreira; 3º Luiz Corrêa de Sá Leitão. Ajudante do procurador Seccional: Theogenes Augusto Caldas de Amorim. Promotor: Joaquim Ignácio Filho. Juízes Distritais: Luiz Gomes de Amorim; José Laurentino Martins de Sá; Francisco Justiniano Lins Caldas. Juiz de Direito: José Corrêa de Araújo Furtado. Tabelião e escrivão do júri: João Celso da Silveira Borges. Oficial de Justiça: Manoel Lins de Vasconcelos. 

Administração Policial – Delegado: Luiz Corrêa de Sá Leitão. Subdelegado: João Candido Guabiraba. Suplente: Francisco Soares Filgueira Filho. Escrivão: Olegário Olindino de Oliveira. 

Instrução Pública – Professores municipais: D. Luiza de França das Chagas, D. maria Carolina Wanderley e professor Manoel Assis.

Coletorias – Coletor Estadual: Antonio Freire de Carvalho Sobrinho. Coletor Federal: Pedro José Soares de Macedo. Escrivão: Manoel Batista Ximenes.

Correio – Agente: Pedro José Soares de Macedo. Estafetas: Francisco Umbelino de Sousa, João Carneiro da Silva, João Francisco Salles, Luiz Antonio Xavier e Manoel Ricardo da Silva. 

Telegrafo – Encarregado: Ildefonso Rodrigues Villares. Praticante: Joel Oliveira. Guardas: Francisco Ribeiro Campos, Pedro Ferreira Jacob. Estafeta: Eugenio Caetano da Silva. Editor: Manoel Coelho Ferreira. 

Religião – Paroquia: São João Batista. Padre: José Antonio da Silva Pinto. Sacristão: Olegário Olindino de Oliveira. Irmandades: Coração de Jesus. Sacramento. São João Batista, Rosário, Carmo, Bomfim, Dôres. Confrarias: São Sebastião, Senhor do Bomfim.

Comércio – Exportadores: José Soares Filgueira Sobrinho, Luiz Cabral & Cia, Minervino Wanderley & Cia. Fazendas, armarinho, ferragens, secos, molhados, etc. Berlindo de Medeiros, Clementino Galvão & Cia, Ezequiel Epaminondas da Fonseca, J. Pinheiro, Fonseca & Cia, João Batista & Irmão, José Antonio de Moura, José Neves Filho, Luiz Cabral & Cia, Manoel Januario Cabral, Oswaldo Justino de Oliveira, Sebastião Cabral de Macedo, Vicente Germano de Costa Ferreira, Viúva J. V. Fonseca & Filho. Padarias: Etelvino Caldas, Francisco Bezerra de Araujo. 

Industria – Engenhos: São João, de João Rodrigues Ferreira de Mello; São Luiz, de Luiz de Gomes de Amorim; Lagoa do Mato, de José Laurentino Martins de Sá; Bonito, de Manoel Catunda de Souza.

Profissões – Advogado: Arthur Soares de Macedo. Barbeiro: Alexandre Pio Dantas. Carpinteiros: Joviniano Martins da Costa, Miguel José do Nascimento, Rodolpho Wanderley. Ferreiros: Romão da Silva, Salviano Guida. Funileiro: João Gomes de Amorim. Mecânico: Francisco Justiniano Martins Caldas. Médicos: Dr. Ernesto Emílio da Fonseca, Dr. Pedro Soares de Araújo Amorim. Pedreiros: Agostinho Hermes de Sant’Anna, Basílio Quaresma Torreão, Francisco Velho, João Grande da Silva, José Cabral, Manoel Cyriaco da Silva. Sapateiros: José Felix de Souza, Moysés dos Santos. 

Agricultores e lavradores: Antonio Corrêa de Menezes, Antonio Pedro celestino, João Rodrigues Ferreira de Mello, Luiz José de farias, Justiniano Lins Caldas, Francisco Soares Filgueira, José Amancio da Silva, José Ignacio de Mendonça, José Pedro Marreiro Pessoa, José Soares Figueira Sobrinho, José Soares de Macedo, Misael Cabral de Farias, José Laurentino Martins de Sá, Luiz Gomes de Amorim, Francisco José das Chagas, Francisco Valentim & Oliveira, Francisco Piçarra, João Henrique da Fonseca e Silva, Joaquim Alfredo de Siqueira Cortez, Manoel Amancio de Mello, Manoel do Nascimento e Oliveira Barros, Camilo de Lellis Bezerra, Thomaz Antão de Senna, Joaquim Antão de Senna, Joaquim Thomaz de Senna, João de Macedo. 

Criadores: Alfredo Soares de Macedo, Baronesa de Serra Branca, João Lourenço da Silva Cardoso, João Henrique da Fonseca e Silva, João Rodrigues Ferreira de Mello, José Laurentino Martins de Sá, José Pinheiro, José Soares Filgueiras Sobrinho, Justiniano Lins Caldas, Luiz José de Farias, Misael Cabral & Farias. 

Capitalistas: João Rodrigues Ferreira, José Antonio de Moura, José Soares Filgueiras Sobrinho, Luiz Cabral & Cia, Manoel Januario Cabral e Minervino Wanderley & Cia. 
Nota: Não se recebendo as informações solicitadas ao digníssimo intendente municipal, publicam-se todas as informações anteriores.
(Fonte: ALMANAK LAEMMERT: administrativo, Mercantil e Industrial (RJ) – Ano 1913 / Edição B00069).

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

ELEIÇÃO:

Os jornalistas que atuam nos jornais, rádios, TVs, blogs e sites e que cobrem diariamente as atividades da Assembleia Legislativa elegeram, na manhã desta terça-feira (28), o deputado estadual George Soares (PR) como o Parlamentar do Ano de 2017. Ele foi escolhido com 24 votos dos 32 registrados. 

“Estou muito feliz, muito emocionado também, com essa indicação por parte dos jornalistas que tem essa presença muito forte aqui na atividade dos 24 parlamentares, e agradecer em meu nome, em nome da minha família e a todos que fazem o meu gabinete”, disse George. “Estamos há 7 anos na Casa, mas representando uma história”, afirmou George, referindo-se a familiares que exerceram mandatos na Assembleia Legislativa. 

O Parlamentar do Ano de 2017, que foi cumprimentado pelo presidente da Casa Ezequiel Ferreira, e pelo vice Gustavo Carvalho (PSB), disse que se sente satisfeito em levar, pela primeira vez, o título para a região do Assu, mas ressaltou que divide o prêmio com os outros 23 parlamentares. Ele disse que o título conquistado nesta terça-feira, aumenta a sua responsabilidade como homem público.

Aumenta a responsabilidade de a gente estar mais atento às questões do Estado”, concluiu o deputado. 

A deputada estadual Cristiane Dantas (PCdoB), Parlamentar do Ano de 2016, ficou em segundo lugar com 2 votos. Também foram votados os deputados Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB), Galeno Torquato (PSD), Hermano Morais (PMDB), Fernando Mineiro (PT), José Dias (PSDB), e Nelter Queiroz (PMDB), com um voto cada. 

“Esse ano tivemos uma participação expressiva e mais uma vez os jornalistas escolheram o deputado que teve uma boa performance. Isso não quer dizer que os demais deputados não tiveram uma boa participação, mas só um pode ser eleito, e este termina representando toda a Assembleia”, disse Oliveira Wanderley, presidente do Comitê de Imprensa, responsável pelo processo eleitoral. 

A eleição se realiza desde o ano de 1972, quando o primeiro eleito pelos jornalistas foi o ex-deputado Roberto Furtado. Em 2015, o eleito foi o presidente da Casa, o deputado Ezequiel Ferreira de Souza.

De acordo com as regras do Comitê, todos os jornalistas que realizam a cobertura jornalística das atividades legislativas têm direito ao voto para escolher o parlamentar que mais se destacou durante o ano. No final de quatro anos, é escolhido o deputado que mais se destacou na Legislatura.
ALRN.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

EVENTO:

Confirmada para o próximo sábado (02), com sua estrutura mais uma vez instalada na Praça São João, principal espaço público da cidade, a 3ª edição da Feira da Lua vai ter, novamente, uma programação bastante diversificada. 

É o que antecipa Walisson Farias, da Sala do Empreendedor, fruto da parceria entre a Prefeitura do Assú e o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa do RN (SEBRAE/RN), e que compõe a organização da Feira da Lua ao lado de outras entidades e instituições públicas e particulares. 

O evento será vivenciado, sábado, entre 18h e 23h, destaca informação da Secretaria de Comunicação e Ouvidoria. 

Walisson Farias ressalta que, além da área que se reservará para a exposição e comercialização de produtos e serviços de micro e pequenos empreendedores do município e região, a 3ª Feira da Lua contará com uma vasta agenda cultural. 

No campo musical estão previstas duas atrações: Artoni Gleibson e Nelsinho & Arthur Santos. 

A tradição poética será representada dentro da participação do poeta e trovador Paulo Varela. E, no teatro, haverá a exibição cênica a cargo do grupo de teatro amador Trupiniquim, com a peça “À meia noite, à meia lua”.
Fonte: Pauta Aberta

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

POESIA:


CREIO 
 
Creio na beleza do teu porte,
Na doce floração do teu receio.
Creio, feliz, no teu melhor anseio
E creio-me feliz por ver-te forte.
Creio em teus olhos divisar meu norte
Nos teus olhares julgo ler mais forte.
Creio na fé de ter nos teus afetos
Nos teus sorrisos doces, prediletos,
Na luz que vem seu divisar escolhos...
Na serena visão dos teus castelos...
Na pureza infantil dos teus desvelos
Creio na prece muda dos teus olhos.

Autor: João Lins Caldas
Natal, 1909 

Postado por Fernando Caldas

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

CULTURA:

CINE TEATRO DR. PEDRO AMORIM SEDIARÁ RECITAL COM O COMPOSITOR, VIOLONISTA E ARRANJADOR ALEXANDRE SIQUEIRA

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

AÇÃO PARLAMENTAR:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA HOMENAGEARÁ CASA DO CORDEL POR PROPOSIÇÃO DO DEPUTADO GEORGE SOARES
A Assembleia Legislativa do RN realizará nesta sexta-feira (27) Sessão Solene para homenagear os dez anos de atuação da Casa do Cordel no RN, na capital do estado, administrada pelo poeta Abaeté.
O momento promete reunir os maiores poetas do estado, como o poeta Antônio Francisco que esteve, recentemente, no programa Encontro com Fátima Bernardes, da TV Globo, recitando seus versos, além de outros poetas consagrados no estado.
A sessão é uma proposição do deputado estadual George Soares (PR) e será realizada a partir das 9h30, no plenário da ALRN.

Lista dos poetas homenageados:

Chico de Aiá, Gelson, Hélio Gomes, Antônio Francisco, Marciano Medeiros, Rosa Regis, Jardia, Francisco Inácio (Boinho-Assú), Geraldo Maia, Paulo Varela e Bob Motta (in memorian).

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

ESPORTE:

CLUBE DE TIRO DE ASSÚ ESTÁ ENTRE OS MELHORES DO PAÍS
A Associação de Tiro Assuense – ATIRA, realizou nos dias 12,13 e 14 de outubro, na cidade de Assú/RN, a Regional Internacional Nordeste do Campeonato de Trap Americano 2017, esta foi a 4ª etapa da competição anual promovida pela Liga Nacional de Tiro ao Prato.

O Presidente do ATIRA Jovane Dantas, destacou que para sediar o campeonato realizado pela primeira vez no Rio Grande do Norte, o clube foi totalmente reformado e ampliado passando de uma para três áreas de tiro, que foram construídas seguindo os padrões internacionais do esporte e equipadas com máquinas italianas, as mesmas usadas nas Olimpíadas Rio 2016, além disso, o clube ganhou um restaurante climatizado com 200 metros quadrados e outras áreas de convivência. De acordo com competidores que participaram da Regional Internacional Nordeste, com sua nova estrutura, a Associação Assuense de Tiro posiciona-se entre os melhores Clubes do Brasil.

O evento realizado em Assú reuniu atletas de todo pais, ao todo foram feitas mais de 200 inscrições nas seguintes modalidades: TRAP 100 Single, TRAP 200 Single, TRAP 100 DOUBLE e Entrevero Noturno. Veja matéria no Globo Esporte:
http://globoesporte.globo.com/rn/videos/t/ultimos/v/eliminatoria-regional-de-tiro-de-prato-movimenta-interior-potiguar/6223672/
Fonte: Blog de Olho no Assú.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

EMANCIPAÇÃO POLÍTICA:

ASSU - 172 ANOS

No ano de 1845 assumiu, interinamente, a Presidência da Câmara Municipal de Villa Nova da Princesa, o Juiz de Direito Dr. Luiz Gonzaga de Brito Guerra até outubro de 1845.
No dia 30 de setembro de 1845 o então Deputado Provincial, João Carlos Wanderley, deu entrada ao Projeto Provincial, para elevar a Villa Nova da Princesa à categoria de cidade, com o nome de Assú, sendo aprovada pelos nobres deputados.
Finalmente, em 16 de outubro de 1845 foi sancionada a lei número 124, aprovada pela Assembleia Legislativa Provincial, elevando a Villa Nova da Princesa, pátria do finado Senador Francisco de Brito Guerra, à categoria de cidade, com o nome de ASSÚ - (com dois esses e acento agudo no “U”). Vejamos de conformidade com a original: 


LEI Nº 124 – Elevando á categoria de Cidade a Villa Nova da Princeza, com a denominação de Cidade do Assú.
O Dr. Casimiro José de Moraes Sarmento, Presidente da Provincia do Rio Grande do Norte. Faço saber a todos os seus habitantes, que a Assembléa Legislativa Provincial decretou, e eu sanccionei a Lei seguinte: 
Artigo Unico. Fica elevada á categoria de Cidade a Villa Nova da Princeza, patria do finado Senador Francisco de Brito Guerra, com a denominação de Cidade do Assú; e revogada qualquer disposição em contrario.
Mando, portanto a todas as Autoridades, a quem o conhecimento e execução da referida Lei pertencer, que a cumprão e fação cumprir tão inteiramente como nella se contém. O Secretario interino desta Provincia a faça imprimir, publicar e correr. Palacio do Governo do Rio Grande do Norte, 16 de Outubro de 1845, vigesimo quarto da Independencia e do Imperio.
(L. S.) Dr. Casimiro José de Moraes Sarmento.
Lei da Assembléa Legislativa Provincial, que V. Exc. Houve por bem sanccionar, elevando á categoria de cidade a Villa Nova da Princeza, com a denominação de Cidade do Assú.
Para V. Exc. Ver.
João Ferreira Nobre a fez.
Publicada e sellada nesta Secretaria do Governo do Rio Grande do Norte aos 16 de Outubro de 1845. O Secretario interino – José Nicacio da Silva.
Registrada á folhas 178 do livro primeiro de semelhantes. Secretaria do Governo do Rio Grande do Norte, em 17 de Outubro de 1845 – O Segundo Escriptura
rio.
José Martiniano da Costa Monteiro.


O Ato Público da Proclamação da Independência do Município e da posse do novo Presidente da Câmara Municipal, Senhor Coronel Manoel Lins Caldas, o qual a partir daquela data, assumiria os destinos do recém criado município do Assú, deu-se no “Alto do Império” – atualmente esse local recebe o nome de Praça São João Batista.

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

REMINISCÊNCIAS:

Fotografia do acervo de Carmem Délia de Sabóia Costa.
Castanha Chocha e Cachorrinha de Borracha (pseudônimos) eram dois débeis mentais que perambulavam juntos, pelas ruas da cidade de Assu de tantas figuras folclóricas, nos idos de sessenta. Castanha tinha uns 30 anos de idade e Cachorrinha era mais velha do que ele, Castanha, uns trinta e poucos anos. Pois bem, naquele tempo, se uniram em matrimônio, ato religioso realizado, salvo engano, por padre Militino na igreja matriz de São João Batista, lotada de curiosos como podemos conferir na fotografia, daquela terra assuense. O poeta Renato Caldas, um vigilante permanente que não perdia as oportunidades para versejar sobre o cotidiano da cidade, as acontecências do Assu, não deixou de registrar em versos, aquele engraçado acontecimento que movimentou, pelo fato inusitado, a cidade inteira escrevendo com irreverência e graça, aquele poeta do povo:

Quem procura sempre acha
É o ditado do povo
Arranjou marido novo
Cachorrinha de Borracha
Mas vai ser preciso graxa
Que a coisa não está tão frouxa
A fuzarca vai ser rouxa
Até o raiar do dia
Arranjou o que queria
Casou com Castanha Chocha.

Postado por Fernando Caldas

quarta-feira, 26 de julho de 2017

AÇÃO PARLAMENTAR:

LEI DE GEORGE SOARES TORNA VAQUEJADAS PATRIMÔNIO NO RN
O deputado estadual George Soares (PR) comemorou a sanção governamental da lei número 10.212, de sua autoria, que torna integrante do patrimônio cultural, imaterial e histórico do Rio Grande do Norte, a VAQUEJADA e suas expressões artístico-culturais.

Essa lei assegura as realizações das vaquejadas no RN, contanto que se sigam as regras discriminadas e os cuidados com os animais envolvidos. No Nordeste, mais de 700 mil pessoas dependem direta ou indiretamente das vaquejadas para sobreviver.

Como parlamentar, George Soares já defendeu diversas vezes as realizações das vaquejadas, mostrando sua importância para a economia do estado. “Empresários de todo o país veem o evento como um próspero negócio. Além disso, as vaquejadas são consideradas Grandes Eventos Populares deixando de ser uma simples manifestação Cultural Nordestina, para ser um fomentador de nossa economia, principalmente, no interior do estado”, justificou o deputado.

sábado, 22 de julho de 2017

CENTENÁRIO DO POETA DO 'PURA POESIA':

100 ANOS DE JOÃO FONSECA
A Prefeitura Municipal do Assu denominou o espaço cultural, localizado na lateral do Cine Teatro Dr. Pedro Amorim,  João de Oliveira Fonseca nasceu na Fazenda Itans, zona rural do Assu/RN, no dia 19 de julho de 1917. Filho de Manoel Henrique da Fonsêca e Silva e Delfina de Oliveira Fonseca. Iniciou os seus estudos no antigo Grupo Escolar Tenente Coronel José Correia, a partir de 1924. Ali teve o seu primeiro contado com o mundo das letras. Foi sua primeira professora D. Sinhazinha Wanderley. 

Foi integrante da primeira turma de Técnicos em Contabilidade, pelo Educandário Nossa Senhora das Vitórias, tendo colado grau em 1956. Ensinou, depois, no mesmo Educandário, Contabilidade Pública e bancária. Ingressou no serviço público em 31 de outubro de 1952.

Foi um cidadão modesto, simples e, sobretudo, sincero. Amava a poesia e a música. Devia sua tendência para a poesia (além de ter nascido na ‘Terra dos Poetas’) a poetisa Sinhazinha Wanderley. No gênero poético, deu preferência a trova e a quadra.

O também poeta Celso da Silveira classificou João Fonseca como “de uma geração de assuenses que mais se destacou na inteligência, entre as décadas de 40 e 50 (...). Nenhum, porém, demonstrou a continuidade, a perenidade obsessiva das vertentes poéticas que nem João Fonseca (...).

João Fonseca conviveu com grandes nomes da poesia assuense, entre estes: Sinhazinha Wanderley, Renato Caldas, Francisco Amorim, João Marcolino de Vasconcelos (Dr. Lou), João Lins Caldas, maria Eugênia Montenegro, Manoel Pitomba de Macedo, João Natanael de Macedo... Todos, poetas de expressão e que se consentiram em sofrer a amarga dor do desconhecimento das futuras gerações de assuenses. 

Conheci João Fonseca no início dos anos 80 quando trabalhei com seu filho Lúcio Flávio no BANORTE. Depois fui seu colega de trabalho na Prefeitura do Assu. Nessa época, já se aposentando, João Fonseca era o secretário responsável pela contabilidade do município (início da primeira gestão de Ronaldo Soares – 1982 / 1988), função que vinha exercendo por mais de 30 anos. 

Viveu como um verdadeiro filósofo. Gostava de repetir uma de suas trovas:

A vida, pra ser vivida,
Mistura alegria e mágua,
Eu, no fim de minha vida
Vivo como bosta n’água.

Fumante inveterado, certa vez pediu a Francisco Bernardo (Tico do Mercado) para comprar um maço de cigarros. Devido à demora ficou a cada instante saindo do seu bureau para a porta central da Prefeitura e, nesse interim, fez dois quadras:

Esperando o Cigarro...:

Na minha banca não esbarro,
Quando em vez olho pra rua,
Parece que o meu cigarro
Tico foi comprar na lua...

Continuo Esperando o Cigarro:

Se o cabra tiver a sorte
Quando estiver pra morrer,
Se Tico for ver a morte
Muitos anos irá viver...

João Batista da Costa Corsino – o popular Bodinho – foi um dos seus barceiros de boemia e de Prefeitura. Grande número de suas poesias foram dedicadas a ele. Devido ao tempo de serviço e a frequência assídua João Fonseca fez sua previsão:

Quando Bodinho morrer
Vão fechar a Prefeitura
Porque pode acontecer 
Que volte da sepultura.

João Fonseca tinha terror a aranha caranguejeira e adora mulheres. Como bom poeta também foi contaminado pelo amor feminino, para expressar esse sentimento fez essa analogia:

O amor é ver mordedura
De aranha caranguejeira,
Se não mata a criatura
Aleija pra vida inteira.

A bebida, especialmente a pernambucana Pitú, proporcionava com frequência o encontro dos servidores municipais da sua época. Para evitar o jargão “bebe hoje?!” perguntava: “Vai pernambucar hoje?”

Pernambucar, quer dizer
Nos botecos de Assu,
Um convite pra beber
A saborosa Pitú.

De outra vez o amigo Bodinho foi visto retornando do mercado com apenas dois ovos num saquinho plástico. João Fonseca não perdeu tempo:

Bodinho comprou dois ovos
No mercado, a um feirante.
Os dele já não são novos,
Irá tentar um transplante. 

Nos 15 anos dos seus filhos, Lúcio Flávio e Edna Lúcia, ele fez essas sextilhas:

Lúcio Flávio:

Lúcio, meu querido filho,
Se na vida tive brilho
Que se transmita a você,
- Ame sempre a caridade,
Adore sempre a verdade
Depois saberá porquê.

Edna Lúcia:

Nos quinze anos de idade,
Desejo-lhe felicidade
Na vida que for viver,
Que não tenha desenganos
E que viva muitos anos
Tendo alegria e prazer...

Enfrentando problemas de saúde o médico aconselhou suspender a bebida. Levando na esportiva fez essa glosa:

Isto sim, é um castigo.

Ver cerveja e não beber
Querer falar e ser mudo
Não ter nada e querer tudo
Ver cerveja e não beber,
Querer ver e não poder
Querer ser novo o antigo
Encontrar um velho amigo
Que há muito tempo não vê
Por isso afirma a você
Isto sim, é um castigo.

De infância muito pobre, cresceu com mágoa do popular velhinho do período natalino.

CARTA PARA PAPAI NOEL 

Papai Noel, vagabundo...
Desde que moro no mundo
Ouço falar em você,
Que é bom, que dá presente,
Porém, comigo, somente,
Nunca deu, não sei por quê...

Como as luzes das suas árvores de natal,
Foram as minhas esperanças:
Acenderam-se... e apagaram-se, em seguida,
Como se acenderam e se apagaram
Os mais lindos sonhos de minha vida...

E tudo que era lindo e que era sonho,
Tudo que era grande e era nobre,
Você escondeu no seu saco grande,
E nunca me deu,
Por eu ser uma criança pobre...

Papai Noel, você é da mentira a pura essência...
Na minha infância iludiu minha inocência...
E, hoje, homem feito, a sua tirania é tal,
Que me proíbe de ter um modesto natal...

Papai Noel, desejaria encontra-lo num deserto,
Meu saco cheio de pão, meu cântaro com água,
E você, com fome e sede, carpindo acerba mágoa,
Só para ter o prazer de matá-lo de fome e sede,
Pois só assim sentiria a alegria da vingança
De tudo que você fez comigo, quando criança...

Papai Noel, vagabundo,
Enganador sem segundo,
Não posso querer-lhe bem,
Você matou o meu sonho,
Fui um menino tristonho,
Sou um homem triste também...

Fonte: Pura Poesia – João de Oliveira Fonseca (Escritos Reunidos).

quarta-feira, 12 de julho de 2017

POETA DE OUTRORA:

TERRA NATAL

Salve, terra natal! Assu, berço de heróis!
Princesa do sertão, terra da liberdade,
Solo fecundo e bom, pátria de tantos sóis,
Sempre farta de luz, cheia de amenidade.

Teus verdes carnaubais trescalam suavidade
A doce orquestração dos ledos rouxinóis,
Sinto o olor da tristeza e amargo da saudade,
Assim longe de ti, gleba dos meus avós.

Tem glórias no passado e luzes no presente
Nas páginas da história, esplendorosamente
Teu nome já fulgura em letra multicor,

Salve glorioso Assu! Majestoso luzeiro
Berço róseo e gentil do meu sonho primeiro,
Terra que viu nascer o meu primeiro amor.

TRAÇOS BIOGRÁFICOS

Nasceu, a 22 de setembro de 1895, na cidade do Assu, OLEGÁRIO DE OLIVEIRA JÚNIOR.

Filho de Olegário Olindo de Oliveira e sua mulher dona Maria Cândida de Oliveira. Foi auxiliar de comércio e do magistério público, colaborando na imprensa, em sua terra, para o infantil (1911).

Em 1955, publicou o livro “Frutos do Meu Pomar”. Foi dos quadros da Academia Potiguar de Letras e da Academia Norte-rio-grandense de Trovas. 

Fez parte do livro ‘Poetas do Rio Grande do Norte’ – de Ezequiel Wanderley – 1ª Edição – 1922. Reeditado em Fac-Similar com atualização e notas de Anchieta Fernandes – Coedição de 1993 pela Sebo Vermelho – Clima e Sebo Cata Livros.

Não conseguimos localizar a data do seu falecimento. 

SANGUE

Sangue! Vitalidade, extraordinária essência,
Que fortalece e anima a flor da juventude...
Fonte de inspiração, suporte da existência,
Excelso precursor do gozo e da saúde...

Seiva de onde promana a suprema virtude de fazer
De fazer progredir a humana descendência...
Sangue! Musicação de violas e alaúde,
Nos contornos de corpo, ao rir adolescência.

Dos assomos da carne o gérmen soberano,
Morno, rubro, caudal, palpitando na artéria...
Sangue! Força vital do sentimento humano.

De capilares mil embrenha-se nas teias
Protoplasma da vida, a vida da matéria,
Cantando, triunfante, em giro, pelas veias!

AÇÃO PARLAMENTAR:

GEORGE SOARES COMEMORA ENTREGA DO PROJETO DA NOVA ESTRUTURA DA FEIRA LIVRE DE ASSU AO GOVERNO DO ESTADO
Nesta terça-feira (11), foi entregue oficialmente o projeto arquitetônico para a nova estrutura da feira-livre do Centro de Assu. A planta elaborada pelo setor de Engenharia da Prefeitura foi registrada na Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Pesca, com a presença do deputado estadual George Soares (PR) e do prefeito de Assu, Gustavo Soares (PR).

O deputado George recebeu esse pedido dos feirantes ainda em seu primeiro mandato e destinou emenda para que a feira fosse recuperada há alguns anos, porém a gestão passada da prefeitura do Assu não mostrou interesse na obra e os recursos foram perdidos. Mas agora, com a nova gestão do prefeito Dr. Gustavo, uma nova emenda no Orçamento do Estado, no valor de 400 mil reais, foi indicada pelo parlamentar e beneficiará a cidade do Assu com a estrutura de feira permanente mais moderna do estado, segundo o projeto apresentado.

"Essa obra é um sonho dos feirantes e da população de Assu, que se Deus quiser vamos realizar," comemorou o deputado George.

terça-feira, 11 de julho de 2017

AÇÃO PARLAMENTAR:

GEORGE SOARES E PREFEITO VALDEREDO SE REÚNEM COM DER/RN SOBRE A RN-118
O deputado estadual George Soares (PR) esteve em reunião no Departamento de Estradas e Rodagens (DER/RN), nesta segunda-feira (10), com o diretor geral do órgão, Gen. Ernesto Fraxe, e o prefeito da cidade de Ipanguaçu, Valderedo Bertoldo.

No momento, o prefeito retratou a situação crítica da rodovia que já vitimou várias pessoas e do trabalho que a prefeitura fez por conta própria para recuperar a parte urbana da estrada.

Para o deputado George, a reunião foi produtiva. "A ação do prefeito Valderedo de fazer esse serviço urbano foi muito importante. O diretor do DER nos garantiu que, essa semana, os recursos sendo desbloqueados já se iniciam as obras nos demais trechos da rodovia, pois a licitação já está realizada," concluiu.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

REMINISCÊNCIAS:

TRAÇOS BIOGRÁFICOS DE 
JOÃO CELSO FILHO
João Celso Filho nasceu no dia 05 de setembro de 1886. Foi um dos assuenses que marcou a história de sua época. Foi professor, literato, teatrólogo, animador cultural, orador, jornalista, advogado, comerciante e político. 

Filho do tabelião público e capitão João Celso da Silveira Borges e de dona Emília Amarantina Chaves da Silveira Borges. João Celso, muito moço ainda, começou a escrever para as gazetas locais ao lado de Palmério Filho desenvolvendo o jornalismo provinciano.

Transpondo-se, um dia, para Belém, do Pará, deu mostra de seu talento nas colunas de A Província e ouros periódicos.

Retornando a sua terra berço, consorciou-se com dona Maria Leocádia de Medeiros Furtado da Silveira, descendente da família Casa Grande, no dia 31 de maio de 1915, cuja união nasceram: Maria Leocádia da Silveira, Expedito Dantas da Silveira, Dolores Dantas da Silveira, Eudoro Dantas da Silveira, Laurita da Silveira e Sá Leitão, Emílio Dantas da Silveira e Celso Dantas da Silveira. 

Foi presidente do Centro Bibliográfico Assuense, diretor e fundador da revista literária Palládio, diretor do Grupo Escolar Tenente Coronel José Correia. Em Assu, também foi fundador do Externato Rui Barbosa que teve vida efêmera.

A sua atuação de comerciante não o impossibilitou de preparar o livro ‘Terra Bendita’, de onde Dom Raphael Gutiere arrancou umas estrofes sertanejas, sob o mesmo título, de que fez versão para o idioma castelhano.

João Celso Filho faleceu, de enfarte, em sua fazenda Camelo – zona rural do município do Assu, a 14 de novembro de 1943. A sociedade assuense, consternada, publicou uma polianteia em sua homenagem. 

Em Natal, no bairro Cidade da Esperança, existe a Rua João Celso Filho. Em Assu ele é patrono da Avenida João Celso Filho - via totalmente duplicada – que, incorporada as ruas João Pessoa e Augusto Severo, dão acesso ao centro da cidade. 

Além da aludida Avenida, existe o Largo João Celso Filho com um obelisco constando a sua imagem em alto relevo, localizado no início da Rua Moisés Soares. 

No centenário do seu nascimento, ou seja, em setembro de 1986, foi lançado o livro Terra Bendita com várias de suas poesias e com pronunciamentos de amigos e intelectuais. 

Segundo Lauro Pinto, João Celso foi: “... um dos homens mais alegres, um otimista e um elegante boêmio. João Celso era como um oásis, muito verde e brilhante a irradiar a alegria de um espírito sempre encantador”.

João Celso Filho fez parte da coletânea POETAS DO RIO GRANDE DO NORTE – Ezequiel Wanderley – 1ª Edição de 1922. Reeditado em edição Fac-Similar com atualização e notas de Anchieta Fernandes, em 1993, através da coedição Sebo Vermelho, Clima e Sebo Cata Livros.

DEUS

Deus, dizem todos, é onipotente
Pode, querendo, o mundo exterminar,
E pode, se quiser, incontinente,
Outra vez, o universo arquitetar!

Eu, sou homem, o ser inteligente
Cá da terra, que pode o braço armar
Para - maior que o tigre e que a serpente,
O homem - seu rival - aniquilar!

Porém Deus é maior: é soberano!
Não conhece outro Deus, outro tirano,
Mora em cima de tudo, Lá nos céus!...

Mata os filhos, sem dor nem piedade!
No entanto, todos clamam-lhe a bondade...
Ah! Se eu fosse também como esse Deus!...

                                              João Celso Filho

CULTURA:

EQUIPE DO CINE TEATRO DR. PEDRO AMORIM INICIA PROGRAMAÇÃO DE ANIVERSÁRIO

quarta-feira, 5 de julho de 2017

CULTURA:

ITAJAENSE JOSÉ EVANGELISTA LOPES  LANÇA SEGUNDA EDIÇÃO DO 'SERTÃO RAÍZES' NA ACADEMIA NORTE-RIO-GRANDENSE DE LETRAS

terça-feira, 4 de julho de 2017

ATIVIDADE PARLAMENTAR:

O deputado George Soares (PR) representou a Assembleia Legislativa do RN, nesta segunda-feira (03), durante sessão em comemoração aos 125 anos do Tribunal de Justiça do RN.
Na oportunidade, o parlamentar recebeu o selo comemorativo feito pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) em alusão à data.
"Como representante do Legislativo Estadual, temos a satisfação de parabenizar o Tribunal de Justiça do nosso Estado pelos relevantes serviços prestados nesses 125 anos de história e lutas do judiciário potiguar. A justiça é a maior defensora da verdade e tem relevante papel dentro da nossa sociedade", disse George Soares, segundo o texto procedente da assessoria de imprensa da ALRN.
Além do selo, os Correios também lançaram um carimbo comemorativo que será utilizado para carimbar a correspondência oficial do TJRN pelos próximos 60 dias.
Ao final deste prazo, o artefato será enviado ao Museu dos Correios, em Brasília, onde ficará exposto permanentemente junto ao acervo. A cerimônia em comemoração aos 125 anos aconteceu no auditório da Corte estadual de Justiça, no terceiro andar do prédio sede, na capital do estado, e contou com a presença de autoridades dos Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo, além de servidores do TJRN.
Foto: Assessoria/ALRN

quarta-feira, 21 de junho de 2017

FESTEJOS:

SÃO JOÃO - ASSU
festas juninas - nordeste
Origem:

O calendário das festas católicas é marcado por diversas comemorações de dias de santos. Na tradição brasileira uma das mais festivas são as comemorações de São João. Esse ciclo passou a ser conhecido como Festas Juninas, englobando as reverencias aos principais santos homenageados no mês de junho: dia 13 Santo Antonio, dia 24 São João e dia 29 São Pedro e São Paulo. 

A origem destas festividades remonta um tempo muito antigo, anterior ao surgimento da era cristã e, portanto, do catolicismo.

De acordo com Sir James George Frazer, em seu livro O Ramo de Ouro, o mês de junho, tempo do solstício de verão na Europa, Oriente Médio e norte da África, ensejou inúmeras expressões rituais de invocação de fertilidade, para promover o crescimento da vegetação, fartura nas colheitas, trazer chuvas.

No Brasil:
 
Quando os portugueses iniciaram o empreendimento colonial no Brasil, a partir de 1.500, as festas de São João eram o centro das comemorações de junho. Alguns cronistas contam que os jesuítas acendiam as fogueiras e tochas em junho, provocando grande atração sobre os indígenas.

Pode-se observar, portanto, que ocorreu certa coincidência entre os propósitos católicos de atrair os índios ao convívio missionário catequético e as práticas rituais indígenas, simbolizadas pelas fogueiras de São João.

Essa época coincide com a realização dos rituais mais importantes para os povos que aqui cultivam as colheitas e preparação dos novos plantios. Os roçados velhos, ainda estão em pleno vigor, repletos de mandioca, inhame, batata doce, abóboras, abacaxis; a colheita de milho e feijões ainda se encontra em período de consumo. 

Uma série ritual, no período, inclui um conjunto variado de festas que congregam as comunidades em danças, cantos, rezas e muita fartura de comida. Deve-se agradecer a abundância, reforçar os laços de parentesco, reverenciar as divindades aliadas e rezar forte para que os espíritos malignos não impeçam a fertilidade. 

Tradições:

Nestas festas, até bem pouco tempo, antes da febre dos grandes grupos musicais, era comum a integração de grupos familiares. Essa confraternização familiar era alicerçada pela prática do compadrio, momento em que eram ampliados os laços entre vizinhos, patrões e empregados. Havia duas maneiras através das quais as pessoas adultas ou jovens tornavam-se compadres e comadres, padrinhos e madrinhas: uma era, e ainda é através do batismo; a outra, através da fogueira nas festas de São João. Até o século dezenove, até mesmo os escravos podiam ser apadrinhados pelos senhores de terra.

No nordeste brasileiro os festejos juninos ocorrem nas comunidades rurais, nas ruas, nos bairros, nas cidades, nas paróquias, transformando-se na festa mais importante do ano. Estas comemorações acabaram por atrair turistas prontos para participarem das efervescentes festas matutas. 

Assu:

Assu é o município do Nordeste pioneiro no São João enquanto Padroeiro. Há 291 anos a Igreja realiza novenas e os paroquianos participam dos festejos sociais (cada época a seu modo) para comemorar o período junino. 

Em 1720 com a chegada do Padre Manoel de Mesquita e Silva o Assu começou a realizar os primeiros trabalhos de evangelização, implantando o hábito religioso ligado à religião Católica Apostólica Romana. Os primeiros atos religiosos ocorreram sob as sombras de frondosas árvores.

Depois de seis anos foi construída uma Casa de Oração e criada, em 24 de junho de 1726, a Freguesia de São João Batista da Ribeira do Assu. A Freguesia foi a segunda da então Capitania do Rio Grande e a quinta do Brasil. O Precursor do Messias, João Batista, foi pela primeira vez, no Brasil, escolhido oficialmente como Padroeiro de uma freguesia (o equivalente a Paróquia, atualmente).

No decorrer destes 291 anos o povo assuense tem mantido esta tradição com muita religiosidade, cultuando neste período a fé, devoção e confraternização. O social acontece em reunião de vizinhos, amigos e familiares para agradecerem por mais um ano de graças e pedem proteção para o ano vindouro. A fogueira é o símbolo maior deste período, tendo sido sempre a maior simbologia dessas manifestações. 

Baseando-se nesses costumes, por Assu não vivenciar somente os Festejos Juninos, e sim, ininterruptamente, a festa do seu Padroeiro, alicerçado nas manifestações folclóricas do nordeste brasileiro (estilo único no mundo) durante quase três séculos, podemos afirmar que a festa de São João, em Assu, quando se unifica as comemorações religiosas com as sociais (profanas) é o mais antigo do mundo.
Foto: Bruno Andrade
Fonte: Marcas que se foram - Ivan Pinheiro (livro inédito)
https://pt.wikipedia.org/wiki/São_João.