quinta-feira, 27 de agosto de 2015

IVAN PINHEIRO:

Parabenizo o ilustre varzeano Ivan Pinheiro, historiador, membro da Academia de Letras assuense, acima de tudo,  um digno cidadão. Seu modo e sua preocupação com a preservação da cultura varzeana,  lhe coloca em lugar de destaque. Lhe admiro por fazer um trabalho apesar de necessário, não lhe é rentável, pois hoje vejo a maioria das pessoas se preocuparem apenas com lucros monetários.
Acompanho assiduamente o seu blogue, onde percebemos o amor e a sua dedicação de levar aos nossos jovens e a população em geral, a nossa história e a preservação da nossa rica cultura.
Não se pode olhar  esta rua,  estes casarões, na frieza de se olhar uma foto. Ela tem vida, história, que nos fizeram chegarmos até onde estamos. E assim tem bem feito,  o nobre historiador, Ivan Pinheiro. Sou admirador entusiástico do seu trabalho, parabéns.
Veja matéria completa no blogue: Assu na ponta da língua.
Postado por luizinho cavalcante

REMINISCÊNCIAS:

Da esquerda: Renato Caldas, José Rodrigues (jornalista mossoroense) e Padre Zá Luiz que fora pároco em Pendências nos idos de sessenta. Fotografia tirada na varanda da casa do poeta, da então praça Pedro Velho, 74, Centro da cidade de Assu, que fora demolida para dá lugar a um prédio comercial. A foto é data de 1977, publicada em O Vale em 1979, jornal que circulou durante a construção da Barragem Ribeiro Gonçalves ou Barragem do Assu, editado pela COMIRGA, sobre a direção de Padre Zé Luiz. E autoria daquele bardo assuense que encantou o Brasil com seus versos irreverentes, suas tiradas, transcrevo o poema sob o título 'Morena Rádio', conforme adiante:
MORENA RÁDIO
Você é a P.R.A.X mais bela da cidade!
Que tem no olhar o estigma da saudade
e no gesto um traço de pudor.
Você, é tudo que minh'alma quer,
O seu corpo fidalgo de mulher,
irradiar o amor!
Nas trêmulas antenas dos teus seios,
a micro-onda dos meus devaneios
procura penetrar...
e a minh'alma dolente de poeta,
infiltra-se nessa antena predileta,
para a sua emoção sintonizar.

FERNANDO CALDAS

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA:

Atendendo a propositura do deputado estadual George Soares (PR), a Assembleia legislativa do RN irá realizar audiência pública nesta quinta, 27, às 9h da manhã, articulada com o Serviço Nacional de Aprendizagem ao Cooperativismo (SESCOOP) para discutir “A experiência da Alemanha com as fontes de energias renováveis como um referencial para o Brasil e o Nordeste se beneficiarem do seu enorme potencial energético renovável”.

A Audiência contará com as palestras proferidas pelo Prof. Doutor em Economia, Johannes Müller, da Universidade Steinbeis, Berlim e Stuttgart, Alemanha. A primeira com o tema “A política da Alemanha para mudança da matriz energética para as fontes renováveis e sua liderança mundial” e a segunda “Uma unidade fabril de polissilício para o Brasil e a América Latina: produzindo placas solares fotovoltaicas e microeletrônicos brasileiros”.

O deputado George Soares, atento à questão energética no RN, reforçou o convite na sessão plenária da Assembleia Legislativa: “Esta audiência é uma importante ferramenta para expormos estudos de viabilidades e demonstração de nossas potencialidades energéticas. Nosso estado tem esse talento natural de gerar energia e precisamos aproveita-lo.”

Assessoria de Imprensa do Deputado Estadual George Soares

ERRATA:

CASARÃO COMPLETA 170 ANOS*
O prédio da família Amorim situado na Praça Getúlio Vargas, nº 205, onde atualmente funciona o "Bar de Nego João”, ao lado da Matriz de São João Batista, completa 170 anos.

Segundo o engenheiro Carlos Lemos o prédio possui um estilo denominado de “Pombalino” caracterizado pelo uso de arco abatido, das cornijas herdadas, pelo neoclássico e das proporções guardadas entre cheios e Vazias.

O sobrado foi concluído em 1845 (ano da emancipação política do Assu) por José Gomes de Amorim, um comerciante de nacionalidade portuguesa, que chegou a essa cidade no ano de 1926, vindo de uma família aristocrática. A construção possuía duas finalidades: estabelecer um empreendimento de ordem progressista, sendo utilizado seu pavimento inferior para um ponto comercial e no pavimento superior a residência da família do seu proprietário.

No ano de 1889 ali residia o Dr. Ângelo Caetano de Souza Couseiro - Juiz de Direito da Comarca do Assu. Por ocasião da Proclamação da República Federativa do Brasil ele leu, da varanda superior, o telegrama que anunciava o ato da Proclamação. Para prestigiar esse momento histórico um considerável público se postou em frente ao casarão.

No prédio da família 'Amorim' também residiu Palmério Augusto Soares de Amorim, herdeiro do velho José Gomes de Amorim. Depois, Palmério Filho (neto do construtor do sobrado) que instalou um comércio do ramo farmacêutico e se tornou uma figura de grande projeção na sociedade assuense na primeira metade do século passado. Essa drogaria, denominada de “Farmácia Amorim”, ou como era popularmente conhecida, “Butica do Seu Palmério”, é considerada por alguns pesquisadores como a primeira (do gênero) no interior do Estado.

A farmácia de Palmério era ponto de encontro dos intelectuais da terra, destacando-se João Celso Filho, Natanael de Macedo, Ezequiel Fonseca, José Albertino Macedo sem esquecer os ex-governadores: do Rio Grande do Norte José Augusto Bezerra de Medeiros e da Paraíba João Suassuna que, então formados, estiveram residindo em Assu por longo tempo, exercendo a profissão de advogado.

No velho casarão, entre outras personalidades, nasceram: Palmério Filho - jornalista, orador e editor do Jornal “A Cidade” e o poeta, escritor, jornalista e ex-prefeito do Assu, Francisco Augusto caldas de Amorim – o popular Chisquito (ou Cisquito, para os mais íntimos).

Também residiu naquele sobrado por um determinado período o Major Ezequiel Epaminondas da Fonseca – Presidente da Intendência no ano de 1922, cargo equivalente a Prefeito.

O Sobrado da Família Amorim sediou, entre outros empreendimentos, a Cooperativa de Eletrificação Rural do Vale do Assu - CERVAL.

Hoje, o prédio é ocupado pelo Bar de Nego João - uma referência para poetas e boêmios. O seu beco e a calçada frontal se afeiçoam, formando um ponto de encontro para "dois dedos de prosa" - conversas sopradas por uma corrente de ar que refresca aquela área propiciando que as manhãs e os finais das tardes sejam, para alguns amigos, alimentados pelo apreciado e velho costume do povo assuense: o papo de calçada.

Atualmente parte deste prédio já desabou e o que ainda resta está prestes a ser tombado, literalmente.

EM TEMPO:
* Em postagem anterior afirmamos que o prédio estaria completando 200 anos. A informação tinha sido adquirida num levantamento histórico e arquitetônico apresentado à Prefeitura quando da proposta de desapropriação de um prédio para a Casa de Cultura Popular. 
Agradeço, nesse espaço, a colaboração do amigo Gregório Celso Macedo me fazendo ver que no livro "Salvados do Assu", (Editora Boágua, Natal, 1996) página 45, Celso da Silveira, baseado no historiador Francisco Amorim, informa que o prédio foi concluído em 1845. Como reforço histórico o jornal Brado Conservador informa que o português José Gomes de Amorim chegou ao Assu em 1826. Portanto, é provável, que a construção só teve início  após a sua estada na cidade.
Outra: acredito que a data tenha sido um lapso em decorrência do uso de documentos antigos onde as letras e números gastos, algumas vezes, se confundem, como é o caso do número 4 com o 1, o 8 com o 3, por exemplos.   
Peço desculpas aos internautas, especialmente aqueles que comentaram, curtiram e compartilharam. Por gentileza, se possível, substituam a postagem.

EVENTO:



quarta-feira, 26 de agosto de 2015

AUDIÊNCIA PÚBLICA:

Audiência Pública debaterá sobre as potencialidades do RN na geração de energias renováveis
Atendendo a propositura do deputado estadual George Soares (PR), a Assembleia legislativa do RN irá realizar audiência pública nesta quinta, 27, às 9h da manhã, articulada com o Serviço Nacional de Aprendizagem ao Cooperativismo (SESCOOP) para discutir "A experiência da Alemanha com as fontes de energias renováveis como um referencial para o Brasil e o Nordeste se beneficiarem do seu enorme potencial energético renovável". 

A Audiência contará com as palestras proferidas pelo Prof. Doutor em Economia, Johannes Müller, da Universidade Steinbeis, Berlim e Stuttgart, Alemanha. A primeira com o tema "A política da Alemanha para mudança da matriz energética para as fontes renováveis e sua liderança mundial" e a segunda "Uma unidade fabril de polissilício para o Brasil e a América Latina: produzindo placas solares fotovoltaicas e micro-eletrônicos brasileiros".

O deputado George Soares, atento à questão energética no RN, reforçou o convite na sessão plenária da Assembleia Legislativa: “Esta audiência é uma importante ferramenta para expormos estudos de viabilidades e demonstração de nossas potencialidades energéticas. Nosso estado tem esse talento natural de gerar energia e precisamos aproveita-lo.”
--
Assessoria de Imprensa do Deputado Estadual George Soares

ARTIGO*

Inventário do possível, de Tarcísio Gurgel: a construção da memória cultural 
através da literatura.
E depois das memórias vem
O tempo trazer novo sortimento
De memórias.
Carlos Drummond de Andrade 

Certa vez, a italiana Daniela Marcheschi escreveu em um dos seus ensaios literários que o homem tem necessidade de não tornar inútil a História. Segundo a estudiosa, o homem sente uma abissal urgência de História, no sentido de uma plena consciência das dimensões históricas da cultura humana, porém não de maneira dogmática e consolatória. Imagine, caro leitor, quando a vontade de narrar a História parte de um escritor, um memorialista, então, História e Literatura juntam-se para tornar-se Memória, integrando-se à cultura. Daí só pode resultar algo positivo: arte, ciência e vida se interligam de modo muito forte.

Todos sabemos que a literatura, como arte, tem o poder de nos transportar no espaço e no tempo através da memória e da imaginação. Remetendo ao passado, nos permite pensar e repensar o homem, sua participação na comunidade, as tradições que se somam à nossa cultura, e mil coisas mais.

Focalizo o assunto Literatura & Memória, pois é justamente do que trata o novo livro do escritor Tarcísio Gurgel, “ Inventário do Possível”, publicado recentemente numa coedição da Sarau das Letras e EDUFRN. A obra não constitui propriamente uma autobiografia, mas, sim, uma narrativa de passagens no Tempo, com as vivências do autor e retratos de família, tudo registrado artisticamente. Do seu conjunto exsurge uma poderosa verdade sobre algo bem maior que a história individual do próprio autor. Trata-se, pois, de memórias de alto nível qualitativo, trazendo as nêmeses enterradas de volta à superfície, na escrita simples e sugestiva.

Passagens marcantes, como, por exemplo, o relato da vida em Areia Branca, a infância singela, a moradia modesta, os negócios do pai trabalhando com panificação, adquirem um relevo especial.

Aspectos da própria História de Mossoró, cidade onde a família do autor passou a residir, perpassam no livro, do começo ao fim. Leitores que viveram nos lugares descritos, no mesmo lapso do tempo, vão identificar, de imediato, vários locais, tipos e acontecimentos. Lembrei-me, em alguns momentos, de dois livros, que li recentemente sobre o lado humano de Mossoró, “Casa das Lâmpadas” e “Ombudsman Mossoroense”, de David de Medeiros Leite.

A nova obra de Tarcísio Gurgel vem para enriquecer a nossa cultura literária, sobretudo na área da memorialística, lado a lado com alguns bons livros, que temos, como, por exemplo ( cito de memória) : “ O Tempo e Eu “, de Câmara Cascudo ; “Província Submersa”, de Octacílio Alecrim; “ Memórias de um Retirante”, de Raimundo Nonato; “ Imagens do Ceará-Mirim”, de Nilo Pereira, “ O Caçador de Jandaíras”, de Manoel Onofre Jr.; “Saudade, Teu Nome é Menina”, de Maria Eugênia Montenegro e “Oiteiro”, de Magdalena Antunes.

Essas obras devem ser lidas e compreendidas, justamente, como modelos de super-vivência histórica e cultural, bem como sínteses da alma de determinadas comunidades. 

Memória – todos sabemos- é a capacidade humana de reter fatos e experiências do passado e retransmiti-los às novas gerações através de diferentes suportes. Existe uma memória pessoal, aquela, obviamente, guardada por um indivíduo, no que tange às suas próprias vivências, mas que contém também um tanto de memória do grupo social em que ele se formou e, por assim dizer, foi socializado.

Já disse o pesquisador e ensaísta Jacques Le Goff: “Memória é um elemento essencial do que se costuma chamar de identidade individual ou coletiva, cuja busca é uma das atividades fundamentais dos indivíduos e das sociedades (…)”. Por conseguinte a memória cultural seria a capacidade que nos permite construir uma imagem narrativa do passado e, através desse processo, desenvolver uma imagem e uma identidade de nós mesmos. Como acontece na obra de Tarcísio Gurgel, em foco.

Evidentemente que todos nós, que somos ligados às letras, sabemos da importância de contar histórias e reviver o passado. De fato, os textos memorialísticos atendem a um tipo especifico de necessidade: a necessidade de consciência cultural: Pesquisadores que se dedicam a compreender a literatura como memória cultural realçam a ligação que se estabelece entre o ontem e o hoje, modelando e atualizando de forma contínua as experiências e as imagens de um passado no presente. Os textos literários memorialísticos podem, dessa maneira, funcionar como forma privilegiada de construção social.

Através do livro “Inventário do Possível”, a literatura potiguar contribui com a memória cultural, porque se constitui em um meio de transmissão e preservação de pensamentos, sentimentos e condutas, temas motivos e histórias, e influencia memórias e percepções individuais, assim como a formação de identidades sociais e culturais. Essa literatura vive atualmente uma das suas melhores fases, fiel ao que há de mais profundamente humano, que é a inquietação. Sirva de exemplo esse livro de Tarcísio Gurgel. 
* Thiago Gonzaga é pesquisador.
Postado por 101 Livros do RN.

CARNAUBAIS

O professor, historiador, artista plástico e reciclador cultural, Antonio Soares da Câmara que fugindo da agitação da vida urbana, resolveu após sua aposentadoria, instalar um atelier de produção artística com material reciclado na confecção de peças culturais para dá vazão ao seu potencial criativo.

Visitamos nesta manhã Toinho de Bigodinho como é bem conhecido o designer. Toinho aproveita o sossego do seu refúgio no mais recente núcleo habitacional do município, batizada como Nova Carnaubais, fixando moradia na rua vereadora Gianni Mara Pereira Wanderley (66) nas imediações do bairro Casinhas.


Postado por Aluizio Lacerda / FERNANDO CALDAS