sábado, 25 de janeiro de 2014

HISTÓRIA DO ASSÚ

ECONOMIA PRIMÁRIA DO ASSÚ - CONCLUSÃO

Pecuária – As Charqueadas

Economicamente, o Assú também se diferenciou por desenvolver atividades de beneficiamento, como o semi-processamento do couro, e a feitura de carne seca, que viria a ser sacrificada em favor de grandes interesses regionais.
A Indústria da Carne Seca ou Charqueada surgiu na região do Assú e atingiu seu ápice por volta de 1740. Na comunidade de “Oficinas” (local próximo as atuais cidades de Carnaubais e Porto do Mangue) é montada grande estrutura nas “salinas” para salgar e estender carnes bovinas. Essa opção econômica foi fruto da agregação da atividade pecuária praticada na região, ao clima e a proximidade das salinas e do porto.

Nesse período, o Arraial possuía o maior rebanho do território Potiguar. Das 308 fazendas existentes na Capitania, 90 localizavam-se na Ribeira do Assú. Atividade comercial que abastecia de charque o Nordeste brasileiro. Vejamos o que diz a professora e pesquisadora Teresa Aranha sobre o tema:

“Paralelamente à luta pela própria terra, surge o sofrimento pela defesa das riquezas que privilegiam a região, como por exemplo, o sal, a carnaúba e as oficinas, lugares históricos do Rio Assú e Mossoró, onde fora instalada, na segunda metade do século XVIII, a indústria da preparação da carne seca e salgada, aproveitando-se a proximidade das salinas e abundância do gado bovino.
Localidades na foz do Rio, as oficinas de Assú motivaram a criação da mais antiga povoação do município, Oficinas”. (Aranha, 1987; 12).

No entanto, questões de ordem regional viriam sobrepor-se à dinâmica local e impedir a expansão dessa atividade. O governo do vizinho Estado de Pernambuco, tradicionalmente abastecido pelo gado vindo do Rio Grande do Norte, sentiu-se prejudicado pela indústria da carne seca, que resultara em diminuição no volume de exportação de gado para aquele Estado. Em 1784, o Governador de Pernambuco, em carta a Portugal, ressaltava que as charqueadas de Assú e Mossoró estavam prejudicando o consumo de carne verde em Recife e nos engenhos. Na verdade, estava em jogo o reflexo dessa mudança no volume de tributos recolhido. A venda do boi em pé rendia para Pernambuco um volume oito vezes maior de recolhimento de tributos à carne seca.

O fato do Rio Grande do Norte ser, à época, administrativamente dependente da capitania de Pernambuco, definiu-se a questão em favor daqueles interesses. Assim, depois de um breve período de polêmica discussão, o governador de Pernambuco termina por proibir o funcionamento das oficinas de Assú e Mossoró, de modo que os rebanhos do Rio Grande do Norte voltassem a ser comercializados vivos. (Fernandes, 1992; 16).

Em decorrência desta atitude o rebanho bovino foi minguando, outros projetos foram surgindo e o Assú não voltou a ocupar o ápice no setor pecuário estadual.  

Quem vê hoje a produção industrial da carne de charque jamais imagina tratar-se de um produto que teve suas raízes na região Nordeste do país.
Fonte: Assu - Dos Janduís ao Sesquicentenário - Ivan Pinheiro.
Foto ilustrativa.

TV XUXA:

Conforme o blog havia antecipado – veja AQUI – será neste sábado (25) a exibição do programa TV Xuxaem que ocorreu a participação do comunicador Renan Targino, integrante do portal eletrônico Ministério do Forró e do programa de rádio A Hora do Ministério do Forró, na Rádio Princesa do Vale (sábados, 17h às 18h).
Fã da apresentadora Xuxa Meneghel, Renan Targino inscreveu-se por e-mail no quadro “Realize o Seu Sonho”, no dia 08 de dezembro e, no dia 11 do mesmo mês, recebeu uma ligação telefônica da produção do programa confirmando que ele havia sido classificado para participar das gravações do TV Xuxa em Angra dos Reis (RJ). (Postado por Pauta Aberta).

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

POESIA

No dia 04 de agosto de 1967, numa mesa solitária de um bar, RENATO CALDAS escreveu:
Reflexão de um bêbado

Eu estava tão só! E, tão vazio,
Necessitava fugir daquele estio
Que estorricava a minha solidão!
O inverno demora; vou buscá-lo,
Sei bem onde está, vou procurá-lo
Numa mesa de bar ou num balcão.

O inverno desceu... Rolaram as águas,
Inundaram e arrastaram minhas mágoas!
Em minh’alma brotaram novas flores.
A chuva demorou para castigo,
As rosas que meu peito deu abrigo
Transformaram-se em espinhos agressores.

... Os momentos felizes são tão poucos!
Ditosos os que vivem como loucos,
Ao léu da sua própria condição...
Considero uma grande iniquidade
Ir me encontrar com a felicidade
Numa mesa de bar... Ou num balcão. 

PARABÉNS

Ana Valquíria - professora, blogueira e
ativista cultural 

AMIGOS(AS) ANIVERSARIANTES DESTA SEXTA FEIRA (24/01):


ANA VALQUÍRIA
TIBÉRIO GUEDES
HÉLIO ALVES
HELIOMAR ALVES
FRANCISCO (PIROCÔ)
SANDERSON RODRIGUES
NADIR CANDEIAS

ACREDITO QUE nem que seja de longe, um abraço carregado de sinceridade Vale muito. Desejo muitas alegrias nas suas vidas e disposições para superarem os trampos diários. Que Deus os abençoem e lhes concedam paz e saúde para enfrentarem os difíceis degraus da vida.

Boas comemorações. Fortes abraços!!!!

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

HISTÓRIA DO ASSU

Economia Primária do Assú - Parte II

Pesca
             
A pesca do curimatã (foto ilustrativa), da traíra, do piau, da piranha ou do tucunaré supria de proteínas os moradores do Vale do Assú desde a ocupação indígena. A região foi sempre privilegiada com três grandes reservatórios naturais: O rio Piranhas/Assú, Lagoa do Piató e Lagoa de Ponta Grande, todos com peixes em abundância. Um verdadeiro “porto seguro” para os habitantes. Prova disto é que o acampamento principal do rei Janduí – chefe dos Tapuias Janduís - estava localizado a menos de dois quilômetros do Rio Assú, aproximadamente seis quilômetros da Lagoa do Piató e cerca de 20 quilômetros da Lagoa de Ponta Grande, que os asseguravam a alimentação e água potável durante todo o ano, até mesmo nos períodos de estiagens.

“... Esses índios resistiram à invasão do seu território, dos seus rios, florestas e de toda sua paisagem de caça, pesca e de sobrevivência ocupada pelos colonizadores de origem portuguesa. Essa luta é articulada pela Confederação dos Cariris, que deve ter sido realizada em torno de 1670.” (Felipe, 2002; 08).

O cronista Barleu informa que quando trovejava e soprava fortemente o vento, havia uma abundantíssima pescaria lagoa Bajatagh (Piató), próxima ao local onde existia o acampamento principal do rei Janduí, em Assú/RN.

“... Os peixes eram tão gordos que dispensavam o uso de gorduras para o seu preparo. Marcgrave descreve que o Bajatagh (Piató), nos meses de março e abril recebia o transbordamento do rio Otschunog (Assú), mal conseguindo as mulheres da tribo transportar todo o peixe pescado, para o acampamento”. (Medeiros Filho, 1984; 60)

Além do Piató, a pesca também foi praticada, como base alimentar, pelos Janduís e posteriormente pelos colonizadores, no rio Piranhas/Assú e nas lagoas de Ponta Grande (Ipanguaçu), Queimado (Pendências) e em outros pequenos reservatórios naturais e temporários.   

O tempo foi passando e com a colonização veio a exploração pesqueira. Inicialmente para o consumo. Depois, através da troca e venda o pescado foi surgindo economicamente no cenário da região.

“Da Pesca – É de alguma importância a pesca neste município, não só na costa como em suas principais lagoas.
Na costa pescam-se – garopas, serras, camoropins, pescadas, cações, cavalas, charéus, galos, biquaras, pampos, bagres, agulhas, etc.
O município faz exportação de agulhas para o visinho estado do Ceará.
Nas lagoas pescam-se – traíras, curimatãs, piaus, piranhas, coros, pirambebas, cascudos, cangatis, etc”. (A. Fagundes, 1921; 61).

O potencial hídrico do Assú, sobremaneira o da Lagoa do Piató - maior reservatório natural do Estado, até os anos setenta (do século passado), foi o principal ponto de apoio para a pesca. Está localizada entre as coordenadas geográficas de 37º longitude, WG e 5º 30’ latitude Sul. É uma lagoa relativamente grande para as poucas precipitações pluviométricas caídas na região, que em média são inferiores a 650 mm/ano. Durante a cheia, esta lagoa tem, aproximadamente, 18 quilômetros de extensão, 2,5 quilômetros de largura e 10 metros de profundidade (máxima); constituindo-se, portanto, em potencial hídrico de enorme relevância para a economia, além de proporcionar uma bela paisagem. (Almeida, 1993; 17).


Após a construção do Açude do Mendubim e da Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, o Assú se constituiu basicamente em uma ilha - cercada de águas por todos os lados. Atualmente é a cidade norte-riograndense que concentra o maior volume de água doce. Por conseguinte, o pescado não poderia deixar de ocupar lugar de destaque em sua economia. 

IPANGUAÇU


Maryo Kempes Barbosa

Acompanhando a movimentação política da vereadora Marluce Araújo de Souza, “Marluce de Cocó” (PMDB), em Ipanguaçu, e vendo-a como alguém que realmente procura se articular para estar bem posicionada como opção para o pleito eleitoral de 2016 no município, uma experiente liderança da cidade chamou a atenção para outro nome que, apesar de não estar sendo especulado no momento, possuiria o perfil necessário para também ser visto como alternativa majoritária.

O nome deste potencial candidato a prefeito pelas correntes de oposição em Ipanguaçu?

O médico urologista Maryo Kempes Barbosa, filho do ex-prefeito José de Deus Barbosa Filho e da ex-candidata a prefeito na eleição de 2012, Rizomar Figueiredo Barbosa.

A fonte, que pediu anonimato, profunda conhecedora dos bastidores políticos do município, declarou que o médico, embora não declare publicamente, acalenta internamente o sonho de um dia sentar na cadeira de chefe do Poder Executivo de Ipanguaçu.
Fonte: Pauta Aberta

ATIVIDADE PARLAMENTAR

Deputado George Soares participa da inauguração do estádio Arena das Dunas
A capital potiguar inaugurou na última quarta-feira (22/01) o estádio Arena das Dunas, palco do mundial de futebol que ocorrerá em Natal no próximo mês de junho. O deputado estadual George Soares participou do evento ao lado do prefeito de São Gonçalo do Amarante Jaime Calado (PR) e de sua esposa Dra. Zenaide Maia, irmã do deputado federal João Maia.

O deputado enalteceu a importância da obra para o Rio Grande do Norte. “Essa obra monumental ficará para uso de todos os potiguares, após a copa. É um investimento privado e que ficará para benefício de todos, além de ser o mais belo estádio da copa”, afirmou o parlamentar.
Assessoria Parlamentar Deputado Estadual George Soares.

IMAGEM DO ASSU

LAGOA DO PIATÓ
Foto: Paula Vanina Cencig - UFRN
"As pessoas que não prestam atenção, acham que a natureza não é nada e não tem nada a oferecer"  
(Chico Lucas - Pescador do Piató).

JORNADA PEDAGÓGICA:

Unidade de ensino pertencente à rede pública estadual, em Assú, a Escola Estadual Tenente-Coronel José Correia vivenciará nestas quinta (23) e sexta-feira (24) a programação oficial de sua Jornada Pedagógica, em preparação para o início do ano letivo de 2014. 

Estabelecimento que registra 103 anos de atividade na área de educação, o popular “Zé Correia” terá como tema central de tal realização Avanços e desafios na consolidação da educação pública de qualidade. 

O itinerário desta quinta-feira, durante o período matutino, entre 7h30 e 11h30 ficou assim elaborado: abertura oficial; boas vindas com a palavra da diretora-geral; reflexão sobre o tema Acorde para vencer, sob mediação da professora Julane Queiroz Costa Santos; reunião administrativa com informações sobre como a escola foi encontrada; e, distribuição da carga horária.
O roteiro vespertino, entre 13h30 e 17h30, consistirá de: apresentação e ajustes do calendário escolar/2014; e, comunicações oriundas da 11ª Diretoria Regional de Educação, Cultura e Desporto (Dired). 

No dia seguinte, sexta-feira, entre 7h30 e 11h30, a agenda obedecerá ao seguinte cronograma: palestra sobre Indisciplina escolar: reflexão sobre estratégias e competências ligadas à gestão da sala de aula, ministrada pela especialista Daniela da Silva Gurgel Praxedes; e, planejamento estratégico. À tarde, entre 13h30 e 17h30, as atividades se desenvolverão no seguinte contexto: reflexão; planejamento interdisciplinar; e, elaboração dos projetos a serem trabalhados no decorrer do ano letivo de 2014. 
Postado por Pauta Aberta.

LUTO


Faleceu na madrugada desta quinta feira, em Natal, José Aurino de Abreu (Zezinho). O corpo está sendo velado no Centro de Velório Vila Flor, na rua Xavier da Silveira e o sepultamento acontecerá às 17 horas no cemitério parque de Nova descoberta.

Apresentamos votos de pesar a todos os familiares.

Foto do Blog Registrando.

COMENTÁRIO:
Que nosso amigo Zezinho descanse na paz do Senhor, que brilhe para ele a luz eterna. A Nalba e seus filhos e familiares os nossos sentimentos e que Deus em sua bondade e misericórdia lhes conceda muita luz, força e o entendimento diante da perda tão preciosa. Deus os abençoe.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

MEUS LIVROS PREFERIDOS

Um convite ao universo literário potiguar

Por Thiago Gonzaga
É quase impraticável fazer uma lista de livros preferidos da nossa literatura, porque cada título que proclamamos aproxima outro e mais outro, principalmente quando o assunto é literatura do Rio Grande do Norte, vertente a que tenho grande apreço. Porém eu não poderia fazer uma lista sem incluir a obra “Salvados – Autores e Livros Norte-rio-grandenses”, do escritor Manoel Onofre Júnior, lançada originalmente em 1982 pela Fundação José Augusto, com uma reedição em 2002 pelas Edições Sebo Vermelho, e agora em 2014 relançada em edição revista e ampliada.

O livro “Salvados” não está entre os primeiros volumes potiguares que li, mas ele foi decisivo para eu me tornar um pesquisador da literatura do Rio Grande do Norte. “Salvados” é um livro de cabeceira, uma espécie de guia, de roteiro, para se conhecer um pouco sobre nossos autores e livros. São pequenos-grandes ensaios que nos induzem a apreciar um pouco da nossa história literária, dos primeiros passos até uma experiência de atualização, com citações de alguns dos principais nomes da literatura contemporânea do Rio Grande do Norte.

“Salvados” é daqueles livros pioneiros, únicos do seu tempo, um clássico local, divisor de águas. Um livro escrito originalmente há mais de trinta anos, mas que permanece atual. Começamos o século 21 com a literatura potiguar sendo reconhecida (mesmo a passos curtos) nos meios acadêmicos, entrando definitivamente na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, chegando ao ponto de ser alçada como disciplina curricular nos cursos de Letras , além de ter autores sendo estudados no Mestrado e numa Pós Graduação dedicada a obras e autores locais. E é nesses momentos que se encaixa perfeitamente a utilidade da obra de Manoel Onofre Júnior. Além da importância de levar o conhecimento de geração a geração, “Salvados” tem uma relevância fundamental na disseminação da literatura potiguar para a nova geração, que parece querer finalmente cantar a sua aldeia.

Ai a possibilidade de obras futuras, diversificadas e mais extensas, sobre o assunto, em que o livro “Salvados” foi um dos pioneiros. Ao proporcionar uma visão mais ampla da literatura local e oferecer um norte, um percurso ao leitor, “Salvados” pretende dar sua contribuição à formação de novas gerações interessadas em conhecer nossas obras e autores. É o acesso a esse conhecimento que possibilita ao indivíduo o crescimento tanto intelectual quanto humano. “Salvados” pode ser considerado talvez até um pequeno passo para um escritor local, mas é sem dúvidas um grande passo para a literatura potiguar.

Postado por 101 Livros do RN

FOTOS

Vejam o estádio Arena das Dunas que será inaugurado nesta quarta

IMG_0700IMG_0086IMG_0599IMG_0589IMG_0561FOTOS: Canindé Soares
A Arena das Dunas, sede de quatro jogos da Copa de 2014, será inaugurada hoje a partir das 16h, com a presença da Governadora do Estado, Rosalba Ciarlini e da Presidenta Dilma Rousseff, que darão o primeiro pontapé na bola no novo gramado potiguar.
O novo estádio é um espaço multifuncional com capacidade para receber vários tipos de eventos, desde workshops a grandes shows nacionais e internacionais. “A Arena não será só para jogos, mas será uma porta de entrada para os investimentos econômicos, eventos e para o turismo”, declarou Rosalba Ciarlini. “Fomos a última arena a começar a ser erguida e somos a primeira das seis que não participaram da Copa das Confederações a ser inaugurada”.
Ao todo, trabalharam no estádio cerca de 4.500 operários, responsáveis pela estrutura que terá 42 mil lugares, 10 mil a mais do que quando o Mundial deste ano for encerrado, 21 acessos, 38 camarotes, sala de conferência, sala de mídia, 30 banheiros, dois lounges VIP e 29 bares/restaurantes,1.700 vagas de estacionamento internas e externas.
Além disso, também já estão prontos os ambulatórios, academias de ginástica praça externa de 22 mil m² com piso intertravado para resistir a grandes concentrações de público durante os shows externos, auditório para 250 pessoas, escritórios/áreas comerciais, campo com medidas de 105 m x 68 m, dois telões eletrônicos de 60m² cada, sistema de sonorização em todo o estádio e bilhetagem moderna, a cobertura do equipamento conta com 20 pétalas que simulam as dunas potiguares.
Após a cerimônia de inauguração desta quarta-feira, a OAS promoverá, em parceria com o Governo do Estado, uma festa de comemoração privada para os funcionários e suas famílias, na ocasião será descerrada uma placa com o nome de todos os trabalhadores, que ficará do lado externo do estádio, voltada para a Av. Salgado Filho.
No domingo, dia 26, a Arena será aberta a todo o público, mediante compra de ingresso, para assistir dois jogos: América x Confiança, pela Copa do Nordeste, e ABC e Alecrim, pelo campeonato potiguar. Os ingressos estão à venda na internet, sede dos clubes e na bilheteria da Arena.
Postado por Blog do BG.

TERMINAL MARÍTIMO:

 
Prefeito Titico acredita que obra sairá do papel.
O projeto do novo porto do Rio Grande do Norte está pronto.
O documento foi entregue à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e apresenta todos os estudos sobre a construção do terminal no município de Porto do Mangue, cidade de pouco mais de 5,2 mil habitantes.

O novo porto é pensado para ser da categoria dos graneleiros, destinado para escoamento da produção de minério que atualmente sai da região Seridó potiguar para os portos de Pecém, em Fortaleza (CE), e Suape, em Recife (PE).

O projeto será apresentado para a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) até o fim deste mês.

O novo terminal a ser instalado em Porto do Mangue já era pensado desde meados de 2005, quando o governo tentou criar condições para investir na instalação de um terminal oceânico, nos moldes do Porto-Ilha de Areia Branca, para exportação de calcário e ferro.

A intenção da atual administração, de acordo com o secretário Sílvio Torquato, titular da Sedec, é lançar o edital para uma parceria público-privada (PPP) ainda neste ano.

Com informações do jornalista Paulo Nascimento / Novo Jornal, Natal.

Em tempo: A construção dessa obra em Porto do Mangue causará enorme impacto na econômica do Vale do Açu e poderá mudar a realidade econômica do Rio Grande do Norte.
Postado por Toni Martins.

IMAGEM DO ASSU

SÉRIE: LAGOA DO PIATÓ
Foto: Paula Vanina - UFRN
Alguém diz: "Aquele é um louco, a natureza não conversa com ninguém". Mas você observando, ela tem algo a lhe dizer. (Chico Lucas - Pescador do Piató)

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

FRAGMENTOS HISTÓRICOS

Arcelino COSTA LEITÃO
Prefeito do Assu: 1959/63
Conforme Ata da primeira sessão da Câmara Municipal do Assú do dia 07 de outubro de 1957 os vereadores Celso Dantas da Silveira, Francisco Soares de Macêdo (Chiquito Soares) e Manuel Corcino da Costa emitiram Projeto de Lei concedendo o Título de Cidadão Assuense, ao vigário local Monsenhor Júlio Alves Bezerra, ao Sr. Arcelino Costa Leitão e ao escrivão e tabelião da Comarca, aposentado, Sr. João Germano Sobrinho.

No entanto, no dia 22 de outubro, a Câmara Municipal recebeu oficio do Monsenhor Júlio Alves Bezerra, tratando do Projeto de Lei de autoria do vereador Celso Dantas da Silveira e outros, da concessão do título de Cidadão Assuense, no qual Sua Reverendíssima declara "não aceitar o título de Cidadão Assuense”. E, na sessão do dia 23, foi a vez da Câmara receber outro ofício, desta feita do Sr. João Germano Sobrinho, também não aceitando o título e expôs seus motivos, agradeceu aos signatários do Projeto a lembrança e declara, "... por feito moral e formação religiosa, ser obrigado a renunciar as honrarias do projeto”.

O vereador Pedro Borges fez longas considerações sobre os ofícios, dizendo estranhar e lamentar as atitudes daqueles cidadãos, visto à Câmara só querer através do projeto em questão honrar, os ditos cidadãos.

Na sessão do dia 29 de outubro também de 1957 o vereador Francisco Soares de Macêdo afirmou taxativamente: “Após várias considerações ao Projeto de Lei que concede título de cidadania aos Srs. João Germano Sobrinho e Monsenhor Júlio Alves Bezerra, mereciam melhor estudo aos seus pares”.

Depois, alguns "comentaristas políticos" defenderam que a não aceitação dos títulos, deu-se em virtude de questões políticas. Ou seja, os títulos foram dados visando uma armação politiqueira para que Arcelino Costa Leitão pudesse sair candidato a Prefeito do Assú respaldado pelo padre e pelo respeitável ex-tabelião. A armação não deu certo, porém, mesmo assim costa foi eleito prefeito.
Fonte: Fragmentos do livro Câmara do Assú - A História - Auricéia Antunes de Lima.

POESIA

Foto: Paula Vanina - UFRN

Sou Janduí, sou da taba,
Meu patrimônio, ele só,
Riqueza que não se acaba,
Tem a várzea e o Piató
Peixe, banho de lagoa
Riqueza que não se conta a mais,
Bem vastos carnaubais.
Filho da terra dileta
O bravo de Curuzu,
Nosso, um destino poeta,
Grandeza que é mesmo Assu.


Autor: João Lins Caldas

(O poema acima, de exaltação ao Assu/RN, é datado de Assu, 14.4.1967, um das últimas produções do poeta Caldas que veio a falecer no dia 18 de maio de 1967). 

Postado por Fernando Caldas.

IMAGEM DO ASSU

LAGOA DO PIATÓ
 
Foto: Paula Vanina - UFRN

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

REFLETINDO

AQUELE que em nada crê está mais distante da verdade que aquele que crê no que não é certo. 
(Thomaz Jefferson).

HISTÓRIA DO ASSÚ

Economia Primária do Assú - Parte I

Agricultura

A colonização da Ribeira do Rio Assú não foi nada fácil. De conformidade com o relato do historiador Manuel Rodrigues de Melo em Várzea do Assú, pode-se, nesta síntese, ter uma ideia:

“... Até começos do século dezoito era aquela zona constantemente invadida pelas hordas dos índios rebelados, vivendo então, os seus habitantes em constantes sobressaltos conforme depõe o ilustrado conterrâneo, Desembargador Antonio Soares (...).
Somente de 1713 em diante, depois das últimas investidas e insultos dos índios caborés, contra os moradores do Assú, mais de um século, portanto, da conquista do Rio Grande, foi que a zona da várzea pôde mais ou menos estabelecer as suas fazendas de gado e desenvolver, embora que muito lentamente, a agricultura, cuidar dos seus incipientes carnaubais, utilizando-os na feitura das pequenas casas dos agregados, dos índios domesticados, na confecção de chapéus, abanos, esteiras e milhões de outros utensílios caseiros”. (Melo, 1940; 151).

Em sua “História do Rio Grande do Norte”, o mestre Câmara Cascudo faz referência ao desaparecimento da comunidade indígena que reduzidos foram sumindo, misteriosamente, como sentindo que a hora passara e eles eram estrangeiros na própria terra”. Em vilas e guardados pelos jesuítas, terésios e carmelitas trabalhavam. Mas, ainda como disse Cascudo: A liberdade do Marques de Pombal matou-os como um veneno. Dispersou-os, esmagou-os, anulou-os (...)”. (Cascudo, 1984; 38).

Mesmo diante de tantas dificuldades os índios ainda resistiram. Porém, na segunda década do século dezoito, uma seca ajuda a aniquilar muitos dos indígenas ainda existentes na região. O povoamento processava-se. As antigas datas de sesmarias subdividiam-se em faixas transversais ao rio, de modo a aproveitar vazantes, várzea e tabuleiro.

O gado e, posteriormente, o algodão eram complementados por uma produção de alimentos, as chamadas lavouras de subsistência, na sua grande maioria, cultivadas nas vazantes existentes ao longo do rio Assú. Muitas destas culturas, ainda hoje, são praticadas pelos pequenos e médios proprietários tais como: feijão, milho, trigo, fava, jerimum, melão, melancia e batata doce.
 
Vazantes - foto ilustrativa
     “Indústrias agrícolas – É bastante desenvolvida. A principal é o algodão; produz em grande abundância e é cultivado em varias qualidades; é a maior fonte de receita do município. Plantam-se igualmente milho, feijão, arroz sorgo (milho trigo) batata, mandioca, cana de açúcar e muitos outros cereais e legumes”. (A. Fagundes, 1921; 60).
   
Havia a tendência da pecuária extensiva em grandes áreas de terra com poucos trabalhadores e com características arcaicas. Por outro lado, começava a experiência com o cultivo do algodão nas pequenas e médias propriedades, prática já usada nas grandes fazendas que compunha o binômio gado-algodão, em regime de parceria ou de arrendamento em formas tradicionais de cultivo, e permeada de muitos mecanismos de exploração.

A partir da segunda metade do século XVIII, quando os franceses e holandeses não constituíam mais perigo para a colonização portuguesa, a Revolução Industrial se procedia na Europa. Época em que se expandiu e ganhou importância a demanda do algodão, produto nativo da América. O algodão nordestino ganhou importância no mercado externo, principalmente, no setor têxtil inglês. A produção do Assú estava inserida neste contexto.

“... Apesar de conquistar terras ao gado, o algodão não prejudicou a pecuária, de vez que a semente e rama eram excelentes alimentos para o mesmo, sobretudo na estação da seca, quando o pasto quase desaparecia. Além disso, o milho, o feijão e a fava, cultivados em associação com o algodão, forneciam o restolho para complementar a alimentação dos animais.” (Felipe, 2002; 24/25).  

Tempo depois, a Carnaubeira começou a ter um significado ímpar para os assuenses, não ainda como produção agrícola rentável, e sim como árvore propícia para a complementação alimentar dos animais e essencial na construção de suas casas. Utilizando o tronco, o sertanejo produzia linhas, caibros, ripas e construía currais e cercas para o aprisionamento do gado. As palhas serviam para cobertura das casas dos operários, confecção de chapéus, esteiras e arupemas. Os talos eram usados na confecção de portas e janelas, caçuás, cercas para quintal entre outros. A raiz era cortada e misturada ao capim para fortalecer a alimentação dos animais. O fruto foi por muito tempo torrado e utilizado na alimentação como uma espécie de café.
Corte das carnaubeiras
       O historiador Tavares de Lira registra a exportação da cera, principal matéria prima da carnaubeira, desde 1855 que passa a ser um produto importante para a economia do Estado, logo após a 1ª Guerra Mundial. A produção se concentrava nos vales do Apodi-Mossoró e Piranhas-Assú, em cujas margens concentrava-se uma floresta de carnaúba, que fornecia a palha, que era cortada e trinchada para retirada da cera.

       A cera se valorizou pela diversidade de aplicações na indústria química, tais como na confecção de discos de vitrola, graxas, sabão, tintas, vernizes, papel carbono, velas e cera para assoalho. E ainda na indústria eletroeletrônica, como isolante. (Felipe, 2002; 35). 

     Nas três últimas décadas os carnaubais foram minguando em todo o Vale. O desmatamento indiscriminado desta planta nativa para dar lugar a grandes e médios projetos de fruticultura irrigada tem sido um dos fatores responsáveis pela ameaça de desaparecimento desta floresta, que por longos anos foi a principal pilastra de sustentação econômica da região. 

Fonte: Assu - Dos Janduís ao Sesquicentenário - Ivan Pinheiro.

IMAGENS DO ASSU

LAGOA DO PIATÓ
Foto: Paula Vanina - UFRN

ATIVIDADE PARLAMENTAR

FOTO LEGENDA

Deputado George Soares [PR] patrono da turma de fisioterapia, da UFRN. Na foto, o parlamentar assuense ao lado dos formandos. 
Postado por Tony Martins