sábado, 30 de agosto de 2014

PÁGINA ASSUENSE:

LAGOA DAS MOÇAS
(De “Xute” em 15.10.1932)

Vancê tá vendo êsse lago,
Pequeno, desse tamanho?
Apois bem, é a lagoinha,
Onde as moças tomam banho,
Quaje tôda menhanzinha.

Eu num sei pruque razão
Essa água cheira tanto?
Num sei mesmo pruque é...
Mas, descunfio e agaranto:
Sê do suo das muié.

-Mas, se eu fôsse essa lagôa, 
Se ela eu pudesse sê!
Se quando as moças chegasse,
Eu pudesse as moças vê...
Aí, os óios eu feixasse...

Quando n’água elas caísse
Eu pegava, abria os óios.
Uns óios desse tamanho!!!
Só pra vê aqueles móios
De moça tomando banho.

Autor: Renato Caldas.
Poeta assuense (*08/10/1902 + 26/10/1991)
Ilustração: As grandes banhistas – Pierre- Auguste Renoir - 1887, Philadelphia Museum of Art, em Filadélfia.

CORREIOS:

Os Correios recebem, até 12 de outubro, um domingo, inscrições para o Sistema Aberto de Seleção de Patrocínios.
Elas podem ser realizadas por pessoas jurídicas no portal virtual da empresa (www.correios.com.br), de acordo com informação da assessoria de imprensa.
A seleção abrange projetos dos segmentos Artes Cênicas – Dança, Artes Cênicas – Teatro, Artes Visuais, Humanidades, Audiovisual e Música, com realização entre agosto de 2015 e janeiro de 2017.
Os projetos serão selecionados para compor o programa dos Centros Culturais Correios de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Salvador, dos Espaços Culturais Correios de Fortaleza e Juiz de Fora e do Museu dos Correios, em Brasília.
Todas as etapas do processo são feitas digitalmente, sem necessidade de envio dos projetos em meio físico.
Do orçamento, 10% são reservados para projetos de proponentes que se autodeclarem pretos e pardos, de acordo com definição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado será divulgado em 15 de julho de 2015 no Diário Oficial da União e no sitedos Correios (www.correios.com.br).
O edital completo e mais informações estão disponíveis em http://www.correios.com/sobre-correios/patrocinio >> Patrocínio >> Patrocínio Cultural >> Unidades culturais.
Postado por Pauta Aberta.

POLÍTICA:

Deputado George Soares e Henrique Alves ganham o Mato Grande do RN
Em carreata do candidato PMDBista ao estado, Henrique Alves, na região do Mato Grande do RN, o deputado estadual George Soares (PR) participou adentrando na cidade de Parazinho, com uma grande comitiva organizada pelo prefeito Marquinhos do PR contando com a presença da candidata a deputada federal, Dra. Zenaide Maia.

Marquinhos que apóia a reeleição do deputado George para a Assembléia Legislativa e administra a cidade com maior potencial eólico do estado, discursou em praça pública e emocionado com a linda recepção do seu povo a sua chapa nas próximas eleições, disse: "Henrique, Wilma de Faria, Zenaide Maia e o deputado George Soares são as maiores testemunhas dessa união pelo bem do nosso estado e da nossa cidade. Todos eles juntos vão fazer nosso povo mais forte!"

A caravana parou no Centro da cidade onde também estavam presentes o Ministro Garibaldi Alves Filho, a candidata do PSB ao Senado, Wilma de Faria, vereadores e lideranças do município de Parazinho. Logo em seguida, seguiram para a cidade de Jandaíra onde encerraram os discursos do dia.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

CULTURA:

POETA PAULO VARELA PUBLICA LIVRO DE CONTO
Confesso que quando comprei o Livro 'CANTIGAS DE ESTRADAR' pensei que era mais um trabalho poético do fazedor de versos Paulo Varela. Fiquei impressionado com o enredo que dá sustentação a história (que segundo ele é baseado em fatos reais) e com a forma bem dividida dos capítulos. Outro fator que me chamou a atenção foi o linguajar utilizado pelo poeta matuto. A capital deu ares de sabença ao assuense e ele está dando um "banho de loja" na sua inteligência e está mostrando serviço na área cultural em todo o Rio Grande do Norte. 

Cheguei esta semana na multifeira 'Brasil Mostra Brasil', no Centro de Convenções e me deparei de cara com o poeta em lugar de destaque no salão de entrada do evento lançando seu livro, expondo e vendendo seus cordéis em estande próprio. Deu um orgulho danado vendo o Assu na linha de frente de um evento tão importante para a cultura Potiguar. 
Mas vamos ao que interessa. O livro CANTIGAS DE ESTRADAR tem Paulo Varela como autor, organizador de texto, digitador e desenhista. Possui revisão de Lima Filho, supervisão da impressão e acabamentos de Willames Laurentino e foi impresso pelo Departamento Estadual de Imprensa - DEI.

No prólogo Paulo Varela inicia mandando um abraço cheio de palavras ao "Assu - meu eterno lugar, que há de comer minhas carnes e roer meus ossos, porque não me acho em outro canto...". 

O apresentador da obra, professor literato Edilson Ramos, debulha com muita propriedade a vida do poeta e resume nesta frase: "Um gastador de "trocados" em prol da arte popular", lembrando que antes se refere a Paulo como "poeta popular, contador de causos matutos, cantador, cenógrafo, desenhador de coisas, brincador de bonecos e escrevedor de acontecências sertanejas. Dibuiador de versos, desses de ajuntar gente em mei de feira, fazedor de arte diversas, palestrante de cultura popular". Não esquece de informar que em setembro de 2006, o Ministério da Cultura concedeu a Paulo Varela a comenda de Mestre da Cultura Brasileira e que ele é membro efetivo da Comissão Note-rio-grandense de Folclore, membro da Academia Norte-rio-Grandense de Literatura de Cordel, dentre outros projetos culturais que participa.

O livro CANTIGAS DE ESTRADAR conta a saga de Maria de Jesus - uma jovem, nascida na comunidade rural de Mendobim - Assu-RN, para pagar uma promessa a São Francisco na cidade de Canindé-CE, ao lado de diversos outros conterrâneos da aludida localidade. 

É uma história interessante e que merece o apoio da população assuense. O livro deverá ser lançado em breve na Terra dos Poetas e já se encontra a venda na Casa do Cordel - Cidade Alta - Natal. 

ADQUIRAM!

Parabéns ao amigo Paulo Varela.

REMINISCÊNCIAS:

O BANHO DE CHUVA
No meu tempo de menino, parece que os invernos eram mais frequentes. Quadra deliciosa, não só para o plantio dos cereais, do algodão, do melão e da melancia, como ensejava  o banho de chuva.

Era uma delícia.

Existia, porém, uma precaução que era obedecida religiosamente. O banhos tinham lugar após as primeiras precipitações pluviométricas. Era necessário que as primeiras chuvas limpassem os telhados, a fim de evitar contrair doenças.

Ainda tenho saudades dessa pagodeira. Nessa época não havia calçamento de rua. Era tudo um areial e os meninos faziam pequenos paredões de areia para impedir o curso das águas, já no sentido de construir açudes. É preciso notar que os banhistas se vestiam decentemente. Havia preservação da moralidade pública. 

Em algumas casas o escoamento das águas era feito através da biqueira com uma cabeça de jacaré colocada à saída. Era o ponto preferido pela garotada, havendo até disputa de lugar que se transformava em arremedo de briga.

além dos banhistas menores havia também adultos que, aqui e ali, davam um salto até as bodegas próximas para tomarem cachaça. daí haver surgido a trova:

Dizem que o negro bebe,
Negro bebe aperreado,
Quando o negro vai beber,
O copo já está molhado.

Fonte: Assu da Minha Meninice - Francisco Amorim.
Foto: Blog Sara Pontes.

CULTURA:

AS BELAS CAVERNAS DE FELIPE GUERRA E A PASSAGEM DE LAMPIÃO E SEU BANDO

Entrada da Caverna da Carrapateira, no Lajedo do Rosário, Distrito de Passagem Funda, Felipe Guerra-RN, local de abrigo de pessoas da região quando da passagem de Lampião para atacar Mossoró em 1927 - Foto - Solon R. A. Netto
Entrada da Caverna da Carrapateira, no Lajedo do Rosário, Distrito de Passagem Funda, Felipe Guerra-RN, local de abrigo de pessoas da região quando da passagem de Lampião para atacar Mossoró em 1927 – Foto – Solon R. A. Netto
Autor-Rostand Medeiros 
Poucos conhecem ou já ouviram falar da pequena e pacata cidade de Felipe Guerra, localizada na região do Brejo do Apodi, a 330 quilômetros da capital potiguar. Um lugar muito agradável, de pessoas trabalhadoras, tranquilas e extremamente acolhedoras, mas o que torna Felipe Guerra mais interessante é sua concentração de cavidades naturais, a maior do Rio Grande do Norte. Já foram descobertas mais de 80 cavernas no município, ali foi descoberta uma das maiores cavernas do Nordeste do Brasil, a Caverna do Trapiá, com 2.250 metros de extensão. A maioria das cavernas de Felipe Guerra está localizada no Lajedo do Rosário e os acessos a elas são bem complexos, passando pelas fendas e pelas afiadas rochas calcárias do lajedo.
Em uma das cavernas de Felipe Guerra com equipamento adequado para entrar nestes ambientes - Foto - Solon R. A. Netto
O autor deste texto em uma das cavernas de Felipe Guerra, com os equipamentos adequados para entrar nestes ambientes – Foto – Solon R. A. Netto
Tive o privilégio de participar de varias atividades ligadas ao conhecimento do patrimônio das cavernas potiguares, mas adentrar nas cavernas é um desafio à parte. Em algumas é preciso descer por árvores que brotam de dentro da caverna, se esgueirar por entre pedras e rastejar por alguns bons e dolorosos metros para chegar até as galerias ou salões, que são as partes mais amplas das cavernas e onde são normalmente encontrados os espeleotemas.
Além das cavernas, Felipe Guerra ainda possui uma das maiores cachoeiras do Rio Grande do Norte, a cachoeira do Roncador e lugares de águas cristalinas para banho, como o Olho D’água, localizado em propriedade privada.
Na região rural de Felipe Guerra trabalhei algum tempo em um projeto que envolvia o IBAMA-CECAV/RN e a SEPARN (Sociedade para Pesquisa e Desenvolvimento Ambiental do Rio Grande do Norte) e vi muita coisa bonita.
O bando de Lampião
O bando de Lampião
Mas uma das situações que me impressionava era como os habitantes locais mantêm a lembrança viva das agruras sofridas com a passagem do bando do cangaceiro Lampião, em seu ataque a cidade de Mossoró.
Em uma destas cavidades que alguns habitantes conseguiram um abrigo prático para os terríveis eventos que ocorriam próximos a suas casa e deixou na lembrança das pessoas do lugar um respeito muito grande por estes ambientes. 
Um Lugar Tranquilo que Perdeu a Paz 
Nas margens do Rio Apodi, na então pequena Pedra de Abelha, a vida seguia tranquila naqueles primeiros dias do mês de maio de 1927. A pequena vila era então um simples aglomerado humano, com pouco menos de 1.200 habitantes, sobrevivendo da cera de carnaúba, da pequena agricultura e da pecuária. Na época dos invernos mais fortes, a pequena vila sofria as enchentes provocadas pelo Rio Apodi, como foi o caso das cheias de 1912, 1917 e a grande cheia de 1924.
Casas antigas de Felipe Guerra
Casas antigas de Felipe Guerra. Foto – Rostand Medeiros
Por esta época, Pedra de Abelha era um ponto de passagem de viajantes, tropas de burros, vendedores, vaqueiros e outros andarilhos que seguiam a estrada entre a pulsante e rica cidade de Mossoró e a progressista Apodi. Havia uma pequena feira que crescia a cada ano, sempre em ordem e em paz, pronunciando uma tendência de progresso para o pequeno lugar. Outra lembrança de boas perspectivas foi à passagem de alguns homens, de língua enrolada, que se diziam engenheiros, faziam medições e coletavam pedras no lajedo do Rosário, na Passagem Funda, um lugarejo a 8 km de Pedra de Abelha. Logo se espalhou a notícia que o lugar seria transformada em uma grande barragem, que haveria muitos empregos, que seria maior que a barragem de Pau dos Ferros e que a vida em Pedra de Abelha iria mudar para melhor. Mais a barragem não veio e a vida seguia tranquila.
No começo de maio chegam as primeiras das mais terríveis notícias que a região oeste do estado do Rio Grande do Norte iria conhecer. No dia 10, pela madrugada, o cangaceiro paraibano Massilon Leite e mais vinte bandidos atacaram Apodi, depois seguiram para Gavião (atual Umarizal) e na sequência, pilharam a pequena vila de Itaú. As notícias comentavam que apenas um cangaceiro fora preso próximo à cidade de Martins. Para a ordeira população de Pedra de Abelha, ficou o pensamento de que, se os cangaceiros haviam atacado Itaú, uma vila praticamente do mesmo tamanho do seu lugar, por que não atacariam o pequeno povoado a beira do Rio Apodi? Passou então a existir no seio da população uma forte intranquilidade.
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Não era para menos que os habitantes da singela Pedra de Abelha ficassem ainda mais apavorados quando, em 10 de junho de 1927, chega a notícia de que, incentivado por Massilon Leite, Lampião cruzou a fronteira da Paraíba e entra no estado Potiguar. Seguindo a cavalo, com cerca de 60 cangaceiros (número que gera muita polêmica até hoje), em direção a Mossoró.
Avançando para o norte, promoveram um verdadeiro bacanal de destruição, rapinagem e terror. Roubaram, tocaram fogo em diversas fazendas, assassinaram os que reagiam, entraram em confronto com a polícia e fizeram alguns prisioneiros, do qual só libertariam mediante resgate.
Com a chegada das notícias cada vez mais assustadoras, a população de Pedra de Abelha tratou de procurar refúgio aonde houvesse condições. Muitos seguiram para a fronteira do Ceará, outros foram para propriedades de parentes mais distantes e outros que conheciam melhor a região, buscaram o abrigo das cavernas. É bem verdade que a população do sertão possui um medo respeitoso em relação às cavernas, mais naquele momento, este medo foi deixado de lado e a escuridão da caverna passou a ser um abrigo mais acolhedor do que a incerteza da luz do dia e a presença de cangaceiros na região. 
O Abrigo 
A caverna da Carrapateira fica localizada no Lajedo do Rosário, próximo ao atual Distrito de Passagem Funda e a pouco mais de mil metros da margem esquerda do Rio Apodi. Entre as várias cavernas deste lajedo, essa é a que apresenta a maior facilidade de penetração. Sua entrada tem formato oval, com quatro metros de altura e possui desenvolvimento horizontal, No seu início encontram-se alguns blocos caídos e deslocados, também presentes localmente no interior da caverna. 
Foto - Solon R. A. Netto
O autor deste texto na Caverna da Carrapateira. Foto – Solon R. A. Netto
Chama a atenção à forma bem como a natureza moldou o túnel principal, sendo muito largo e alto para os padrões das cavernas das proximidades. Sua sinuosidade apresenta contornos de fluxo d’água, marcados nas paredes bastante lisas, lavradas, de rocha calcária limpa e de cor amarelada, com níveis de sedimentação a mostra. Os espeleotemas encontrados são escorrimentos de calcita, cortinas, algumas estalactites e estalagmites. Na parte posterior do corredor principal, aparecem outros tipos de espeleotema muito comum nas cavidades da região; o couve-flor.
Foto - Solon R. A. Netto
Foto – Solon R. A. Netto
Conforme adentramos a caverna da Carrapateira, o chão vai apresentando uma menor continuidade, mostrando reentrâncias, blocos rolados, até desembocar em uma bifurcação, de onde a caverna segue para salões mais apertados, seguindo por condutos menores. Neste setor, tem-se uma clarabóia de poucos metros de altura, aproximadamente três metros. Por ela pode-se sair do interior com facilidade.
Pelas dimensões do seu interior, pela proximidade com o rio e como na região encontram-se diversas provas da passagem de grupos de caçadores e de coletores, entre 5.000 e 2.000 anos atrás, essa caverna é a que melhor poderia sugerir a possibilidade de algum indicio arqueológico. Contudo, não foram vistos pinturas ou evidências nesse sentido e sua litologia é o calcário.
Foto - Solon R. A. Netto
Foto – Solon R. A. Netto
Não foram encontrados vestígios da ocupação dos habitantes de Pedra de Abelha na caverna. Como a passagem de Lampião e seu bando no Rio Grande do Norte duraram apenas quatro dias, acredita-se que a ocupação da caverna tenha sido por curto espaço de tempo. Mesmo tendo sido apenas por quatro dias, a região oeste do Rio Grande do Norte nunca esqueceu este episódio. 
O Avanço dos Cangaceiros 
Neste meio tempo, o bando de Lampião seguia em direção a pequena Pedra de Abelha, passou ao lado da povoação de Gavião (atual Umarizal) e seguiu depredando as propriedades “Campos”, “Arção”, “Xique-Xique” e “Apanha Peixe” e nesta última propriedade, para a sorte dos refugiados escondidos na caverna da Carrapateira e da maioria da população de Pedra de Abelha, o bando foi dividido. As sete da noite, seguiu o cangaceiro Massilon Leite, para assaltar pela segunda vez, a cidade de Apodi, enquanto Lampião seguia para Mossoró. Em Apodi houve resistência da população, obrigando Massilon a fugir. Devido a esta divisão, Lampião seguiu em frente por outra estrada, passando paralelo ao povoado. A população respirou aliviada e Lampião seguiu o seu caminho.
A fazenda da foto chama-se Mato Verde, também atacada por cangaceiros sob o comando de Lampião e próxima a Felipe Guerra. Foto - Solon R. A. Netto
A fazenda da foto chama-se Mato Verde, também atacada por cangaceiros sob o comando de Lampião e próxima a Felipe Guerra. Foto – Solon R. A. Netto 
Caminho que faria seu bando cruzar com o progressista comerciante e fazendeiro Antonio Gurgel do Amaral, proprietário de uma moderna fazenda em Pedra de Abelha, às margens do Rio Apodi, no atual Distrito do Brejo. Nesta propriedade foram empregadas muitas pessoas, o local possui uma estrutura muito moderna para a época, inclusive com eletricidade e mecanização. Antonio Gurgel havia acabado de chegar de uma viagem da Europa, aonde buscava trazer matrizes de novas raças bovinas para desenvolverem-se na região.
Sentado a esquerda vemos o coronel Gurgel
Sentado a esquerda vemos o coronel Gurgel
Assim que soube do avanço dos cangaceiros, seguira para a sua fazenda para organizar sua defesa. No meio do caminho, na localidade chamada Santana, foi preso por membros do bando. Era o dia 12 de junho e somente no dia 25, Gurgel seria libertado no Ceará, juntamente com outra refém. Por ser Gurgel um homem inteligente, de boa conversa, índole calma e que sempre procurou a tranquilidade junto aos bandidos, ele nada sofreu. Durante sua convivência forçada, escreveu um diário que é tido como um dos mais completos documentos sobre a vida e o dia a dia destes cangaceiros. No fim de sua provação Lampião lhe deu duas moedas de ouro para serem presenteadas a sua neta e, como pagamento de uma promessa feita pela sua liberdade, sua mulher construiu uma capela na Fazenda Santana, que continua de pé até hoje, bem como a sede de sua fazenda, na atual Felipe Guerra. 
Mossoró, 13 de junho de 1927, a Derrota de Lampião 
Na Segunda-feira, 13 de junho de 1927, dia de São Francisco, ás 16:30 da tarde, com o céu nublado, os cangaceiros atacaram a maior cidade do interior do Rio Grande do Norte. O seu Prefeito, Rodolfo Fernandes, praticamente sem ajuda do governo do estado, conseguiu reunir desde advogados, dentistas, comerciantes, padres e pessoas comuns, entrincheirando-os em vários locais.
1- Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião
Os cangaceiros foram derrotados depois de uma hora de combate, não mataram ninguém e perderam um cangaceiro na hora e outro, o temível Jararaca, foi ferido e capturado logo depois. Acabou assassinado pela polícia local no dia 20 de junho e o mais interessante foi que seu túmulo tornou-se um local de peregrinação religiosa popular.
Lampião sofreu a sua mais terrível derrota, comentou que “Cidade com mais de quatro torres de igreja não é para cangaceiro”. Sem conhecer o seu tamanho e a sua capacidade de defesa, acabou enganado pela promessa de Massilon de pouca resistência e muito dinheiro.
O seu ataque a Mossoró causou repercussão em todo país, sendo noticiado em muitos jornais, foi um verdadeiro choque, que impulsionou ainda mais a sua fama. Mesmo já sendo bem conhecido e frequentador de jornais cariocas, foi a partir deste episódio que o seu nome ficou muito conhecido no sul do país.
Após a derrota em Mossoró, o bando em Limoeiro do Norte-CE
Após a derrota em Mossoró, o bando em Limoeiro do Norte-CE
Após fugir do Rio Grande do Norte, para onde nunca mais voltou, o bando seguiu para o Ceará, aonde pensavam que estariam protegidos e foram implacavelmente perseguidos. O mesmo ocorreu na Paraíba e em Pernambuco. Em 1928 cruzou o Rio São Francisco e conseguiu uma sobrevida de mais dez anos, praticando atrocidades na Bahia, Alagoas e Sergipe, aonde foi morto, com a sua companheira Maria Bonita, na Grota de Angico.
Aqui vemos o caminho ainda original da passagem dos cangaceiros, no sentido de quem segue para a cidade de Governador Dix Sept Rosado
Aqui vemos o caminho ainda original da passagem dos cangaceiros, no sentido de quem segue para a cidade de Governador Dix Sept Rosado
Para a população de Pedra de Abelha, sempre que as notícias sobre Lampião surgiam, voltava as lembranças dos medos e aflições de junho de 1927. Com a sua morte (1938) e o desbaratamento do cangaço (1941), passa a existir um alívio intenso nesta população. Com o passar dos anos, ocorre o desaparecimento das vítimas sobreviventes dos atos cruéis dos cangaceiros e muitos dos descendentes destas vítimas deixam a região, emigrando para grandes centros. Falar sobre os fatos da época do cangaço deixa de ser um tabu. A partir dos anos 60, o mito deste cangaceiro o torna um dos personagens históricos mais famosos da cultura popular brasileira, aonde muitos lugares do País Lampião é encarado como símbolo de nacionalidade e o cangaço como um expoente de luta da cultura e do povo nordestino.
Para conhecer as cavernas de Felipe Guerra, muitas vezes devido a localização, só acampando para facilitar. Foto - Solon R. A. Netto
Para conhecer as cavernas de Felipe Guerra, muitas vezes devido a localização, só acampando para facilitar. Foto – Solon R. A. Netto
Apesar de possuir potencial turístico, em Felipe Guerra (assim como em todo RN), a exploração das cavernas só é feita de âmbito científico e, assim, não existe estrutura alguma para a prática do chamado espeleoturismo. Quem quiser conhecer essas maravilhas, só participando de algum grupo de espeleologia ou então se aventurando naquelas cavernas de mais fácil acesso. 
Como chegar a Felipe Guerra: A partir de Natal, pegar a BR-304 até Mossoró, seguida da BR-405 e RN-032. Contato: (84) 3329-2211 (Prefeitura de Felipe Guerra)
Bibliografia:
FERNANDES, Raul, A MARCHA DE LAMPIÃO, ASSALTO A MOSSORÓ. 3 ed. Natal, Editora Universitária, 1985.
NONATO, Raimundo, LAMPIÃO EM MOSSORÓ. 5 ed. Mossoró, Coleção Mossoroense, Fundação Vingt-Un-Rosado, 1998.
QUEIROZ, Maria Isaura Pereira, HISTÓRIA DO CANGAÇO, 4 ed. São Paulo, Global Editora, 1991.
CHANDLER, Billy Jaynes, LAMPIÃO, O REI DOS CANGACEIROS, Rio de Janeiro, Editora Paz e Terra, 1980.
FACÓ Rui, CANGACEIROS E FANÁTICOS, GÊNESE E LUTAS, 7 Ed. Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira, 1983.
PERNAMBUCANO DE MELLO, Frederico, QUEM FOI LAMPIÃO, Recife, Editora Stahli, 1993.
DELLA CAVA, Ralph, MILAGRE EM JUAZEIRO, Rio de Janeiro, Editora Paz e Terra, 1976.
Postado

PESQUISA ELEITORAL:

 GEORGE SOARES FOI O MAIS CITADO EM PESQUISA NO EIXO DAS REGIÕES OESTE/SALINEIRA

George Soares segue fagueiro para conquistar 
o 2º mandato na Assembléia Legislativa do RN.
Em mais uma pesquisa, dessa vez na região Oeste-salineira do estado, elaborada Instituto Consult, o deputado estadual George Soares se destacou com o primeiro lugar obtido entre os quase 2 mil entrevistados.

Com o índice de confiabilidade de 95%, a pesquisa mostrou que o cenário está favorável à reeleição do deputado George Soares ao colocá-lo com 11% das intenções de voto, mais que o dobro do segundo colocado na disputa pela Assembleia Legislativa do RN.

Na região do médio OESTE/SALINEIRA os entrevistados foram abordados nos municípios de: Macau, Guamaré, Galinhos, Afonzo Bezerra, Pedro Avelino, Angicos, Fernando Pedroza, Lajes, Pedra Preta e Caiçara do Rio dos Ventos.

Em todas essas cidades, o deputado George Soares está sendo citado pelo povo como reconhecimento de sua luta na AL, isso sim, é trabalho que dá resultado.

A pesquisa foi registrada com o número BR 00439/2014 e tem margem de erro de 2.2%.
Postado por Toni Martins

REELEIÇÃO:

Mais uma comunidade rural de São Gonçalo abraça a campanha do deputado George Soares
Uma noite emocionante. Assim pode ser descrita a reunião que aconteceu ontem, na comunidade rural de Guanduba em São Gonçalo do Amarante, organizada pela vereadora Valda Siqueira e pela liderança local, João Américo.

A Anfitriã fez um discurso emocionada pelo grande comparecimento popular no local em especial a presença de seu pai o ex-vereador Milton Siqueira, "Meu pai sempre foi meu maior exemplo, foi assim que conseguimos mais de 2 mil votos na última eleição, sempre seguindo os passos da experiência e agora quero passar essa responsabilidade para meu candidato a deputado estadual, George Soares." declarou a vereadora de São Gonçalo.

Estiveram ainda presentes no local, a futura senadora Wilma de Faria, o prefeito Jaime Calado, a vereadora Rayure Protásio e a dra. Zenaide Maia, candidata a deputada federal pelo PR.

"Se fala por aí que todo político calça 40, eu vereadora Valda, calço 42 porque minha maneira de trabalhar é assim, com contato direto com o povo resolvendo as causas e as necessidades daqueles que represento. Esta noite, vai ficar marcada pela emoção e pela alegria de saber que contamos com o apoio de mais uma grande comunidade rural aqui em São Gonçalo". Concluiu o deputado George Soares.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

POLÍTICA:

Em grande reunião no município de Macau essa semana, o trabalho do deputado estadual George Soares (PR) foi enaltecido pelo atual prefeito da cidade salineira, Kerginaldo Pinto.

O prefeito Kerginaldo que vota, declaradamente, em Ezequiel Ferreira do PMDB e obteve mais de sete mil votos no pleito de 2012, prestigiou reconhecendo em discurso na reunião realizada pelo seu secretário de educação, Rodrigo Aladim, que o trabalho realizado pelo deputado George está sendo um dos melhores dessa legislatura na Assembleia do RN e que ele é um jovem político com futuro promissor no estado.

“Hoje, George Soares não é só o Deputado de Macau, nem o Deputado de Assú, George é o Deputado do Rio Grande do Norte”. Afirmou o prefeito diante de todos.

PESQUISA CONSULT:

George Soares em 6º lugar na pesquisa espontânea para deputado estadual

O instituto Consult foi as ruas entre 23 a 25 de agosto, entrevistou 1700 eleitores em todo o RN. A pesquisa foi registrada com o número BR 00439/2014, tem margem de erro de 2.2%, com confiabilidade de 95%, e pesquisou as intenções de voto para presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual.

Os 50 mais citados para deputado estadual (espontânea):
22666 

REPERCUSSÃO:


Mais um registro sobre as supostas “peripécias" políticas do prefeito do Assú, Ivan Júnior (PROS) ecoa na imprensa potiguar.
As interrogações quando ao real e efetivo comprometimento do burgomestre com os candidatos que ele diz apoiar na eleição de 05 de outubro também reverberaram através do blog da bem informada jornalista Thaisa Galvão.
Foi sob o título “Assú: Tem de tudo no grupo político do prefeito Ivan Júnior” que Thaisa Galvão comentou a questão.
 
Leia abaixo:
Prefeito Ivan Júnior

Um carro de som começou a circular hoje pelas ruas de Assú.
Na gravação, a voz do prefeito Ivan Júnior (PROS), pedindo votos para 3 candidatos: a presidente Dilma Rousseff (PT), a deputada-senadorável Fátima Bezerra (PT) e deputado-candidato à reeleição, Ricardo Motta (PROS). Só. 

Já nos adesivos com a cara do prefeito, estão impressos ele, o candidato a governador, Henrique Alves (PMDB) e o deputado Ricardo Motta. 

Juntando adesivo + carro de som…ficou faltando somente o candidato a deputado federal. 

Ao Blog, Ivan declarou que seu federal é Fábio Faria (PSD). 

Porém, a maioria dos vereadores de sua bancada, vota em Rafael Motta (PROS). 

Nos arredores da Prefeitura de Assú, os carros de pelo menos dois secretários do município estão adesivados com as fotos dos candidatos a governador Robinson Faria (PSD), à senadora Fátima Bezerra e a deputado federal Adriano Gadelha (PT).

Postado por pauta Aberta.