Bairros da Cidade do Assú
O perímetro urbano do Assú recebeu na terceira
gestão do prefeito Ronaldo Soares, através do Plano Diretor, mapeamento por bairros. Foi aprovado pela Câmara
Municipal Projeto de Lei regulamentando a denominação de todos os bairros da
cidade do Assú. Este ato administrativo foi fruto da aprovação do Plano Diretor do Assú devidamente
discutido em audiências públicas com a presença de representantes dos mais
diferenciados segmentos da sociedade pública, civil e eclesiástica. O Plano foi transformado na Lei nº 015/2006,
de 28 de dezembro de 2006.
O Assú conta hoje com 14 bairros. São
eles por ordem alfabética: Alto São
Francisco, Bela Vista, Carnaubinha, Casa Forte, Centro, Dom Eliseu, Farol,
Feliz Assú, Frutilândia, Janduís, Lagoa do Ferreiro, Novo Horizonte, Parati
2000, São João e Vertentes.
VEJAM OS HISTÓRICOS:
Bairro Alto São Francisco – Surgiu no
final da década de setenta e início de oitenta quando da construção do
Matadouro Público Municipal que, por questões ambientais, foi transferido da
Rua Bernardo Vieira para um local mais afastado evitando a sota-vento à cidade.
O então prefeito Sebastião Alves Martins desapropriou uma área e doou lotes
para as pessoas que desejassem morar naquelas imediações, tendo prioridades as
fateiras, magarefes e pessoas ligadas àquele logradouro público. Também fez
doação de uma área para construção de um curtume. O Nome Alto – refere-se à posição geográfica com relação ao centro da
cidade e São Francisco foi uma
escolha dos comunitários em alusão ao Santo Francisco de Assis – Padroeiro do
Bairro e muito referenciado pelos católicos assuenses.
Bairro Bela Vista – Quando surgiram
os primeiros arruamentos a área era conhecida por “Boi-Choco” – significava “piolho
de cobra” - inseto corriqueiro naquelas imediações em decorrência de sua
localização entre dois lixões: O da “Baixa
do Cemitério” e outro de maior porte nas proximidades da bueira em frente
da atual chácara de Antonio Albano da Silveira – Toinho Albano. Com o passar dos anos o bairro foi crescendo
e a comunidade se sentia discriminada por residir no “Boi-Choco”. Foi daí que surgiu Bela
Vista – uma referência ao privilegiado visual de quem está no bairro com
relação ao posicionamento do centro da cidade.
Bairro Carnaubinha – Este bairro foi
desmembrado do Centro, como forma de
reduzir o limite geográfico e valorizar o principal ponto de referência da
redondeza que é a Praça da Carnaubinha.
O nome carinhoso de “Carnaubinha” surgiu quando da
construção de uma Pracinha na Rua 24 de junho – nas proximidades da AABB –
sendo plantada uma carnaúba de pequeno porte no centro deste logradouro. A
árvore cresceu lentamente, período em que a população cognominou de “Praça da Carnaubinha”. Como diz o velho
adágio: “a voz do povo é a voz de Deus”. O povo apelidou e a Prefeitura aceitou
a denominação que perdura até os dias atuais.
Bairro
Casa Forte – uma menção a antiga “casa forte” construída (1696) a mando
do Capitão-Mor Bernardo Vieira de Melo para proteger os colonizadores dos
ataques dos índios Janduís e que deu origem à família Casa Forte, tronco dos principais povoadores
do município.
Segundo cronistas a Aldeia Taba-Assu (morada principal do rei Janduí)
se localizava nos limites deste bairro. Faz sentido, uma vez que
geograficamente é uma área por demais privilegiada. Vejamos: Os índios Janduís,
apesar do hábito de viverem perambulantes, fixavam, em períodos do ano,
moradias naquelas redondezas, uma vez que estavam a menos de um quilômetro do
rio, a cerca de cinco quilômetros da Lagoa do Piató e a aproximadamente 20
quilômetros da Lagoa de Ponta Grande. Este tripé hidrográfico garantia aos
indígenas, basicamente em todos os meses do ano, água potável, peixe em abundância,
caça farta e extensa área de vazante para plantação de mandioca - única cultura
que os Janduís plantavam.
Esta
nova denominação do Bairro substituiu o
nome usual “Lagoa do Ferreiro de Dentro”.
Bairro
Centro – Tomando como exemplo as cidades brasileiras surgidas
no período da colonização européia, onde o “marco zero” se localiza no entorno
da primeira igreja católica, com Assú não foi diferente, os fundamentos de
cidade foram aparecendo no entorno da atual Matriz de São João Batista.
Nas ruas laterais e defrontes da Igreja
construíram seus casarões os coronéis, proprietários de terras, criadores,
juízes de paz, delegados, padres... (Considerado atualmente como o maior acervo
arquitetônico do interior do Estado). Nas ruas de trás, próximas ao córrego, construíram
suas taperas de taipa com cobertura de palha de carnaúba, os trabalhadores
braçais, escravos, pescadores, entre outras classes desfavorecidas
financeiramente.
A cidade foi crescendo e o local ficou
sendo conhecido como Centro. O bairro
Centro é uma espécie de “coração da
cidade”. Ele dispõe da maior rede comercial, de serviços e de entretenimentos.
O Centro, propriamente dito é a Praça
da Matriz onde esta o “marco zero” da
cidade do Assú o monumento alusivo ao Cristo Redentor, inaugurado nos primeiros
minutos do século XX.
Bairro Dom Eliseu – Uma homenagem ao
Bispo da Diocese de Santa Luzia - Paróquia de São João Batista - Dom Eliseu
Simões Mendes que muito trabalhou em defesa do Assú e região.
Dom Elizeu era baiano, no entanto,
deixou na execução do Plano de Valorização dos Vales do Assú e do Apodí uma
marca indelével; homem de Igreja, corajoso, pobre e extremamente humano. Sem
demagogia, porém, com idéias claras e objetivas, realizou um trabalho cujos
frutos até hoje permanecem.
Bairro Farol – alusão a um antigo
farol existente a margem da estrada que adentrava a cidade do Assú de quem
vinha de Natal. Nome também da propriedade da Família Montenegro.
Nesta divisão geográfica as comunidades
de São Jacinto e Quinta do Farol estão inseridas no bairro Farol;
Bairro Feliz Assú – Nome oficializado
pelo então Prefeito Lourinaldo Soares numa alusão ao seu slogan administrativo “Feliz
Assú Prá Você”. A área de terra foi adquirida para construção do Cemitério
Público São Vicente de Paula. Diante da necessidade de habitação, o restante
dos terrenos foram loteados e doados para famílias “sem teto” que desejassem
construir suas moradias, dando prioridades aos funcionários e servidores da
Prefeitura.
POSTERIORMENTE DIVULGAREMOS OS HISTÓRICOS DOS DEMAIS BAIRROS:
Texto: Ivan Pinheiro.
Foto: Jean Lopes.