sexta-feira, 22 de maio de 2015

AÇÃO PARLAMENTAR:

George Soares pede a inclusão do São João do Assú no Calendário de Eventos do MTur
Nesta quinta (21) o deputado estadual George Soares (PR) enviou ofício pedindo ao Ministro do Turismo, Henrique Alves, a inclusão do São João de Assú no Calendário de Eventos do MTur. O mesmo está sendo formulado para o próximo ano, sendo assim o ministro potiguar estuda a possibilidade de incluir os eventos potiguares, como o Mossoró Cidade Junina e a Festa do Boi no festivo, por serem eventos tradicionais e notórios no Estado.

Observando que o São João do Assú também se encaixa neste perfil de evento, porque há 289 anos é realizado no RN ininterruptamente e se tornou conhecido por ser a festa junina mais antiga do mundo, o deputado George concluiu:

"Diante do exposto, por uma questão de justiça, pelo reconhecimento da dimensão religiosa, cultural e de notória participação popular, SOLICITAMOS QUE O SÃO JOÃO DO ASSÚ-RN SEJA INSERIDO NO CALENDÁRIO NACIONAL DE EVENTOS, EM ELABORAÇÃO PELO MINISTÉRIO DO TURISMO".
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Assessoria de Imprensa do Deputado Estadual George Soares

Foto ilustrativa de quadrilha.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

LANÇAMENTO DE LIVRO:

Na essência da sabedoria popular 
Ramon Ribeiro - Repórter
A paixão pela cultura popular levou a médica e escritora potiguar Helenita Monte de Hollanda a dedicar 20 anos na coleta de material sobre o tema. Observadora atenta, aproveitou as viagens que fez pelo Brasil para anotar falas, histórias, hábitos, costumes, fotografar festas (religiosas e profanas) e colecionar objetos que compunham a Casa Brasileira.
"Meus filhos também nem sempre me entendem, as vezes reclamam. Mas meu neto, que já leu o livro, agora sabe mais provérbios que seus pais" (Foto: Emanuel Amaral)
Uma parte desse material pode ser visto no “Como diz o ditado”, seu livro que será lançado nesta quinta-feira (21), às 19h, na Livraria Saraiva do Midway Mall.

A obra reúne mais  de 6.200 provérbios, 1.100 frases feitas e 1.200  apodos, alcunhas e gírias matutas. Talvez seja o maior trabalho já feito sobre o tema. Não apenas pela extensão do catálogo, mas também pela parte informativa, que, dentre outras aspectos, procurou relacionar ditados brasileiros com suas versões originais de várias partes do mundo, e relatar a ocorrência das frases em outros meios, como na literatura e na música.

O livro faz parte duma série de seis, que a autora pretende publicar com a temática da cultura popular. Os outros são sobre superstições e crendices; medicina popular; hábitos e costumes (festas, danças, cantos); religiosidade popular; e a Casa Brasileira.

 Saudosa, Helenita lembra que o interesse pela sabedoria popular surgiu na adolescência, momento em que começou a anotar os primeiros provérbios. Sua bisavó por parte de pai era um negra alforriada e lhe trouxe uma forte ligação com o elemento africano. Do lado materno ela herdou o componente religioso. Seu tio-avô foi Dom Nivaldo Monte. “Esse sincretismo cultural de berço foi o que me formou e levo comigo”.

Sua fala, recheada de provérbios, torna para a geração mais nova a conversa um pouco complicada. No entanto a autora é paciente e explica com sorriso aberto cada ditado que cita. “Meus filhos também nem sempre me entendem, as vezes reclamam. Mas meu  neto, que já leu o livro, agora sabe mais provérbios que seus pais”, se diverte.

É curioso ver uma médica se dedicar com tanto afinco a um tema tão distante da sua área. Helenita é especialista em Ultrassonografia Vascular. O que a fez se meter de corpo inteiro na pesquisa foi uma frase do conterrâneo Câmara Cascudo: “O homem se aprende no homem. E não no livro”. “Pensar sobre isso me fez largar a medicina privada, ficando só no Mais Médicos. Dessa forma comecei a me meter pelo interior, fazendo esse trabalho de campo, vendo com meus olhos o que há de remanescente na cultura popular”.

No Rio Grande do Norte passou pelo Sertão, litoral e Borborema Potiguar. Na Bahia, onde mora atualmente, pesquisou em áreas de identidades culturais distintas: Recôncavo, Sertão, Médio São Francisco e Chapada Diamantina.

“Conheci pessoas com bastante conhecimento popular no consultório. Eu marcava de conversar com elas em outro horário e pude gravar muitas dessas entrevistas”, conta.

Além do trabalho de campo, Helenita fala que a pesquisa também envolveu a aplicação de questionários enviados para vários cantos do Brasil, seus cadernos de provérbios anotados desde a adolescência, a leitura de autores como o Cascudo e Gumercindo Saraiva, Veríssimo Melo, Amadeu Amaral.

Em suas leituras, a autora constatou que a sabedoria tida como popular transita pelo erudito, “de modo a não podermos identificar a sua origem”. “Falamos da cultura popular como algo rasteiro. Isso é uma mentira. Se vê provérbios em Dom Quixote, Guimarães Rosa. Não se sabe onde o erudito bebeu no popular, nem onde o popular bebeu no erudito. Então isso é um mito”.

A autora teme ver a cultura popular varrida pelas novas tecnologias. “A internet, a televisão está  passando por cima de tudo. O trabalho ganha importância por fazer o registro dessa cultura, antes que ela se perca”, conta Helenita, que torce para os provérbios não sumirem da boca das pessoas, tanto, que dedica o livro ao neto Gabriel: “a quem presenteio com saber ancestral e a responsabilidade inerente ao conhecimento: saiba, ame, conserve, perpetue!”

“O livro não é algo autoral. O mérito é do tema. Estou devolvendo o que a cultura popular me trouxe”, explica.

Provérbios preferidos da autora:
- A amar e a rezar ninguém nos pode obrigar.
- A Quaresma é muito pequena para quem tem o que pagar pela.
- Asno que a Roma vá de lá asno voltará.
- Casa quantas mores, terras quantas vejas, vinhas quantas podes, dinheiro quanto contes.
- Cinza molhada Páscoa embrejada.
- Com arte e engano se vive meio ano. Com engano e arte se vive a outra parte.
- Deus me livre de etc de escrivão e de quiprocó de boticário.
Fonte: Tribuna do Norte  - 21/05/2015

quarta-feira, 20 de maio de 2015

DESRESPEITO:

'Ely da Saúde' diz que gestão Ivan Júnior não responde requerimentos dos edis

"Ely da Saúde"
A omissão do governo Ivan Júnior (PROS) em responder aos requerimentos que são aprovados pela Câmara Municipal do Assú fez com que pelo menos um dos membros do Legislativo tomasse uma atitude diferente para ter acesso às informações da gestão.
Cansada de esperar pela boa vontade da administração, a vereadora Elizângela Albano, “Ely da Saúde” (PSD), adotou nova estratégia, trocando os requerimentos por ofícios devidamente protocolados na chefia do Executivo.
Foi o que fez, esta semana, na intenção de ter acesso a dados referentes à área de saúde pública, conforme foi por ela exposto nesta terça (19) numa entrevista exibida pela Rádio Princesa do Vale.
Entrar com requerimento na Câmara é uma decepção. Porque os requerimentos, infelizmente, não são respondidos. Então, resolvi eu mesma entrar com ofício e protocolar diretamente na Prefeitura, no Centro Administrativo, pra ver se com ofício a gente obtém alguma resposta”, declarou a parlamentar-mirim, dizendo ignorar que, além dos seus pleitos, os requerimentos dos colegas, mesmo de situação, mereçam atenção do gestor municipal.
A Câmara do Assú ela não tem os seus requerimentos respondidos por parte do Executivo”, reiterou a legisladora oposicionista, dizendo não saber porque razão a administração local age com tal desrespeito em relação ao Parlamento.
“Ely da Saúde” disse que, se o modelo de obter informações da gestão mediante ofício não apresentar resultado satisfatório, recorrerá ao Ministério Público da comarca para fazer valer seu direito como vereadora e o direito dos cidadãos de Assú de acessar as informações públicas.
Postado por Pauta Aberta.

APELO:

George Soares cobra resposta do governo para reivindicações dos professores da UERN

Foto: Eduardo Maia/Assecom ALRN
Em pronunciamento na sessão ordinária desta terça-feira (19), o deputado George Soares (PR) cobrou do governo do estado resposta para o pedido de reajuste salarial dos professores da Universidade do Estado do RN (UERN).
De acordo com o parlamentar, o reajuste é uma reivindicação antiga do corpo docente da instituição. 
Apelo ao governo para que honre seus compromissos e atenda às reivindicações dos professores. Essa semana é fundamental para o desfecho do entendimento, pois as reuniões já aconteceram. Aguardamos agora a resposta do Executivo estadual, disse George Soares, conforme informação da assessoria de imprensa da Assembleia Legislativa do RN.
Outra reivindicação apontada pelo deputado é a implantação do plano de cargos e salários dos professores.
Segundo George Soares, o corpo docente já deu indicativos de greve, caso não haja entendimento com o governo do estado. 
Peço o apoio incondicional da presidência desta Casa legislativa e o empenho de todos os deputados para que possamos sensibilizar o governo do estado em favor do atendimento destas reivindicações, afirmou o parlamentar.
George Soares lembrou que recentemente encaminhou emenda parlamentar que destinou R$ 100 mil para o Campus da UERN no município de Assú, proporcionando a climatização das salas de aula e biblioteca.
Em aparte, o deputado Jacó Jácome (PMN) parabenizou a iniciativa de George Soares e declarou apoio à matéria. 
O momento é de união em prol da UERN, instituição que presta excelentes serviços ao estado. A Casa tem que ser parceira dessa causa, justificou Jacó Jácome.
Assessoria Parlamentar.

terça-feira, 19 de maio de 2015

JORNAL DO SÉCULO DEZENOVE

JORNAL CORREIO DO ASSÚ
O primeiro número do jornal Correio do Assú – periódico político, moral e noticioso sob a responsabilidade do redator João Carlos Wanderley circulou no dia 07 de setembro de 1873.
Esse número trouxe, além do editorial (que transcrevemos abaixo), notícias sobre o aniversário da Independência Nacional; Missão dos capuchinhos em Mossoró; Circulação de notas falsas em Mossoró; publicação do romance “Mistérios de um homem rico” - de Dr. Luiz Carlos Lins Wanderley; a Casa de Caridade do Assú; o início das obras do lançamento do fio elétrico submarino entre Brasil e a Europa; artigo sobre a maçonaria; publicações pagas e ainda o seguinte anuncio: "ALUGA-SE uma criada livre ou escrava, para o serviço ordinário de uma casa de família. Nesta typografia se dirá quem a pretende." 
A tipografia do Correio do Assú estava localizada na Rua Nova, Travessa da Rua da Cadeia. Tinha como impressor o senhor José Rodrigues da Silva. 

Vejamos o seu editorial. Que bela peça jornalística: 

CORREIO DO ASSÚ - Ao Assuense substitui hoje o Correio do Assú. 
O prelo é novo, o tipo outro, o formato diferente; mas no programa é o mesmo:
Adoração à Deus, como verdadeiro católico; amor à pátria, como leal cidadão; dedicação à causa da liberdade, como decidido liberal; tal foi a tríplice divisa Assuense; tal será a do Correio do Assú.
Não há, pois, diferença na ideia pela somente adoção de um nome.
O crisma de hoje não nos é mais simpático que o batismo de ontem; uma circunstância, porém, toda particular e que só a nós diz respeito, fez-nos preferir o título com que hoje reaparecemos na galeria do jornalismo. 
O Assuense, agora, pertence a história do passado, tendo perfeito o seu ciclo com o número 286; cumpre pois indagar se ele foi fiel ao seu programa; se foi coerente em suas ideias, se cumpriu a sua missão, ou se alguma vez saltou fora do trilho em que devera marchar. 
Não nos acabrunham os erros, os defeitos, os desvios, que por ventura possam ser apontados no Assuense, em sua rotação de 6 anos; não nos acabrunham, sim, por que fica-nos essa tranquilidade que resulta da consciência que temos de haver obrado sempre da boa fé e com boa intenção.
Em sua difícil peregrinação, o Assuense nunca tomou voos de águia, porque rasteiro foi o seu moto; esforçou-se porém sempre, e com todo empenho e boa vontade, para não se deixar ficar atrás do movimento geral.
Nas grandes questões, que neste ultimo quinquênio se suscitaram no país, o Assuense tomou sempre parte mais ativa, emitindo com sua meia palavra a sua fraca opinião, marchando de acordo com o seu programa e com os ditames de sua consciência.
Na questão do elemento servil, foi em favor da liberdade, porque era liberal; na questão da reforma eleitoral, pugnou pela eleição direta, porque ai havia uma vontade mais decidida contra o poder pessoal, e uma passagem de menos para os abusos da autoridade; e neste último reencontro, entre o jesuitismo e a maçonaria, pronunciou-se em favor desta porque via ali a prática de uma virtude austera; enquanto ali via a exibição de uma ganância torpe, ou nefanda especulação. 
Além destas, outras questões houveram em que o Assuense apareceu sempre atencioso para com as ideias contrárias, sempre coerente com os seus princípios.
Fez oposição decidida, mas sempre razoável e honesta, a algumas administrações, que incorreram na pena de graves censuras; e nunca desvirtuou atos que trouxessem o cunho da justiça e do direito, partissem eles de onde partissem.
Acusou também autoridades, pelos seus excessos e arbitrariedades; acusou juízes, pela parcialidade e injustiça de suas decisões; e nunca deixou de tomar à peito a causa dos oprimidos.
Fez ainda mais: uma ou outra vez foi obrigado a tocar o diapasão do personalismo, mas nunca o fez sem a mais dolorosa contrariedade, tendo sempre em mira moralizar e não maltratar.
E não haveria tropeços nesta marcha, sombras neste quadro, senões nesta pratica? Sim, houveram, provavelmente houveram, e nem há que admirar. “A cabeça maus segura lá uma vez tonteia.” Já o dissemos; o animo mais forte lá uma vez se acobarda; a vontade mais robusta lá uma vez se amolga; além de que, o sol também tem manchas, e o Assuense seria um impenitente vão, ou um farsola ridículo, se quisesse arrogar a si um privilégio que a ninguém é concedido; o da inerrância.
Só uma cousa protestamos e vem a ser: que nunca foi nosso propósito ferir susceptibilidades de quem quer que fosse. 
Sim; a nossa intenção foi sempre boa, e o nosso mais fervoroso desejo foi sempre edificar, não demolir.
As questões locais criaram-nos desafetos; e bem era isto de esperar; se formos, porém, todos razoáveis e cordatos, havemos reconhecer que o Assuense tinha um circulo a fazer; e que aquele que imprudentemente se lhe atravessasse adiante, corria o risco de ficar esmagado. 
O mesmo trilho percorrerá o Correio do Assú, para cuja circunvolução pedimos o auxílio de todos os bons liberais da província.
Atravessamos uma quadra difícil e excepcional; cumpre pois que todos se instruam , que todos saibam o que vai pelo mundo político, para se comportarem como bons cidadãos, em ocasiões precisas. 
“A imprensa é a artilharia do pensamento” já o disse alguém, e é também o farol do espírito moderno.
Pela imprensa revelamos a nossa existência política; e bem triste cousa seria, si, a par daquele que escreve, não estivesse aquele que lê.
A imprensa é ainda o mais seguro veículo da queixa oportuna, da censura justa, da acusação fundada.
Cada cidadão que, podendo deixa de assinar o jornal que advoga suas ideias, e que pugna pelos seus direitos, comete uma extorsão, ou pelo menos um descuido imperdoável para consigo, e para com o seu partido; para consigo por que se deixa ficar nas trevas da ignorância; para com o seu partido, por que lhe nega a existência e auxílio de mais um dos seus adeptos. 
A nossa senha política receberemos do “Liberal” que é o órgão principal do partido a que pertencemos, e que se publica na Capital desta província, sob a direção dos nossos chefes; e com fidelidade e exatidão transmitiremos a mesma senha aos nossos leitores, formando assim uma cadeia de boa harmonia, onde não haja nenhuma solução de continuidade.
É nosso desejo, pois, que se estabeleça uma comunicação direta entre o Correio do Assú e os liberais da província, máxime do centro; e é por isto que pedimos as suas assinaturas para auxílio da nossa empresa, que não poderá sustentar-se sem o concurso generoso de todos.
Está finalmente, explicado o nosso pensamento; está patente a nossa vontade, e indicado o caminho que havemos seguir; cumpre agora que concorram todos com igual empenho para o bom êxito e legítimo triunfo das nossas ideias. 
Fonte: Marcas Que Se Foram - Livro inédito de Ivan Pinheiro.

AÇÃO PARLAMENTAR:

George Soares faz apelo na Assembleia Legislativa em prol dos professores da UERN
Em sessão plenária da Assembleia Legislativa do RN nesta terça-feira, 19, o deputado George Soares (PR) fez apelo ao governador Robinson Faria pedindo que o mesmo, analise o quanto antes as reivindicações dos professores da Universidade Estadual do RN (UERN) para que não aja greve da classe.

Segundo o deputado, os professores reivindicam reajuste salarial de 12, 035% e o sonhado plano de Cargos e Salários. Em reunião com os representantes, o governo do Estado pediu uma semana para analisar as propostas da ADUERN (Associação dos Docentes da UERN).

“O Estado já se encontra com problemas na Saúde e na Segurança Pública. Caso o governo não negocie bem com os professores que estão abertos ao diálogo, poderá deflagrar problemas, também, na área da educação estadual. Sem contar, no prejuízo do ano letivo para os alunos. Pedimos ao governador que se sensibilize e conceda a valorização que os professores esperam.” Concluiu George Soares.
Assessoria de Imprensa do Deputado Estadual George Soares

CULTURA POPULAR:

ESPONTÃO

 
Na cultura popular do Rio Grande do Norte destacam-se folguedos populares, também chamados pelo mestre Câmara Cascudo de "danças de alas ou cordões" e de “autos populares”, que coincidem com as “danças folclóricas” de Deífilo Gurgel e Veríssimo de Melo, todos eles grandes estudiosos da nossa história cultural.

Dentre os folguedos ou danças do nosso folclore temos:

Espontão – também chamada "Dança dos Negros do Rosário", como é o caso da Festa de Nossa Senhora do Rosário em Caicó e Nossa Senhora da Conceição em jardim do Seridó. A dança é um bailado que simula uma luta de lanças ou espontões entre dois grupos guerreiros com ataque e defesa que são acompanhados por um grupo musical formado por três tambores ou zabumbas e um pífano.

Até meados de 1930 este tipo de manifestação ocorria em Assu nas imediações da atual Praça do Rosário onde neste período existia uma Capela cuja santa venerada era Nossa Senhora do Rosário. Na festa dos Negros do Rosário, com exceção do Padre só tinha acesso os negros.  

Fonte: Atlas Escolar do Rio Grande do Norte - José Lacerda e Edilson Alves.

ASSU:


O Diário Oficial do Estado do RN desta terça-feira (19) sacramenta uma substituição na esfera do cargo comissionado de Agente de Cultura da Casa de Cultura Popular Sobrado da Baronesa, em Assú, administrativamente ligada à Fundação José Augusto (FJA).
Os atos são firmados pelo governador Robinson Faria (PSD) e pelo secretário estadual de Educação e Cultura, professor Francisco das Chagas Fernandes. Ioquelimm Ferreira Lima e Silva, que ocupava a função, foi exonerada e, para seu posto, foi nomeado o artista plástico Francisco Wagner de Oliveira (foto).
Postado por Pauta Aberta.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

DOIS DEDOS DE PROSA:

ALMOÇO DEMORADO

O vereador Adelson Martins de São Gonçalo do Amarante foi convidado para um almoço cerimonioso, muito chique. Passando por uma mesa espetou com um palito a manteiga do convert. Com as palavras escorregando na boca apontou para o prato chamando a atenção dos colegas:
- Cuidado com esse troço, é manteiga. 
A surpresa maior estava por vir. Quando pediram camarão à havaiana. O prato foi servido, como manda a praxe, dentro de um abacaxi.
- Qués abacaxi Adelson? – Perguntaram.
- Não vou esperar o camarão.
Conversa prá lá, conversa prá cá e lá pras tantas chamaram o garçom.
- Amigo, esse almoço é de rosca?
O garçon com elegância respondeu:
- A comida está servida. Faz muito tempo... Seus camarões estão dentro dos abacaxis.

POISDIGA!
*_*
ESCONDERIJO

Conta Valério Mesquita em seu livro Poucas e Boas que numa sessão da Assembléia Legislativa a discussão da prorrogação da CPI da CAERN ocupava todo o tempo. Com a palavra o então deputado Leonardo Arruda, que estranhava o desaparecimento do presidente da comissão de licitação da CAERN que, convidado a depor, apresentou justificativas e tinha ido se refugiar numa casa de praia de Tamandaré, Pernambuco. Nesse instante, o deputado assuense Arnóbio Abreu, de saudosa memória, pediu a palavra para corrigir Leonardo: 
- Vossa Excelência esta distorcendo os fatos. Na reunião da CPI desta manhã, Vossa Excelência foi informado que ele se encontrava na casa de sua mãe.
O deputado Leonardo Arruda atônito, entre as risadas de todo o plenário perguntou: 
- Da minha mãe?

POISDIGA!

SONETO:

RESEDÁ
Quando eu era pequeno, em nossa casa
Havia um resedá sempre florindo.
Que roxos cachos! Como o tempo passa
Recordações em nossa mente abrindo.

Antes que o sol que toda terra abrasa
Despontasse no espaço etéreo, lindo,
À semelhança de um sussurro de asa
Eu falava com ele, alegre, rindo.

Ao recordar da infância os tempos idos,
O resedá murmura aos meus ouvidos
Uma canção sentimental, dolente.

É o canto da saudade, a voz do pranto,
O despertar da alma, o doce encontro
E que consola o coração da gente.

Autor: Francisco Amorim (Chisquito).
Livro: Essências.

PÁGINA ASSUENSE:

 JOÃO CELSO NETO*
Um assuense literato
Aquele que escreve, já dizia Rilke, quer ser lido. Um dos momentos mais surpreendentes e emocionantes que tive na vida foi, durante meu curso de Direito, ouvir o professor de Língua e Comunicação (primeiro semestre, 1994) iniciar a aula recitando um poema meu.

Outra situação gratificante que me aconteceu, indiretamente, foi saber que minha caçula precisou fazer um trabalho acadêmico, no Rio de Janeiro (Faculdade de Direito da Universidade Estácio de Sá, dentro da disciplina Metodologia no Ensino do Direito, 2009) em que uma das referências bibliográficas citadas era um texto meu que fora publicado em alguns portais jurídicos sobre o Ensino Jurídico no Brasil. Como decorrência, fui convidado para ali fazer uma apresentação. Cerca de um ano depois igual convite me foi feito para falar na Universidade Católica de Brasília sobre o mesmo assunto e a partir do mesmo artigo (na origem, um trabalho acadêmico ao cursar Filosofia do Direito, no décimo semestre de minha graduação).

Na minha formação escolar, o que me serviu muito de estímulo e exemplo, tive aulas de leitura e de ditado (o que parece não existe mais no ensino fundamental).

Na verdade, eu vivi em um ambiente de poetas e literatos desde a “província” (Natal-RN) e já antes dos 10 anos de idade. Não sei se devo falar em precocidade, optando por dizer que as circunstâncias me favoreceram. Ganhei um “Tesouro da Juventude” (publicação da W. M. Jackson, infelizmente descontinuada) que li todo (24 volumes). Aos 13 anos, li “O elogio da loucura”, de Erasmo de Roterdam e devo ter entendido muito pouco. Porém aumentava meu gosto pelas letras e minha admiração pelos poetas e escritores. Aos 14, antes de me mudar para o Rio de Janeiro, acompanhei durante alguns dias todas as atividades de um grupo de escritores que estiveram em Natal, creio ter sido um intrometido que se misturava aos homens e mulheres de letras da terra.

Descobri-me escrevendo poesia aos 17 anos e escrevia principalmente poemetos, alguns mais extensos. Cometi sonetos e, no dizer de críticos, fui um dos muitos “drummondzinho” de minha geração (impossível não seguir aquele mestre). Vi-me incluído em uma antologia (“Panorama da poesia norte-rio-grandense”) em 1965 e vi minhas incultas produções da mocidade em forma de um magro opúsculo publicadas em 1966 (“Versos íntimos”). Aos poucos, o dia-a-dia me afastou da atividade cultural que procurava acompanhar de perto, comparecendo a lançamentos, debates, palestras, etc., me aproximando da intelligentsia carioca.

Em 1980, publiquei um livro com as glosas de meu falecido pai, apresentando cada glosa dele com uma escrita por mim (“Glosas de Hélio Neves de Oliveira”). Por conta desse livro, costumo brincar que “ingressei” na Academia Brasileira de Letras, ainda que apenas para a posse de Orígenes Lessa na Cadeira 10, que fora de Rui Barbosa, e que me honrara com o convite para aquela cerimônia (Orígenes fora colega de papai, anos antes, em uma agência de publicidade do Rio, a JMM, de um potiguar de primeira linha que, aliás, escrevera o prefácio de meu livro). No ano seguinte, saiu um segundo livro meu de glosas (“Glosar, glosei”) e encontrei várias outras inseridas em publicações como “50 glosas sacanas” e “Bocagiana potiguar”.

Por fim, em 1983, publiquei um terceiro livro de glosas, embora com a temática restrita à empresa em que eu trabalhava havia 15 anos e que então celebrava seus 18 anos de existência, a Embratel.

Mais uma vez, fiquei lisonjeado ao me ver verbete já na primeira edição (1990) da “Enciclopédia de Literatura Brasileira” organizada por Afrânio Coutinho.

Tivesse eu ficado morando em Natal, acredito, muita coisa na vida teria acontecido de forma bem diferente. Meu amor às letras provavelmente teria continuado e crescido, quiçá teria tido uma produção literária maior bem como, potencialmente, teria tentado ingressar em alguma academia.

Morando em Brasília desde 1982, logo que aqui cheguei concorri a uma vaga na Academia Brasiliense de Letras, curiosamente obtendo um ou dois votos, apesar de ser bem desconhecido (podem ter sido votos de protestos no concorrente do favorito, como se viu no delicioso livro de Jorge Amado “Farda fardão camisola de dormir”). Tenho entre os membros da ABL daqui alguns conhecidos, sendo um ex-colega de trabalho e um ex-professor. Certa vez, na posse de um deles, fui instado a me candidatar outra vez, ocasião em que declinei do convite, com uma glosa cujo mote é: Acordei daquele sonho / de me tornar imortal.

*João Celso Neto é poeta assuense, funcionário aposentado (EMBRATEL) e advogado, reside em Brasília/DF.
(Texto e foto da linha do tempo/facebook de JCN). Postado por Fernando Caldas. Foto: 

RELIGIÃO:


Ao concluir a celebração eucarística deste domingo (17), o padre Flávio Melo, gestor da paróquia de São João Batista, anunciou que, na próxima visita que fará ao Assú, para integrar-se à abertura da festa maior do padroeiro, mês que vem, o bispo diocesano, Dom Mariano Manzana, fará uma divulgação especial. Segundo o vigário, nessa oportunidade, o bispo da Diocese, sediada em Mossoró, revelará publicamente os nomes dos membros da comissão pastoral diocesana que ficará com a responsabilidade pela construção do Santuário de Irmã Lindalva, cuja localização se dará na comunidade rural de Malhada de Areia, povoação na qual a beata assuense nasceu.
Postado por Pauta Aberta.