RESEDÁ
Quando eu era pequeno, em nossa casa
Havia um resedá sempre florindo.
Que roxos cachos! Como o tempo passa
Recordações em nossa mente abrindo.
Antes que o sol que toda terra abrasa
Despontasse no espaço etéreo, lindo,
À semelhança de um sussurro de asa
Eu falava com ele, alegre, rindo.
Ao recordar da infância os tempos idos,
O resedá murmura aos meus ouvidos
Uma canção sentimental, dolente.
É o canto da saudade, a voz do pranto,
O despertar da alma, o doce encontro
E que consola o coração da gente.
Autor: Francisco Amorim (Chisquito).
Livro: Essências.
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