sábado, 3 de janeiro de 2015

PRÉ-HISTÓRIA:

SEGREDOS DO PASSADO
Os brasileiros pré-históricos fabricavam machados e facas de pedra lascada. Eles eram nômades, isto é, deslocavam-se constantemente em busca de novos locais para caçar, pescar ou coletar alimentos e, raramente, vivam mais do que 25 anos. 
Como sabemos tudo isso? 
Hoje os arqueólogos estudam os vestígios deixados por nosso antepassados - instrumentos, ferramentas, restos de fogueira, vasos, pinturas e fósseis - e, aos poucos, desvendam como era a vida há milhares de anos. 
Um aliado importante nas pesquisas é o carbono 14, um elemento químico radiativo que permite saber a idade de um fóssil. 
O que é fóssil?
Molde e impressão deixados por seres vivos e restos de animais petrificados.
Fonte: História do Brasil - Do Descobrimento à abertura democrática - Coleção Fique por Dentro.

REMINISCÊNCIAS:

Na fotografia. Da esquerda: O agropecuarista Cícero de Pade, Jobeni Machado da Penha (Presidente da Câmara), Sebastião Alves, Padre Francisco Canindé dos Santos e José Tarcísio Tavares (Purueca). A fotografia do ano de 1977 ou 78. Era prefeito do Assu Sebastião Alves Martins. 

FONTE: Fernando Caldas

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

REMINISCÊNCIAS:

José Tarcísio Tavares e sua irmã Evangelina Tavares de São Leitão.

José Tarcísio Tavares ou simplesmente Purueca como era mais conhecido na sua cidade de Assu/RN era tipo magro, baixa estatura, bom de copo, boêmio inveterado. Teve a infelicidade de ter perdido na morte seus pais Fernando Tavares e Maria Celeste Tavares, num desastre aviatório do Rio do Sal, em 12 de julho de 1951, fato este que deixou a sua família atordoada. Estudou no Colégio Diocesano de Caicó e no 7 de Setembro, de Natal, na década de cinquenta. No Assu, frequentou todos os bares e botequins que povoavam aquela cidade de tantos boêmios como ele próprio.

Ele, Purueca, foi proprietário em parceria com Tarcísio Tavares da famosa Sorveteria denominada "Ponto Chic", estabelecida na esquina com o antigo Banco do Brasil, em frente a praça Getúlio Vargas. Era o ponto de encontro da juventude assuense nos anos sessenta. 

Dele, em razão do seu temperamento ignorante qualquer coisa que lhe desagradasse dizia um nome de baixo calão), conta-se que certo amigo lhe fizera uma proposta numa mesa de bar, madrugada a dentro: 
- Purueca, eu pago a despesa se você passar cinco minutos sem dizer um nome imoral! 
- Tá fechado, pode marcar no seu relógio! 
Quando foram já se aproximando do cinco minutos, não suportando mais esperar, explodiu: 
- Os ponteiros da porra deste relógio não rodam, não?
E Purueca foi obrigado a pagar a despesa.

Em tempo: Ele era meu tio pelo lado materno.

Postado por: Fernando Caldas

MENSAGEM:

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MENSAGEM:

TROVA:

Que 2015 lhe permita fazer o que deseja...
Que tenhas saúde, paz e determinação.
Que afastes a maldade, o ódio, a inveja...
Que amor e amizade banhem seu coração.

Feliz 2015!!!
Um forte abrASSU!

São os votos de Ivan Pinheiro.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

AOS AMIGOS E SEGUIDORES DESTE BLOG:

Que 2015 lhe permita fazer o que deseja...
Que tenhas saúde, paz e determinação.
Se acaso gostares de pinga ou cerveja,
Que'stas sirvam somente de inspiração.

São os votos de Ivan Pinheiro. 
Um forte abrASSU!

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

POESIA PIRASSUENSE:

FACES SEM SORRISO
Menino qual o teu nome,
Que tens uma angústia louca?
Foi o cabresto da fome
Que amordaçou minha boca,
Pois no meu nome senhor
Só há desespero e dor,
Tristeza e desolação,
O meu nome nada importa
Fico a soleira da porta
Pedindo a esmola de um pão.

E aquele rapaz, quem é
Que está ao pé do serrote?
É o meu irmão José
Que foi dar água ao garrote;
Chega José paciente,
Senta-se ao mesmo batente,
Vago olhar amortecido,
Na palidez do seu rosto
Tinha a força do desgosto
De um jovem desiludido.

O André chega também,
Antônio, Ambrózia e Tereza
Cada rosto uma tristeza,
Só alegria não vem
A pobre mãe numa rede
Embala o pé na parede
O filho mais pequenino,
Dois ou três meses de idade
Mais é na realidade
Vítima do mesmo destino.

Esse pequeno inocente
Sem brilho nos olhos seus
Sofre por culpa de Deus?
Não. Culpa dos homens somente,
Os homens sim, são culpados
Que aos filhos dos desgraçados
Lançam os grilhões da miséria
De Deus, não, a culpa é deles
Como se não fossem eles
Filhos da mesma matéria.

Autor: Francisco Agripino de Alcaniz - Chico Traíra.
Fonte: Espinhos e Flores da Minha Terra/1986.
Ilustração: Pintura de Bartolomé Esteban MURILLO - conhecida como "o jovem pedinte" (c. 1650).

LINGUAGEM POTIGUAR:

EMA
EMA - A maior das aves do continente Americano (Rhea americana). Marca de fumo no norte do Brasil. 
Na gíria daqui significa bêbado: "João vem montado na ema", isto é, vem bêbado.
Do tupi: Nhamdú - a que corre com estrépito.  De nhã (correr) + dú (com estrépito).
Pessoa que tem pescoço longo se diz que tem pescoço de ema. 
A avestruz do Brasil segundo B. Rohan.
Fonte: Contribuição Indígena à Fala Norte-Rio-Grandense - Protássio Pinheiro de Melo. 
Foto: https://ednene.wordpress.com.

AÇÃO PARLAMENTAR:

Deputado George Soares participa da reinauguração do Caic de Assú‏
A Escola Renato Caldas, o Caic de Assú, passou por uma grande reforma e reestruturação das suas instalações e foi entregue a população do Vale do Açu na manhã desta terça-feira, 31 de dezembro. 

A solenidade aconteceu no prédio da escola, no Bairro Vertentes e contou com a participação da governadora Rosalba Ciarlini e do deputado estadual George Soares que lutou na Assembleia Legislativa do RN para trazer a obra para Assú e foi atendido. 

" É sempre uma enorme satisfação ver que nossos esforços na Assembleia estão se tornando realidade para a população do nosso Estado. Agradecemos a diretoria da Escola que nos homenageou pelo serviço que prestamos, um reconhecimento ao nosso trabalho. A reforma no Caic de Assú veio graças a esforços somados e os maiores beneficiados são os estudantes do Vale que agora tem uma estrutura escolar com Ginásio e alto padrão de qualidade para o ensino e aprendizado de mais de mil alunos." Concluiu o deputado George Soares.
-- 
Assessoria de Imprensa do Deputado Estadual George Soares

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

CONTO:

A OUTRA
Maria das Virgens era mais doida do que pedra de funda. Vivia proclamando aos quatro ventos que jamais se casaria. preferia ser "A Outra" e espalhar lágrimas ao redor.

Seu último caso de amor foi com o marido de Das Dores, aquela que colecionava vidrinhos de lágrimas.

Após longos meses de união extra conjugal, João disse à amante:

- Maria das Virgens, tenho algo a lhe dizer.

- O que? Que fala de mistério!

- É isto. Quero lhe comunicar que o nosso caso de amor chegou ao fim...

- O que?! Vai me abandonar?

- Cansei, querida, mas "enquanto durou foi bom". Não desejo contrariar mais Das Dores. Ela já derramou lágrimas demais por mim. Não quero mais magoá-la.

- E eu?

- Se vire. Não lhe faltarão amantes com essa fogueira de seu corpo. Aprendi demais com você e cheguei a conclusão de que a meiguice e a doçura valem mais numa mulher, do que a volúpia vertiginosa do sexo...

- Está certo, mas eu já me vinguei por Das Dores. Diga a ela, que quando lhe acariciar, que passe as mãos em sua testa, e veja quantos chifres lhe botei... Tá?
*-*
Autora: Maria Eugênia Maceira Montenegro 
(*07/12/1915 - +29/04/2006 - aos 90 anos de idade). Natural de Lavras/MG. 
Cidadã assuense e Ipanguaçuense. Imortal da Academia Norte-rio-grandense de Letras. 

ESTÓRIAS DE CANTADOR:

Deste livrinho (imagem acima) de minha autoria intitulado "Tiradas e Boutades do Povo Assuense", 1996, edição independente é feito de estórias pitorescas, jocosas, espirituosas do povo da minha terra - o Assu, importante interior do Rio Grande do Norte, conhecida como a "Terra dos Poetas" e celeiro de figuras espirituosas, folclóricas. E naquela terra plularista de tudo acontece. É feito também de estórias contadas por poetas cordelistas/cantadores de viola em forma de versos. Vejamos as estórias contadas abaixo, para o nosso bem estar: :

Francisco Agripino de Alcaniz, poeta cantador de viola/cordelista conhecido em todo Nordeste brasileiro pelo apedo de "Chico Traíra (Traíra é um peixe de água doce muito comum nos rios, lagoas e açudes da terra nordestina), viajando em cima da carroceria de um caminhão juntamente com seu colega igualmente poeta chamado "Patativa" (Patativa é nome de um pássaro de canto melódico e suave), escultou aquele companheiro reclamar da viagem em razão da trepidante estrada esburacada, dizer a frase adiante: "Traíra. Eu acho que a nossa viagem não vai ser muito sublime!" - Chico Traíra pegou na deixa, dizendo no melhor da sua criatividade poética:

Se o amigo não está
Achando a viagem boa
Você é pássaro, eu sou peixe
Eu mergulho e você voa
Você volta para o ninho
E eu volto à minha lagoa.

De outra feita, na cidade de Areia Branca (RN) cantando com outro afamado poeta violeiro chamado Manoel Calixto, cantoria realizada na casa de um amigo, Chico Traira fora desafiado por Calixto com a seguinte estrofe:

Aviso ao dono da casa
Que não vá fazer asneira
Tenha cuidado em Traira
Que ele tem uma coceira
Se não quiser que ela pegue
De manhã queime a cadeira.

Chico retrucou:

Você é que tem coceira
Dessas que rebenta a calça
Está tomando por dia
Dezoito banhos de salsa
Quando a coceira se dana
Num dia acaba uma calça.

Certa vez, Câmara Cascudo recebendo homenagens na UFRN, Chico Traíra, "o mestre do repente e da viola" presente, homenageou aquela figura [que se tornou por merecimento, o escritor potiguar mais conhecido no mundo] com os versos seguintes:

Eis o doutor Cascudinho.
Que valoroso tesouro!
Lá no sertão também tem,
Cascudo, aranha e besouro.
Os de lá não valem nada.
Mas este aqui vale ouro.

Postado por Fernando Caldas

ASSU: PARÓQUIA DE IRMÃ LINDALVA