sábado, 7 de dezembro de 2013

ASSU


O fotógrafo Jean Lopes vai colocar em prática um projeto que planejou há alguns anos. Na noite de hoje (7) Jean vai montar uma estrutura no Bregassú para retratar as ‘figuras’ da festa.

Dida Bola – promotor do Bregassú - reservou um espaço na entrada do São João Park Club para que Jean Lopes ‘retrate’ os ‘figurantes’ da festa.

Pois é! Capriche na hora de se arrumar para a festa e escolha uma boa indumentária, pois você poderá aparecer na galeria de ‘retratos’ que será postada na página do 1Estudio.com (facebook.com/1estudiopontocom).

Quer uma inspiração? Confira ao lado:

Postado por Rabiscos do Samuel.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

HUMOR


Sorriso Pensante - Ivam Cabral

AVALIAÇÃO



O ativista cultural assuense Delzir Campelo integrou a delegação do RN que participou da 3ª Conferência Nacional de Cultura, acontecida de 27 de novembro a 1º de dezembro, em Brasília.
Participaram da programação 1.745 pessoas, sendo 953 delas delegados dos 26 Estados e do DF.
Em sua avaliação, o balanço geral da Conferência é positivo.
Ele registrou que o Nordeste foi a região que mais enviou representantes para o evento: 31% do total, seguida do Sudeste, com 22%, Centro-Oeste, com 21%, Sul (12%) e Norte (9%).
Com direito a voto, os delegados (70% representantes da sociedade civil) elegeram 64 diretrizes para os próximos anos.
“Destas, por votação eletrônica, 20 foram destacadas como prioridade”, explicou Delzir Campelo.
“Das matérias prioritárias, 13 foram indicadas por nosso Estado e, dentre elas, a que indicamos quando da realização da Conferência Estadual”, descreveu.
A plenária nacional aprovou 104 moções, sendo que cada manifestação contou com, ao menos, 50 assinaturas de delegados com direito a voto.
No plano estadual, Delzir Campelo antecipou que está sendo articulada uma reunião com os delegados que tiveram a missão de representar o Estado no evento nacional a fim de encaminhar as ações na esfera local.
Essa reunião, enfatizou, está a princípio marcada para o dia 16 de dezembro, uma segunda-feira, na Secretaria Extraordinária de Cultura, na capital potiguar.
Postado por Pauta Aberta

MPE BRASIL 2013:

Além de estarem todas instaladas em cidades do interior do RN, as empresas vencedoras da etapa estadual do Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas - MPE Brasil 2013 têm outro ponto em comum: apostam nas boas práticas de gestão e processos como garantia de competitividade no mercado.
A premiação é uma iniciativa do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), Movimento Brasil Competitivo (MBC), Gerdau e Fundação Nacional da Qualidade (FNQ).
O Laboratório Tertuliano Soares, em Assú, recebeu pela segunda vez o prêmio estadual MPE Brasil na categoria Serviços de Saúde.
O Laboratório Tertuliano Soares é uma empresa familiar que existe há 40 anos, segundo informação da Agência Sebrae.
Carregando o nome do pai do gestor, a empresa foi ganhadora na mesma categoria em 2010.
“É melhor do que ganhar a primeira vez”, garante Renato Bezerra Soares.
Com um faturamento anual superior a R$ 3 milhões, o empresário calcula um crescimento de 35% ao ano.
“O laboratório realiza um planejamento baseado no MEG – uma das ferramentas estratégicas da Fundação Nacional da Qualidade”, diz.
A empresa, localizada no município de Assú, emprega atualmente dez funcionários.
“É uma honra uma cidade do interior do estado receber esse prêmio. A gente acredita que a força está no interior”, falou Renato Bezerra durante o discurso de agradecimento para o público presente na solenidade de entrega do prêmio.
A crença do gestor na região é tamanha que a outra unidade do empreendimento fica localizada no município de Ipanguaçu e um próximo laboratório está previsto para a cidade de Angicos.
“Um dos nossos desafios é superar o preconceito que se tem com a região”, concluiu.
Postado por Pauta Aberta.

POESIAS NATALINAS

ATÉ AS ÁRVORES SE VESTEM
PRA FESTEJAR O NATAL

Rogo que não me contestem
Do poder da natureza
Que em dezembro com beleza
ATÉ AS ÁRVORES SE VESTEM.
Capoeiras se revestem
Com o verde natural.
E por poder divinal
Ficam cobertas de flores,
Exalando seus odores
PRA FESTEJAR O NATAL.

Autor: Boanerges Wanderley
Assuense.
05/12/1990.
Foto: Rosa da Caatinga.

AÇÃO PARLAMENTAR

Audiência pública solicitada pelo Deputado George Soares discutirá duplicação da BR-304, segurança e fiscalização das rodovias do RN

Uma audiência pública solicitada pelo Deputado Estadual George Soares para a próxima segunda-feira (09/12), às 14h30, no auditório Robinson Faria da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte discutirá a duplicação da BR-304, segurança e fiscalização das rodovias do estado.

Num alerta para a necessidade de extrema urgência em se debater o assunto, o parlamentar ressalta que o tráfego intenso de veículos na BR-304 vem causando congestionamentos constantes, agravados pela convivência com animais na pista e pela imprudência dos motoristas.

Quanto às rodovias estaduais, George Soares chama atenção ainda para as más condições das pistas, com malhas asfálticas severamente danificadas, falta de visibilidade e sinalização. "Essas junções maléficas vêm dia após dia provocando acidentes de forma excessiva com dimensões deploráveis e irreparáveis", justifica o deputado.

Entre as autoridades convidadas a participar do evento estão representantes do Governo do Estado, Ministério dos Transportes, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT, Departamento de Estradas de Rodagem do RN - DER/RN, além de deputados estaduais, federais e senadores do Rio Grande do Norte, prefeitos e presidentes das Câmaras dos municípios que margeiam a BR-304.

Assessoria Parlamentar Deputado Estadual George Soares

CRUZEIRO DO ASSU


PARABÉNS!!!!!
Do blog: Fiquesabendo

SESSÃO

A implantação há 50 anos do sistema cooperativista no RN foi comemorado nesta quinta-feira (05) na Assembleia Legislativa do Estado.

A data é relativa à criação da União das Cooperativas do RN (Ucern), implantada em outubro de 1963 e atual Organização das Cooperativas do Brasil no RN (OCB).

A sessão solene, realizada numa proposição conjunta do deputado George Soares (PR) e do presidente da Casa, deputado Ricardo Motta (PROS), rendeu homenagens aos pioneiros da atividade e aos que integram o sistema, segundo postagem no site da Assembleia.

O cooperativismo já funciona o Estado há quase 100 anos e em 2015 será comemorado o centenário da atividade, com homenagens ao pioneiro Tércio Rosado Maia, fundador da primeira cooperativa potiguar, a Mossoró Novo.

No RN as cooperativas congregam quase 74 mil cooperados e 300 mil dependentes diretos, numa estrutura econômica que garante emprego direto e renda para outras cinco mil famílias.

No geral os serviços chegam a cerca de 300 mil potiguares e as cooperativas estão mais fortemente representadas nos ramos de saúde, educação e transporte.

Houve discursos dos deputados Ricardo Motta e George Soares e do presidente da OCB no Estado, Roberto Coelho.

Em seu pronunciamento na sessão, George Soares destacou a atuação das cooperativas do sistema de eletrificação e de turismo.
Postado por Pauta Aberta.

POESIAS NATALINAS

ATÉ AS ÁRVORES SE VESTEM
PRA FESTEJAR O NATAL

Na felicidade investem 
As pessoas com alegria
E nesta grande euforia
ATÉ AS ÁRVORES SE VESTEM
E as pessoas obedecem 
Este cerimonial
O momento é especial
É nascimento de Cristo
De-me suas mãos por isto
PRA FESTEJAR O NATAL.


*_*


As flores reaparecem
Peço a Deus inspiração
Pra dizer com emoção
ATÉ AS ÁRVORES SE VESTEM
Em roupagem nova aparecem
Numa beleza total
E um brilho celestial
Fez nascer o Criador
Todos se enchem de amor
PRA FESTEJAR O NATAL.

Autora: Antonieta Guilherme R. Bezerra
Assu/RN
Dezembro de 1990.
Foto ilustrativa do Blog Minhas Imagens. 

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

PEQUENO ENSAIO BIOGRÁFICO

PADRES ASSUENSES
Trazemos mais três assuenses que se ordenaram padres em épocas distintas:

ELIAS BARBALHO BEZERRA - Ordenou-se no ano de 1845. Filho de Antonio Barbalho Bezerra e de dona Inácia Barbalho Bezerra. Era irmão do também padre Antonio Germano Barbalho Bezerra. Padre Elias foi Coadjutor da Freguesia de São João Batista do Assu de 1859 a 1866. Serviu na Capela do Rosário, localizada na Várzea do Assú. Foi padre coadjutor em Macau de 13 de junho de 1875 a 3 de outubro de 1876.

JOAQUIM JOSÉ DE SANTANA – O ano da ordenação do padre Joaquim Santana é ignorado, sabe-se apenas, que foi vigário da Freguesia do Assu – sua terra de nascimento de 1818 a 1836. De 1808 a 1810 foi padre na freguesia de Apodi – Neste Estado. Não temos maiores informações sobre este assuense.

JOSÉ NOGUEIRA JÚNIOR – Nasceu a 17 de junho de 1936. Filho de José Nogueira de Melo e de Maria Madalena de Melo. Estudou no Colégio Nossa Senhora das Vitórias na década de quarenta. Seus estudos eclesiásticos foram iniciados ingressando no Seminário “Santa Terezinha” de Mossoró, frequentando, depois, os Seminários de Salvador – BA João Pessoa – PB e em Viamão – RS. A sua ordenação sacerdotal teve lugar em Assú no dia 1º de novembro de 1961. Foi padre nas paróquias de Assu, Marcelino Vieira e Mossoró. 

LUTO

O ASSU perdeu um dos seus mais fanáticos e apaixonados torcedores. José Nazareno – Urubu faleceu na manhã deste quinta- feira em Mossoró. Urubu estava internado desde a semana passada vítima de um AVC. José Nazareno – Urubu ficou conhecido pelo amor e devoção que nutria pelo alviverde da terra dos poetas. Descanse em paz.

SEGURANÇA

Comandante da PM confirma que deputado George Soares foi autor de solicitação por ação policial em Assú
A ação policial ocorrida na cidade de Assú no último fim de semana trouxe uma sensação de segurança que há muito não se via na cidade. O trabalho feito pela força policial foi fruto de uma solicitação do deputado George Soares ao Comandante Geral da PM no Rio Grande do Norte, Coronel Araújo, na terça-feira, 26 de novembro, no quartel da polícia militar em Natal.

Após os excelentes resultados conseguidos pela ação, diversos políticos tentaram se promover como autores da solicitação, contudo o Coronel Araújo concedeu entrevista em rádio confirmando que a atitude partiu do deputado de Assú, George Soares, salientando que o parlamentar é figura sempre presente em seu gabinete, cobrando ações policiais efetivas na região. O coronel recordou ainda que as duas viaturas policiais disponíveis hoje em Assú foram adquiridas a partir de uma emenda parlamentar do deputado George Soares no valor de R$ 70 mil.

Em entrevista concedida, o deputado George Soares disse que a atitude de alguns políticos da região em tentar assumir a paternidade da ação policial não era mais uma surpresa. “Tem político em Assú que já vem sendo chamado de Pinóquio por tantas mentiras contadas. A minha preocupação é trazer segurança ao povo, aliás fui eleito para isso e minha obrigação é trabalhar. As pessoas reconhecem nosso trabalho”, afirmou o deputado.
Assessoria Parlamentar Deputado Estadual George Soares

LIVRO


Nesta semana estou "agarrado" com Navarro - Um anjo feito sereno - um ensaio biográfico sobre Newton Navarro pesquisado pela jornalista Sheyla Azevedo.

O livro me foi emprestado pela amiga Ana Valquíria - conselheira da Lei de Incentivo a Cultura Djalma Maranhão do município do Natal - de onde foram captados os recursos para esta obra.

Uma pérola. A pesquisa mostra a diversidade cultural do grande artista Newton Navarro. A autora externa em sua apresentação que: "Impossível falar de Newton navarro sem a presença de inúmeros adjetivos nos depoimentos dos que o conheceram. Adjetivos sempre acompanhados de muitas histórias. Algumas engraçadas, outras com uma atmosfera trágica, sofrida, controversa, como devem ser as histórias que tratam de uma pessoa incomum, de um artista irrequieto e com mananciais de ideias brotando em cada gesto. 

Considerado por muitos um "gênio" e, com o perdão dom trocadilho filmesco, também um "indomável", Newton Navarro não passava despercebido. A menos que quisesse. Embora a circunspeção e o comedimento fizessem parte de seu comportamento enquanto sóbrio, por outro lado, quando  acompanhado do torpor das bebidas quentes, ele era um furacão que espalhava erudição, generosidade, conhecimento e, muitas vezes, outras impressões aos seus interlocutores, como surpresa, encantamentos e também mágoas, muito embora passageiras". 

Recomendo a leitura deste livro colhido no roçado norte-rio-grandense.  

POESIA

 
O Time do Itajá (Modificado)

O time do Itajá
daqueles tempos atrás
jogava lindo demais
chegava a arrepiar.
Com Chiquito a pegar
e um meio de campo assim
com Souza, Sinha e Netim
Gilson e Bebeto na frente,
não há time que aguente;
pode acreditar em mim.
Pra usar como se usa,
o seu maior marcador.
Incansável defensor
que foi Vicente de Zuza.
E um que usa e abusa
João Francisco, muito fino
e o velho Pedro Lino,
fadado pra artilheiro.
Inda deixou um herdeiro
Chiranha, esse menino.
Com Seu Né e Cassimiro
o jogo ficava fino
e com Titico Etelvino
o driblador que admiro
ainda tinha Ramiro
que marcava muito bem
e craques como ninguém
tinha Hélio e Eugênio
com um futebol de gênio
que vai ficar pro além.
Pra fazer verso, e poesia
alguma coisa me toca.
Está me faltando Joca
e também Antonio Matia
Eu me lembro todo dia
dos gols que Joca fazia,
não esqueço a magia
do zagueiro impecável;
o zagueiro mais notável
que foi “Galego” Matia
Falei pouco dos Matias,
mas apenas pra explicar:
uma família exemplar
e produtora de craques.
Está cheia de destaques,
mas acredite se quiser.
Se um bom estudo fizer
de Pedro Lino a Netim,
você vai ver que no fim
a herança vem dos Misé.
Com Zé Ivaldo e Heraque,
Marconi, Cabeto e Lano
para jogar todo ano,
ontem, hoje e amanhã.
Chico Preto e Narran,
Chiranha que já morreu.
Esse time só desceu,
pra desgraça do Itajá,
quando tentaram escalar
Tota, Tuíca... e Eu.
Autor: Edmilson Pessoa Lopes 
Itajaense - poeta nas horas vagas.

POESIAS NATALINAS

ATÉ AS ÁRVORES SE VESTEM
PRA FESTEJAR O NATAL

Pra festa elas se revestem
Ficam floridas, frondosas
Pois pra datas tão honrosas 
ATÉ AS ÁRVORES SE VESTEM.
Todas se alegram, investem
No seu verde angelical,
E o nosso carnaubal
Farfalha cantando hino
Pra saudar o Deus Menino,
PRA FESTEJAR O NATAL.


ATÉ AS ÁRVORES SE VESTEM
PRA FESTEJAR O NATAL

Se engalanam, se revestem
Especialmente pra isto
Para ver nascer o Cristo
ATÉ AS ÁRVORES SE VESTEM.
Todos os olhos investem
Neste verde natural
Pois para a festa anual
A nossa carnaubeira
Farfalha mais altaneira
PRA FESTEJAR O NATAL.

Autor: Andiere Abreu
Assuense
Dezembro de 1990. 

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

'VALE SUSTENTÁVEL'

Estudantes do curso de Comunicação Social da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) foram os grandes vencedores no Prêmio Fiern de Jornalismo, realizado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN).

O Departamento de Comunicação (DECOM/UERN) concorreu com três trabalhos jornalísticos, produzidos por alunos das habilitações em Jornalismo e Radialismo durante as disciplinas Jornalismo na Internet e Radiojornalismo, ministradas pelo professor Esdras Marchezan.

Os trabalhos concorreram na categoria ‘Especial’ Estudante e ganhou o 1º lugar da categoria e o 1º lugar geral do prêmio com o trabalho 'Indústria Criativa', que fala da importância da inovação e da criatividade para o desenvolvimento da indústria potiguar. Já o 2º lugar da categoria ficou com o trabalho 'Vale Sustentável', uma abordagem sobre o desafio da indústria ceramista potiguar de crescer, mas obedecendo a critérios socioambientais. 

Entre os alunos envolvidos no trabalho ‘Vale Sustentável’ estão os assuenses Jéssica Mafra e Yuri Feldman, alunos de Comunicação social, habilitação em Radialismo.

Postado por Alderi Dantas.

OCB/RN


Informação proveniente da assessoria de comunicação social da Assembleia Legislativa do RN, em Natal, transmite que está confirmada para esta quinta-feira (05), a partir de 10h, a realização de uma Sessão Especial, no plenário do parlamento potiguar.

O ato solene será para celebrar o cinquentenário de criação da Organização das Cooperativas do RN (OCB).

A realização foi sugerida pelos deputados estaduais George Soares (PR) e Ricardo Motta (PROS).

O acontecimento deverá ser prestigiado por lideranças do segmento cooperativista de todas as regiões do Estado.
Postado por: Pauta Aberta.

EDILSON PINTO - ARTIGO

Carta à tia Sônia Fernandes

Querida tia Sônia,

Fiquei muito feliz com o seu telefonema, em pleno sábado de sol forte, antes de entrar no meu santuário - a sala de aula (sim! Sábado é também dia de labuta para quem ama o que faz). E faço essa carta por gratidão. É claro que segui o seu conselho: “leia o livro ‘A história de Mora’; sei que você vai gostar”... E saindo da Universidade, fui logo à livraria, peguei o livro e, já na fila antes de pagar, comecei a ler a encantadora história do político Ulisses Guimarães, na visão de sua amada esposa, Mora. Mora morena; Mora amada.

Interessante como eu me identifiquei em vários momentos desse livro, pois como o “Senhor diretas”, eu também quero morrer no mesmo dia da minha amada Viviane. Esta será a maior prova de amor que eu poderei dá-la! Eu também quero voltar - e quantas vezes voltar a essa vida-, já vindo casado com ela. Viviane sempre será o meu oxigênio e a minha glicose, tão necessários para a minha existência...

Realmente, o AMOR é a única coisa que vale a pena nesta vida... Por isso, foi feliz o autor quando, no final do livro, comparou o nosso Ulisses de Brasília, com o Ulisses da Grécia antiga, onde este último ao naufragar, tentando voltar para os braços da sua amada Penélope, ficou preso numa ilha com a ninfa Calipso, e esta ao tentar conquistá-lo, oferecendo-lhe de tudo, até mesmo a imortalidade, recebeu como resposta essa pérola: “Não quero o dom dos deuses. Sois infeliz por ser eterna. Só os mortais conhecem o amor”.

Pois é, cara tia Sônia! E como tem faltado amor nestes dias onde nunca poderia faltar, já que este sentimento é a própria essência da sua existência: a profissão médica. A medicina é a arte de amar. E nunca existirá medicina onde não existir amor! Sabedor disso, Pablo Picasso expressou em forma de pintura na sua tela: “Ciência e caridade”. E veja, cara tia Sônia, que as duas coisas podem sim andar juntas. Elas não são excludentes. A presença de uma não elimina a outra. Pelo contrário, elas se completam. E um médico só com a técnica, sem o amor, é uma doença terminal e incurável que faz adoecer as pessoas; já um médico com amor, mas sem a técnica, é uma doença a procura de cura e se souber encontrar o caminho - e for bem conduzido - conseguirá curar não só os outros, mas também a si mesmo...

Cara tia Sônia,

Volto ao livro de Mora, cujas quatro letras também podem formar a palavra amor, para lembrar a última e longa troca de olhar entre o “Senhor Impeachment” e a sua esposa amada, antes de eles morrerem juntos, em alto mar. Cara tia, aqui abro um parêntese para lhe fazer uma confissão: esta parte do livro me fez voltar ao passado e lembrar de um debate que aconteceu nas dependências do auditório central da UFRN. Era a campanha para governo do RN, em 1986. Três candidatos lutavam por esta vaga, e o tio João era um deles. No calor do debate, os outros dois candidatos queriam “arrancar a carótida e a jugular” de tio João... e ele, mesmo assim, ainda teve tempo de trocar um longo e belo olhar com você, tia, que estava na plateia. Nunca me esqueci desse momento e aprendi, naquele dia, que o polí tico, quando não se considera um deus imortal, é também capaz de amar...

Amar que combina com a palavra olhar. E olhar, que junto com o riso, podem significar a menor distância entre duas pessoas. Olhar e sorriso, outras duas coisas que muito têm faltando nos nossos consultórios médicos... Não olhamos e nem rimos mais durante uma consulta. Nem podemos! A rapidez do encontro (nos pagam mal, então temos que atender mais pacientes para poder sobreviver); as inúmeras ligações dos nossos celulares atendidas durante as consultas; o entra e sai da secretária trazendo papéis e mais papéis para a gente assinar dos convênios (que destrói não só as árvores da mata amazônica, mas também destrói coisas belas da nossa profissão); o som do teclado dos nossos computadores, etc. etc. tudo isso e muito mais não nos permitem essa troca de cumplicidade - olhar e sorrir-, nesse encontro íntimo entre dois es tranhos, o médico e o paciente... 

Cara tia Sônia, curiosamente o código de ética médica tem na sua capa a imagem do deus Janus. O deus com duas faces, uma voltada para frente e outra para trás. Alguns interpretam essa dupla face, como o passado e o futuro, ou seja, devemos olhar para o futuro lembrando sempre de não cometer os erros do passado. Mas eu acredito que o deus Janus também tem outra interpretação, afinal cada um olha de seu jeito, não é mesmo? E a minha maneira de ver essa imagem é a seguinte: devemos olhar para frente, para fora; mas também devemos voltar o nosso olhar para trás, para dentro de nós... E como um ladrão de frases que me tornei - desde que resolvi escrever-, cara tia Sônia, vou agora roubar da senhora mesmo uma frase que encontrei nas suas “iluminuras” (o seu discurso de posse na Academia de L etras do RN): “Olha para dentro de ti, volve-te para ti mesmo, devolve para ti o teu espírito e a tua vontade”, afinal, neste momento nada melhor do que implorar: “Médicos, conhecem-te a ti mesmo!”. Ah! Minha cara tia Sônia, e como nós médicos precisamos fazer esse momento de intensa reflexão. É preciso esse momento de silêncio interior para perceber que o inimigo não mora em Cuba, mas sim dentro de cada um de nós...

Não sei se a senhora viu, nesta semana, a manchete do portal UOL: “Médico cubano volta a atender e é recebido com festa!”... E mesmo tendo se equivocado na receita e prescrito 40 gotas de dipirona, para um paciente que necessitaria de apenas metade dessa dosagem, o médico foi recebido com festa até pela mãe da criança, que ao invés de ter ido procurar um advogado para processá-lo, foi exatamente a sua maior defensora: “Ele é muito atencioso, nos examina com calma e explica tudo direito. É de médicos assim que estávamos precisando”...

Pois é, minha cara tia Sônia, o paciente suporta tudo, até receitas equivocadas, mas nunca, jamais, ele suportará uma coisa: a indiferença! E o que nos resta fazer neste momento, então, para mudarmos esse jogo que se encaminha para um resultado tão incerto e nebuloso? Para responder, recorro novamente a senhora, que iluminada, certa vez terminou a sua oração, pela boca da deusa Atena: “...Que a lide do bem, nos perpetue a vitória, pelos séculos afora...”. Que os médicos voltem a ser médicos, cara tia Sônia, apenas e simplesmente isso...

Um forte e carinhoso abraço, do seu sobrinho, que estará sempre a espera de seus conselhos,

Edilson Pinto.

Francisco Edilson Leite Pinto Junior – Professor, médico e escritor.
Postado por: 101 Livros do RN.
Foto ilustrativa.

AÇÃO PARLAMENTAR

Deputado George Soares solicita restauração de rodovias
O Deputado Estadual George Soares protocolou requerimentos solicitando ao Governo do Estado e ao Departamento de Estradas e Rodagem – DER, a restauração da rodovia que interliga a BR-304 à Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, passando pela cidade de Itajá, e da RN-118, que interliga a BR-304 ao município de Caicó, passando pelas cidades de São Rafael e Jucurutu. O parlamentar chama atenção para as más condições das vias, que têm dificultado o acesso e colocado em risco a vida dos usuários da região.

A estrada que liga a BR-304 à barragem é o único meio de acesso ao manancial, e a deterioração da via tem prejudicado o trânsito da população que se desloca com destino a Itajá e às comunidades, balneários e restaurantes da Barragem. Já a RN-118 é a principal via de ligação entre as regiões do Vale do Assú e Seridó, e ponto de intenso tráfego, inclusive de caminhões pesados.

No requerimento, o George Soares solicita ainda o desmate dos matagais que margeiam as rodovias para melhoria da visualização dos motoristas. “Diante desta realidade é imprescindível a intervenção do Estado nestas obras e serviços para minimizar os problemas enfrentados pelos habitantes da região permitindo o melhoramento do tráfego, alentando a economia da região e do Estado”, salienta o Deputado.
Assessoria Parlamentar Deputado Estadual George Soares

POEMA

E VEM CHEGANDO UM NOVO ANO... ENQUANTO ISSO...

Do tempo

Tic, tac.
Tic, tac.

A hora, a parede, o relógio, o peso.

[...tic...tac...]

Tempo e silêncio.

Um pensamento que insiste em ficar preso em si mesmo
Preso pelo peso do tempo.

Eternidade entre um segundo e outro.

(O tempo passa...)

- Vai, passa, tempo.

Passa.
Só não passa o pensamento.

Horas a fio olhando para a mesma parede, o mesmo teto.
E o dia já vai amanhecendo...

O tempo precisa de tempo.
Quem sabe traga leveza ao pensamento.

É preciso tempo.
Para que este passe e outro chegue.

Um novo amanhã.

[tic, tac]

- Como pesam esses segundos que insistem em não passar...

- Mas passam!
Autor: Airton Neto - José Airton de Almeida Neto - Natal/RN.

NATAL

Quarta, Arvore de Mirassol será iluminada

Na próxima quarta feira (04) a Árvore de Mirassol será entregue a população natalense, acesa e totalmente revitalizada, com direito a animação com sequencias de cores, espiral e giratório, alternados pelo movimento de pisca-pisca.

Além de muita luz, a Árvore de Mirassol terá uma estrutura lateral com presépio, casinha de Papai Noel, passeio de trenzinho e apresentações de grupos de teatro, diariamente, sempre a partir das 19 horas.

A Orquestra Talento foi escolhida pela Capitania das Artes para inaugurar a nova iluminação da Árvore de Mirassol, que ao longo do mês de dezembro, receberá shows de outros artistas, nacionais e regionais, dentre eles, Roberta Sá, no dia 13 e Zeca Baleiro, no dia 20.
Postado por Ana Valquíria.

EVENTO

 
Não realizado em 2012 por conta do falecimento de Irmã Ernestina Fonseca, ex-diretora da instituição, pertencente à Congregação Filhas do Amor Divino, o tradicional evento cultural de fim de ano do Educandário Nossa Senhora das Vitórias (ENSV), em Assú, acontecerá nesta próxima quinta-feira (05), resgatando o tema que foi escolhido no ano passado: A Bahia de Jorge.
A programação fará alusão ao centenário de Jorge Amado que teve registro no ano passado.
Contando com a participação do alunado do estabelecimento, o evento será vivido a partir de 19h30 desta quinta-feira, nas dependências do Anfiteatro Prefeito Arcelino Costa Leitão, da Praça São João, logradouro central do Assú.
Postado por Pauta Aberta

POESIAS NATALINAS

ATÉ AS ÁRVORES SE VESTEM
PRA FESTEJAR O NATAL.

Nobremente se revestem
De verde, e muito amor
Pra ver chegar o Senhor
ATÉ AS ÁRVORES SE VESTEM.
Assu e o seu povo investem
Nesta festa universal
Dando um cunho cultural,
Pois assim será completa,
Terá paz, glosa e poeta
PRA FESTEJAR O NATAL.

Autor: Andiere Abreu - Majó
Assuense.
Dezembro / 1990.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

HUMOR

Sorriso Pensante - Ivam Cabral

CULTURA



Inspirado por suas experiências pessoais e motivado por um contato inicial ainda no período escolar em um colégio público estadual em Natal, capital do Rio Grande do Norte, Cleudivan Jânio de Araújo, seridoense nascido em Currais Novos em 1977 e radicado em Natal, despertou seu interesse pela filatelia. Um interesse que se em algum momento parecia esquecido, na verdade estava apenas adormecido e vez por outra despertava agitando os ideais do jovem estudante.
O segundo contato com o selo se deu logo no primeiro trabalho formal onde Jânio de Araújo fora admitido como estagiário na função de atendente em uma Agência dos Correios Franqueada. Este encontro ou reencontro marcou o inicio da coleção que culminou com sua participação em várias exposições filatélicas chegando a receber importantes premiações em algumas delas. 
Mantendo e fortalecendo seu interesse pela filatelia, realizou concurso público para Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no qual obteve êxito e atua desde 1997 se aproximando ainda mais dos pequenos, coloridos e valiosos pedacinhos de papel que já haviam se tornado objeto de coleção, passando a ser inspiração acadêmica e objeto da pesquisa monográfica que resultou na publicação em livro de um importante ensaio tanto para história da filatelia quanto para história do Rio Grande do Norte e para educação escolar.
No livro O Rio Grande do Norte nos Selos Postais do Brasil – filatelia como fonte de conhecimento, Cleudivan Jânio de Araújo, não só propõe a utilização do selo como material didático auxiliar a ser utilizado em sala de aula para fomentar o conhecimento da história do Estado, como também, faz um resgate da história do Rio Grande do Norte através das estampilhas.
O autor inicia sua análise a partir da atividade que diferencia e caracteriza o homem em relação aos demais animais que é a capacidade da representação gráfica como forma de comunicar seu cotidiano e suas impressões, registradas inicialmente através das pinturas rupestres nas cavernas quando ainda vivia como nômade.
A história tem registrado os empreendimentos humanos entre os quais as viagens e aventuras que têm marcado os mais diversos períodos. Jânio explora um pouco destes fatos desde a descoberta da escrita; cita os mensageiros persas e a comunicação entre as satrapias e; as viagens do italiano Marco Polo, até chegar “A gênese do selo postal”, na Inglaterra durante a primeira metade do século XIX. Em seguida narra “A origem da correspondência no Brasil”; a implantação do selo postal, onde registra, apresenta e comenta a partir das ilustrações os primeiros selos emitidos em terras brasileiras.
No último capítulo do livro, Jânio de Araújo, discorre sobre “O Rio Grande do Norte nos selos postais brasileiros” e como o estado é representado na filatelia nacional destacando-se conforme sua pesquisa os fatos ligados à aviação, algumas personalidades, eventos, monumentos artísticos e culturais que identificam simbolicamente a terra potiguar.
A publicação deste trabalho pioneiro do ponto de vista do estudo da filatelia no Rio Grande do Norte, (antecedido apenas por notas e artigos publicados em jornais locais) torna-se importante também pelo seu caráter formativo e informativo, podendo servir como ponto de partida não só para professores que desejam utilizar o selo como material didático, como também para futuras pesquisas, valorização e ampliação da divulgação dos potencias turísticos e culturais do estado.

Chumbo Pinheiro
Poeta e articulista.
Postado por 101 livros do RN.

CAUSO

Timbu perde
O

 PINTOR Pelé quando comemorou 50 anos de vida, fez uma brincadeira e reuniu amigos e familiares numa fazenda na comunidade dos Pingos. Na hora de dormir as mulheres foram para dentro da casa e os homens ficaram no alpendre.
            Um dos genros de Pelé tomou um porre tão condenado que amanheceu todo urinado e com vômito por tudo quanto era canto. Parecia que tinham juntado uma vasilha de comer de porco e jogado dentro da rede. Ele acordou, viu o seu estado, começou a chamar por sua mulher e nada dela aparecer. O outro genro de Pelé, deitado ao lado, ouvindo os gritos falou:
- Você é muito sem moral, se fosse eu, duvidava chamar minha mulher duas vezes pra ela não aparecer aqui e se agarrar comigo!
            O bêbado reconhecendo seu estado de sujeira foi lacônico:
- Ah, é? Pois eu queria ver você todo mijado, vomitado, fedendo a timbu, do jeito que eu estou aqui, pra ela se agarrar com você... Duvido!
Do livro: Dez Contos & Cem Causos
Autor: Ivan Pinheiro.

CONTO

SANTA TEREZA
 
- Apressa menina, senão vamos chegar atrasados! – Gritou Dona Francisca para sua filha Tereza.
            A garota estava ansiosa e nervosa. Este dia era esperado há muito tempo. De família extremamente religiosa ela tinha um sonho: se confessar com Frei Damião – o santo milagreiro do povo nordestino.
            A década de sessenta tinha sido difícil para os nordestinos: estradas precárias, falta de energia em quase todos os lugares, meios de transportes escassos, falta d’água nos sertões secos... Este quadro foi diversas vezes bem retratado nas poesias de Renato Caldas, Sinhazinha Wanderley, Francisco Amorim, Chico Traíra e tantas outras feras da literatura poética que habitaram a região do Vale do Açu. 
            A pequena comunidade de Juazeiro, onde residia à família de Dona Francisca ficou praticamente desabitada. Até o velho Lourenço que estava acometido de um forte reumatismo viajou para a cidade do Assú numa carroça para participar da missão de Frei Damião e Frei Fernando, dois frades pertencentes à Ordem dos Capuchinhos que percorriam as cidades da região Nordeste, como andarilhos das estradas afora, a levarem para as pessoas a mensagem do evangelho com muito radicalismo e muita fidelidade aos ensinamentos bíblicos.
            Quando a família de Tereza chegou defronte a Matriz de São João Batista a luz solar já começava a desaparecer no horizonte. A multidão se comprimia para tocar em Frei Damião na sua “procissão de penitência” da casa paroquial à Igreja passando lentamente entre os fiéis.
            Era a última missa do dia. Dela participaria certamente o maior número de católicos. Em decorrência do atraso toda família de Tereza teve de ficar em pé. A celebração começou pontualmente às dezoito horas.
- “No inferno o calor é bilhões de vezes pior que no Nordeste. As labaredas sobem e queimam sem parar o corpo dos adúlteros, das prostitutas, dos afeminados e dos criminosos...” - Disse o Frei na abertura de sua homilia com a voz rouca, quase inaudível.
            Depois da pregação foi formada uma fila quilométrica para confissões. Sentado num tamborete de madeira o frade capuchinho escutava cada devoto com muita atenção, olho no olho, o cotovelo no joelho e a mão no queixo apoiando a cabeça. Desta posição quase não se mexia, vez por outra parava por alguns segundos para tomar um golinho de café bem forte. Afinal precisava de resistência para adentrar até altas horas da noite.
            Tereza estava na fila acompanhada pelos seus pais. Estava nervosa...  Era a primeira vez que iria se encontrar com Frei Damião. Não bastasse, estava ali com o privilégio de se confessar com ele. Tinha plena certeza de que aquele momento marcaria sua vida, realizaria um sonho, fortaleceria sua fé no catolicismo e a devoção pelo “Santo Milagreiro do Sertão”.
             A fila andava lentamente. Quando Tereza conseguiu chegar à porta principal da Matriz fez o sinal da cruz, dobrou-se num gesto de respeito e adoração ao Santíssimo. Verificou seu vestido branco de cambraia bordada para ter a certeza de que ele estava bem composto... Ajeitou a mantilha na cabeça, segurou com as duas mãos o terço e começou a rezar incessantemente. Suas feições eram como se estivesse caminhando rumo ao céu. Vez por outra era interrompida pelos cochichos da mãe que estava por atrás.
- Cuidado com o que vai dizer minha filha. Não quero que Frei Damião lhe passe nenhum castigo. Ele é um santo...
- Pode deixar mamãe, eu vou tomar muito cuidado.
            O pai de Tereza vendo que a mãe estava exagerando tentou aliviar a pressão.
- Francisca deixe a menina em paz! Vai dar tudo certo. Afinal Tereza já tem 14 anos. Está bem grandinha sabe se pecou ou não.
            Mesmo a contragosto a mãe se comportou melhor. Já passava das oito da noite quando chegou o momento crucial. Tereza chegou perante o capuchinho curvou-se, fez o sinal da cruz e ajoelhou-se. Ela tinha a certeza de que estava ali diante de um homem diferente... De alma pura.  Frei Damião a encarou e ela na sua ingênua timidez baixou a vista.
- Conte seus pecados minha filha... – Falou pausadamente o Frei.
            Tereza ficou calada. Olhou para ele como que pedindo socorro. O nervosismo era tanto que as palavras não chegavam nem a serem balbuciadas.  
- Está nervosa, menina? Calma! Vou lhe ajudar. Tudo que eu perguntar você vai dizendo se fez ou não. Já desejou mal ao próximo?
- Não senhor. Deus me livre!
- Já desrespeitou pai e mãe?
- Ave Maria... Deus me defenda! 
- Já levantou falso testemunho?
- Nunca! Deus me guarde!
- Já sentiu inveja de alguém?
- Jamais! Deus me castigue se isso acontecer.
            Frei Damião olhando cara a cara para a adolescente mais uma vez perguntou:
- Qual seu nome minha filha?
- Maria Tereza da Silva – Respondeu Tereza com voz trêmula, instante em que Frei Damião lhe anunciou a penalidade:
- Faça o seguinte minha filha: se levante, procure um altar aqui na Igreja e fique lá... Santa Tereza!                                                                                                                  
Livro: Dez Contos & Cem Causos 
Autor: Ivan Pinheiro

ATIVIDADE PARLAMENTAR

Deputado Estadual George Soares participa da reinauguração do SENAC em Assú
A unidade do SENAC em Assú foi reinaugurada nesta segunda-feira (02/12) em grande estilo. Um evento muito bem organizado reuniu imprensa, autoridades e representantes da sociedade assuense. O deputado estadual George Soares foi um dos convidados e elogiou bastante as novas estruturas da instituição.

A reforma realizada permite ao SENAC a ampliação de 27 para 40 cursos oferecidos pela instituição em cinco áreas de atuação, incluindo informática, segurança no trabalho, turismo e hospitalidade. A previsão é que sejam formados mais de 3.700 alunos nas próximas turmas.

O deputado George Soares participou do ato de corte da faixa inaugural acompanhado do coordenador da unidade local do SENAC Joselito Coringa, do presidente da FECOMÉRCIO/RN Marcelo Queiroz, do presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Assú, senhor Barbosa, e do vice-prefeito de Assú Eurimar Nóbrega Leite.
Assessoria Parlamentar Deputado Estadual George Soares.

ZÉ DE ANA


UM PASSAGEIRO DO TEMPO
O município do Assu amanheceu mais vibrante. Uma de suas paisagens humanas, detentor de caráter, respeito e hombridade completa 89 anos. Refiro-me ao cidadão JOSÉ ARAÚJO FILHO – o popular ZÉ DE ANA – uma das reservas morais do Assu contemporâneo. Nascido no dia 03 de dezembro de 1924 na comunidade de Ivalhada da Areia (atualmente Base Física), Ipanguaçu/RN. Filho do casal José Batista de Araújo e Dona Maria Fausta Ribeiro. Ficou órfão muito cedo tendo que encarar a vida com muito trabalho e responsabilidade. Sua irmã mais velha, de nome Ana Manaia, o adotou. A partir daí passou a ser conhecido como “José de Ana” ou “Zé de Ana”.
        Adolescente sem muitas opções de lazer, nas horas vagas se dedicou ao futebol. Como atleta pôde se destacar na região atuando ao lado de alguns companheiros, entre eles: João Tibúrcio, Galigale, Cara-suja, entre outros.
Curioso e apaixonado por velocidade aprendeu a dirigir ainda adolescente. Quando serviu ao Exército Brasileiro no período em que se registrou a segunda grande guerra mundial, como tinha a profissão de motorista, gozou de algumas regalias entre estas, ficar cuidando dos 16 veículos no quartel na Base Aérea de Parnamirim durante três anos e seis meses. Graças a este privilégio não foi convocado para os campos de batalhas.
Conta que no Exército foi bom, mas nada comparado a sua vida pacata e alegre no Assu (terra que adotou ainda criança). A ansiedade foi tanta que no dia em que concluiu sua permanência naquela base militar não esperou tempo melhor, nem pior, pôs os pés na estrada (Natal/Assu) e 04 dias depois estava dando bunda canasca, se banhando nas águas do Piranhas/Assu. Satisfeito como pinto em beira de cerca.
        Voltou a atuar na sua maior paixão, o futebol, como atleta da seleção do Assu e do Macapá Esporte Clube. Pela sua destacada atuação o desportista Arcelino Costa Leitão (que depois veio a ser prefeito do Assu) o convidou para jogar no Fortaleza-FC. Não aceitou. Deixar o Assu – seu grande amor, Jamais!
Mesmo assim, Costa Leitão como forma de reconhecimento pelo talento esportivo, no ano de 1950, lhe concedeu um empréstimo de 150 mil réis que lhe permitiu a compra do seu primeiro carro zerado - veículo que veio a dar início a toda uma trajetória de sucesso.      
        Zé de Ana casou-se com Maria Auxiliadora de Araújo cujo matrimônio nasceram: Josineide, Josiene, Maria José, Ana Maria e José Maria. Ainda adotou: Gilvaneide e Alexandra que lhe renderam 05 netos, 05 bisnetos, 04 tetranetos.
        Cidadão religioso, benemérito, solidário. Sempre apoiou os festejos de São João Batista. Nesta área ajudou não só a Matriz como as demais capelas do município. O Instituto Padre Ibiapina também foi uma instituição que ele nunca “negou fogo”, em qualquer circunstância. Sua contribuição era garantida.
Em Ipanguaçu - sua terra berço - Zé de Ana adotou o bairro Manoel Bonifácio, onde há mais de duas décadas contribui com as festividades: dia das mães, das crianças, natal e ano novo. Faz sempre questão de se fazer presente nestes movimentos comunitários.
        José Araújo Filho conta com muita vitalidade e saúde. De motorista passou a comerciante, depois proprietário de terras se destacando na região como um agropecuarista de sucesso.
Outra grande paixão, que acredita superar as demais, é fazer amigos. Construiu amizades sólidas por onde passou, em todos os ramos de suas atividades. No entanto, lembra com saudades de alguns grandes amigos que já se foram como: José de Deus Barbosa, Gorgônio Bezerra, Arnoud Abreu, Inácio Bezerra de Gouveia - Seu Nilo, Antônio Felipe, entre outros. Atualmente seu maior amigo é Zé de Deus Barbosa Filho (que o chama de pai) o mesmo quando prefeito de Ipanguaçu construiu um Ginásio de Esportes e o denominou de: Ginásio Poliesportivo José Araújo Filho – Zé de Ana.  
        Zé de Ana é, portanto, um cidadão alegre, brincalhão, um varzeano feliz. Gente que faz. Personalidade norte-rio-grandense merecedora de respeito e admiração.

Meus parabéns seu José! Saúde e paz. Um forte AbrASSU!

POESIA NATALINA

ATÉ AS ÁRVORES SE VESTEM
PRA FESTEJAR O NATAL.

No fim do ano florescem
As flores do mundo inteiro
Como enfeitando um canteiro
ATÉ AS ÁRVORES SE VESTEM.
Neste calor se aquecem
Como é muito natural
O perfume é divinal
Aí aumenta a beleza
Enfeitando a natureza
PRA FESTEJAR O NATAL.

Autor: Clovis Cardoso de Paiva
Natal / RN.
Dezembro de 1990.