sábado, 23 de novembro de 2013

POETA ASSUENSE

JURAMENTO

 
Sá Dona, eu só quiria,
Qui mecê pudesse vê,
A dô qui trago nos peito,
Sofrendo pru seu respeito
Tudo pru vossa mecê.

Desde aquela tarde ingrata,
Meu coração parpitô:
Qui tava tudo acabado,
Tava tudo desgraçado...
Meu coração num faiô.

Prá eu, tem sido uma luta.
Tô mágo assim de pená!
Se as vez, eu pégo no pinho,
Coméço a cantá baxinho,
O pinho pega a chorá.

Se coméço oiá pra lua,
Me alembrando de mecê;
Vejo ela se escondendo,
Se incuiendo, se incuiendo,
Cum pena do meu sofrê.

Inté a lua, Sá Dona,
Chora, tem pena d’eu!
Só Sá Dona num simporta,
Inté me fechô a porta,
Cuma se eu fosse um judeu.

... Lá um dia Deus mióra,
mióra pruque Deus qué.
E eu juro ajueiado;
Inquanto tive lembrado,

Num oiá mais pra muié.

Renato Caldas - Poeta Assuense
* 08/10/1902  + 26/10/1991
Fonte: Fulô do Mato.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

POETA ASSUENSE

INTUSIASMO

 

Teus óios esverdeado,
Só parece dois sordado
Do Exército Nacioná.
Ou dois cabo, dois sargente,
Dois Furrié, dois Tenente,
Dois Majó, dois Generá.

São dois fuzi, dois canhão,
Duas granada de mão,
Duas combré, dois punhá...
Tenho certeza qui morro
Mas, pra riba deles corro;
Eu quero é me estraçaiá.

São dois espinho reimôso,
São dois menino teimôso,
São dois pecado mortá.
Deus me perdói a lembrança –
Duas hósta de esperança
Prus meus ôio acumungá.
........................................
São duas pena de morte,
São duas lei marciá.

Renato Caldas - Poeta assuense
*08/10/1902 + 26/10/1991.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

ECONOMIA

DAS 23 ZPEs CRIADAS NO BRASIL SÓ DUAS FORAM INAUGURADAS
Parte da área prevista para instalação da ZPE de Assu: Implantação do empreendimento está atrasada e corre risco de ser cancelada

Outros estados também têm enfrentado dificuldades para instalar suas Zonas de Processamento de Exportação. Das 23 já criadas em todo o país, apenas duas foram inauguradas: a de Senador Guiomard, no Acre, em 2012, e a de Pecém, no Ceará, no início deste ano.

As ZPEs do Acre e do Ceará – criadas no mesmo ano em que a ZPE de Macaíba e a de Assú – já começam a receber as primeiras empresas, segundo Helson Braga, presidente da Abrazpe.

No Ceará, pelo menos uma empresa já começou a se instalar: a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), formada pela Vale e duas empresas asiáticas, que prometem instalar no estado a maior siderúrgica do país e produzir, por ano, 3 milhões de toneladas de placas de aço.

Segundo apresentação feita pela CSP, os investimentos na Zona de Processamento no Ceará chegarão a US$ 5,1 bilhões (R$ 11,5 bilhões, considerando a cotação do dólar de ontem) até 2015. O número de pessoas empregadas diretamente na construção da siderúrgica chegará a 15 mil durante o pico da obra. O investimento que será aplicado por apenas essa empresa será suficiente para elevar em 6% o PIB do Ceará.

A inauguração da ZPE de Pecém, admite Braga, presidente da Abrazpe, coloca o RN em desvantagem. A ZPE cearense é 26 vezes maior que a de Macaíba e está localizada dentro do Porto de Pecém, um dos maiores do Nordeste. “O RN está em desvantagem. Sua ZPE tem que ser muito melhor que a dos outros. Por isso, a privatização”, observa.

A falta de competência técnica e de recursos suficientes por parte do governo do estado e da prefeitura de Macaíba foram determinantes para a decisão adotada no RN, segundo ele. Três anos após publicação do decreto de criação, a ZPE de Macaíba já era para estar funcionando, mas não passa de um terreno cercado, observa o presidente da Abrazpe. A empresa que vencer a licitação da Zona de Processamento de Exportação de Macaíba terá direito de cobrar um aluguel e uma espécie de taxa de condomínio para as empresas que se instalarem na área, de acordo com informações divulgadas pela Abrazpe.

A reportagem tentou contato com o prefeito de Assu, Ivan Júnior, para obter detalhes sobre a ZPE do município, mas não obteve êxito.

ENTENDA AS ZPES

Objetivos

- Atrair investimentos estrangeiros;

- Reduzir desequilíbrios regionais;

- Fortalecer o Balanço de Pagamentos;

- Promover a difusão tecnológica;

- Criar empregos;

- Promover desenvolvimento econômico e social do país;

- Aumentar a competitividade das exportações brasileiras.

Incentivos que as empresas instaladas nessas áreas recebem:

Para aquisição de bens e serviços, contam com suspensão dos seguintes tributos:

- No mercado interno: IPI;COFINS;PIS/PASEP

- Na importação: II; IPI; COFINS – Importação; PIS/PASEP – Importação; e AFRMM.
Fonte: Abrazpe/Tribuna do Norte/Registrando.

POETA ASSUENSE

PRAQUÊ OIÁ?

Cabôca nova danisca,
Qui quando passa faísca
E tem convite no andá...
Quando anda remexendo,
As cadeira estremecendo,
- Num posso deixá de oiá.

Óio, óio e fico oiando
E dento deu vai inchando
O pecado originá.
Me esqueço da carestia
Se ela vendesse, eu queria
O maquinismo comprá.

Comprava só de malino,
Pra dá prazê ao destino,
- Véio, num tem o qui dá
Agarrava, aquela jóia,
Butava em minha tipóia,
Despois, ia balançá.

Me fazia de dengôso
Pachola, esperto, amorôso...
Porém, nada de avançá.
... Praquê fazê traquinage?
Véio só tem pabulagem...
Farta na hora legá.

Renato Caldas - Poeta assuense
(*08/10/1902 +26/10/1991) 

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

ATIVIDADE PARLAMENTAR


Presidida pela vereadora Josefa Jusaly de Medeiros, ‘Neném de Nilson’, do PR, foi realizada nesta quarta-feira, dia 20, na Câmara Municipal, uma Audiência Pública com a temática focada no Meio Ambiente e, de modo especial, a questão da qualidade da água potável consumida pela coletividade além da ausência de um local adequado no município para a destinação dos resíduos sólidos.
Deputado contribuiu com o debate e mostrou preocupação com os recursos hídricos.

Além do parlamentar assuense, participaram representantes da Petrobras [Décio e Getúlio Moura], da Caern [Jurema] do SEAE [Francisco Pinto], da Secretaria de Meio Ambiente de Alto do Rodrigues [Wilderlan e Manoel], lideranças e populares.

O professor Francisco Antonio apresentou estudo de conclusão de curso do biológo Levani Avelino sobre resíduos sólidos em Carnaubais.

O Ministério Público não enviou representante.

Um dos pontos criticados foi a proximidade do antigo lixão da cidade com as residências e a extinção da Secretaria de Meio Ambiente, dentre outros.
Postado por Toni Martins

LEGISLATIVO ASSUENSE


Por intermédio de requerimento, que deverá ser submetido à votação plenária na sessão ordinária desta quinta-feira (21), a partir de 20h, na Câmara Municipal do Assú, a vereadora Elizângela Albano (foto) - “Ely da Saúde” (PSD), está pleiteando a realização de uma Audiência Pública na cidade, contando com a participação do diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT), engenheiro civil Walter Fernandes.
Nessa oportunidade, conforme o pleito da parlamentar-mirim, será realizada uma profunda discussão em torno de questões que estão vinculadas ao órgão federal no RN.
Entre os pontos de debate deverão constar a complementação das obras de reestruturação física da Ponte Felipe Guerra, por sobre o rio Piranhas-Açu; e, a proposta de construção de um anel viário na interseção entre a BR-304 e a principal via de acesso ao centro urbano do Assú, que está em processo de urbanização e duplicação, num investimento realizado pelo Governo do Estado.
Postado por Pauta Aberta - Lúcio Flávio

HUMOR


Sorriso Pensante - Ivan Cabral

MENSAGEM


AÇÃO PARLAMENTAR

Deputado George Soares solicita instalação de semáforos em Assú

O Deputado Estadual George Soares protocolou requerimento na quinta-feira (19/11) solicitando ao Detran e ao Governo do Estado a instalação de semáforos na avenida Dr. Luiz Carlos, em Assú. 

Os locais indicados para a colocação dos sinais luminosos são o cruzamento da avenida com a Rua Dr. Luiz Antônio, em frente ao Supermercado D'Avila, e o cruzamento com a Rua Luiz Correia de Sá Leitão, em frente à Funerária Caminho do Céu. 

De acordo com o deputado, a instalação dos semáforos irá facilitar o deslocamento de veículos nas vias indicadas, pontos de intenso fluxo de trânsito na cidade, além de evitar, entre outros transtornos, os constantes acidentes automobilísticos que vêm acarretando danos físicos e materiais à população. 
Assessoria Parlamentar Deputado Estadual George Soares

ENTRELAÇAMENTO DAS ARTES

Um assuense e um Mossoroense. Particularidades: Artistas talentosos, 
determinados e filhos de assuenses. Um achado cultural!

terça-feira, 19 de novembro de 2013

O ADEUS AO ARTISTA

FOI SEPULTADO EM MACAU O CHARGISTA ANTÔNIO AMÂNCIO
O chargista ANTÔNIO AMÂNCIO de Oliveira Filho, 40 anos, foi sepultado na manhã de hoje (terça-feira -18) no cemitério municipal de Macau. Ele faleceu na manhã de ontem no Hospital Walfredo Gurgel, onde foi levado após acidente automobilístico sofrido na tarde quinta-feira (14), na BR-406, no distrito de Baixa do Meio, entre os municípios de Jandaíra e Porto do Mangue. Ele retornaria das férias no dia 11 de dezembro para continuar publicando as charges para o vespertino O Jornal de Hoje, onde trabalhava atualmente.

De acordo com a esposa dele, Rosemeire Ferreira, Antônio Amâncio chegou a comentar que a charge publicada no sábado, 09, seria sua última. "Ele disse que sentia que era a última. Quando foi viajar insistiu para que eu fosse, mas eu não quis ir com ele porque ele disse que estava sentindo que não voltaria mais", contou a esposa.

O casal morava em Natal e estava junto há 15 anos. ela disse que o marido costumava passar o carnaval em Macau, mas dessa vez decidiu ir passar as férias. o acidente ocorreu na tarde da quinta-feira, véspera de feriado.Amâncio conquistou com seus trabalhos diversos prêmios no Brasil e em exposições internacionais, entre eles, salões de humor como Paraguaçu paulista (2005) e Ribeirão Preto (2009). Obteve ainda menções honrosas no Salão Internacional de Humor de Caratinga, em Minas Gerais (2004/2009) e citações em exposições de cartuns na Turquia, Portugal, Itália e Grécia. 

Também trabalhava para assessorias de comunicação ilustrando as páginas dos jornais dos sindicatos e publicou em revistas de circulação nacional como a Veja, Caros Amigos, Revista da Semana. O Pasquim 21, editora Moderna, Saraiva, FTD, Revista Papangu e era colaborador do Jornal Opinião Socialista - SP. 

Antônio Amâncio deixou mulher e duas filhas, sendo uma de 13 e outra de 4 anos de idade. 

Fonte: NJ.

Algumas Charges de Antônio Amâncio publicada em diversos jornais:







INVERNO

ANO BOM
Além da crendice popular - "ano terminado em 4 é bom de inverno" - apareceu um reforço a essa expectativa: o professor de Meteorologia e Climatologia, da Universidade do Semi Árido, está confiante: "Tudo caminha para um período chuvoso normal, em torno de 700 milímetros". Embora ressalve que o debate ainda está no campo da especulação e ainda não é possível afirmar se haverá trégua na pior seca dos últimos 50 anos. 
Do Novo Jornal - Opinião.  
Foto retirada do Blog Ipanguaçu do bem.

AÇÃO PARLAMENTAR

Deputado George Soares faz alerta sobre perigos da BR 304 e solicita Audiência Pública para debater a fiscalização nas estradas

Relatando os recentes acidentes que resultaram em vítimas fatais, o deputado George Soares (PR) fez um alerta sobre o perigo de se transitar na BR 304 e outras estradas do Estado. Sobre a 304, especificamente, o parlamentar disse que as estatísticas de acidentes que resultam em morte vem se superando a cada dia.

“Temos informações sobre acidentes terríveis em todas as regiões, matando cada vez mais pessoas e penalizando as famílias que sofrem por perderem seus entes. E quem vem superando essas estatísticas e registros é a BR 304, é uma das vias mais importantes do nosso Estado”, disse.

O parlamentar também disse que os problemas não são por falta de manutenção, uma vez que obras de recuperação estão sendo feitas na estrada. Muitos animais soltos ao longo da BR também contribuem para o problema. George Soares citou as recentes ocorrências nos últimos finais de semana, onde faleceram cinco pessoas, a maioria jovens.

Ao final do seu pronunciamento, o deputado fez um convite para a audiência pública que está convocando e vai acontecer no próximo dia 6 de dezembro, às 10h, com órgãos, sindicatos e instituições ligadas a estradas rodoviárias.
Assessoria Parlamentar Deputado Estadual George Soares

REGISTRO


Hoje se estivesse vivo o meu avô Chico França estaria completando 94 anos de idade. Ninguém morre quando vive no coração das pessoas que tanto o amaram. Relembrar de Chico França nos traz uma grande alegria! Ao mesmo tempo muita saudade. Homem de boa índole, o velho guerreiro era uma lutador. Lutou pela redemocratização do país. Meu avô e eterno herói. Militante político, fiel escudeiro de Aluízio Alves, com quem manteve amizade de 1945 até os últimos dias de vida. Papai, como eu carinhosamente o chamava, era influente na política de Ipanguaçu, mais precisamente na oposição ao saudoso major Montenegro. Ele e Dôncio ambos eram muito amigos e aqui no Vale eram soldados da luta do saudoso ex-deputado Olavo Montenegro. Meu avô chegou até o cárcere. Mas em nada isso diminuiu a sua honra. Pelo contrário, sinto orgulho de ser seu descendente.
Meu querido velho, meu herói meu sertanejo, sinto muita falta do senhor nessa hora. Papai descanse em paz.

Por: Juscelino França - Blogueiro.

HISTÓRIA


João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN e membro do IHGRN e do INRG
Vista a parte histórica, no artigo anterior, vejamos agora como foi descrita a Vila de Angicos nas suas outras partes, pela Câmara Municipal. Antes disso, um pequeno comentário sobre essa parte histórica. Alguns desses vereadores descendiam dos primeiros habitantes daquela Região de Angicos. Entretanto, não mencionam outros personagens que contribuíram para o nascimento de Angicos. O presidente da Câmara Manoel Fernandes da Rocha Bezerra que casou com minha tia-bisavó, Maria Xavier da Costa Torres, era neto de Balthazar da Rocha Bezerra, mas não fez menção que a Fazenda Angicos, antes de ser vendida ao tenente Antonio Lopes Viégas, pertenceu ao Coronel Miguel Barbalho Bezerra, como provou Aluízio Alves. O vereador, cadete José Avelino Martins Bezerra, tetraneto de João Barbosa da Costa, não contribuiu com nenhuma informação sobre seu tetravô, ascendente da maioria dos angicanos daquela época. Aliás, a História de cada município do Rio Grande do Norte precisa ser revista, pois ela é contada por pessoas que não se dedicaram ao exame mais detalhado dos documentos mais antigos. Para exemplificar, boa parte dos documentos do Assú, tanto dos cartórios como da Igreja, estão perdidos. Mais ainda, os que restaram continuam esquecidos e descuidados pelos seus responsáveis, que não se preocupam nem em digitalizá-los.

Topografia: Esta Vila está situada à margem esquerda do Rio Pata-chó (em vários documentos mais antigos da Província, tenho encontrado o nome do rio com sendo Pata-choca). Nome de antiga tribo de índios, que pararam por estes Sertões (vários autores contestam a passagem dos Pataxós, por aqui). A Vila ocupa a maior parte de um terreno plano e arenoso de 800 metros em quadro.

Conta-se duas pequenas ruas, largas e bem arejadas, e mais três alinhamentos de boas casas que formam o Adro da Matriz, bonito e decente edifício. Ao Nordeste confronte a mesma acha-se a cadeia pública ainda em obra, tendo boa sala livre, onde funciona a Câmara Municipal. Ao Sueste (Sudeste), no mesmo quadro está a Casa do Comércio, edificada ultimamente as expensas dos socorros públicos, que embora não concluída, de muito tem servido, não só para cômodo dos viajantes, como aos negociantes do lugar e seus subúrbios. Ao Levante, vê-se o alto e majestoso Pico do Cabugi, que semelhante ao antigo telégrafo nos anuncia as chuvas pelos cúmulos de nuvens em sua mais elevada extremidade, onde por singularidade, com dificuldade, foi colocado um poste com o respectivo para raio. Ao Leste Setentrião e Ocidente, observam-se diversos serrotes de granito que concorrem ao longe para formar-se da pequena Vila mais avultada ideia. Do centro da situação observam-se diversas casas de telhas, dos maiores Altos Monte Alegre, Favela, Espírito Santo, Coração de Jesus, e Fazenda Nova, propriedades e benfeitorias dos mais abastados do lugar. Finalmente ao Oeste, 100 metros das últimas casas, encontra-se o açude do Glorioso Senhor São José Padroeiro da Freguesia, edificado pelo Reverendo Ibiapina, nas Missões de 1862, obra atualmente em ruínas, que serve apenas para conservar a frescura do terreno, útil aos plantadores de vazantes.

População – Segundo o último recenseamento, consta a população livre de 5. 500 almas, e a escrava de 180. Desta população, apenas habitam a Vila, 300 almas, compreendidas 13 escravos.

Agricultura – Lavoura – Consiste na cultura de mandioca, algodão, milho, arroz, feijão melão e melancia, além de diversos legumes. Criação – A grande criação consiste de gado vacum, cavalar, lanígero, e cabrum. A pequena criação limita-se às aves domésticas.

Indústria Fabril – A indústria fabril é de pouca importância atualmente, consistindo apenas em pouca farinha de mandioca, obras de olaria, como sejam louças de barro, telhas e tijolo de alvenaria; há também tecidos grossos de algodão.

Comércio – A exportação é pouco e limita-se ao algodão e gado vacum; devida esta escassez aos efeitos da calamitosa seca de 1877 e 1879. A importação também é de nenhuma importância, limitando-se a pequena negociação de molhados e fazendas.

Instrução – Para a instrução primária há duas escolas, sendo uma do sexo masculino criada por Resolução Provincial no ano de 1833, e uma do sexo feminino criada por Lei Provincial nº 497, de 4 de maio de 1860.

Divisão eclesiástica – Pertence este Município à Diocese de Olinda, e contem uma só Paróquia denominada São José dos Angicos, a qual desmembrada da de Santana do Matos, foi criada por Resolução Provincial no ano de 1836; e tem sido administrada por três Vigários, sendo dois encomendados e um colado, os Reverendos Manoel Antonio dos Santos Morais Pereira Leitão, Manoel Januário Bezerra Cavalcanti, e Felis Alves de Sousa, pelo primeiro de 1836-1839, pelo segundo de 1839-1844; e pelo terceiro de 1844 até o presente.

Obras públicas – Paço da Câmara Municipal, a Casa do Comércio e o Cemitério.

Distâncias – Dista esta Vila da capital da Província de 42 léguas; as distâncias às Vilas e Cidades dos Municípios confinantes são as seguintes: à Vila de Santana do Matos, 8 léguas ao Sudeste; à cidade do Assú, 8 léguas ao Noroeste; à cidade de Macau, 14 léguas poucos graus abaixo do Norte.

Agora, duas sugestões: que nossas universidades e faculdades ajudem os municípios na reconstituição de suas verdadeiras histórias; que os municípios digitalizam os documentos antigos, ainda existentes em suas sedes. Educação é muita mais que prédios, merenda escolar, bolsas, e bibliotecas.

Fone: Hipotenusa

HUMOR

SORRISO PENSANTE - Ivam Cabral

UTILIDADE PÚBLICA

MORADORES DE LUZIÂNIA (GO) PROCURAM FAMILIARES QUE MORAM EM ASSÚ


O sistema Ouvidoria On-line da Prefeitura do Assú recebeu uma mensagem com solicitação de informações sobre uma família que mora em Assú.

A solicitação foi feita por Wesley Teixeira Ribeiro e Vera Regina Alves Teixeira que moram em Luziânia, Goiás. Eles estão à procura da Sra. Antonia Sabino e de seus filhos Gerlânia, Alan e Jaqueline.

Desde o ano de 2000 que eles perderam contato com esses familiares em primeiro grau.

Qualquer informação entrar em contato através do e-mail:ouvidoria@assu.rn.gov.br ou pelo fone (84) 9106-1440.
Samuel Nário Fernandes Junior - Ouvidor da Prefeitura do Assú.

RECONHECIMENTO PARLAMENTAR

Deputado George Soares solicita medalha do Mérito Cultural Câmara Cascudo para artista assuense
O deputado estadual George Soares protocolou requerimento nesta quinta-feira (14/11) solicitando que a Assembleia Legislativa conceda a Wagner Di Oliveira (foto) a Medalha do Mérito Cultural Câmara Cascudo, em reconhecimento à relevante contribuição que o artista vem prestando à arte e à cultura potiguar.

Natural e residente no município de Assú, Wagner é artista plástico, desenhista, poeta, escultor, chargista e escritor. Trabalha há 10 anos como instrutor de crianças e adolescentes e integra a equipe de cinema de Assú.

A convite do artista plástico Luiz Elson, elaborou a revista “O Boneco”, seu primeiro trabalho em quadrinhos. A obra servirá como storyboard de um roteiro desenvolvido pelo próprio Wagner para um filme homônimo que está sendo desenvolvido pela equipe de cinema de Assú.
Assessoria Parlamentar Deputado Estadual George Soares.

CAUSOS

1 - Francisco de Medeiros Dias ou simplesmente Chico Dias (ele é cearense de nascimento e assuense por opção e escolha). Chegou ao Assu ainda adolescente, onde construiu boas amizades. Foi líder estudantil. dirigiu o Grêmio do Ginásio Pedro Amorim, da então CNEG e candidatou-se a vereador em várias eleições. Pena que não obteve sucesso. Pois bem, Ronaldo Ferreira Dias era potiguar de Lages e morou algum tempo na terra assuense. Ele era boa gente, mais era muito sisudo, cara fechada mesmo. A convite do presidente Figueredo, Ronaldo candidatou-se a deputado federal, salvo engano, nas eleições de 1978, pelo PDS do Rio Grande do Norte. Começo de campanha ele foi ao Assu se entender com Chico Dias, seu primo e amigo, para apoiá-lo. Negócio acertado, propaganda (santinhos) entregue a Chico, Ronaldo retornou a Brasília onde era alto funcionário do senado da república e daquela capital, telefonou, dizendo: 
- Chico, como vai a aceitação do meu nome por aí? 
- Rapaz, eu saí de casa com mil santinhos seu e voltei com dois mil! - Respondeu Chico na horinha.

(Em tempo: Ronaldo Dias naquela eleição somente com o seu voto seria primeiro suplente de deputado federal. Assumiu o mandato durante uns seis meses em razão da morte do deputado Djalma Marinho. Obteve pouco naquela eleição pouco mais de mil votos).

2 - O povo assuense passou uma época em polvorosa e aflita. Pessoas de bem eram assassinadas naquela cidade por qualquer futilidade. Pois bem, Chico Dias em 1982, perdera na morte certo amigo e eleitor. Na hora da última despedida, no cemitério da cidade de Assu, foi ele, Chico, se despedir do amigo, dizendo: 
- Meus amigos, estão matando gente nesta cidade por qualquer. Ocorre, que o réu vai a julgamento, alega legítima defesa e é absolvido
E foi mais adiante na sua fala de sentimento e de revolta para risos dos circunstantes: 
- Legítima defesa uma porra!

3 - Chico Dias (não quero com essa estória, absolutamente denegrir a sua imagem, não. Ele é meu amigo este fato ocorreu há uns trinta anos atrás), inadimplente com o Banco do Brasil, agência de Assu, foi surpreendido pelo gerente daquela casa bancária, que lhe disse abusivamente, ao vê-lo na dependência daquela casa bancária: 
- Seu Francisco, o senhor está com um título atrasado com este banco e, se não for quitado daqui a quarenta e oito horas, eu vou registrar seu nome no CADIN!
Chico não se fez de rogado: 
- Seu gerente, pois diga a seu CADIN que pague a minha conta!

Postado por Fernando Caldas

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

PROSA POÉTICA

Das metáforas

- Das metáforas.

A noite é fria. Os últimos portões já se fecharam.

Ao longe, apenas a silhueta do trem que chegava.

A estação onde está sempre lhe pareceu acolhedora, desde o dia em que chegara. Queria acordar ali todos os dias.

O trem se aproximava cada vez mais. Não sabia se queria partir. “Por que outras estações se essa aqui parece tão confortável e tranquila? Por que sair de onde se está?”. Vinha rápido. Era possível ver um pouco da paisagem interior e exterior daquela máquina curiosa, tão bela e cativante. Viu por um momento em sua mente a imagem de outros lugares possíveis. Imaginou-se feliz ali dentro. Desejou os lugares onde aquele trem poderia levá-lo, quis estar lá. Quis, profundamente. Mas relutou.

A passagem não custava caro, não cobrava mais do que o normal. Cobrava apenas o que todo trem cobra.

Decidiu seguir com tudo aquilo, mas atrapalhou-se na hora de tentar embarcar. Estava preso às próprias correntes que colocara ali. Não deu tempo de retirá-las, ou talvez o esforço tenha sido pequeno.

Foi pequeno, o passageiro.

O trem, grande, passou.

Ao longe, agora apenas a silhueta do trem que partira. Ao passageiro, restou sua sina e contradição. Um diálogo com sua própria sombra, projetada na parede da estação que, agora, já lhe parecia estranha e pouco agradável.

Carregado de otimismo e vida, juntou os poucos pertences que tinha. Acendeu um cigarro e olhou para seu relógio. São quatro e meia da manhã. O brilho do sol deve voltar a qualquer instante, levando o frio e a noite embora. Talvez encontre o trem novamente. Talvez encontre outra estação, onde passem outros.

É hora de se livrar das correntes e caminhar pelos trilhos, outra vez.

Autor: José AIRTON de Almeida NETO - Escritor Potiguar.
Foto ilustrativa.

UTILIDADE PÚBLICA DAS REDES SOCIAIS

NOVAS REGRAS DE TRÂNSITO

Já estão valendo para todos os Estados
NOVAS REGRAS:
A carteira só pode ser renovada durante o prazo de no máximo 30 dias após o vencimento da mesma.

Após este prazo, a carteira é cancelada automaticamente, e o condutor será obrigado a prestar todos os exames novamente: psicotécnico, legislação e de rua, igualzinho a uma pessoa que nunca tirou carteira.

Esta lei não foi divulgada , e muitas pessoas vão perder a suas carteiras de habilitação e terão de repetir todos os exames.

Fiquem atentos quanto ao vencimento de sua CNH.
Fora a multa, para tirar novamente a CNH fica por volta de R$ 1.200,00 e leva + ou - de 2 a 3 meses.

O Diário Oficial da União (DOU) publicou (22/11/2009) uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), que altera as regras para quem vai tirar a carteira de motorista.

Entre as mudanças está a carga horária do curso teórico que vai passar de 30 para 45 horas aula e a do prático, de 15 para 20 horas aula. Serão incluídos novos conteúdos.

ALÉM DISSO: Providenciar com urgência a retirada do plástico do extintor. Mais uma regulamentação sem a devida divulgação!

O extintor de fogo obrigatório do carro tem que estar livre do plástico que acompanha a embalagem.

Se um policial rodoviário parar seu carro e verificar que o extintor está protegido pelo saco plástico, ele vai te autuar - 5 pontos na carteira e mais R$ 127,50. 

TEM COISAS QUE APESAR DE MUITO IMPORTANTES, FALTA DIVULGAÇÃO E NEM TODOS FICAM SABENDO. 

LIVROS

ALGUMAS OBRAS DA LITERATURA POTIGUAR
Conheça nossos escritores.

















Postado por 101 Livros do RN (que você precisa ler).

UFERSA ASSU

Conselho universitário da Ufersa aprova Campus Assu vocacionado a área de Ciências da Saúde

A criação do Campus da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) em Assu foi aprovada na manhã desta segunda-feira, dia 18 de novembro, na 24ª Reunião Extraordinária do Conselho Universitário (Consuni), presidido pelo reitor José de Arimatea de Matos. Esta será a quinta Unidade da Ufersa, que já funciona na cidade de Angicos, Caraúbas, Pau dos Ferros e o Campus Central em Mossoró.

O novo campus construído em Assu terá sua atividade vocacionada a cursos na Área de Ciências da Saúde, iniciando seu funcionamento com 60 vagas para o curso de Medicina, já aprovado pelo Ministério da Educação através do Plano de Expansão do Ensino Médico – o Programa Mais Médicos.

As obras de construção da nova unidade começam em 2014, visto que o Governo Federal já assegurou recursos na ordem de R$ 28 milhões. De acordo com o cronograma do projeto, a primeira turma de graduandos em Medicina na Ufersa Assu deverá ingressar em 2016 com 30 alunos; no ano seguinte serão ofertadas mais 30 novas vagas.

Paralela a toda tramitação até a aprovação do curso, os esforços para viabilizar a Unidade se intensificavam. O Campus da Ufersa em Assu será construído em uma área de 20 hectares. A prefeitura do Assu já garantiu reserva orçamentária para mobilidade urbana.

A nova Unidade será dotada de estrutura com biotérios, sala de aula, sala para professores, laboratórios, auditórios, acervo bibliotecário e recursos humanos com 60 Docentes e 30 Técnicos-Administrativos.
Postado por Alderi dantas com informações da Assessoria de Comunicação da UFERSA.

AGENDA:


Na próxima sexta-feira (22) o Partido da República (PR) no RN irá promover o Encontro Estadual, onde o Núcleo Estadual de Decisões do PR irá decidir junto aos seus filiados e correligionários as diretrizes para 2014.

O Encontro Estadual do PR irá acontecer a partir de 9h, no Versailles Recepções, do bairro Cidade Jardim, localizado na Rua Coronel Milton Freire, nº 2.919, na capital do Estado, segundo a informação transmitida pela assessoria de comunicação do diretório estadual da legenda.

domingo, 17 de novembro de 2013

CAUSO

Vasilhazinha
A

 RESIDÊNCIA do então prefeito João Batista Lacerda Montenegro era ponto de encontro do seu grupo e até de políticos da região. Certa vez, estavam diversas pessoas conversando na sala da casa de Batista. Entre estas pessoas estava sentado em um dos sofás o líder político de Carnaubais, de saudosa memória, Valdemar Campielo, cuspindo frequentemente. 

 A primeira dama do Assú, dona Lourdinha, disfarçadamente, colocou uma cuspideira de inox ao lado de Valdemar para evitar que ele cuspisse o piso da sala. No entanto, cada vez que Valdemar ia cuspir fazia um esforço tremendo para não melar aquele objeto. Depois de certo tempo, Valdemar ordenou a um dos presentes:

- Zé das Chagas, meu filho, tire essa “vasilhazinha” bonitinha daqui, senão eu vou terminar tendo que cuspir dentro dela!
Do livro Dez Contos & Cem Causos - Ivan Pinheiro.

CONTO

 O SINAL
Ivan Pinheiro
A velha Raquel estava sentada na calçada proseando com umas amigas da rua em que morava, quando avistou ao longe a silhueta cambaleante de seu filho Rafael. Vinha bêbado. E, quando isto acontecia, acabava a tranqüilidade dela e dos moradores circunvizinhos.

Imediatamente ela despediu-se das amigas e entrou em casa deixando a porta apenas encostada, como sempre, para não ser incomodada e para que seu filho não se aborrecesse quando fosse adentrar, quase sempre, às altas horas da madrugada.

Por trás daquela mulher alta, já corcunda pelo sofrimento da vida, se escondia a angústia e o sofrimento. Perdeu o esposo ainda jovem. Seu único filho que poderia ser a sua esperança, só lhe dava desgostos. Sem o comando paterno virou um viciado em diversos tipos de drogas, sobretudo, o álcool e a maconha. 

Rafael foi se aproximando. Parou na frente da casa, botou a mão na parede, olhou para os vizinhos e gritou: 

- Aquela égua ainda tá aí, ou já foi fingir que tá dormindo?

Não recebendo respostas completou: 

- Vão todos pra puta que pariu que eu não tenho satisfação a dar a ninguém. Bebo com meu dinheiro... E pronto!

O círculo de amigas foi se desfazendo rapidamente, cada uma se recolhendo às suas casas para não ter que ouvir mais desaforos. A porta se abriu com a velocidade de um raio, quando Rafael a empurrou violentamente. A velha Raquel quase pulou da surrada rede armada num canto da sala, já que a casa só possuía um quarto e este ela sempre destinava para ele no intuito de agradá-lo e evitar reclamações.

- O que é isso, meu filho, tá ficando maluco?

- Maluco é você velha gagá. Eu quero é comer... E muito! 

Ela fingiu que não tinha ouvido aquele atrevimento. Foi para a cozinha e começou a preparar a refeição do filho. Botou os pratos sobre a mesa e retornou para comunicar que o jantar estava servido. Com muito jeito entrou no quarto e pôde observar que o estado de embriaguez de Rafael não tinha permitido que ele tirasse a roupa completamente. A calça tinha enganchado na altura dos tornozelos. Dormia todo desajeitado sobre a cama. 

Raquel puxou suas pernas para cima da cama e, com dificuldades, conseguiu retirar-lhe a calça. Com movimentos rápidos, apanhou um lençol no fundo do baú, abriu-o e o jogou sobre aquele corpo fétido. Foi como derramar sobre ele um frasco de perfume de flor do mato colhido ao nascer da aurora. 

Retornou à cozinha, cobriu toda a comida, apagou as luzes e, com cuidado para não acordá-lo, voltou à rede para enfim repousar o sono dos justos. 

- Maaaeeê!... Cadê meu comer?!

A velha Raquel despertou sobressaltada de seu breve sono. Quase bota o “coração pela boca”, como diz o dito popular. Rapidamente saltou da rede, acendeu a luz e, ainda trêmula, falou baixinho e compassado:

- Meu filho, você quer me matar do coração? Pra que esses gritos? Pra que esse escândalo? Tenha modos, será que você vai passar a vida toda me dando trabalho?

Rafael ainda transtornado das drogas replicou:

- Agora sim... Eu não poder gritar na minha casa porque uma “merda” dessa não quer. Sai de mim velha... Eu não casei para não ter que dar satisfação à mulher nenhuma. Grito, grito: Cadê meu comeeeerrrr!? 

Ao tempo em que Rafael foi gritando, num movimento instantâneo, apanhou um calçado e jogou em direção à mãe que se encontrava na porta do quarto. A velha tentou se esquivar, porém, a sandália bateu em seu rosto com bastante velocidade, raspando sua pele como se fosse uma navalha. Raquel levou a mão direita ao rosto e pôde observar o sangue que escorria no seu braço.

- Veja, meu filho, o que você fez comigo! Quem faz isso com uma mãe merece ser castigado.

Raquel foi até o baú, pegou um pacote de lã de algodão e colocou sobre o corte na tentativa de estancar o sangue. Decorridos alguns minutos ela olhou para o filho e falou carinhosamente.

- Venha, meu filho... Seu jantar está na mesa. 

No dia seguinte, quando a claridade alaranjada que lentamente iluminava o céu começou a surgir, Raquel já estava de pé varrendo o terreiro da casa. A vizinha, por nome de Nazaré, que também tinha a mania de varrer a frente da sua residência antes do nascer do sol, ao avistar sua amiga com um pano amarrado na cabeça cobrindo parte do rosto, se aproximou com uma saraivada de perguntas:

- Dona Raquel, o que houve? Feriu-se? Andou caindo? Escorregou no banheiro? E aqueles gritos de Rafael ontem à noite? O que foi que aconteceu minha amiga? Conte mulher...!

- Nada não comadre Nazaré. – Falou Raquel com muita calma – Lembra daquele sinal de carne bem grande que eu tinha no rosto? Por descuido, enganchei o danado no punho da rede e não é que cortou certinho... Quase morri minha comadre, esvaída em sangue... Ainda bem que meu filho Rafael estava em casa!

Do livro: Dez Contos & Cem Causos - Ivan Pinheiro.
Fotos ilustrativas.

VIOLÊNCIA EM ASSÚ:


Por estes dias o prefeito do Assú se reuniu com alguns vereadores, uns dois secretários municipais e um representante da secretaria estadual de segurança pública, com objetivo de discutir a escalada ascendente da violência neste município e solicitar do governo do estado o aumento do efetivo policial, de viaturas, de armas e munições para os policiais e tudo o mais que seja possível para que os assuenses possam se sentir seguros.

Inacreditavelmente, não compareceram a reunião as secretárias de educação e de assistência social. A ausência, providencial, é uma clara demonstração de que a prefeitura do Assú e os laboriosos edis gostam apenas de 'atirar com a pólvora alheia'.

Na prática, a prefeitura do Assú não tem politicas voltadas para o acolhimento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, incluindo neste rol, os usuários de drogas não licitas. Sabidamente, parte dos furtos e roubos realizados na cidade do Assú, o são por essa camada da população.

- O poder coercitivo do Estado deve e tem que está presente na sociedade. O Estado também tem e deve fazer uso de outros meios para garantir a harmonia social e entre estes meios estão a educação e a atenção social, que por sinal, é de responsabilidade do município (e que, inclusive, recebe verbas federais para tanto). Se estes pontos não forem buscados, o poder coercitivo por sim só, não dará conta. Por mais equipado que seja.

Traduzindo: o executivo e legislativo do Assú possui inúmeras afinidades, dentre elas, cobrar providencias dos moradores da casa alheia.
Postado por Ana Valquíria.

REGISTRO HISTÓRICO



Sílvio Calas, um dos maiores artífices da canção popular brasileira, responsável pela introdução da seresta na MPB, esteve na cidade de Assu em 1972, de passagem para Fortaleza, para rever e abraçar o bardo matuto assuense Renato Caldas, seu velho amigo e companheiro de farras nos tempos em que Renato viveu no Rio de Janeiro (década de trinta e quarenta). Pois bem, ao chegar na modesta casa do poeta, da praça Pedro Velho, 74, hoje um prédio comercial, Sílvio começou a cantar, para surpresa de Renato que após ouvi-lo, abraçou o amigo e parente Silvio, na presença de curiosos e admiradores. Ambos, além de amigos, considerava-se parentes.

O cantor Silvio no seu disco intitulado "História da Música Popular Brasileira", 1974, LP gravado ao vivo (imagem acima), diz ao se referir à Natal, ao Rio Grande do Norte, o seguinte: "Os Caldas do Assu, todos meus parentes. Sabe lá o que é isso, Renato Caldas, o grande poeta".
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Por sinal, foi Silvio que apresentou Renato Caldas a Noel Rosa, Chico Alves e Almirante, que ficaram amigos íntimos e companheiros de mesa de bar, claro.

Fica, portanto, mais um importante registro para constar em letras vivas na história da terra assuense.

Postado por Fernando Caldas.