DAS 23 ZPEs CRIADAS NO BRASIL SÓ DUAS FORAM INAUGURADAS
Parte da área prevista para instalação da ZPE de Assu: Implantação do empreendimento está atrasada e corre risco de ser cancelada
Outros estados também têm enfrentado dificuldades para instalar suas Zonas de Processamento de Exportação. Das 23 já criadas em todo o país, apenas duas foram inauguradas: a de Senador Guiomard, no Acre, em 2012, e a de Pecém, no Ceará, no início deste ano.
As ZPEs do Acre e do Ceará – criadas no mesmo ano em que a ZPE de Macaíba e a de Assú – já começam a receber as primeiras empresas, segundo Helson Braga, presidente da Abrazpe.
No Ceará, pelo menos uma empresa já começou a se instalar: a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), formada pela Vale e duas empresas asiáticas, que prometem instalar no estado a maior siderúrgica do país e produzir, por ano, 3 milhões de toneladas de placas de aço.
Segundo apresentação feita pela CSP, os investimentos na Zona de Processamento no Ceará chegarão a US$ 5,1 bilhões (R$ 11,5 bilhões, considerando a cotação do dólar de ontem) até 2015. O número de pessoas empregadas diretamente na construção da siderúrgica chegará a 15 mil durante o pico da obra. O investimento que será aplicado por apenas essa empresa será suficiente para elevar em 6% o PIB do Ceará.
A inauguração da ZPE de Pecém, admite Braga, presidente da Abrazpe, coloca o RN em desvantagem. A ZPE cearense é 26 vezes maior que a de Macaíba e está localizada dentro do Porto de Pecém, um dos maiores do Nordeste. “O RN está em desvantagem. Sua ZPE tem que ser muito melhor que a dos outros. Por isso, a privatização”, observa.
A falta de competência técnica e de recursos suficientes por parte do governo do estado e da prefeitura de Macaíba foram determinantes para a decisão adotada no RN, segundo ele. Três anos após publicação do decreto de criação, a ZPE de Macaíba já era para estar funcionando, mas não passa de um terreno cercado, observa o presidente da Abrazpe. A empresa que vencer a licitação da Zona de Processamento de Exportação de Macaíba terá direito de cobrar um aluguel e uma espécie de taxa de condomínio para as empresas que se instalarem na área, de acordo com informações divulgadas pela Abrazpe.
A reportagem tentou contato com o prefeito de Assu, Ivan Júnior, para obter detalhes sobre a ZPE do município, mas não obteve êxito.
ENTENDA AS ZPES
Objetivos
- Atrair investimentos estrangeiros;
- Reduzir desequilíbrios regionais;
- Fortalecer o Balanço de Pagamentos;
- Promover a difusão tecnológica;
- Criar empregos;
- Promover desenvolvimento econômico e social do país;
- Aumentar a competitividade das exportações brasileiras.
Incentivos que as empresas instaladas nessas áreas recebem:
Para aquisição de bens e serviços, contam com suspensão dos seguintes tributos:
- No mercado interno: IPI;COFINS;PIS/PASEP
- Na importação: II; IPI; COFINS – Importação; PIS/PASEP – Importação; e AFRMM.
Fonte: Abrazpe/Tribuna do Norte/Registrando.
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