sexta-feira, 15 de julho de 2016

LEMBRANÇAS:

TERCEIRO...

Agosto, 22, é o seu dia
Não podemos esquecer
Tua expressão de alegria
Ostentada ao nos rever
Norteava nossas mentes
Inovava até os doentes
Orgulhava nosso viver.

Tu, meu amigo TERCEIRO
Eras o nosso pai e irmão
Reto, acolhedor, verdadeiro,
Caridoso e bom cristão.
Excessivo na honestidade,
Inigualável numa decisão...
Relembramos, com saudade,
O nosso viver e... separação.


Através destes versos, em forma de acróstico, relembro o grande amigo Antônio Terceiro Felipe de Medeiros (*22/08/1959 + 15/07/2012) que resolveu "viajar" sem nos consultar. Pois é... Sempre teve prazer de ajudar aos outros mas, há quatro anos, resolveu não ajudar a si mesmo. Ficaram as boas lembranças nos corações dos familiares e amigos.    
Ivan Pinheiro. 

AÇÃO PARLAMENTAR:

Projeto que regula a coleta e o descarte de medicamentos vencidos é aprovado na Assembleia do RN
Foi aprovado, nesta quinta (14), na Assembleia Legislativa do RN, o projeto de lei de autoria do deputado estadual George Soares (PR) que regulamenta a coleta e o descarte de medicamentos vencidos no Rio Grande do Norte. O objetivo é instituir o princípio da logística reversa para os medicamentos vencidos ou inadequados para o consumo, obrigando as farmácias e drogarias a instalarem pontos de coleta para o recebimento desses produtos dos consumidores. “É gravíssimo o problema do descarte inadequado de medicamentos vencidos, quer pelo próprio consumidor, junto ao lixo domiciliar, quer pelas próprias farmácias e drogarias”, destaca o parlamentar autor do projeto.

Conforme dados divulgados pela imprensa, o descarte de medicamentos por consumidores finais é um grande problema a ser observado pelo Poder Público em razão do grande impacto à saúde e ao meio ambiente, em razão da falta de informação e de alternativas faz com que as pessoas de forma rotineira contaminem lagos, rios, córregos e o mar com medicamentos que possuem alto poder de alteração do ecossistema, provocando mutações e expondo a gravíssimo risco toda a sociedade.

O projeto, agora, aguarda a sanção do governador para se tornar Lei no RN.
--
Assessoria de Imprensa do Deputado Estadual George Soares

quinta-feira, 14 de julho de 2016

LITERATURA:

Está marcado para o próximo sábado (16), às 18h, nas dependências do restaurante Dida.Tom, à Rua Dr. Luiz Carlos, o ato oficial de lançamento do livro Francisco Lucas da Silva: um sábio da natureza. 

A obra literária é de autoria de Maria da Conceição de Almeida e Thiago Emmanuel Araújo Severo, organizadores da publicação, e tem como protagonista do pescador popularmente conhecido como Chico Lucas, um dos personagens mais conhecidos e respeitados da região no entorno da Lagoa do Piató, em Assú. 

O evento é uma realização do Grupo de Estudos da Complexidade (Grecom), órgão da Universidade Federal do RN (UFRN), e da prefeitura municipal do Assú, segundo descrito no convite virtual que está sendo distribuído aos veículos de comunicação da cidade e região. A solenidade oficial de lançamento do livro acontecerá na véspera do natalício de Chico Lucas, que faz aniversário no dia 17 deste mês, domingo.
Fonte: Pauta Aberta. 

OPINIÃO:

O PIB e as desigualdades econômicas no RN
 
Por: Joacir Rufino de Aquino *
O fraco desempenho da economia do Rio Grande do Norte (RN) nos últimos anos tem causado preocupação em vários setores da sociedade. O próprio Governador Robinson Faria, quando ainda não ocupava o atual cargo de poder, externou sua inquietação sobre o assunto em um artigo publicado na imprensa local, com o sugestivo título: “PIB no RN é Produto Interno Baixo” (Tribuna do Norte, 13/01/2013, p. 2). Na sua opinião, a letargia da administração estadual da época não favorecia o avanço e eram necessários investimentos de peso para acelerar o ritmo de crescimento da produção de riqueza potiguar.

A defesa pelo avanço do Produto Interno Bruto (PIB), no contexto de crise que vivenciamos, é uma bandeira política importante e bastante atual. Isso porque, apesar de suas múltiplas potencialidades, a economia norte-rio-grandense não consegue deslanchar e precisa crescer. Deve-se deixar claro, porém, que esse não é o único e principal desafio a ser enfrentado no presente por uma política governamental de longo prazo. Na verdade, o nosso maior problema estrutural está associado à concentração produtiva e às gritantes desigualdades econômicas entre os 167 municípios do estado.

O Índice de Gini (IG), indicador utilizado para medir o grau de distribuição da riqueza, evidencia que o RN é o estado mais desigual no Nordeste brasileiro em matéria de repartição da produção de bens e serviços entre as diferentes unidades territoriais. Em nível nacional, o estado ocupa a quinta posição, com um IG de 0,812 (http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl1.asp?c=5939&z=p&o=31&i=P). Tudo isso porque o seu PIB apresenta-se extremamente concentrado espacialmente em um número restrito de localidades específicas.

De fato, os dados estatísticos publicados pelo IBGE dão conta que, em 2013, somente 15 municípios potiguares – Natal, Mossoró, Parnamirim, Macaíba, São Gonçalo do Amarante, Macau, Areia Branca, Caicó, Assú, Baraúna, Ceará-Mirim, São José do Mipibu, Apodi, Currais Novos e Alto do Rodrigues – concentravam 75% da economia estadual. Os demais 152 municípios do estado, 91% do total, respondiam por apenas 25% da riqueza gerada.

Note-se que entre os municípios listados, apenas cinco detém quase dois terços da economia norte-rio-grandense. No topo, destaca-se Natal, que concentra sozinho 39% do PIB estadual. Na sequência, aparecem Mossoró (13%), Parnamirim (6%), Macaíba (2%) e São Gonçalo do Amarante (2%). Em relação à atividade industrial, especificamente, o problema assume dimensões mais acentuadas. Ainda segundo o IBGE, no ano de 2013, algo em torno de 70% do valor adicionado pela indústria estava concentrado em sete municípios: Natal, Mossoró, Parnamirim, Macau, Areia Branca, Macaíba e São Gonçalo do Amarante.

Os indicadores apresentados aqui revelam, assim, que o núcleo duro da nossa economia está situado no entorno da capital do estado e em algumas poucas localidades que sediam atividades produtivas ligadas à produção de petróleo e à fruticultura irrigada. À exceção de um leque reduzido de cidades-polos regionais, o restante dos municípios do interior definha anualmente, tornando-se completamente dependentes das rendas oriundas da Previdência Social, especialmente na forma de aposentadorias rurais, do Programa Bolsa Família e dos pagamentos do funcionalismo público (municipal, estadual e federal).

Com efeito, um balanço retrospectivo sinaliza que o quadro retratado é resultado da ausência de investimentos estruturantes em diversas áreas da vida social e, principalmente, das contradições da intervenção estatal no RN. É bem verdade que a grande seca iniciada em 2012, e que se estende até o momento, praticamente destroçou a agropecuária de sequeiro e abalou fortemente os principais segmentos produtivos que dão sustentação às regiões Oeste e Central. No entanto, não é correto atribuir à culpa por todas as nossas mazelas a esse fenômeno climático ou a outro fator conjuntural.

O problema maior, conforme lembra o professor José Lacerda Alves Felipe, ao discutir as relações entre “O Local e o Global no RN”, deve-se à ação consciente ou não do governo potiguar que, ao longo do tempo, tem concentrado seus investimentos na Região Metropolitana de Natal e nas localidades mais dinâmicas do estado, marginalizando a maioria dos municípios de pequeno porte. Ou seja, o Estado, ao invés de realizar esforços para reduzir a desigualdade produtiva provocada pelas forças do mercado, tem contribuído em muitos casos para agravá-la, atuando a partir de uma lógica concentradora perversa resistente à mudança e extremamente prejudicial ao desenvolvimento equilibrado do nosso território.

Logo, parece não restar dúvida de que precisamos continuar aumentando o PIB, mas é fundamental superar o viés concentrador que tem guiado a intervenção governamental visando distribuir melhor as atividades produtivas no espaço estadual. O discurso relativo ao crescimento da riqueza, por si só, é incompleto. Diante da gravidade do quadro apresentado no RN, o foco prioritário das políticas públicas deve ser o combate as nossas marcantes desigualdades internas. A experiência de outros lugares ensina que uma missão dessa natureza não pode ser realizada sem uma política deliberada de incentivo à interiorização da indústria e de fortalecimento das economias dos municípios de menor expressão. Na ausência de uma estratégia com tal perspectiva, à tendência é de segregação e de agravamento dos desníveis socioeconômicos existentes.

*Joacir Rufino de Aquino é economista, professor e pesquisador da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern).

quarta-feira, 13 de julho de 2016

LITERATURA:

UFRN LANÇA NOVO LIVRO DO FILÓSOFO DA NATUREZA CHICO LUCAS  
No próximo sábado, dia 16 de julho, às 18h, no Restaurante Dida.Tom ocorrerá o lançamento do livro 'Francisco Lucas da Silva - Um sábio da Natureza'. 
 
O trabalho é fruto de uma longa pesquisa desenvolvida no entorno da lagoa do Piató pelo Grupo de Estudos da Complexidade  - GRECOM, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, que tem a frente a professora e pesquisadora Dra. Conceição Almeida.  
O pescador Francisco Lucas da Silva - conhecido em Assu e região por "Chico Lucas" é considerado pelos pesquisadores como o 'Filósofo da Natureza', nome do seu primeiro livro, cujo lançamento ocorreu na UFRN. Tive a oportunidade de conduzi-lo de Assu para Natal para o evento. Lá pude observar uma placa afixada em alusão a uma frase dita por ele ao adentrar pela primeira vez naquela cidade universitária. Salvo engano a frase é essa: "Nunca fui a um banco de escola, mas cheguei a universidade".
Tenho pela pessoa do amigo e parente Chico Lucas muito respeito e carinho. Cidadão trabalhador, de procedimentos retos, competente em tudo que faz. Tem buscado sempre enaltecer o seu solo pátrio. Vou fazer um esforço para me fazer presente ao lançamento.
A todos o meu abraço. Desejo muito sucesso.

PESQUISA:


Por João Felipe da Trindade
jfhipotenusa@gmail.com
 
Fui ao Solar João Galvão em busca do acervo, ali deixado, do escritor Manoel Rodrigues de Melo. Meu interesse maior era encontrar maiores informações sobre Macau. No meio da documentação encontrei uma carta de Celso da Silveira, datada de 21 de junho de 1974, com subsídios para a ascendência de Cortez Pereira, no ramo dos Silveira Borges.

“Professor Manoel Rodrigues:

Num caderno de notas de papai encontrei esta referência à filiação de João Celso da Silveira Borges, meu avô, que não corresponde ao registro de casamento do seu pai, Manoel da Silveira Borges.

A diferença está em que nas notas de papai o Manoel casou com Maria Deolinda e no registro da Paróquia de Santana do Matos, com Maria Genérica Francelina. O velho Manoel casou com esta em 1840, e meu avô, seu filho, nasceu em 1844, daí surgindo um equívoco se ele era filho de Manoel com Maria Deolinda ou de Manoel com Maria Genérica. Acho que a localização do registro ou do batistério de João Celso da Silveira Borges poderá dissipar a dúvida e vou procurar.

Aí tem o senhor mais essa ascendência de Vivaldo Pereira, pois o velho Manoel era filho de Joaquim da Silveira Borges e Ana Joaquina da Trindade. Manoel, como me foi dado saber, foi o bisavô de Cortez Pereira. Joaquim, portanto, era seu tetravô. ”

Não sei se Celso conseguiu dirimir sua dúvida, mas este artigo vai esclarecer, a partir de documentos da Igreja, a verdadeira filiação de João Celso, como a ascendência de Cortez Pereira, no ramo dos Silveira Borges.

Vamos fazer nossa exposição de trás para frente, começando com o batismo de José de Araújo Cortez Pereira e, depois, o casamento dos seus pais: a 11 de novembro de 1924, nesta Matriz, batizei solenemente a José, nascido a 17 de outubro deste ano nesta cidade, filho legítimo de Vivaldo Pereira de Araújo e Olindina Pereira Cortez, sendo padrinhos Manoel Pereira de Araújo e Ananilia Silveira de Araújo; a 6 de fevereiro de 1907, nesta Matriz, perante as testemunhas José Christino e Elias Enoque Pereira de Araújo, assisti ao matrimonial de Vivaldo Pereira de Araújo e Olindina Dantas Cortez, meus paroquianos. O Vigário Francisco Coelho de Albuquerque não informou o nome dos pais dos nubentes.

Os pais de Vivaldo Pereira de Araújo (2º do nome) eram Vivaldo Pereira de Araújo e Maria Quitéria da Silva. Eles casaram no Sítio Conceição, aos 27 de novembro de 1883, sendo filhos legítimos, ele, de Thomaz de Araújo Pereira Junior e Rita Regina de Miranda, e ela, de Manoel da Silveira Borges e Maria Quitéria Barbalho Bezerra. Essa Maria Quitéria casou com Manoel da Silveira Borges, após este ficar viúvo de Maria Genérica Francelina, esta, filha de Luiz da Rocha Pita e Leonarda Maria da Apresentação.

Manoel da Silveira Borges tinha casado com Maria Genérica, realmente, em 1 de março de 1840. Ele, filho legítimo de Joaquim da Silveira Borges e Ana Joaquina da Trindade e, ela, de Luiz da Rocha Pita e Leonarda Maria da Apresentação. Houve dispensa de impedimento de consanguinidade.

Dois registros de batismos, relativos a Manoel da Silveira Borges, chamam nossa atenção, tanto que transcrevemos para cá.

O primeiro está inserido nos registros de batismo de Santana do Matos, do ano de 1839, um pouco antes do casamento de Manoel: Maria, branca, filha natural de Izabel Francisca de Sousa, branca, viúva, e de Manoel da Silveira Borges, branco, solteiro, naturais e moradores nesta Freguesia, nasceu aos dezesseis de julho de 1828, e foi batizada solenemente com os santos óleos, aos 28 do dito mês e ano, na Fazenda Conceição, desta Freguesia, por mim, o qual disse em minha presença que reconhecia a dita párvula, por sua filha, e me pediu fizesse essa mesma declaração para a todo tempo constar e, para certeza do referido, assinou comigo; foram padrinhos Antônio da Silva Carvalho e sua mulher Maria da Silva Velosa (irmã de Manoel) – do que para constar mandei fazer este assento e por verdade assinei. Manoel da Silveira Borges, Vigário João Theotônio de Sousa e Silva.

Não encontrei notícia posterior dessa filha natural de Manoel da Silveira Borges, nem o destino da viúva Izabel.

O segundo batismo está inserido nos registros de batismo 1840, final de fevereiro e começo de março, após, possivelmente, o casamento de Manoel e Maria Genérica: Thereza, branca, filha legítima de Manoel da Silveira Borges, e de sua mulher Maria Francelina Genérica, naturais e moradores nesta Freguesia, nasceu aos 15 de janeiro de 1839, e foi batizada com os santos óleos, nesta Matriz, aos 4 de fevereiro de 1840, por mim, foram padrinhos Joaquim da Silveira Borges, casado, e Ana Joaquina da Trindade Junior, solteira. João Theotônio de Sousa e Silva.

Como Manoel da Silveira Borges faleceu aos 17 de janeiro de 1876, com a idade de 64 anos, 1 mês e 9 dias, de ferida cancerosa no rosto, deixando viúva Dona Maria Quitéria Barbalho Bezerra, essa sua filha natural, Maria, nasceu quando ele tinha, aproximadamente, 16 anos. A segunda proeza fez quando tinha 27 anos.

Não encontrei nenhuma informação sobre Maria Diolinda, mas, o casamento de João Celso da Silveira Borges, onde consta o nome de sua mãe, resolvendo, portanto, a dúvida de Celso: Aos vinte e cinco de novembro de 1862, pelas noves horas da noite, no Sítio Pocinhos desta Freguesia, o Reverendo Elias Barbalho Bezerra, de licença do Reverendíssimo Vigário, uniu em matrimônio, e deu as bênçãos aos contraentes João Celso da Silveira Borges, e Juvina Serina Barbalho Bezerra, paroquianos desta Freguesia, ele, filho legítimo de Manoel da Silveira Borges, e de Maria Genérica Francelina, já falecida, e ela, filha legítima de Antônio Barbalho Bezerra e de Ignácia Francisca Bezerra, foram testemunhas o Padre Antônio Barbalho Bezerra Tote, e Juventino da Silveira Borges, solteiro; do que para constar fiz este assento em que me assino. Antônio Germano Barbalho Bezerra Tote, Coadjutor Pró Pároco.
Fonte: Hipotenusa.

terça-feira, 12 de julho de 2016

POESIA:

MEMÓRIAS

As lembranças que pulsam minha mente
são de um Assu poético e ordeiro
de um povo devoto ao Padroeiro
onde a simplicidade era decente. 
O caboclo dormia ao sol poente,
despertava ainda madrugada,
dava mão do cabo da enxada
e plantava a fé no seu roçado...
Depois matava todo o enfado
nos braços da mulher amada.

Ivan Pinheiro (julho/2016). 
Foto colhida no www.clickmonteiro.com.br