sexta-feira, 14 de novembro de 2014

LITERATURA:

O estudante Carlos Camilo Batista Vieira, aluno do 9º ano da Escola Municipal Francisco Florêncio Lopes, em Ipanguaçu, é um dos finalistas de todo o Brasil no gênero Crônica da Olímpiada de Língua Portuguesa (OLP) – Escrevendo o Futuro.
O jovem estudante concorreu a meio produções textuais de mais de cinco mil municípios de todo o país, segundo a informação vinda da assessoria de imprensa do Executivo ipanguaçuense.
O anuncio foi feito nesta última quarta-feira (12) em Porto Alegre (RS), onde estavam reunidos os 125 semifinalistas de todo o Brasil dentro do gênero.
Os semifinalistas já tinham sido vencedores das etapas escolares, municipais e estaduais dos respectivos estados, e concorriam à vaga para a grande final.
Carlos Camilo, morador da comunidade de Pataxó, é autor da crônica Só entra quem pode.
Ele é um dos 38 finalistas que agora participarão da final em Brasília, previsto para dezembro desse ano.
O cronista concorre agora como melhor produção textual dentro do gênero de todo o Brasil.
Camilo foi orientado pela professora de língua portuguesa, Diana Lopes Bezerra, que o acompanhou nas oficinas regionais no Estado do RS.
Foto: Assecom P. M. Ipanguaçu
Postado por Pauta Aberta.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

CONTO:

ESTEJA NO CÉU
Ele era o artista mais famoso de Hollywood, conhecido como o homem mais bonito do mundo. Era alvo, louro, charmoso, de pele tostada pelo sol, de olhos azuis - o seu maior encanto!

Chamava a atenção pelo exótico costume de nunca tirar os óculos escuros, nem de dia, nem de noite.

Tinha uma infinidade de fãs. Irresistível, nunca lhe faltava um caso novo de amor. Quando isto acontecia, não procurava motéis, nem lugares públicos, mas os recantos mais afastados, românticos e poéticos. 

Como prólogo para o ato do amor, tirava os óculos e gostava de ver a reação no rosto das amadas amantes, ao fitarem seus belos olhos azuis. Após o impacto, usava a frase: Esteja no céu.

Certo dia, recebeu carta de uma fã, solicitando um encontro amoroso. prometia que ele jamais a esqueceria e que tinha o costume de usar óculos também. Assinava Maria Eunice.

Ele achou interessante a proposta e marcaram encontro. 

No aconchego da luxuosa alcova, ao som de "Blue", ela, também linda e sensual, esperava pelo prólogo. Ele, convencido do seu trunfo maior, repetiu o "slogan", retirando os óculos.

- Esteja no céu.

Foi a vez da bela morena retirar os seus também e mostrar os mais belos olhos que ele jamais vira em sua vida: verdes, como os verdes mares; profundos como os mais profundos abismos. Numa expressão bisonha, ela plagiou:

- Esteja no mar.

E, num frenesi, céu e mar se uniram, na mais bela cena cósmica do universo. 
*-*
Autora: Maria Eugênia Maceira Montenegro (*07/12/1915 - +29/04/2006 - aos 90 anos de idade). Natural de Lavras/MG. Cidadã assuense e Ipanguaçuense. Imortal da Academia Norte-rio-grandense de Letras. 

Fonte: Livro: Todas as Marias.
Foto ilustrativa: detalhesdecasamentos.com.br.

PSEUDÔNIMO:

ASSÚ – A ATENAS 
NORTE-RIO-GRANDENSE
  
Em tempos que já vão distantes, o Assú primou pelo seu amor às Letras e pela sua dedicação às Artes. Seu povo tinha em alta conta o desenvolvimento da Inteligência e o apogeu da Cultura. A sensibilidade era a sua constância. Dotados de um acentuado senso artístico, os seus filhos alinhavam os seus propósitos e as suas tendências no sentido do aperfeiçoamento e do evoluir cultural.
         Enamorados do Belo, tinham a percepção do seu encantamento, do seu êxtase e do seu predomínio na estrutura espiritual. Tamanha era essa desenvoltura, esse apego, esse apaixonamento, que, em última análise, se poderia pensar serem esses atributos um sentimentalismo congênito ou então seria uma predestinação atávica ou uma determinação biológica.
         O certo é que esse afeiçoamento ao gosto, esse querer à Estética tinha o poder mágico de contaminar o meio ambiental. A espontaneidade das revelações no domínio das belas-artes surpreendia. A disputa na conquista de uma escalada maior no aprimoramento do espírito, como que despertavam as energias telúricas, os entendimentos nativos, convergindo as idéias para o ponto centralizador que outro não era senão a ganância do Saber.
 Campo fértil às atividades do Pensamento, as culturas filosóficas eram assimiladas, aproveitadas para o encadeamento, o entrosamento de uma organização de feitio literário capaz de, pela sua objetividade, propiciar o granjeio de conhecimentos especializados. Havia, nessas épocas que já descambam para o esquecimento, uma sintonização mental criando uma mentalidade propiciatória aos elevados empreendimentos sociais e recreativos: Velhos e moços se aglutinavam, se harmonizavam e se entendiam na promoção de tertúlias literárias destinadas a acelerar, a desenvolver e a intelectualizar o meio ambiente.
         Daí, em nossa terra, ter tido a Imprensa, a poesia, o jornalismo, o teatro e a música relevante destaque em nível de Estado. Há na nova geração um fenômeno assustador. É o alheamento ao pretérito. É tão acentuado, que difícil se torna ao pesquisador concatenar acontecimentos, às vezes muito remotos, se tiver que confiar na veracidade do seu depoimento, não por mistificações, acreditamos, porém, por desapego, desinteresse às cousas do passado (*).
No ano de 1922 Ezequiel Wanderley - poeta, cronista e dramaturgo, planejou e editou um livro que recebeu o apoio de intelectuais e do governo do Estado. Este livro recebeu o título de “POETAS DO RIO GRANDE DO NORTE” reuniu trabalhos e biografias de 108 poetas nascidos no território potiguar. Sua publicação foi autorizada pelo então governador do Estado Sr. Antonio de Souza, fundamentado na Lei nº 145, de 06 de agosto de 1900.
A antologia em bem pouco tempo tornou-se obra rara. Dos 108 poetas do Rio Grande do Norte, da época, 28 eram assuenses e deste total, doze assuenses pertenciam à Academia Norte Rio Grandense de Letras.
Em decorrência desta presença, tanto no livro quanto na Academia, e levando em consideração o relevante destaque do município no que concerne a literatura (primeiro jornal do interior – O Assuense – foi lançado em Assú), primeiro Médico, primeiro poeta e primeiro romancista do Estado foi o assuense Dr. Luiz Carlos Lins Wanderley, primeiro carnaval de rua foi em Assú. E ainda, pela singular presença da cidade no ramo do teatro, na música e nas realizações de festas populares e folguedos como: São João, pastoril, lapinha, bumba meu boi, calungas, entre outras, fez com que os intelectuais do Estado atribuíssem ao Assú os seguintes epítetos culturais: “Terra dos Poetas” e “A Atenas Norte-Riograndense”, esta última, comparando o Assú a capital da Grécia, Atenas - solo onde nasceram e viveram os maiores pensadores e artistas da antiguidade.
A partir desta publicação de 1922, até os dias atuais, o Assú tem mantido estes pseudônimos, diga-se de passagem com muitas dificuldades. No entanto, ainda encontramos na cidade, remanescentes destas tradições, sobretudo, na arte musical, na literatura e na poesia.
Muita coisa precisa ser feita e trabalhada para que nossos jovens despertem para manterem estas tradições. O governo (municipal, estadual e federal) precisa investir em cultura. A população precisa se movimentar e começar a produzir. Especialmente a classe jovem, estudantil.
Lá fora somos reconhecidos como: “Terra dos Poetas”, “A Atenas Norte-Riograndense”. E em Assú? será que fazemos por onde para permanecermos sendo reconhecidos culturalmente? Certamente, dependerá da ação de cada assuense nesta linha de conscientização... Só o tempo dirá.
        
(*) Esse relato é parte da crônica de apresentação do livro “História do Teatro no Assú”, de Francisco Amorim, publicado no ano de 1972, onde podemos claramente observar que depois de mais de 30 anos pouca coisa em Assú mudou. Infelizmente.
FONTE: Livro Poetas do Rio grande do Norte – Ezequiel Wanderley – 2ª Edição – 1993
Assú – “Atenas Norte-Riograndense” – João Carlos Wanderley - 1966.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

LANÇAMENTO DE LIVRO:

SEIS FACES DE ENCANTO

O escritor Francisco Martins convida a todos para uma tarde de autógrafos na qual dará, no dia 2 de dezembro, terça feira, a partir das 17 h, na sede da Academia Norte-rio-grandense de Letras, sito a Rua Mipibu, 443, bairro Petrópolis, Natal, quando disponibilizará ao público a venda do seu mais novo livro "Seis Faces de ENcanto", uma coletânea com seis livros ( 4 já anteriormente publicados e 2 inéditos). Contos, crônicas, poesias, cordéis e causos integram essa obra. 
O livro marca seus 50 anos de vida e nessa tarde também estará fazendo a Exposição Momento do Livro - 6 Anos de História.

NATAL:


O vento das oportunidades chega ao RN nesta quarta-feira (12) com o início do circuito 2014 da Feira do Empreendedor.
Considerado o primeiro do gênero a ser realizado em uma arena de futebol (Arena das Dunas), na capital do Estado, o evento é todo dedicado ao empreendedorismo por apresentar tendências, modelos e ideias de negócios para quem tem planos de empreender ou deseja aperfeiçoar um negócio.
A feira será aberta ao público às 16h, mas a abertura solene está prevista para as 19h no local.
A entrada é gratuita, no entanto, é preciso que o visitante faça o credenciamento pela internet (www.feiradoempreendedorrn.com.br) no diretamente não local.
A programação envolve orientações, palestras, capacitações, atendimentos e exposição de modelos de negócios, que devem gerar 20 mil visitações ao longo dos quatro dias.
A feira ocorre até o dia 15, funcionando no horário das 16h às 22h, segundo informação do site da Federação das Indústrias do Estado do RN (Fiern).
Transmite o gestor do escritório regional do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa do RN (Sebrae), em Assú, Fernando de Sá Leitão, que pelo menos dez caravanas de empresários do Vale do Açu participarão da programação da Feira na próxima sexta-feira (14).
Postado por Pauta Aberta.

PÁGINA ASSUENSE:

CIGANOS
Em frente à casa grande
Frondosas oiticicas
Abrigos dos ciganos andarilhos
Amigos, compadres, matreiros
São lembranças de menina.
Ciganas bonitas, vestidas de sedas
Nos dentes a riqueza de ouro
Da cor dos cabelos.
Crianças aos montes
Cavalos velozes.

Tribos ciganas - raízes da raça
Em terras longínquas
Procura parentesco
Nos loiros homens
Do sertão Potiguar.
Carnaúba dos Dantas
Eles querem encontrar.
Fogueiras acesas
Cantorias na noite
Alegria no campo. 

Na fazenda as crianças em festa,
Ciganos na terra
Andarilhos do mundo
O que procurar?

Hoje, os vejo vadios
Decadentes, briguentos
Sujos, esparsos e ladrões
Já não são acolhidos
São Ciganos mendigos
Roupas de chitas
Dentes quebrados
Das cidades enxotados.

A leitura da sorte
Nos traços da mão
Por poucos trocados
A sorte lançada.
Se a mão é negada
Amaldiçoa o homem
Que não quer nos costumes
Não entende os ciganos.

Autora: Maria Ivete de Macedo Medeiros
Natural de Ipanguaçu, residente em Assu, na Fazenda Ana Maria - Lagoa do Piató. Ivete é filha de João Leônidas de Medeiros e Raquelita de Macedo Medeiros, tem formação de 2º grau. Foi presidente durante vários anos do GAVA - Grupo Ambientalista do Vale do Assu, onde desenvolveu uma intensa campanha pela preservação de nossas riquezas naturais.
Foi Secretária Municipal na gestão do seu irmão José Maria de Macedo Medeiros.

Fonte: Vertentes - reunião com 25 poetas Assuenses contemporâneos.

LINGUAGEM POTIGUAR

COIVARA
Pilha de ramagens que se junta para incinerar depois de uma queima. Fogo. 
Do Tupi: Cô-uára - o mato cortado. Popularmente se diz de alguém sobre quem fizeram comentários não lisonjeiros: "Fizeram uma coivara com fulano".
Fonte: Contribuição Indígena à Fla Norte-Rio-Grandense
- Protásio Pinheiro de Melo.

ASSUENSE LANÇA LIVRO:

JOÃO BATISTA MACHADO

'BASTIDORES DO PODER'

O imortal da Academia Norte-rio-grandense de Letras, o jornalista assuense João Batista Machado - "Machadinho", estará lançando na próxima terça-feira, às 18 horas do dia 18 de novembro, nas dependências da Academia de Letras - Rua Mipibu, 443 - Petrópolis, Natal, o livro 'Bastidores do Poder – Memória de Um Repórter Político'.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

JOVENS EMPREENDEDORES:

Clinica Veterinária - Dr. Gustavo Caldas
Especialista no tratamento clínico e cirúrgico em animais de pequeno porte, a Clínica atende em domicílio e tem Pet Shop.

JOÃO GUSTAVO LUZ CALDAS - pernambucano, graduado pela UFRPE, veio para Assú onde tem raízes familiares. É um homem que acredita na família como um porto seguro, onde pode ancorar o barco da sua vida a qualquer hora e ter a certeza de que não ira naufragar, esteja o mar revolto ou não. Casado com a Bióloga Zilma, seu braço direito na administração da Clínica, e pai de João Guilherme, o filho do casal Joselino de Queiroz Caldas e Maria Tereza Luz Caldas, sempre que pensa na família lembra do afeto, do carinho e da segurança psicológica que ela lhe proporciona, tão importante no convívio diário e no trabalho. Profissional vitorioso, faz questão de agradecer à clientela e aos amigos da cidade que lhe acolheu, o sucesso que tem obtido com a sua Clínica. E quer oferecer muito mais aos clientes que lhe confiam a vida dos seus bichinhos, expandindo seus serviços e evitando que se desloquem de Assú para exames complementares em outras cidades. É só uma questão de tempo e de investimento em outros equipamentos. 

Quando fala da Clínica e da cidade onde vive, Dr. Gustavo Caldas vislumbra sempre um futuro melhor e cita a chegada do curso de Medicina da UFERSA como fator de progresso e melhoria da assistência médica no município. Todos sairão ganhando.

Ao finalizar a conversa com a reportagem da Vale do Assú S/A, "o doutor dos bichos" lembra com emoção das palavras ditas pelo avô paterno, João Maria de Macedo Caldas, que lhe disse um dia ao saber da sua vontade em cursar Medicina Veterinária: "Estude para ser veterinário no Assú". E foi assim que ele fez.
Fonte e foto: Vale do Assú S/A

LANÇAMENTO DO MÊS*:

A hora e a vez de Leonam Cunha

Repetir para aprender, criar para renovar.
Ezra Pound
Se a geração poética potiguar dos anos 60 pode se orgulhar de ter revelado grandes poetas e um jovem supertalentoso, Sanderson Negreiros, que publicou O Ritmo da Busca em 1956, com menos de 18 anos, a nova geração pode se orgulhar de estar sendo bem representada pelo jovem poeta Leonam Cunha.
Lançando  sua segunda obra, (a primeira foi Gênese em 2013), Leonam Cunha se afirma com, propriedade e subjetividade, explodindo em versos, derramando no leitor um verdadeiro lago de heterogeneidade poética. Embora Leonam seja um poeta em formação, ele tem  o mérito de haver nascido poeta, inclusive, é poeta na própria maneira de viver e encarar a vida; portanto, a poesia pra ele não é profissão é vivência. Ele traz em seu segundo livro a experiência  adquirida com o primeiro, repetindo alguns aspectos, e recriando, renovando em outros , de modo que merece  louvores.
O que  também observarmos nessa  obra do poeta areia-branquense é a diversidade de temas, além do tratamento dado a assuntos antipoéticos, lembrando em alguns versos os  simbolistas, numa poesia com propriedades moderna, e pós-moderna, que mostram nossa sintonia literária com o restante do país.
Existe de tudo um pouco na poesia de Leonam, evidenciando que, acima de tudo, ele é leitor e dialoga com facilidade com outros autores, escolas literárias e temas universais.
Subjetividade e sugestão também fazem parte da poesia de Leonam Cunha. Outro item que merece ser destacado é a aliciação em algumas causas, deixando evidente que ele é um poeta atento aos acontecimentos, as mudanças e as discussões do mundo atual, e não fica ausente a temas polêmicos, caracterizando a sua poesia também como uma arte engajada.
Não nos restam dúvidas de que o jovem poeta está na vereda adequada do universo poético, e que é inegável um desenvolvimento, um amadurecimento em relação ao seu  primeiro trabalho. “Sel”,”Poemimpuro”,”Poema para quem amarei”, “Glosa” , “Definitivo”, “Sol da Ribeira”, “Soneto a Walflan” e “Trocas” são alguns dos melhores momentos do livro, que vale a pena ser conferido. Leonam Cunha, parafraseando o escritor Manoel Onofre Jr., no conto “A Primeira Feira de José “ , seja bem vindo ao mundo dos grandes. 
* Thiago Gonzaga é pesquisador da literatura potiguar.

ELEIÇÃO:

UFRN escolherá seu reitor (a), neste dia 11

 
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) elegerá nesta terça-feira (11) o novo reitor (a) por voto eletrônico. Esta será a primeira vez que o sistema online, Sistema Integrado de Gestão de Eleições (SIGEleição), será utilizado pela instituição para a eleição da reitoria. A plataforma foi desenvolvida pela UFRN e já havia sido utilizada para a escolha de chefes de departamentos e coordenadores de cursos na universidade.

Duas chapas disputam a gestão que se estenderá de 2015 a 2019. Carlos Chesman de Araújo Feitosa, juntamente com o candidato a vice-reitor Rubens Eugênio Barreto Ramos, compõem a Chapa 1 - “Alma Mater UFRN”. Ângela Maria Paiva, que tenta reeleição pela Chapa 2 - “Avanços e Desafios” -, tem José Daniel Diniz Melo como candidato a vice.

A lista completa dos terminais de votação na UFRN, assim como seus horários de funcionamento, pode ser vista AQUI.

Estão habilitados para votar professores efetivos, alunos de graduação e de pós-graduação e servidores ativos da instituição. Professores substitutos e servidores cedidos não têm direito a voto

OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA:

 
De 10 até o próximo dia 12 deste mês a cidade de Porto Alegre (RS), estará reunindo os 125 semifinalistas de todo o Brasil do gênero crônicas, da Olimpíada de Língua Portuguesa – Escrevendo o Futuro.
O concurso que é uma iniciativa do Ministério da Educação e da Fundação Itaú Social busca estimular professores e estudantes a leitura e a escrita nas instituições públicas e premia as melhores produções de todo o país.
Os semifinalistas foram vencedores das etapas escolares, municipais e estaduais dos respectivos Estados, e que agora concorrem à vaga para a grande final.
Entre esses semifinalistas está um jovem estudante da cidade de Ipanguaçu.
Carlos Camilo Batista Vieira, de 15 anos, é estudante do 9º ano do ensino fundamental na Escola Municipal Francisco Florêncio Lopes, da comunidade de Pataxó.
Ele desembarcou na capital gaúcha junto com a professora Diana Lopes Bezerra, orientadora durante a produção do texto, segundo informação prestada pela assessoria de relações públicas do Executivo municipal.
Carlos Camilo é autor da crônica Só entra quem pode, vencedora de todas as últimas etapas.
O jovem representa o RN em meio aos 125 estudantes da semifinal, e busca conquistar o título de campeão a nível nacional.
A professora, Diana Lopes, que viaja junto com o aluno Carlos Camilo, participará durante os dias de oficinas, palestras e troca de experiências com outros docentes e estudantes.

Postado por Pauta Aberta.
Foto: Keyson Cunha/Assecom.

COBRANÇA:

Dirigente sindical quer do Ibama averiguação sobre morte em grande escala de peixes

Coordenadora da Comissão Municipal de Mulheres Trabalhadoras Rurais, na alçada do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Assú, Osana Araújo da Costa (foto) cobrou nesta segunda-feira (10), ao participar do programa Em Marcha Para o Campo, na Rádio Princesa do Vale, uma ação enérgica por parte do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e outros órgãos de proteção ambiental, no sentido de investigar o que está levando à maciça mortandade de peixes dentro da Lagoa do Piató.
Ela lembrou que, da mesma forma que atuou de forma implacável no combate à pesca predatória dentro da referida coleção hídrica, o Ibama deveria agir de modo semelhante para procurar descobrir qual a razão do elevado índice de morticínio de peixes dentro do reservatório natural de água, que tem agonizado em decorrência do prolongamento da seca e da ausência de providências por parte de quem de direito para evitar que ele volte a seca completamente.
Postado por Pauta Aberta.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

DATAS HISTÓRICAS:

JULGADO DO ASSÚ
1752/55 - Coordenava os trabalhos da Freguesia o Padre José de Aranda.

No dia 29 de novembro de 1754 - a POVOAÇÃO DE SÃO JOÃO BATISTA DA RIBEIRA DO ASSÚ, passa à categoria de JULGADO DO ASSÚ. O Senado da Câmara de Natal foi contra essa justa pretensão. Ao despeito, porém, de tal oposição, o Rei, neste dia, despachou favoravelmente o pedido, passando a então florescente Povoação à categoria de Julgado.

A Povoação de São João Batista da Ribeira do Assú possuía 405 fogos, já era freguesia. Em virtude do seu crescente desenvolvimento, figurando como o mais destacado centro das Ribeiras da Capitania do Rio Grande, os seus habitantes representaram ao Ouvidor Geral, José Ferreira Gil, sobre “consternação em que viviam, na falta de quem lhes administrasse justiça, não só por lhes ser preciso para suas causas e contendas, mas para temor dos malfeitores”.

1755/60 - Coordenava os trabalhos da Freguesia o padre Bernardo de Aragão Cabral.
Assú - História Cronológica - Ivan Pinheiro (inédito).

domingo, 9 de novembro de 2014

COISAS DO NORDESTE:

História de JECA TATU

O ALMANAQUE DO JECA TATUZINHO
Em 1910 o farmacêutico paulista Cândido Fontoura criou a fórmula de um medicamente tido como fortificante e abridor de apetite, rico em ferro, para ajudar a sua esposa que era anêmica e tinha uma saúde bastante frágil. Naquele tempo, o ideal era ser gordo e magreza era doença.
O grande escritor Monteiro Lobato, amigo do farmacêutico Cândido foi o grande incentivador desse medicamento, inclusive batizando-o de BIOTÔNICO FONTOURA e, a partir daí passou a ser o maior marqueteiro do produto, criando um “Almanaque” cujo personagem principal JECA TATU, se transformou no maior garoto-propaganda do biotônico. O tema que serve de esteio para a estória de Monteiro Lobato é HIGIENE, SAÚDE E TRABALHO.
O Almanaque do Jeca Tatu, distribuído gratuitamente nas Farmácias, era muito procurado pelas pessoas do interior, principalmente pela meninada ávida por ler a estória de Jeca. Acredito que todos os atuais sexagenários brasileiros tiveram em suas mãos, pelo menos um exemplar do “Almanaque do Jeca Tatu”, e se deleitaram com a estória inventada e contada por Monteiro Lobato.
Somente as crianças que viveram em uma pequenina cidade do interior do Brasil, sem rádio, televisão, energia elétrica, bancas de revistas e brinquedos industrializados, nas décadas de 1940 e 1950, têm ideia da importância de uma revistinha como o Almanaque do Jeca Tatu, motivo pelo qual o Blog XIQUEXIQUE publica uma edição do mesmo para que as crianças e os jovens de hoje tenham a oportunidade de ler essa importante obra de um dos nossos maiores escritores e que fazia o maior sucesso naquele tempo:

"HISTÓRIA DE JECA TATU.
Monteiro Lobato

Jeca Tatu morava no sitio. Era solteirão, por isso vivia só. Não totalmente, porque tinha um cão preto, sempre por perto. O apelido de Jeca Tatu advém da maneira como vivia. Caipira assumido e sempre muito sujo. Daí o TATU que é um animal que vive em buracos na terra.
Morava em uma tapera cheia de buracos, onde a lua faz clarão. Também não consertava nada. No quintal só se viam um franguinho magricela, um patinho sem mãe e uma leitoazinha que corria por todos os lados em busca de alguma comida. Jeca, de cócoras, no quintal tomava sol. Não calçava, pois não tinha sapatos. Usava um chapéu de palha, camisa xadrez e uma calça surrada.
Plantar? Qual o que. Tinha muita preguiça. Meia dúzia de covas para o plantio do milho, e já entregava a rapadura. Buscar lenha no mato, era outra dificuldade. Vinha sempre com uns poucos gravetos nas costas.
O melhor era descansar. Deitava-se em baixo de uma árvore e ferrava no sono. O cãozinho aderira a vida e o caráter do dono. Estirado nas pernas do Jeca dormia a sono solto. Ah! Mais a marvada da pinga, estava sempre por perto. Era o que atrapalhava e muito.
Um dia passou por ali um médico que ao ver o Jeca, naquele estado de penúria, e amarelo de tanta debilidade física, compadeceu-se dele e pediu para que mostrasse a língua. Logo em seguida disse: "Você esta com a língua muito suja. Com certeza está com estômago e intestinos em mau estado. Venha á cidade em meu consultório, que vou providenciar uns exames e ver como está sua saúde". 
Jeca foi ao consultório do Doutor e depois de feito alguns exames, o médico concluiu que ele precisava fazer um bom tratamento, alimentar-se melhor e deixar a cachaça.
Além do mais, obrigou o Jeca a andar sempre calçado com botas, pois era pela sola dos pés, que passavam os micróbios que lhe danificavam a saúde.
O médico lhe mostrou, ainda, através de uma lente de aumento a ação dos micróbios. Jeca ficou abismado com o que ficou sabendo. Até o cãozinho preto do caipira estava de testemunha do que o doutor falava.
Na volta para casa, Jeca passou na farmácia e já mandou aviar a receita Eram algumas vitaminas e Biotônico Fontoura um fortificante que estava fazendo o maior sucesso. Comprou também algumas frutas e legumes ovos e leite, passando a setratar melhor.
E não deu outra. O nosso Jeca começou a ficar forte e passando a mão em um machado, cortava lenha em abundância. Depois quando ia ao mato trazia um belo feixe na cabeça. Tomou gosto pela coisa e a sua plantação de milho, feijão e mandioca começou a produzir.
Saia para caçar e não tinha medo de nada. Ouvia a onça rugir e enfrentava a danada com socos e queda de braços. As feras corriam logo, embrenhavam-se pelo mato e Jeca ficava vitorioso no confronto. Sua fama alastrou-se na redondeza.
Ficou gordo e bonitão. Arrumou até casamento. Fez uma casa maior e bem feita, com varanda e tudo mais. Andava de chapelão e botas. Teve filhos que ele também não deixava que andassem descalços. Pois sabia agora quanto vale a saúde.Tão compenetrado era, com respeito a isso, que até seus porcos e galinhas, tinham botinas.
Criava porcos em pocilgas bem construídas e duas vezes por ano, levava-os em seu caminhão Para vende-los no mercado da cidade. Comprou mais terras e formou uma pequena fazenda a quem deu o nome de Fazenda Feliz.
A sua vida, ficou totalmente modificada e para muito melhor.Tinha telefone, e uma TV que via á noite, sentado em uma cadeira de balanço.A sua casa era bem arrumada, com um relógio que batia as horas. Em fim, o nosso antigo caipira, era hoje homem de negócios e aos domingos, ia á cidade, cavalgando um belo cavalo alazão, soltando boas baforadas de seu charuto, tudo isso por causa do BIOTÔNICO FONTOURA. 
Adaptação de Maria R. do Amaral
Postado por Blog Xique Xique.

CURIOSIDADES DO NORDESTE:

Por que doença no nordeste tem nome esquisito?


Porque o nordestino é criativo, pra tudo no mundo inventa uma explicação e um nome. Com as doenças não é diferente. Pode ser a unhazinha encravada ou um sopro no coração, logo se arranja um nome pra batizar a mazela.
Vejam algumas dessas doenças: 
Água nas junta
Algueiro
Alôjo
Antójo (enjôo durante a gravidez)
Astrose e astrite
Barriga farosa
Berruga (verruga)
Bicheira
Bicho de pé
Bico de papagaio (desvio na coluna)
Ficar de Bode (ficar chateado)
Ficar de Boi (ficar menstruada)
Boqueira (herpes)
Bucho quebrado
Cachingar (mancar)
Caduquice (esclerose)
Calo seco
Calombo
Campanhia caída
Cansaço no coração
Carne triada
Cesão
Chaboque do joelho arrancado
Cobreiro de pé (bolhas com coceira)
Corpo muído
Corpo reimoso
Curuba (ferida)
Dentiquêro
Desenchavido
Difruço (resfriado)
Difuluço
Doença dos nervo
Dor de viado
Dor na junta
Dor nas cadeira
Dor nas costas que responde na perna
Dor nas cruz
Dor no espinhaço (dor na coluna)
Dor no estambo (qualquer tipo de dor na barriga)
Dor no mucumbú
Dor no pé da barriga
Dor nos brugumi
Dor nos quartos (dor na parte lombar)
Dordói (conjuntivite)
Dormência numa banda do corpo
Empachado (cheio de fezes)
Entojo
Esmorecimento no corpo
Espinha carnal
Esporão de galo
Esquentamento
Estalicido (coriza)
Estopor
Farnizim
Fastio
Fervião no corpo
Fígado ofendido
Fininha (diarréia)
Fraco dos nervo
Frieira (micose nos pés)
Gastura
Gôgo
Gôto inflamado (quando a comida cai no gôto)
Impinge (micose na pele)
Infraquicida
Íngua
Inquizila
Intalo
Intanguida
Intupido (passar dias sem defecar)
Iscuricimento de vista (tontura)
Ispinhela caída
Juêi dismantelado
Juízo incriziado
Landra inchada (gânglios inchados)
Lundu
Mãe 
do corpo do lado de fora
Mal jeito no espinhaço (dor na coluna)
Maria preta
Môco
Moleira mole
Mondrongo
Morgado (desanimado)
Mucuim
Mufumba
Murrinha
Nervo torto
Nó nas tripa
Nuvem branca
Olho de peixe (verruga na planta do pé)
Ombro dismintido
Os quarto arriado
Pá quebrada
Pano branco
Papeira
Papêra (Caxumba)
Papoca no pé
Papoquinha
Passamento (desmaio)
Pé dismintido (pé torcido)
Pé durmente (pé inflamado)
Pé inchado (pé inflamado)
Pereba (ferida)
Pilôra (desmaio)
Pira
Pito frouxo
Quarta venerea
Quebranto (mau olhado)
Queima no estombo
Remela no zói (olho sujo)
Resguardo
Ruçara
Sapinho (aftas na lingua)
Sapiranga nos ói
Sete couro
Solitária
Tirissa
Tisga
Tísico
Tosse de cachorro (tosse seca)
Treiçó
Unha fofa
Unheiro
Vazamento pelo pito (diarréia)
Vêia quebrada
Vento caído
Vermêia
Vista cansada
Xanha (coçeira nos pêlos pubianos)
Zaróio (vesgo)
Zóio nuviado
Zôvo gôro
Zôvo virado.
Postado por Cultura Nordestina.