quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

FLAGRANTE

            CLASSE UNIVERSITÁRIA NO SUFOCO                       

POLÊMICA

O assuense João Batista Machado – jornalista e Imortal da Academia Norte-rio-grandense de Letras, membro efetivo do instituto Histórico e Geográfico do RN, assina todas as quintas-feiras a coluna ‘Opinião’ do ‘Novo Jornal’. Neste dia 28 de fevereiro ele escreveu:

LIBERDADE E INTOLERÂNCIA
A blogueira cubana Yoani Sánchez, que ousou desmascarar a esclerosada ditadura imposta ao seu povo pelos irmãos Fidel e Raul Castro, há mais de 50 anos, visitou recentemente o país e foi vítima de intolerância por parte de grupelhos radicais devidamente organizados para impedir que sua palavra fosse ouvida. Praticaram aqui o que a polícia cubana faz por lá. “Gostaria de ter, em Cuba, o direito à livre manifestação que eles têm aqui”, ressaltou Yoani diante dos histéricos manifestantes que agrediram até o senador Eduardo Suplicy (PT/SP), com palavrões. Pobres moços manipulados pelo sectarismo insano.
Claro que o direito ao contraditório faz parte da democracia. Somente nos países totalitários, como Cuba, esse direito é castrado pela violência policial. Agora, impedir alguém de expor suas ideias é intolerância inadmissível num país democrático. O mais constrangedor foi o silêncio tumular e comprometedor da OAB, ABI e outras entidades que não se manifestaram contra a ofensiva odiosa diante de uma jovem indefesa, cuja única arma é a palavra.
E o mais grave: as manifestações orquestradas por alguns insensatos em Recife, Bahia e São Paulo foram programadas pela embaixada de Cuba em Brasília, com a presença, inclusive, do assessor de mídias do Palácio do Planalto. No Congresso, repetiram-se as mesmas cenas lamentáveis. Yoani recebeu apoio da oposição e o repúdio dos governistas. Houve o confronto ideológico que, infelizmente, não existe em Cuba. A maioria silenciosa da sociedade aceita pacificamente esse tipo de comportamento. Mais tarde poderemos pagar um preço caro por essa indiferença.
Que péssimo exemplo de subserviência o país deu aos irmãos Castro. Somente no Rio de Janeiro, pessoas simples, do povo, hipotecaram solidariedade à destemida blogueira, aliviando o mal-estar das manifestações anteriores. Por tudo isso, condenamos e repudiamos com asco qualquer tipo de regime que amordaça a liberdade de expressão. 

AÇÃO PARLAMENTAR

PROJETO DE LEI DO DEPUTADO GEORGE SOARES ASSEGURA GRATUIDADE AOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA 


Na Sessão Plenária desta quinta-feira, 28, o deputado George Soares (PR) protocolou Projeto de Lei que dispõe sobre a gratuidade para pessoas com deficiência nos transportes coletivos intermunicipais do Estado do Rio Grande do Norte.
A ação do parlamentar assegura aos portadores de deficiência a gratuidade no sistema de transporte coletivo intermunicipal, uma vez que estes se deslocam com frequência entre as cidades, principalmente para a Capital do Estado, centro detentor dos principais serviços públicos, principalmente na área da saúde. Deverão ser disponibilizadas duas vagas de assento por veículos. De acordo com o Projeto de Lei, os beneficiários serão previamente cadastrados no órgão competente do Poder Executivo Estadual.


“Essa é uma Lei que já existe em vários outros Estados brasileiros. O projeto por mim apresentado assegura a cidadania e amplia o acesso as políticas públicas dos portadores de deficiência”, comentou.

Depois de lido em plenário o Projeto segue para aprovação. 

Assessoria Parlamentar Deputado Estadual George Soares

HUMOR


PARA QUE ACADEMIA?
 academia-antes-carnaval

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

ASSUENSES NO INSTITUTO

Ocorreu no dia 09 de dezembro de 2011 a solenidade de posse de novos sócios efetivos do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte - IHGRN. Dentre os intelectuais estão duas assuenses.

AUGUSTO MARANHÃO
AURICÉIA ANTUNES DE LIMA (ASSUENSE)
CARLOS ADEL TEIXEIRA
CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES
GEORGE ANTÔNIO DE OLIVEIRA VERAS
GILENO GUANABARA
HOMERO DE OLIVEIRA COSTA
IVAN LIRA DE CARVALHO
JAIR FIGUEIREDO
JOÃO FELIPE DA TRINDADE
JOSÉ ADALBERTO TARGINO
LÍVIO ALVES DE ARAÚJO DE OLIVEIRA
LÚCIA HELENA PEREIRA
LUIZ EDUARDO BRANDÃO SUASSUNA
MARCELO NAVARRO RIBEIRO DANTAS
MARIA DO PERPÉTUO SOCORRO WANDERLEY DE CASTRO (ASSUENSE)
MARIA JANDYR CANDÊAS
ODÚLIO BOTELHO
ORMUZ BARBALHO SIMONETTI
PEDRO VICENTE COSTA SOBRINHO
RACINE SANTOS
SEVERINO VICENTE
UBIRATAN QUEIROZ DE OLIVEIRA
UILAME UMBELINO GOMES

Ivan Pinheiro e Auricéia Lima
- mesa do Barão Felipe Neri / Baronesa Belizaria Wanderley
 em Serra Branca - São Rafael/RN.
Dra. Maria do Perpétuo Socorro Wanderley de Castro

LISTA ENVIADA PELO IHGRN
Fonte: Hipotenusa.

RUA DO ASSU

Da série 'RUAS DO ASSU' trazemos uma figura ilustre que viveu em nossa terra e que, sem dúvidas,   em razão de sua notável capacidade intelectual, de sua condição de professor e de sua dedicação a tudo quanto se referia à educação, apresentou-se sempre como uma “Viva expressão da cultura entre os norte-rio-grandenses”. Por este motivo foi homenageado com uma rua no centro comercial do Assu - Rua Professor Alfredo Simonetti - também conhecida, num passado recente, como: "Rua de Doutor Sales"
Alfredo Simonetti  nasceu em Natal, na  Av. Rio Branco, 577, no dia 24 de  outubro de 1900. Há exatos, 100 anos atrás. Foram seus pais Américo Vespúcio Simonetti Filho e Amália Genésia Coelho Simonetti.
Nascido de família cujo tronco é originário da Itália, Alfredo Simonetti, descendente, segundo historiadores, de árvore nobre daquele País. Ficou órfão de pai ainda jovem. Em 27 de janeiro de 1920, foi diplomado professor primário. Formar-se professor primário na década de 20, no Rio Grande do Norte, e inserir-se no contexto do ensino público, conforme aconteceu ao mestre Simonetti, significou não só, um feito de caráter pessoal e individual, mas, um compromisso de cunho social com a educação de quantos foram seus alunos, e, de seu saber, aprendizes. E, foi esse compromisso assumido e honrado pelo professor Simonetti, até os últimos dias de sua vida, como assim expressou sua cunhada Clara Carlota de Sá Leitão, na Polianteia de 1939: “Sacrificou à escola seus últimos dias de martírio, frequentando-a, doente, abatido pela moléstia que o devia vitimar... era o primeiro a chegar às aulas e o último a sair. Fazia gosto vê-lo trabalhar...”
Alfredo Simonetti chegou à cidade de Assu moço ainda, e solteiro. Numa visita que fez ao seu aluno Adauto de Sá Leitão, que se encontrava doente, conheceu Maria Augusta, sua irmã, começando daí o namoro. Casou com Maria Augusta de Sá Leitão, em janeiro de 1924, em Assu e aí ficou morando com a sogra, no casarão da Rua Moisés Soares n. 16, onde nasceram seus primeiros filhos, Maria Amália em 1924 e José Nazareno, em 1926. O terceiro filho do casal foi a menina Maria Anita, nascida em 1927 e que faleceu ainda criança.
Ainda em Assu, na casa 17 da praça da proclamação, hoje, Getúlio Vargas, nasceram Américo (Monsenhor Américo), em 1929, Alfredo (Padre Alfredo) em 1932 e João Batista, em 1934.
Em janeiro de 1935 mudou-se com a família para Mossoró, onde em 1938 nasceu sua filha caçula Maria da Salete. De acordo com os relatos dos familiares, Alfredo Simonetti era muito caseiro. Fazia poucas visitas, embora preservasse a amizade com uma boa prosa entre os amigos. Alfredo Simonetti não era católico praticante. Entretanto, mantinha uma devoção a São Pedro e nunca impediu que sua esposa praticasse e educasse seus filhos na religião católica.
Dedicado à causa educacional de forma infatigável , o professor Simonetti,  entre diversos outros cargos e funções, desempenhou um excelente trabalho como inspetor das escolas públicas existentes em Assu, Macau, Areia Branca, Mossoró, Augusto Severo, Santana dos Matos e Flores.
Na cidade do Assu além de uma imensa soma de benefícios culturais tais como: incentivo a formação de jovens através do escotismo, criação da biblioteca infantil, criação do Grêmio e da Revista Paládio, promoveu ainda belas festas escolares quando diretor do José Correia - uma das quais em benefício da construção do Colégio Nossa Senhora das Vitórias.
Em outubro de 1925, o jornal A Cidade publicou a seguinte homenagem: “Não podemos olvidar a data feliz do seu natal, pois que o professor Simonetti tem-se revelado um decidido e esforçado amigo da terra.    Geralmente acatado e estimado dos seus discípulos, o professor Simonetti, tem sido incansável nessa benemérita cruzada em prol do ensino, ora fundando sociedade e criando um jornal para pugnar pelo interesse e desenvolvimento da instrução, ora promovendo representações teatrais da mais salutar e benéfica moralização, entre os seus educandos”.
O professor e poeta Alfredo Simonetti, faleceu em 23 de janeiro de 1939. Morreu aos 39 anos de idade. Porém, seus descendentes souberam honrar seus incansáveis passos na missão de semear entre os homens, a semente do saber.  
A musicista e poetisa Sinhazinha Wanderley, escreveu e recitou, na missa de trigésimo dia do falecimento do professor Alfredo Simonetti o seguinte poema:
Morreu, não mais o vi! Meu pobre amigo,
Repousa em paz, no teu funéreo abrigo
Buscando a vida, a luta empreendeste,
Sucumbindo na terra onde nasceste.
Os teus olhos, te cerrou a esposa amada,
Amiga e companheira devotada.
Seis penhores queridos lhe deixaste,
Pelos quais, denodado te esforçaste.
Foi tua vida um horto de sofrer,
Imolado na arena do dever.
Sacerdote no altar do sacrifício,
Nem sempre o fado te sorriu propício,
Foste esposo, exemplar, pai desvelado
Sincero amigo, mestre aureolado.
Das justas causas grande defensor,
Jamais esmoreceste em teu labor.
De fazer sempre o bem, tiveste o dom,
Foste mártir e herói, simples e bom.
Imensa gratidão meu peito encerra,
Pelo que fizeste à minha terra.
Embora ignorada e assim tão só,
Proclamo o que fizeste a Mossoró.
Tua nobre lembrança tão querida,
Jamais se apagará da minha vida.
Adeus! Frui do Senhor a companhia,
E lá no céu te encontrarei um dia.
                            Assu, 23 de fevereiro de 1939 - Sinhazinha Wanderley.

Em tempo: Em Assu existe ainda a Escola Municipal Professor Alfredo Simonetti localizada na comunidade rural de Mendobim I.

A PINGA É NOSSA!



Os Estados Unidos reconheceram a cachaça como produto de origem exclusiva brasileira. A decisão vale a partir de 11 de abril e significa que, para levar no rótulo o nome de cachaça, o produto deverá ser fabricado no Brasil e de acordo com os padrões de qualidade brasileiros. Atualmente, o destilado é vendido nos EUA sob o nome genérico de brazilian rum. O Brasil também reconhecerá como destilados exclusivos norte-americanos o bourbon e o tenessee whiskey em um prazo de 30 dias.

O reconhecimento foi divulgado hoje (27) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Na avaliação do secretário de Relações Internacionais da pasta, Célio Porto, a mudança abrirá o mercado dos EUA para a cachaça brasileira. Para Vicente Bastos, presidente do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), haverá desenvolvimento da produção do destilado, com aumento das exportações, atualmente em um patamar modesto. “No ano passado foram apenas US$ 20 milhões, dos quais US$ 2 milhões foram para os Estados Unidos”, disse. De acordo com ele, a cadeia produtiva da cachaça emprega cerca de 600 mil pessoas em todo o país.

Postado por: Robson Pires (27/02).

AÇÃO PARLAMENTAR

GEORGE SOARES SOLICITA PRORROGAÇÃO DE 
PRAZO DO PROGRAMA EMERGENCIAL PARA A SECA

Na sessão ordinária desta quarta-feira, 27, o deputado George Soares (PR) protocolou requerimento solicitando ao Superintendente do Banco do Nordeste, João Newton, prorrogação do prazo final do Programa Emergencial para a Seca, que se encerra amanha (28). O pedido de prorrogação para o dia 30 de abril também foi encaminhado aos deputados da bancada federal e aos senadores.

Dando continuidade a sessão, o parlamentar proferiu pronunciamento onde abordou a situação do homem do campo diante da seca que decai sobre o Estado. A fala do republicano foi aparteada pelos deputados Vivaldo Costa (PR), pelo presidente da casa Ricardo Mota (PMN), pelo deputado Gustavo Carvalho (PMDB) e Hermano Morais (PMDB). Todos aplaudiram a iniciativa do deputado em prol do homem do campo.

“O programa liberou mais de R$: 2 bilhões para todo o país, deste total R$: 160 milhões foram destinados para o Rio Grande do Norte. Além disso a burocracia é outro fator que entrava o acesso ao programa, a lista de exigência para acessar o crédito é extensa”, disse.

Após a sessão, George Soares participou por telefone do programa Caderno de Ocorrência, da Rádio Princesa do Vale, onde falou sobre a reunião que teve com a secretária de infraestrutura, Kátia Pinta, sobre as obras da entrada da cidade e a reforma do CAIC - Assu.

Assessoria Parlamentar Deputado Estadual George Soares

DESCASO

Universitários insatisfeitos em Assú

A notícia abaixo foi extraída do blog da União da Juventude Socialista (UJS) Carnaubais:
Ontem às 15h, na Escola Estadual JK, na cidade de Assú, estudantes sócios da Associação Universitária do Vale do Açu (AUVA) - foto - participaram de assembleia para discutir o posicionamento da administração pública do município de Assú em relação ao convênio que era celebrado com a associação.
            Tem-se que o município de Assú subsidiava o transporte estudantil contribuindo com um repasse mensal que corresponde a apenas 27% do contrato com a transportadora, tendo os estudantes que completar os gastos com os transportes, pagando uma substancial mensalidade de R$ 136,50. Acontece que já há 6 meses o repasse não é feito, anteriormente com a justificativa de dificuldades orçamentárias. Agora o posicionamento da administração é outro: não repassará mais os recursos para a AUVA, colocando em risco a continuidade do deslocamento dos estudantes.
            A proposta da prefeitura é a criação de uma espécie de ‘Bolsa Estudantil’, onde tentará beneficiar aqueles estudantes mais carentes. A AUVA entende o benefício que é a criação da Bolsa, no entanto manifesta sua desaprovação do fim do repasse financeiro, onerando ainda mais o transporte para os estudantes, que pode passar a um valor mensal de aproximadamente R$ 200,00. Vale dizer que atualmente duas associações atuam na gerência do transporte escolar, deslocando estudantes para as cidades de Macau, Angicos e Mossoró, em diversos turnos, totalizando um deslocamento atual de um pouco mais 400 estudantes. O programa de bolsas da prefeitura pretende atender apenas 120 estudantes.
            A prefeitura do Assú vai na contramão da realidade regional. Enquanto as cidades ao entorno de Mossoró (como Caraúbas e Governador Dix-Sept Rosado), financiam integralmente o deslocamento dos estudantes, Assú, resolve não mais financiar nem parte das despesas. Um outro bom exemplo é Apodi (81 km de Mossoró), anteriormente os estudantes pagavam uma mensalidade de R$ 50,00, sendo o restante subsidiado pela prefeitura. Com a nova gestão municipal, os estudantes ganharam o financiamento integral do transporte universitário.
            Como a direção da AUVA tentou por diversas vezes chegar a um acordo com a administração através de conversas com a Secretária de Assistência Social e com o próprio prefeito e nada foi conseguido, a próxima tentativa é uma reunião com os vereadores do município, na tentativa de continuar, no mínimo, havendo a garantia do repasse da prefeitura à associação.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

BELEZAS POTIGUARES


Um Roteiro Que Une Mar e Sertão, Sertão e Mar!

Autor – Rostand Medeiros
Fotos – Ricardo Sávio Trigueiro de Morais

Recentemente, a convite do amigo Ricardo Sávio, estivemos revendo as cavernas e a grande área de afloramento de calcário localizado ao norte da área urbana de Jandaíra. Conheço esta região desde 1987 ou 1988 e vale a pena cada retorno para vivenciar esta natureza sertaneja!

Jandaíra, município localizado na Região do Mato Grande, Rio Grande do Norte, está a cerca de 117 quilômetros da capital potiguar, sendo atravessado pela BR 304, rodovia que liga Natal a regiões de grande e tradicional atratividade turística, tanto a nível regional como nacional, como é o caso da bela praia de Galinhos.
O município de Jandaíra apresenta diversas áreas com ocorrência de cavidades naturais, sendo que sua caracterização geológica constitui-se pela Formação Jandaíra, Grupo Apodi, correspondendo a uma sequência carbonática que mergulha suavemente em direção à costa atlântica. Essa gênese carbonática, favorece a ocorrência de cavernas, dolinas e ravinas em vários pontos do município, servindo como áreas de pousio e reprodução de aves, répteis e mamíferos, típicos da Caatinga e importantes agentes polinizadores e difusores de sementes deste Bioma.
Afloramento de calcário de Jandaíra

Contudo, Jandaíra não tem utilizado este fator como elemento de desenvolvimento, principalmente pela falta de atrações e infraestrutura que possam despertar o interesse de visitação turística, tanto para entretenimento, como também para turismo escolar, científico ou de aventura.

Mas tem muito que mostrar, como vemos nas imagens do grande afloramento de calcário aqui apresentadas pelas lentes do amigo e fotógrafo Ricardo Sávio.
Temos neste local a interessante e crua beleza típica da caatinga, em uma área de fácil acesso, a pouco mais de um quilômetro do município de Jandaíra.

Sem dúvida este local poderá ser uma ótima opção para complementar o turismo que atualmente se destina, com extremo sucesso, para a região de Galinhos.

Para quem não conhece a geografia potiguar, pode parecer um tanto estranho à ideia de levar turistas para uma parada destinada a conhecer a caatinga, cavernas e depois levá-los para um dos melhores pontos do nosso litoral.
Mas ao mesmo tempo, já pensaram que contraste interessante!

Não podemos esquecer que é no Rio Grande do Norte, o estado nordestino onde proporcionalmente a caatinga possui a maior cobertura em termos territoriais, que este Bioma praticamente alcança a beira mar!

Em todo o Brasil isso só acontece aqui!
A caatinga, com todos os seus aspectos característicos, é única no mundo e só em terras potiguares poderíamos imaginar um roteiro que unisse mar e sertão, sertão e mar!

Evidentemente que um tipo de roteiro como este tem (e deve) ser minuciosamente elaborado. A caatinga tem suas belezas, mas igualmente possui características que se não forem bem analisadas, podem não ser tão confortáveis aos visitantes.

Já em relação às cavernas, estas então é que necessitam de um cuidado extremo. Pois são ambientes frágeis, algumas delas com uma fauna extremamente delicada e rara, que não suportariam uma visitação desordenada.
Detalhes que mostram que o sertão de jandaíra já foi mar

Em relação aos visitantes tem de ser realizado todo um trabalho informativo, de preparação em relação ao ambiente a ser visitado, utilizando elementos da educação ambiental, além de cuidados com o bem estar dos turistas e outros aspectos importantes.

Como comentamos anteriormente, as cavernas do município de Jandaíra têm atraído, de maneira informal e desordenada visitantes do próprio município, de municípios vizinhos e até mesmo de Natal, curiosos por conhecer a mística das cavernas, impregnados no imaginário popular. Além disso, há ainda a utilização das cavernas como áreas de diversão, por parte de parcela da comunidade local, promovendo piqueniques e momentos de lazer em seu entorno.
A área de afloramento de calcário de Jandaíra, aqui apresentada nas fotos de Ricardo Sávio, compreende grande parte das cavidades naturais existentes no município, estando estas ameaçadas pela mineração clandestina e desmatamento indiscriminado. 

A atividade turística pode oferecer uma alternativa a estas atividades degradadoras, implicando em impactos positivos sobre o meio ambiente, ao mesmo tempo em que oferece meios para melhorar as condições de vida da população local.
Como no caso dos jovens Hyurann Oliveira e Jan Pierre Martins, que estiveram conosco nesta visita. Estes jovens moram em Jandaíra, amam as cavernas do seu lugar e eles amanhã poderiam, ou não, sobreviverem da atividade turística em sua própria região!
Durante a nossa visita, o amigo e jornalista Everton Santos, ficou verdadeiramente encantado com o que viu e, junto com Ricardo, debatemos bastante sobre a utilização positiva desta área de cavernas.

Percebemos que a ausência um planejamento tecnicamente embasado, orientado para utilização turística e de uma infraestrutura capaz de receber os visitantes, tem feito com que esse patrimônio natural esteja submetido à ação de degradação, visto a quantidade de lixo presente na área, à presença de resíduos orgânicos humanos (fezes e urina) e a depredação do patrimônio espeleológico, que varia desde a pichação das paredes e a retirada criminosa de espeleotemas (cortinas, estalactites, estalagmites etc.), mostrando a necessidade de algo que regulamente e regule a interação entre aproveitamento turístico e conservação dos recursos naturais, fazendo surgir um novo arranjo produtivo local, com bases sustentáveis.

Nada impede que se possa estudar com seriedade este processo e analisar a viabilidade de sua execução.
Da esquerda para direita Hyurann, Jan, Rostand, nosso grande Joaquim, Everton e Ricardo. Final do trabalho e comn certeza vamos voltar…
Mapa da região de Jandaíra e sua proximidade a Galinhos e o mar

POESIA

                DIRMANTELADA

Muié que amanhece o dia
Sem querê lavá  um prato
Andando de um lado pru ôto
Dando motivo pru fato
Prá mim essa muié
Num vale um peido dum gato.

Autor: Edivam Bezerra - Assuense.

CAUSO

Má companhia
           O PESCADOR Francisco Alves da Costa do Porto Piató conhecido por “Bala”, não podia tomar umas cachaças que saía arengando. Quando Saturno veio da comunidade de Ponta Grande (Ipanguaçu) para morar no Piató (Assu), preocupado com a adaptação dos filhos na nova comunidade, sempre os acompanhava de perto. Certo dia, seu filho Clóvis saiu para tomar umas cachaças com uma turma debaixo de um pé de figo na margem da lagoa. Não demorou muito, seu Saturno saiu atrás. Quando avistou a turma gritou:
- Clovis, ou Clóvis...!
  O cidadão conhecido por 'Bala' ouvindo o chamado levantou-se e gritou:
- Clóvis tá aqui mais eu... Não se preocupe não, seu Saturno!
  O velho Saturno sem cerimônias alertou:
- É por isso mesmo que eu vim buscá-lo, porque você esta aí.   

Livro: Dez Contos & Cem Causos - Ivan Pinheiro

AÇÃO PARLAMENTAR

GEORGE SOARES SOLICITA REGULARIZAÇÃO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA NO CONJUNTO IRMÃ LINDALVA - ASSU

     Na manhã desta terça-feira, 26, o deputado George Soares (PR) protocolou requerimento solicitando ao Governo do Estado e ao Presidente da CAERN, Sr. Yuri Tasso, a regularização de forma urgente do abastecimento de água do Conjunto Irmã Lindalva, no município de Assú.

        O pedido veio dos próprios moradores do conjunto, durante a participação do parlamentar no programa Registrando, no ultimo sábado (23). Segundo os moradores a falta d’água é constante, “tem água um dia sim e outro não”, disse uma moradora à assessoria do deputado.

     “Nosso mandato busca priorizar as necessidades do povo. A regularização do abastecimento de água precisa ser prioridade, uma vez que este é um recurso indispensável. Quero agradecer aos moradores do conjunto Irmã Lindalva por estarmos construindo este mandato juntos” - comentou George Soares. 

Assessoria Parlamentar Deputado Estadual George Soares

PESQUISA


INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO - IHGRN


  A História Colonial, especialmente a História da Capitania do Rio Grande, pode ser pesquisada pelo menos em duas ordens de documentos pertencentes ao Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN): os documentos publicados na Revista do IHGRN e os do acervo de manuscritos.

        A inserção exploratória nessa documentação preciosa propicia tanto um conhecimento multiforme da história do Rio Grande Norte dos tempos coloniais quanto possibilita, a posteriori, uma interação entre um antigo passado e um presente em constante mutação. É a partir da possibilidade de uma interação como essa, envolvendo uma instituição cultural ─ o IHGRN e o seu expressivo acervo de documentos escritos provenientes do contexto colonial, especialmente da Capitania do Rio Grande ─, que se visa explicitar pelo ângulo da leitura interpretativa de fontes documentais uma conjugação de manifestações políticas, religiosas, sociais, e também individuais, consoante a (e até mesmo dissonante) da vigência das tradições da cultura portuguesa.

         Na cidade de Natal, quem caminha entre a Praça Padre João Maria e a Igreja de Santo Antônio (Igreja do Galo) aprecia um conjunto arquitetônico representado pela Igreja de Nossa Senhora da Apresentação, o Memorial Câmara Cascudo, o Palácio da Cultura (antigo Palácio do Governo), o Palacete da Prefeitura Municipal, o Museu Café Filho, a Coluna Capitolina e o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN).

        A Casa do IHGRN, na Rua da Conceição, nº 622, foi construída em 1906, numa época em que se vivia a euforia do remodelamento e do embelezamento das cidades, um projeto das elites republicanas para modernizar a sociedade e as instituições brasileiras. O seu prédio expressa uma arquitetura neoclássica, típica da européia da segunda metade do século 2XIX, revelada por seu desenho geométrico, pelas colunas, pelo entablamento, bem como pelo modo de acesso pelas laterais (valorizado pelas escadarias) e fachada monumental.

         Na fachada, destacam-se os frontões curvos triangulares, as balaustradas arrematadas com o coroamento das paredes, as esquadrias em madeira e vidro e os vãos de vergas retas. Esse prédio foi tombado como patrimônio estadual, em 30 de novembro de 1984.

     Os Institutos Históricos e Geográficos são instituições responsáveis pelos acervos documentais que guardam grande parte das fontes da história colonial, imperial e republicana brasileira. Sua importância em levantar, metodizar e sistematizar um conhecimento histórico foi tamanha a ponto de o historiador José Honório Rodrigues (1978) afirmar que a pesquisa histórica nasceu com a fundação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), em 1838, no Rio de Janeiro.

          Do ponto de vista dessa missão, o IHGB auxiliou o governo imperial na definição de um projeto de nação e de uma identidade nacional. O IHGB, que se espelhou em agremiações congêneres européias, especialmente o Instituto Histórico de Paris, incentivou a fundação de institutos locais em cada Província, objetivo que, à exceção do Instituto de Pernambuco (fundado em 1862) e o de São Paulo (fundado em 1894), somente foi atingido no início do século XX, a exemplo da criação do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN).

          O IHGRN, uma das entidades culturais mais antigas do Estado foi fundado, em Natal, sob a inspiração do IHGB, a 29 de março de 1902, durante o primeiro Governo de Alberto Frederico de Albuquerque Maranhão, num momento enfático de preocupação com a preservação do patrimônio histórico-documental, que possibilitaria a escrita da história de acordo com os parâmetros da ciência positivista, do encontro da história nacional com a memória social e do testemunho documental.


(*) Extraído Trabalho de Marta Maria de Araújo Ana Verônica Oliveira Silva da UFRNFoto: Instituto Histórico e Igreja de N. S. da Apresentação.
FONTE: Site Natal de Ontem / Blog - Jota Maria

MEIO AMBIENTE

                          Rio Açu, em Assú, desprotegido

Tem coisas que não tem jeito mesmo, e dentre estas coisas estão as áreas da ciência, tecnologia e meio ambiente do município do Assú.

Num é que há quatro anos esta área tenta construir um mercado, centro ou coisa que se assemelhe, para abrigar a feira de animais vivos da cidade e até agora... necas. Absolutamente nada.

O mesmo fazendo nada também pode ser apreciado em relação a favelização das margens do Rio Açu. A coisa lá não está feia não, está caótica. Mas mesmo assim, necas de qualquer ação, a não ser a ação da omissão.

- O processo de favelização das margens do Rio Açu vinha se delineando há um bocadinho de tempo, de forma lenta e gradual. No entanto, durante os festejos de momo, a coisa começou a se desenvolver 'com força'! E... novamente nenhuma ação por parte do poder público no sentido de impedir o avanço da favelização numa área que tecnicamente É de proteção ambiental.

Beemmm... de novo caímos naquela velha teoria: tudo pode acontecer na republica independente do Assú. Dar até para fazer uma analogia com aquela musica do Toquinho: Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada...

                  

Obs.: Fotos tiradas durante os festejos carnavalescos, quando a situação no local não só ficou mais aviltante, como também, visível. Hoje a realidade é bem aproximada da vista nestas fotos, contando apenas com o diferencial que hoje não mais se conta com tantos banhistas.


Postado por: Ana Valquíria

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

CONTO


O CORPO DE CRISTO
 
A velha casa alpendrada era a maior da comunidade de Juazeiro. Seu proprietário era o negro Jacinto, descendente dos índios Janduís. Sua bisavó tinha sido capturada pelo Terço dos Paulistas a “casco de cavalo” – como diziam os mais velhos. Foi um dos primeiros moradores da redondeza. Ele era um sujeito analfabeto. No entanto, portava-se como uma espécie de pajé. Pacificador de todos os problemas surgidos na pequena comunidade de Juazeiro situado à margem da Lagoa do Piató.
Jacinto era “pau pra toda obra”. Caçava, pescava, plantava, criava bodes, jumentos e uma meia dúzia de vacas para o fornecimento do leite da sua numerosa família. Os currais de troncos de carnaúbas ficavam no lado sul da casa. A labuta diária tinha início muito cedo. A meninada ajudava de conformidade com a idade. Ninguém tinha direito a dormir após as quatro horas da manhã: arriar os animais, tirar leite, despescar as redes na lagoa, tirar ração para o gado, cuidar do roçado, botar água nos potes para o consumo da casa... Eram tarefas que o velho Jacinto não precisava mandar executar.
À tardinha, depois que o vento norte caía, ele colocava uma cadeira espreguiçadeira no alpendre e esperava a noite chegar para comer sua coalhada com rapadura raspada e cuscuz de milho zarolho. Não sem antes, juntamente com sua esposa, dona Luzia, reunir toda a família e alguns vizinhos para rezarem o tradicional terço.
O lar humilde do velho Jacinto e Luzia era visto por todos como exemplo. Uma prole de 09 filhos. Vida ordeira. Família pacata. Meninos respeitadores e meninas direitas e honradas. Nas festas de São João, todos vinham no velho carro de boi, participar das novenas e da procissão de encerramento. Ninguém se atrevia a pedir Madalena em namoro, apesar dos seus 19 anos. O mesmo acontecia com as outras duas irmãs, Maria Inácia de 16 e Maria de Fátima de 15 anos. Flertes existiam, mas terminada a celebração subiam todos no carro de boi e retornavam para Juazeiro.
A rotina só era quebrada com as constantes secas, períodos em que a fome e a sede assolavam os animais e as pessoas de toda a região. Uma destas foi terrível. A estiagem se prolongou por quase cinco anos. Em 1919 a Lagoa do Piató chegou ao porão. O velho Jacinto e seus filhos, praticamente atolados na lama, disputavam com as garças os últimos e resistentes peixes: traíras, carás e alguns Mané besta.
As vazantes não produziam mais feijão nem batatas. A caça tinha desaparecido. Os moradores de Juazeiro migraram quase todos para a cidade do Assu em busca de frentes de trabalhos. Outros arriscaram viagem para o sudeste na esperança de escapar. Até os três filhos mais velhos de Jacinto: Emanoel, José e Luiz rumaram nesta aventura. Nunca mais a família tinha ouvido falar deles.
Jacinto resistia. Rogava a Deus todos os dias para mandar chuva. Não sairia daquele torrão. Só morto. Os filhos mais novos que ficaram: Amaro, Expedito e Manoel buscavam xiquexique na caatinga, cortavam, assavam e todos comiam. A água potável também estava escassa. A única cacimba estava minguando. Restavam apenas duas reses. Ainda estavam vivas graças ao xiquexique, a macambira e o restinho da água do porão da lagoa. De tão magras já não tinham quase leite. Naquele ano, não participaram da festa de São João. O padre Honório reconhecendo o estado de calamidade realizou tão somente um tríduo.
Véspera de Natal caiu uma forte chuva. Teve início à tardinha e só parou quase meia noite. O relâmpago clareava o céu e os estrondos dos trovões, ameaçadores, forçavam para que ficassem todos juntos sobre a velha cama do casal com colchão de junco, com medo de serem atingidos pelos coriscos... Pratos de ágata foram jogados no terreiro para acalmar a tempestade.  
O ano de 1920 foi de fartura. No entanto, Jacinto vinha sentindo umas dores nas costas, devido uma gripe mal curada adquirida nas lamas da lagoa. De madrugada, quando foi arrear um bezerro, ao fazer esforço foi acometido por um surto de tosse. Cuspiu sangue... Nunca mais teve saúde. Diagnóstico: tuberculose. Ele sabia que sua morte era uma questão de dias.
Toda a comunidade se compadeceu da doença de Jacinto. Afinal era o líder maior daquela redondeza. Homem de respeito, servidor, temente a Deus... Era bom. Sua morte seria uma grande perda para Juazeiro e região.
A doença se agravou. Curandeiros, remédios caseiros, promessas... A família já tinha se valido de tudo, mas a enfermidade era muito grave... Incurável. Dona Luzia pediu aos seus filhos Amaro e Expedito para irem a Assu chamar Padre Honório para dar a extrema unção.
Quando Padre Honório chegou a Juazeiro, conduzido pelos dois jovens, o alpendre da casa de Jacinto estava repleto de parentes e amigos. Todos queriam acompanhar os últimos momentos daquele homem que na vida demonstrou honestidade, liderança, amor a Deus, a sua família e a terra onde nasceu e viveu.
Padre Honório observou as feições de Jacinto e compreendeu que tinha que se apressar. Eram os minutos finais. Ajoelhou-se ao lado da cama e começou o ritual da extrema unção ao enfermo. Ungiu com óleo a testa do paciente que reagiu esboçando um leve gesto de alegria e alívio...
Na conclusão da breve pregação Padre Honório colocou na boca do velho Jacinto a hóstia consagrada... Neste mesmo instante ele deu o último suspiro jogando um jato de sangue sobre o solo de barro batido. Padre Honório olhou para o chão e apanhou a hóstia ensanguentada. Vendo que o enfermo havia falecido, o sacerdote elevou a hóstia sobre a cabeça adorando-a e numa demonstração de fé e veneração à doutrina Cristã, comungou o Corpo de Cristo.         

Texto: Dez Contos & Cem Causos - Ivan Pinheiro

CARRO DE BOI


      
       Nas regiões onde não existiam rios navegáveis nem mesmo penetravam as águas da maré, aí dominavam por excelência o carro de boi e o comboio. Como é sabido, o Assu era considerado a terra do carro de boi.
         Na região do Assu, a função do carro de boi foi talvez maior do que em toda a vasta Província do Rio Grande do Norte. Em 1840, o comércio do centro sul do leste e do oeste da Província era quase todo feito através do Porto de Oficinas na Villa da Princesa (Assu) com Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro. O transporte terrestre era feito em carro de boi e em comboios.
         Manuel Velho e Diocleciano Fernandes fizeram em 1917 uma lista dos carros de bois existentes no município do Assu incluindo nesse número grande parte de Angicos, Santana do Matos e Macau. Contaram ao todo 618 carros. Só na cidade do Assu encontraram 200 carros. Convém notar que já estávamos no período de decadência deste tipo de transporte.
         A função do carro de boi foi maior nos terrenos de várzea, composta de areia ou barro. Entrou pelos brejos, beirou os ariscos, mas não conquistou o sertão bruto. No sertão de pedra, a sua entrada foi lenta, diminuta, insignificante. Só tinha função nos sítios e fazendas. O Seridó, por exemplo, não possuiu o carro de boi em grande escala. Onde a sua intervenção foi decisiva foi no município do Assu, entrando pelo de Macau.
         Nestor Lima, estudando as antigas vias de comunicação do Estado do Rio Grande do Norte, diz a respeito do Assu: “Todo o transporte era feito, até 1919, em costas de animais e carros de bois, via Macau”.
         Segundo o escritor Manoel Rodrigues de Melo, em Assu, os carros de bois eram enfeitados e bonitos e serviam para carregar as famílias sertanejas, até começos do século XX. Eram eles que conduziam as bandas de musicas das cidades para os povoados do interior e vice-versa. Eram nos carros de bois que andava a nobreza rural e a burguesia das cidades. Eram neles que andavam as sinhazinhas de outrora para encanto dos rapazes enxeridos e pelintras.
         Em Assu e região o carro de boi não foi só um estimulador de riquezas como parece à primeira vista. Foi usado na economia, na família, no social, na política, enfim... Enquanto durou o seu ciclo durou também o gosto por uma infinidade de coisas que o “progresso” destruiu.
         Aí já se vão longas décadas. Não cheguei a conhecê-los.

Fonte: Patriarcas & Carreiros - Manoel Rodrigues de Melo.
Arte: Carro de Boi - Douglas Okada

domingo, 24 de fevereiro de 2013

PREFEITURA DO ASSÚ

Assú: contratos temporários que se perpetuam e... Folga no caixa.


O que é a natureza?!!!


Num é que não faz nem três meses que o prefeito em exercício do Assú exonerou meimundo de gente e retirou gratificações de outro bocado em razão do erário público está passando por dificuldades não muito conhecidas ou explicitadas e agora descobriu que anda nadando no dinheiro!!!

Geeennnte, demais!

Éééé... antes que as aguas de março caiam, a prefeitura do Assú resolveu que estava na hora de contratar gente. E muita gente. Pois ééé... segundo leis sancionadas pelo digníssimo prefeito da cidade do Assú, Ivan Lopes Júnior, o organograma da prefeitura sofreu ampla e irrestrita ampliação com a criação de inúmeros cargos comissionados. Dentre eles, um de consultor de convenio (que será ocupado por alguém que more em Brasília), um bocado de assessores de secretarias, diretores executivos... uma coisa de louco!

A propósito, a Câmara de vereadores de Assú aprovou isto tudinho sem nem ao menos querer saber o impacto destas contratações na folha de pagamento. Aaaff, também, vamos concordar, eles não estão nem um pouco preocupados com isto. Aahhh, A Câmara do Assú conta nesta legislatura com a presença de uma mulher em plenário (suplente de Odelmo de Moura Rodrigues que aguarda decisão judicial favoravel para retornar ao cargo), fato que não tem em nada contribuído para a mudança ou coisa que se assemelhe, do modus operandi desta esfera de poder.

A propósito de novo, foram criados 20 contratos temporários de motoristas de ônibus escolares a serem preenchidos através de concurso simplificado. Como será isto? o ano letivo não está quase começando? Cadê o edital do concurso simplificado? Huuumm, seria pertinente perguntar cadê o Ministério Público e as entidades sindicais que não se pronunciam a respeito do caso?

A propósito de novo e novamente, estas criações continuadas de contratos temporários (que se perpetuam) não seria uma forma de não se realizar concurso público? Beeemm, sabidamente se sabe que tudo é possível e plausível de acontecer na república independente do Assú. Entonce...!! 


Postado por ana valquiria.

POESIA


                ASSU
 

ASSU, século e meio de formosura,
Pacata, meiga, qual uma debutante,
Imaginando ser este o instante
De abraçar e alentar sua cultura.

Teu rio d’águas correntes, cintilante,
Deleita ao solo, gerando fruticultura,
Inaudita, até a incessante criatura
Que na lida do ontem foi coadjuvante.

Plaga privilegiada pela natureza.
Das Potiguarânias eis o celeiro.
Petróleo jorrando... Quanta riqueza!

Avante debutante! Sejas mais garrida.
Mostre tua garra, teu suor, teu cheiro.
Adote o progresso... Oh, terra querida!
        
         Ivan Pinheiro – Poesia publicada no Calendário do
Sesquicentenário do município do Assu
Ano de 1995.