quinta-feira, 15 de setembro de 2016

HISTÓRIA:


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Por João Felipe da Trindade
jfhipotenusa@gmail.com
Aos dois de setembro de 1844, lanço neste livro de assentos dos batismos que serve nesta Matriz de São João Batista de Assú, o assento de batismo de Francisca, parda, filha natural de João Rodrigues da Costa Junior com Marcelina, escrava de João Batista da Costa, já lançado em outro livro dos batizados de folha cento e oitenta e nove, com sentido do despacho abaixo declarado e é da maneira seguinte:

Ilustríssimo e Reverendíssimo Senhor - Diz João Rodrigues da Costa Junior, solteiro, morador no lugar de Piató desta Freguesia de São João Batista de Assú, que ele tivera de Marcelina, escrava de seu mano João Batista, uma filha de nome Francisca a qual tomou e tem tido em sua companhia desde de sua tenra idade como sua filha que é, e por que fosse batizada nesta Matriz sem declaração de quem era seu pai, por isso requer a Vossa Senhoria a mande de novo lançar para que em todo tempo haja de constar o de devido = Chama-se Francisca, nascida a 28 de janeiro de 1830, batizada nesta Matriz pelo Padre Joaquim José de Santa Ana; foram seus padrinhos Miguel, escravo do tenente João Rodrigues da Costa e Thereza, escrava de João de Barros de Oliveira, declarando igualmente ser filha natural do suplicante, portanto = Pede ao Reverendo Senhor Vigário Interino da Vara mande lançar o novo assento com a declaração que requer = Sim = Vila da Princesa 2 de setembro de 1844 = Montenegro =

Francisca, parda, filha natural de João Rodrigues da Costa Junior com Marcelina escrava de João Batista da Costa, nascida a 28 de janeiro de 1830, foi batizada a vinte e um de fevereiro do dito ano por mim e lhe conferi os sagrados óleos; foram padrinhos Miguel, escravo do tenente João Rodrigues da Costa e Thereza, escrava de João de Barros de Oliveira, todos deste Assú, e para constar fiz este assento em que me assino, o Padre Joaquim José de Santa Ana = Pároco do Assú = e para constar a todo tempo, fiz este assento em que me assino = Padre Francisco Urbano de Albuquerque, Vigário interino de Assú.

Outros novos batismos foram lançados a pedido dos pais de filhos naturais, que transcrevemos para aqui.

João, filho natural de José Duarte de Azevedo, e Benta Maria, nasceu aos 2 de novembro de 1832, e foi batizada no dia 7 do mesmo mês e ano, pelo Reverendo Joaquim José de Santa Ana, e lhe pôs os santos óleos; foram padrinhos João de Barros de Oliveira e Nossa Senhora da Conceição, e por me ser pedido pelo pai do adulto, por um requerimento, fiz este novo lançamento, que torna sem nenhum, efeito outro qualquer que apareça, e para clareza me assino. José Ferreira Nobre Formiga, Vigário do Assú.

Josefa, filha natural de João Maurício Pimentel, e Ana Monteiro, nasceu aos 17 de setembro de 1809, e foi batizada nesta Matriz pelo Reverendo Vigário Antonio de Souza Monteiro, a dez de novembro do mesmo ano, e lhe pôs os santos óleos, foram padrinhos Alexandre de Souza Castro, casado, e Aldonsa Maria, solteira, e por me ser pedido a requerimento do mencionado João Maurício Pimentel, fiz este novo lançamento que torna sem nenhum efeito outro qualquer lançamento que aparecer possa, e para constar mandei fazer este assento em que me assinei. José Ferreira Nobre Formiga, Vigário do Assú.
Postado por Hipotenusa.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

CAUSO:

SINTA-SE EM CASA

Deste livrinho, data de 1996, charge de Edmar Viana (foto abaixo, capa já envelhecida pelo tempo), feito de estórias pitorescas, conto que certo prefeito do interior potiguar inaugurava obras de sua administração. Uma delas, a Cadeia Pública. O então governador Dinarte Mariz se encontrava presente. Pois bem, na hora da sua fala, o prefeito saiu-se com essa: 
- "Governador, a cadeia está inaugurada. Sinta-se em sua casa." - Sorte do velho Dinarte que o discurso era de improviso...
Postado por Fernando Caldas.