UMA NOITE DE GALA NA PINACOTECA
Por Franklin Jorge
A
Pinacoteca do Estado inaugurou ontem a noite, simultaneamente, mostras
de quatro artistas que investigam a fotografia e se afirmam como
expoentes nesse âmbito. Porém, ressalte-se, aqui, a renovação do público
que passeou por seus salões e extasiou-se com obras que dão à
fotografia o status de arte contemporânea.Um público de todas as idades, mas
visivelmente amante da arte e apreciador da cultura popular, como
quisemos implantar na Pinacoteca do Estado num esforço de acolhimento da
arte popular urbana que se faz presente, nos dias de hoje, em toda a
parte. Um público visivelmente renovado, como se verá nas fotografias
tiradas durante o evento que ocupou a maior das salas do térreo e quatro
salas no segundo piso do Palácio Potengi, onde, como sabem todos, está
instalada a Pinacoteca do Estado – endereço que deve constar na agenda
das pessoas bem informadas. Um público que sabia o que estava vendo e
falava da fotografia como uma arte apaixonante em uma sociedade da
imagem e do ruído.
O brilho dessa noite que pôs em evidencia a
arte de Paula Geórgia Fernandes, primeira dos nove artistas premiados
este ano nos editais de ocupação da Pinacoteca. São obras inspiradas na
paisagem a um tempo surpreendente e desolada dos sertões seridoenses
capturados, esses sertões forjados no âmago do silencio pelo talento e
acuidade visual de uma artista séria e exigente.
Emocionante lembrar-me que ainda a pouco, em outubro para ser preciso, o grande mestre da gravura Rossini Quintas Perez - nosso conterrâneo de Macaíba atualmente dedicado à fotografar o mundo com um olhar etnográfico -, ao visitar a Pinacoteca, admirava-se que não tivéssemos ainda um departamento de fotografia entre as coisas necessárias ao serviço rotineiro de uma instituição do gênero.
Creio que todos os que estiveram ontem à noite na Pinacoteca do Estado sentiram claramente que participavam de um momento histórico, que ficamos a dever à colaboração de uma plêiade de artistas prestigiados por seu talento e contribuição às artes, em sua grande noite, por um público de sangue novo.
Emocionante lembrar-me que ainda a pouco, em outubro para ser preciso, o grande mestre da gravura Rossini Quintas Perez - nosso conterrâneo de Macaíba atualmente dedicado à fotografar o mundo com um olhar etnográfico -, ao visitar a Pinacoteca, admirava-se que não tivéssemos ainda um departamento de fotografia entre as coisas necessárias ao serviço rotineiro de uma instituição do gênero.
Creio que todos os que estiveram ontem à noite na Pinacoteca do Estado sentiram claramente que participavam de um momento histórico, que ficamos a dever à colaboração de uma plêiade de artistas prestigiados por seu talento e contribuição às artes, em sua grande noite, por um público de sangue novo.
Postado por Fernando Caldas