sexta-feira, 6 de maio de 2016

HISTÓRIA DO ASSU:

SOBRADO DA BARONESA
- BREVE HISTÓRICO -
O município do Assú possui um grande número de prédios históricos. É considerado detentor do maior acervo arquitetônico do interior do Rio Grande do Norte. No entanto, se a administração municipal não tiver o devido cuidado, fazendo cumprir a lei de preservação e conservação destes casarões, certamente, dentro de poucos anos haveremos de perder este título.

Por entender que a população assuense precisa conhecer para valorizar o seu acervo repassaremos informações, através deste blog, sobre alguns desses ameaçados palacetes.

SOBRADO DA BARONESA

O prédio Colonial “Sobrado da Baronesa”, de arquitetura de linhas muito sóbrias, foi edificado pelo Coronel Manoel Lins Wanderley – conhecido por Coronel Wanderley (*22/03/1804 + 1878). Casado a 24 de dezembro de 1825 com Maria Francisca da Trindade Wanderley, da família Casa Grande. A construção do sobrado é, presumidamente, anterior a esta data.

O pai do Coronel Wanderley, Gonçalo Lins Wanderley (fundador da família Wanderley no Rio Grande do Norte) foi presidente da Câmara Municipal de Villa Nova da Princesa (atual Assú), em 1822. 

Manoel Lins Wanderley (Coronel) nasceu no dia 22 de março de 1804. Foi deputado Provincial, tomando parte na instalação da Assembleia Legislativa Provincial a 02 de fevereiro de 1835. 

Revolucionário contra Pinto Madeira, no ano de 1832, o Coronel Wanderley armou 300 homens e foi ao Ceará combater o inimigo, com gastos por sua conta. Decorreu daí a patente de “coronel”. Foi alto comerciante. Edificou o sobrado e reconstruiu a Igreja Matriz de São João Batista além de ter doado a imagem do Santo. Faleceu no ano de 1878. Em Assú existe uma rua que leva o seu nome como patrono. 

No sobrado nasceram dois filhos do casal Manoel Lins Wanderley e Maria Trindade Wanderley: Luiz Carlos Lins Wanderley (30/08/1831) – primeiro médico do Rio Grande do Norte, teatrólogo, poeta, jornalista, deputado provincial, vice-presidente da Província, governando-a em 1886. Dirigiu o Correio de Natal. É de sua autoria o primeiro romance potiguar, “Mistérios de Um Homem Rico”; E, no dia 13 de outubro de 1836, Belisária Lins Wanderley de Carvalho e Silva (a Baronesa de Serra Branca).

Belisária casou-se com Felipe Nery de Carvalho e Silva - o Barão de Serra Branca (O título de barão custou-lhe a quantia de hum mil réis, o qual recebeu-o e prestou juramento, no Gabinete Ministerial do Conselheiro João Alfredo, no dia 24 de outubro de 1888. O ato foi assinado pela Princesa Regente Dona Isabel, no dia 30 de março do mesmo ano). Natural de Santana do Matos. Não tiveram filhos.

Após a morte do velho Coronel Manuel Lins Wanderley (1878), vieram a residir naquele sobrado o Barão e a Baronesa de Serra Branca tendo a mesma libertado seus escravos três anos antes da Lei Áurea, no dia 24 de junho de 1885. Após a sessão solene, que ocorreu na Igreja Matriz, ela abriu as portas do seu sobrado e ofertou um banquete aos recém libertados para comemorar o ato abolicionista.

Após a morte do Barão, ocorrida no dia 16 de julho de 1893, a Baronesa permaneceu residindo no suntuoso prédio até por volta de 1925, indo residir na capital potiguar. A Baronesa faleceu no dia 13 de abril de 1933, em Natal. Foi a última titular do Império, no Rio Grande do Norte. Os corpos do Barão e da Baronesa foram sepultados num mausoléu no cemitério São João Batista em Assú.

Depois o ‘Sobrado da Baronesa’ serviu de residência e consultório do renomado político e médico Dr. Ezequiel Epaminondas da Fonseca Filho. Na sala nobre, primeiro andar do sobrado, recebeu diversas autoridades, entre estas, o então Presidente da República Getúlio Vargas. Na oportunidade o mesmo oficializou o pedido da construção da Ponte sobre o rio Piranhas ou Assú. 

Por diversos anos o sobrado ficou desocupado, abandonado, em ruínas.... Numa segunda feira, dia 21 de julho de 2003, o Assú recebeu a visita de uma comissão formada pelas seguintes pessoas: Sr. François Silvestre de Alencar - Presidente da Fundação José Augusto; Paulo Heider Forte Feijó e Valéria de Paiva Oliveira - arquitetos da FJA e, da ilustre assuense Dra. Maria do Perpetuo Socorro Wanderley de Castro - Ministra do Superior Tribunal do Trabalho. 

A convite da administração municipal a comissão tinha por finalidade visitar alguns casarões da cidade do Assú para emissão de um parecer técnico, orientando a prefeitura a desapropriar um imóvel para ser instalada a CASA DE CULTURA POPULAR DO ASSÚ. 

A aludida comissão foi recepcionada e acompanhada nas visitas aos principais sobrados, pelo prefeito em exercício José Antônio de Abreu, o Secretário de Cultura Gilvan Lopes de Souza, Secretário de Governo Ivan Pinheiro Bezerra, secretário de Administração Marcos Antônio Montenegro, jornalista assuense Auricéia Antunes de Lima, corretora de imóvel Sra. Alcina Abreu e pelos artesãos e produtores culturais Cícero Josemar da Mota, Dario Gaspar Nepumoceno, Gracia Margarida Ramalho e o radialista Edmilson da Silva. A escolha, por maioria, foi o SOBRADO DA BARONESA por reunir maior representatividade arquitetônica e histórica para o município. 

Em 26 de setembro de 2003 a Prefeitura Municipal comprou o ‘Sobrado da Baronesa’ aos herdeiros José Wanderley de Sá Leitão e Alba Fonseca de Sá Leitão pelo valor de R$. 100.000,00 (cem mil reais), pagos em cinco parcelas. O então prefeito Ronaldo da Fonseca Soares assinou termo de concessão de uso, pelo prazo de 20 anos, para que o Estado, através da FJA, instalasse a CASA DE CULTURA POPULAR DO ASSÚ. 

A Casa de Cultura foi inaugurada no dia 26 de dezembro de 2003. O pátio interno do Sobrado deu lugar à Praça de eventos Maria Olímpia Neves de Oliveira. As paredes do pátio receberam vinte pinturas feitas por artistas da terra. O evento contou com a presença da Governadora Wilma de Faria, do prefeito Ronaldo Soares, do presidente da FJA, François Silvestre de Alencar, entre outras autoridades.

A festa de inauguração da Casa de Cultura teve show artístico. Um mega espetáculo preparado por artistas selecionados, que celebraram a chegada do cordeiro que simboliza o verdadeiro presente de natal. 

Depois desse período aconteceram problemas de ordem administrativa e a Casa de Cultura Popular Sobrado da Baronesa chegou a parar suas atividades, retomando-as no dia 13 de outubro de 2011. Prestigiaram o evento a secretária extraordinária de cultura do RN, Isaura Rosado, o senador José Agripino, o prefeito do Assu Ivan Júnior, a coordenadora e o subcoordenador das CCPs, Joana Darc Xavier e Jefferson Tavares. A Casa passou a ser dirigida pelos agentes de cultura, Jeová Júnior e Ioquelim Lima.

O evento contou com a participação de artistas da cidade, exposição de artes plásticas, lançamento da Revista Preá, apresentação da Orquestra Filarmônica Maestro Cristóvão Dantas, do poeta Paulo Varela e show instrumental da dupla Zé da Velha e Silvério Pontes, através do projeto itinerante patrocinado pela Petrobras. 

O Sobrado da Baronesa ao longo de seus possíveis dois séculos de resistência e história, passou por alguns endereços: Praça da Matriz, Rua Casa Grande (nome dado à rua em virtude de outros prédios de edificações vistosas e pomposas com eira e beira, que formavam um grande acervo arquitetônico), Praça da Proclamação e atualmente Praça Getúlio Vargas, 155 – centro - Assú.

A Praça São João não mudou o nome das ruas que a circundam. A mudança foi tão somente no logradouro público que foi denominado de ‘Praça São João Batista’, numa homenagem ao Santo Padroeiro do Assu.

Atualmente a Casa de Cultura Popular Sobrado da Baronesa está sendo dirigida pelo artista plástico Wagner de Oliveira que vem realizando um bom trabalho, numa parceria com os artistas, apesar dos escassos incentivos.   
Fontes: Salvados do Assu – Celso da Silveira;
Assu, Gente Natureza e História – Celso da Silveira;
Assu – Dos Janduís ao Sesquicentenário – Ivan Pinheiro;
Jornal O Mossoroense.
Fotografia: Jean Lopes - Assuense.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

AÇÃO PARLAMENTAR:

GEORGE SOARES ANUNCIA EMENDA PARA COMPRA DE CÂMERAS DE SEGURANÇA EM ASSU
Em participação no programa Caderno de Ocorrências, apresentado por Jarbas Rocha na rádio Princesa do Vale, nesta quinta (05), o deputado estadual George Soares (PR) anunciou que vai destinar uma emenda parlamentar no valor de 100 mil reais para a CDL/Assu (Câmara dos Dirigentes Lojistas) para a aquisição de câmeras de segurança que serão implantadas na cidade.

No programa, o deputado George disse que sua intenção é colaborar com a CDL na busca para inibir os crimes que acontecem em Assú, monitorar os locais mais movimentados, como o Centro da cidade e, assim, devolver a sensação de segurança aos assuenses.
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Assessoria de Imprensa do Deputado Estadual George Soares

AÇÃO PARLAMENTAR:

George Soares comemora lançamento do edital para obras na Ponte Felipe Guerra
 
O deputado estadual George Soares (PR) comemorou o lançamento do edital de licitação para as obras de alargamento da Ponte Felipe Guerra, publicado no último dia 29 de abril, no Diário Oficial da União.

O republicano esteve, recentemente, na superintendência do DNIT-RN onde cobrou dos engenheiros responsáveis que essas obras importantes fossem realizadas o quanto antes na estrutura da Ponte que liga a região Oeste a Capital do Estado e é de suma importância para a economia do Rio Grande do Norte.

“A Ponte Felipe Guerra nunca passou por uma reforma desde que foi construída há mais de 50 anos. Ela é muito estreita e isso já causou muitos acidentes no local. Com a publicação do edital de licitação, mais um passo importante foi dado para que a nossa luta pelas obras de alargamento aconteçam na Ponte e, assim, ocorram as melhorias naquele trecho da BR-304, em Assú.” Afirmou o deputado George.
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Assessoria de Imprensa do Deputado Estadual George Soares

quarta-feira, 4 de maio de 2016

HISTÓRIA DO ASSÚ:

 
Primeiros nomes do Assú

1. Taba-Assú 

Na visão do historiador Luiz da Câmara Cascudo “O nome popular, real, lógico é o Assú, valendo o rio condutor das atividades. Taba-Assú é uma imagem literária sem fundamento histórico”. 
Um dos primeiros relatos da existência de índios na região do Assú é feito por Ferreira Nobre. O historiador Nestor dos Santos Lima, no seu livro ‘Municípios do Rio Grande do Norte’, editado em 1937, cita Manuel Ferreira Nobre que em seu trabalho “Breve notícia sobre a Província do Rio Grande do Norte”, publicado em 1877, em Vitória-ES, afirma que “no ano de 1650, uma tribo de numerosos índios levantou os fundamentos da cidade, (do Assú), dando-lhe o nome de TABA-ASSÚ, que quer dizer Aldeia Grande”. (Almeida, 2006; 25).
O Assú era povoado, em 1650, por numerosos íncolas selvagens, chamados Janduís, que formavam uma grande tribo, cujos acampamentos estendiam-se do Vale do Assú à ribeira do Mossoró.
Guerreiros. Cultivavam a força física da sua raça por meio de contínuos exercícios e treinamentos, correndo duas léguas a fio carregando grandes pesos às costas, realizando torneios de força e agilidade onde os vencedores recebiam em prêmio as mais lindas donzelas da tribo.
Toda a nação tomou o nome do grande chefe Janduí. Alimentavam-se de frutas, mel e raízes. Não tinham plantações. Não trabalhavam.
Era aqui (Assú) a sua grande aldeia ou taba, denominada ‘Taba-Assú’, que quer dizer ‘Aldeia Grande’. (Amorim, 1929; 03). 
Conforme pesquisas realizadas, sempre que se encontra algum documento com alusão ao nome da Taba, a grafia está separada com hífen, com dois esses e acento agudo no “U”. Há uma afirmação do mestre Câmara Cascudo que discorda da existência do elemento Taba na denominação Taba-Assú. Portanto, pelo que se foi estudado, nenhum outro historiador discorda deste fato. Sem polemizar, é coerente dar maiores créditos à maioria que defende a existência da palavra e da Aldeia Taba-Assú, de onde vem a origem da concepção primitiva do nome da povoação.

    2. Arraial de Santa Margarida 
 
O levante indígena contra os colonizadores tem maior intensidade com a rebelião denominada Guerra dos Bárbaros. 
Informa Taunay que Manoel de Abreu Soares, chegando à Ribeira do Assú, acampou num lugar chamado Olho D’água e depois em Poço Verde, onde construiu estacada (Atualmente, ainda subsistem esses topônimos, o primeiro no rio dos Cavalos e o outro na margem esquerda do rio Assú). Encontrou-se destruído, o arraial fundado pelo pessoal ligado a João Fernandes Vieira, “cujas casas os índios saquearam, tendo feito grande mortandade de gente e animais”. Depois de sepultados os ossos, encontrados ao relento, Manoel Soares seguiu na pista dos índios, que foram localizados em Mossoró onde tinham ido abastecer-se de sal. Travado intenso combate morreram dois homens da tropa, ficando um ferido, ocorrendo uma grande matança de índios, que se dispersaram.
Os remanescentes do grupo indígena refugiaram-se no seu valhacouto do Carrasco, de onde voltaram, incendiando o antigo arraial e atacando o fortim de Abreu Soares, dali distante uma légua.
Resolveu, então, Abreu Soares acampar em local distante seis léguas acima do arraial destruído, tendo iniciado a construção, à margem esquerda do rio Assú, de uma Casa-Forte para proteção das tropas contra as arremetidas dos tapuias.
Esclarece Santos Lima que os locais do Arraial e da Casa-Forte, ainda hoje são denominados pela população.
Naquela Casa-Forte, Abreu Soares permaneceu por quatro meses, sem que se verificassem ataques dos índios, tendo o mesmo regressado a Natal, ficando como substituto, no comando o Sargento-mor Manoel da Silva Vieira.
Na ausência do Capitão-mor Abreu Soares, os índios voltaram à carga, sendo repelidos pelo sargento-mor, ficando as tropas aquarteladas na casa-forte, porém sem condições de perseguir o inimigo. O capitão-mor regressou ao Assú, pelo início de 1687, e ali chegando perseguiu os selvagens durante 25 dias, desbaratando-os já no Ceará. Aprovisionou-se de alimentos retornando ao Assú numa longa viagem que durou três meses. (Medeiros Filho, 1984: 118).
De fato, para o colonizador, a guerra assumiu proporções perigosas e desastrosas. Uma carta do senado da Câmara de Natal, datada de 23 de fevereiro de 1687, dirigida ao Governador de Pernambuco, João da Cunha Souto Maior, dava conta que só no Assú os povos indígenas do grupo Tapuia:

“já tinham morto de cem pessoas, escalando os moradores, e destruindo os gados e lavouras, de modo que, já não eram eles os senhores daquelas paragens, que a fortaleza se achava sem guarnição, não dispunha de recursos necessários para acudir os pontos atacados.” (Pires, 2002; 67/78).


No dia 20 de julho de 1687 a região do Assú é denominada de ARRAIAL DE SANTA MARGARIDA. Em plena efervescência da Guerra dos Bárbaros, ou levante do Gentio Tapuia, o Capitão-Mor Manuel de Abreu Soares fundou o Arraial. (Silveira, 1995: 50).
Acampou, nesta data, “na fralda de uma colina arenosa, à margem esquerda de um braço do rio Assú, lugar onde se diz fora o principal alojamento dos índios, conhecidos por Taba-Assú, a cerca de 2 quilômetros da Casa-Forte pelo lado sul”. (Medeiros, 1984; 119).
A origem do nome do novo arraial, batizado com o nome de Santa Margarida, deu-se em decorrência de coincidir a data da chegada de Abreu Soares ao Assú, vindo do Ceará, com o dia em que era festejada aquela santa pelos católicos.
O arraial começou a dar ares de desenvolvimento ao tempo em que continuavam os ataques dos selvagens. Foram feitos muitos sacrifícios de vidas e de haveres para a completa exterminação dos rebelados, passando, após a criação da freguesia (1726), a ser conhecido pela denominação de Povoação de São João Batista da Ribeira do Assú. Os Janduís, apaziguados, foram aldeados no arraial com seus missionários.

3. Arraial de Nossa Senhora dos Prazeres

No ano de 1697 o recém nomeado capitão-mor da Capitania do Rio Grande, Bernardo Vieira de Melo reclamou ao governador geral, o abandono das sesmarias concedidas, anteriormente, inclusive a de João Fernandes Vieira, pelo que o governador mandou fazer as demarcações e nova distribuição. (Fonte: Projeto Memorial Indígena. Sociólogo da UFRN Arlindo Melo Freire). 
Devidamente autorizado, Bernardo Vieira de Melo chega ao Arraial de Santa Margarida, com forças da Bahia, Pernambuco e o Terço dos Paulistas, com o intuito de expulsar os indígenas, de acordo com o desembargador Christovam Soares Reymão, Ouvidor Geral, e funda no dia 06 de fevereiro de 1696 o ARRAIAL DE NOSSA SENHORA DOS PRAZERES. 
O capitão-mor Bernardo Vieira depois de quase três meses na região, obteve êxito. Conseguiu dizimar parte dos indígenas. Aqueles que escaparam se refugiaram no Ceará. Muitos foram capturados e detidos para serem utilizados como escravos. Dado por satisfeito, Bernardo Vieira nomeia capitão o cabo Theodosio da Rocha e o deixa no Arraial com uma guarnição de 30 soldados. Contando com total apoio dos moradores, cria no dia 24 de abril de 1696 o quartel denominando-o de Presídio de Nossa Senhora dos Prazeres, em virtude do dia consagrado àquela santa. (Medeiros Filho, 1984; 124).
Começa a partir deste período a colonização deste rico solo com agricultura e pecuária. Neste ramo, com destaque para as charqueadas. Existe uma rua na cidade do Assú que leva o nome do Capitão-Mor Bernardo Vieira de Melo.

4. Villa Nova da Princesa 
       

Em homenagem a Princesa Carlota Joaquina de Bourbon - filha de D. José I e esposa de D. João VI, depois Rainha D. Maria I, de Portugal, mãe de D. Pedro I, avó de D. Pedro II, imperatriz do Brasil - a conhecida Povoação de São João Batista da Ribeira do Assú, no dia 22 de julho de 1776, foi transformada em município. No entanto, só veio a ser instalado a 11 de agosto de 1788, tomando o nome de Villa Nova da Princesa. (Amorim, 1929; 4).
De acordo com a Ordem Real de 22 de julho de 1776, o julgado do Assú - conhecido por povoado de São João Batista da Ribeira do Assú - foi pelo Desembargador Ouvidor e Corregedor da Comarca de Natal, Antonio Felipe Soares de Andrade de Brederodes, solenemente instalado com a denominação de VILLA NOVA DA PRINCESA. 
Para instalação do primeiro Senado da Câmara, foram nomeados os cidadãos Francisco José Dantas Bacelar, Francisco Dantas Cavalcante, João Mendes Monteiro, Antonio Correia de Araújo Furtado e Francisco da Silva Bastos. (Wanderley, 1966; 108).
Um fato curioso é que Carlota Joaquina tornou-se inimiga acérrima do Brasil, que teve a desdita de hospedá-la de 24 de janeiro de 1808 a 26 de abril de 1821, data em que a corte voltava às terras lusas, onde a princesa, ao chegar beijou, ajoelhada, o chão da “saudosa pátria”, que abandonara, com o infeliz esposo – o comedor de frangos - na célebre “noite da covardia” (27 de novembro de 1807), sob os apupos da multidão contra a pusilanimidade de um governo fujão. 
Além disso, a depravada mãe de D. Pedro I, ao saltar, bateu dos sapatos os últimos resíduos de areia da terra do Brasil, para não manchar o solo Portugal. 
Fonte: Dos Janduís ao Sesquicentenário - Ivan Pinheiro.

AÇÃO PARLAMENTAR:

Nesta terça-feira, 03, o deputado estadual George Soares (PR) esteve no comando geral da Polícia Militar no RN, em Natal, onde conversou com o Comandante Coronel Dancleyton Leite a respeito dos altos índices de criminalidade na região do Vale do Açu.

O deputado George cobrou mais segurança e ações efetivas que venham coibir as práticas criminosas que acontecem na região. "Pedimos mais viaturas para as cidades de Assu, São Rafael e Ipanguaçu, as duas últimas, inclusive, estão sem carros de polícia. Cobramos mais contingente efetivo e sugerimos a realização de operações policiais com barreiras para fazer uma varredura em Assu e região”.

O Coronel Dancleyton informou que receberá novas viaturas em breve e deverá encaminha-las para as cidades que necessitam. O Comandante ainda falou sobre o aumento das operações policiais em todo o Estado e disse que o Vale do Açu também receberá essas ações para conter a criminalidade e o tráfico de drogas.
Assessoria de Imprensa do Deputado Estadual George Soares

terça-feira, 3 de maio de 2016

EDUCAÇÃO:


Dentro da proposta de inovar e implementar uma proposta pedagógica de incentivo à pesquisa a Escola Estadual Juscelino Kubitschek realizou na noite desta segunda feira, dia 02 de maio a aula inaugural do Projeto Clube de Ciências.

O projeto se insere na perspectiva do PROEMI – Programa de Ensino Médio Inovador e se pauta pela inserção dos estudantes em uma perspectiva de investigação científica.

Coordenado pela professor Udisoneide Castro a aula inaugural contou com um momento de abertura realizado pela coordenadora pedagógica da escola, professora Cássia Melo que enalteceu a realização do projeto e discorreu sobre a importância da iniciativa para a melhoria da qualidade de ensino praticada naquele unidade educacional.

Na sequência, a professora Udisoneide Castro fez uma breve fala destacando a importância do fazer científico no ensino médio e conclamou a que toda a escola estivesse envolvida como forma de possibilitar que a construção de conhecimentos vá além das aulas teóricas praticadas no espaço da sala de aula.

O professor Mestre Francisco Costa, coordenador da Feira de Ciências no âmbito da 11ª Diretoria Regional de Educação e Cultura – DIREC fez uma palestra abordando o tema A Iniciação Científica no Ensino Médio.

O expositor abriu sua fala destacando a importância que a EEJK teve na sua formação acadêmica e teceu agradecimentos aos professores da unidade. Em seguida traçou um percurso histórico da ciência enquanto meio de descobrir e transformar realidades sociais.

O palestrante enalteceu o trabalho de investigação científica na escola que a cada ano consegue colocar seus projetos em diversas feiras de ciências não apenas em nível regional em nível nacional e até internacional.

Para concluir sua fala, o coordenador da Feira de Ciências da 11ª DIREC conclamou a que todos os estudantes da escola sejam protagonistas de suas próprias histórias através da investigação científica.

Para finalizar a aula inaugural, os estudantes Paulo Figueiredo e Igor fizeram um relato de experiências acumuladas durante as suas participações nas diversas feiras de ciências que já tiveram a oportunidade de participar.

O Clube de Ciências da Escola Estadual Juscelino Kubitschek funcionará todas as segundas feiras , no turno vespertino e tem por propósito o estímulo ao fazer científico de todos aqueles que se voltem à iniciação científica como meio de construção de conhecimentos.
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Francisco José Costa dos Santos

POESIA ASSUENSE:

 
Atravessar o mata-burro
Enchia minha imaginação
De fantasia
A aventura de ir até o rio
Começava ali no mata-burro
Depois passar pelo córrego
Sem água e pisar em seixos.
Dalí até a barreira do rio
Era só prazer...
Brincadeiras, histórias de terror
Correrias e adivinhações.
O carnaubal e os pássaros
Acompanhavam nossos passos.
O sol queimando era o convite
Para pular na água no meu rio.
Depois da segunda curva 

Avistávamos a areia branca.
Correr na fina areia
Era um prazer a mais...

A água do rio
A mesma água
Do mesmo meu rio
Espera por mim
No mesmo lugar
Me convidando
Para brincar nas suas areias
Onde um dia eu brinquei
E me banhei
De sonhos e esperanças
Que trago e tenho
Guardados em mim.
Não chore, meu rio
Vou atravessar o velho mata-burro
E enxugar teu pranto
Com a areia do teu leito
E depois de banhar meu corpo
Estarei pronto
Pode me levar contigo
Para o fundo do mar.
 

Autor:
J. A. Simonetti
Foto Ilustrativa colhida no www.camaracampanha.mg.gov.br

PESAR:


Por intermédio de sua assessoria, o deputado estadual George Soares (PR) expressou suas condolências pelo falecimento, neste dia, da assuense Maria da Conceição Bispo. 
A manifestação de luto do parlamentar tem o seguinte texto:

Nesta segunda-feira (02), perdemos uma querida amiga e conterrânea, Maria da Conceição Bispo, professora que tinha 61 anos de idade e ensinava há 37 anos na rede municipal de ensino, em Assu.
Ceicão, como era mais conhecida, fazia parte da Família Senado e deixa dois filhos. 

O deputado estadual George Soares (PR) emitiu nota de pesar. "Fiquei muito triste com essa notícia. Que Deus a tenha e que Deus conforte sua família. Apresentaremos uma moção de pesar na Assembleia Legislativa do RN”.