terça-feira, 3 de maio de 2016

POESIA ASSUENSE:

 
Atravessar o mata-burro
Enchia minha imaginação
De fantasia
A aventura de ir até o rio
Começava ali no mata-burro
Depois passar pelo córrego
Sem água e pisar em seixos.
Dalí até a barreira do rio
Era só prazer...
Brincadeiras, histórias de terror
Correrias e adivinhações.
O carnaubal e os pássaros
Acompanhavam nossos passos.
O sol queimando era o convite
Para pular na água no meu rio.
Depois da segunda curva 

Avistávamos a areia branca.
Correr na fina areia
Era um prazer a mais...

A água do rio
A mesma água
Do mesmo meu rio
Espera por mim
No mesmo lugar
Me convidando
Para brincar nas suas areias
Onde um dia eu brinquei
E me banhei
De sonhos e esperanças
Que trago e tenho
Guardados em mim.
Não chore, meu rio
Vou atravessar o velho mata-burro
E enxugar teu pranto
Com a areia do teu leito
E depois de banhar meu corpo
Estarei pronto
Pode me levar contigo
Para o fundo do mar.
 

Autor:
J. A. Simonetti
Foto Ilustrativa colhida no www.camaracampanha.mg.gov.br

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