sábado, 10 de janeiro de 2015

ARTIGO:

VALE DO AÇU: 
UMA REGIÃO ESTRATÉGICA PARA A ECONOMIA POTIGUAR1
Joacir Rufino de Aquino & Raimundo Inácio da Silva Filho
(Economistas e professores da UERN)
O novo governador do Rio Grande do Norte (RN), Robinson Faria (PSD), assumiu seu posto com muitos obstáculos pela frente. Praticamente tudo no RN é prioridade: saúde, educação, segurança, entre outras demandas da vida social. No entanto, é na área econômica que se encontram os maiores desafios. O nosso estado vem enfrentando dificuldades em vários segmentos produtivos e é preciso gerar empregos, ampliar as exportações e melhorar a arrecadação de impostos visando garantir o funcionamento adequado da máquina pública. Nessa perspectiva, cada uma das 19 microrregiões que formam o espaço estadual tem um papel particular a desempenhar, mas, entre elas, sem dúvida, é a microrregião do Vale do Açu àquela que pode contribuir mais rapidamente para o crescimento da economia potiguar.

A microrregião do Vale do Açu ocupa uma área de 4.756,1 km2, o que corresponde a 9,06% do espaço geográfico norte-rio-grandense. Em termos políticos-administrativos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ela se divide entre nove municípios: Alto do Rodrigues, Assú, Carnaubais, Ipanguaçu, Itajá, Jucurutu, Pendências, Porto do Mangue e São Rafael. Neles, segundo o último Censo Demográfico, realizado em 2010, residiam 140.534 pessoas (4,4% da população estadual).

É consenso no meio acadêmico e governamental que o Vale do Açu se apresenta como uma das localidades do RN com maior potencial para atividades produtivas ligadas ao agronegócio, tanto patronal, quanto familiar. Detentora da maior oferta de recursos hídricos do estado, com especial destaque para a Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, e de solos de alta fertilidade, a região agrega todas as condições naturais necessárias à realização de projetos na área da fruticultura irrigada e demais setores da indústria extrativa e de transformação.

Grosso modo, do ponto de vista geoeconômico, o território açuense se destaca por ser uma das áreas do semiárido nordestino mais bem provida de recursos naturais. É rico em água doce, solos de ótima qualidade, petróleo, gás natural, minerais, ventos (recentemente explorados pela indústria energética) e outros elementos da biodiversidade. Ademais, situa-se próximo dos principais centros consumidores do RN e dos estados vizinhos, o que lhe garante vantagens competitivas capazes de atrair investidores e pessoas de várias partes do Brasil e do mundo.

Apesar do seu grande potencial e do sucesso isolado de alguns empreendimentos, a participação dos municípios do vale açuense na economia potiguar ainda é relativamente baixa. De acordo com o levantamento recente do IBGE, entre 2002 e 2012, a riqueza produzida na região tem oscilado em torno de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual. E o que é mais preocupante: a sua participação neste indicador macroeconômico vem declinando ao longo do tempo em relação às demais microrregiões potiguares. Enquanto em 2002 os nove municípios do Vale ocupavam conjuntamente o 4º lugar no PIB norte-riograndense, em 2012, eles caíram para a 5ª posição, sendo superados pelas microrregiões de Natal, Mossoró, Macaíba e Macau.

Mas por que uma unidade geográfica que concentra tantas vantagens naturais e locacionais apresenta um desempenho econômico tão modesto e tem perdido importância relativa no PIB potiguar? Uma parte da explicação para essa pergunta está associada à desestruturação das atividades produtivas locais causada pelas enchentes de 2008/2009 e pela grande seca que atingiu todo o semiárido nos últimos três anos. Todavia, há muitas evidências de que o desempenho econômico açuense tem sido emperrado principalmente pela carência de investimentos públicos e privados capazes de potencializar suas energias produtivas em escala ampliada.

De fato, basta dizer que parcela significativa do peixe consumido diariamente por nossa população é proveniente do estado do Ceará porque até agora não foram instalados nenhum dos 10.000 tanques-rede possíveis de serem implantados na barragem Armando Ribeiro. Na área de fruticultura, o Distrito Irrigado Baixo Açu enfrenta dificuldades estruturais e metade da sua área de 6.000 hectares ainda não foi ocupada desde a criação do projeto no início da década de 1990. Ademais, as frutas da região continuam sendo vendidas a atravessadores sem qualquer beneficiamento, pois faltam, por exemplo, fábricas de doce e suco para agregar valor à produção. A maioria dos agricultores familiares da região também não conta com assistência técnica regular ou sistemas de irrigação e os produtores de manga apresentam dificuldade em exportar a produção e gerar divisas para o erário público por falta de um Packing House (galpão padronizado de processamento e embalamento pós-colheita) para adequar as frutas às exigências do mercado internacional.

Na esfera industrial, a história se repete. Faz tempo que os ceramistas locais tentam viabilizar a instalação do gás natural para melhorar a competividade de suas fábricas e não conseguem obter êxito em seu pleito. A mineração em Jucurutu e em outras áreas, foi inviabilizada por problemas de logística e o projeto do terminal graneleiro em Porto do Mangue caminha a passos lentos sem previsão de implantação. Já a Zona de Processamento de Exportação (ZPE do Sertão), projeto promissor que representaria um grande impulso para agregar valor aos produtos exportados pela economia do RN, praticamente não saiu do papel e corre o sério risco de ser completamente extinta por falta de apoio governamental.

Em relação ao setor de comércio e serviços, por sua vez, o Vale do Açu padece com um limitado padrão educacional e com a falta de qualificação técnica. Os índices de desempenho dos estudantes nos exames nacionais de avaliação ainda estão bem abaixo do recomendado. No Ensino Superior, instituições públicas importantes como a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) apresentam problemas de infraestrutura e faz tempo que não consegue ampliar a oferta de novos cursos para ajudar na melhoria do capital humano e na oferta de serviços de qualidade para a população em geral. O rico patrimônio históricocultural e ambiental da localidade, que poderia ser explorado para impulsionar as atividades ligadas ao turismo, tem sido dilapidado ano a ano, por falta de regulação, proteção e investimentos.

Esses e outros problemas atuam, assim, como fatores bloqueadores das potencialidades da microrregião em tela. Registre-se que a maioria dos gargalos mencionados já foi identificada em debates calorosos em diferentes fóruns e comissões nos últimos 15 anos. O que falta é, então, vontade política e investimentos público/privados capazes de remover os fatores que entravam o avanço regional. Isso porque o Vale do Açu é uma região estratégica para o futuro da economia do RN no curto, médio e longo prazo. A questão é
apenas criar os incentivos necessários para recolocar a locomotiva nos trilhos. Para tanto, será preciso planejamento estratégico, eficiência na aplicação dos recursos escassos e o estabelecimento de um pacto entre o governo estadual, os prefeitos e os empreendedores privados. É desse pacto pelo desenvolvimento que depende a expansão da economia açuense, e, por tabela, da combalida economia norte-rio-grandense.
1 Artigo publicado no jornal O Mossoroense, Mossoró/RN, 10 de janeiro de 2015. p. 5.
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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

LITERATURA:

ASSUENSE LANÇA LIVRO

O jovem assuense Tallison Ferreira da Silva, autor do livro "Padre Francisco Canindé dos Santos: Pastor Incansável do Vale do Assu" - lançado em 2014, estará realizando mais uma noite de autógrafos, dessa feita, homenageando o Padre José Freitas Campos. O evento acontecerá no dia 02 de fevereiro do corrente ano, as 19 horas, nas dependências da Igreja Matriz de São Sebastião, bairro do Alecrim - Natal/RN.

Todos estão convidados. Deste espaço envio um forte abrASSU e desejo muito sucesso.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

CONTO:

A CADEIRA DE BALANÇO
Ela nunca tinha descanso naquela casa cheia de crianças e adultos. Todos eles se sentavam em seu colo e abusavam de sua paciência e bondade.
Os meninos adoravam dar galeios como se ela fosse uma gangorra. Ao som de risadas, quase viravam "bunda canastra". A vovó punha os netinhos no colo e desfolhava as "berceuses" dos seus tempos antigos. Os jovens esgoelavam as últimas canções, rocks e lambadas, aos seus cadentes balanços. A velha cadeira, ao ouvir tanto barulho, estava às portas de um "stress". Falou consigo mesma: "Vou reagir" 
Certa noite, quando todos estavam dormindo, ela deu um grande talho na palhinha. Quando Maria Rita, a dona da casa se levantou, de óculos e jornal nas mãos, foi dar o seu costumeiro balanço matinal. Foi tão rápido o tombo, que deu um grito, acordando, assustados, o marido, filhos e netos. Quase não podia se levantar com a bunda no chão. As crianças riam, o marido zangado perguntou:
- Quem foi esse engraçadinho que deu esse enorme corte na cadeira?
Ninguém respondeu. Ninguém sabia de nada. Só a cadeira de balanço, dando uma gargalhada que só ela mesmo podia ouvir, disse:
- Agora, meus queridos, estou vingada, posso, enfim, descansar. 
E começou a se balançar sozinha, tão velozmente, que as pessoas assustadas, se afastaram dizendo:
- Olhem, minha gente! a cadeira de balanço enlouqueceu.

Autora: Maria Eugênia Maceira Montenegro 
(*07/12/1915 - +29/04/2006 - aos 90 anos de idade). Natural de Lavras/MG. 
Cidadã assuense e Ipanguaçuense. Imortal da Academia Norte-rio-grandense de Letras. 

FIQUE POR DENTRO:

ESCAMBO? QUE HISTÓRIA É ESSA?
"ESCAMBO" significa troca. Foi isso que índios e portugueses fizeram nos 30 anos que se seguiram ao descobrimento. O pau-brasil era o objeto de desejo, pois dessa árvore se extraia um pigmento de cor vermelha usada para tingir tecidos finos na Europa. 
Os nativos procuravam as árvores, cortavam, tiravam os galhos preparavam a madeira e carregavam as toras por cerca de 20 quilômetros até as feitorias. Em troca, recebiam roupas, louças, facas, machados, foices, tesouras, fitas, espelhos e alfinetes. 
Fonte: História do Brasil - Do Descobrimento à abertura democrática.

PERSONALIDADE ASSUENSE:


*25/04/1921 - Assu  +05/10/2008 - Rio de Janeiro

João Moacyr de Medeiros era agente de publicidade no Rio de Janeiro, para onde regressou no início da década de quarenta. Foi o realizador da primeira campanha eleitoral marketizada no Brasil.

João Moacyr de Medeiros ou doutor Medeiros como era mais conhecido nos meios empresariais do sul, centro-oeste e sudeste do Brasil, principalmente no Rio de Janeiro para onde regressou no início da década de cinquenta, "tem trajetória marcante na propaganda brasileira". Fundou no ano de 1950, a JMM Publicidade (sigla do seu nome) que veio a ser uma das maiores empresas de publicidade do país, nos anos setenta e oitenta, com escritório na Rua Rua Almirante Barroso, centro do Rio, nas proximidades do Largo da Carioca. Cid Pacheco, cuja figura eu tive o prazer de conhecer no escritório da JMM, outro gigante da propaganda moderna, do marketing político eleitoral, era seu parceiro. Pacheco depõe que Medeiros realizou "a primeira eleição marketing-orientada. Foi a eleição de Celso Azevedo para a prefeitura de Belo Horizonte,executada pelo publicitário João Moacir Medeiros, da JMM. Celso Azevedo era um estreante sem respaldo político. Foi orientado por uma agência de propaganda, sob ótica mercadológica, e só por isso venceu Amintas de Barros, um político profissional e de tradição, com uma sólida biografia. O nosso Marketing tem crescido muito desde então, e já começa inclusive a ser exportado. A pesquisa brasileira também já atingiu um nível alto."

Já o próprio Medeiros numa conferência quando da realização do Seminário "Voto é Marketing", realizado pela UFRJ, em 1992, depões: "Em 1954, dois candidatos polarizavam a disputa pela prefeitura de Belo Horizonte: Amintas de Barros, pelo PSD e Celso Azevedo, pela UDN. Foi o ano do suicídio de Getúlio Vargas, que estava em plena glória, mas também em pleno combate, um ano marcado por grande comoção política.

Juscelino Kubitschek, na época governador de Minas, também estava em plena glória. Amintas de Barros era tido como imbatível por ser o candidato de Juscelino e de Getúlio. A UDN resolveu lançar outro candidato. Então, fui chamado pelo Magalhães Pinto, que me fez um pedido com ceticismo: "Veja que propaganda você pode fazer para o Celso não perder muito feio... "Celso Azevedo tinha também o apoio de um pequeno partido, o PDC, Partido Democrático Cristão. A eleição ia acontecer em um prazo de cinco semanas.

Restou-me a improvisação. Eu nunca dispensei a pesquisa porque sempre fui um repórter. Procurei alinhar as informações a respeito do Celso Azevedo. Ele era um jovem engenheiro de 40 anos , nunca havia ocupado cargos públicos e era muito tímido. Sabia fazer as coisas, mas não sabia falar em público. Era um homem de bem, o currículo podia ser resumido nisto. Amintas de Barros era um político populista do velho estilo, gostava de tomar uma "cachacinha" como o povo; uma pinga mineira; orador inflamado; brilhante criminalista e uma figura muito conhecida em Belo Horizonte, principalmente por suas participações nos júris populares. Dizia-se então que Amintas não podia perder. Tinha o apoio de JK e de Getúlio, e tinha também o apoio do PSD mineiro. Talvez um dos partidos mais fortes da história brasileira e do PTB de Vargas. O que podia fazer por Celso Azevedo? Eu perguntava às pessoas um pouco "mineiramente": "Escuta aqui, eu sou de fora, estou de passagem, sou um caixeiro viajante. Estou ouvindo falar da eleição, da campanha... Me fala aí, quem você acha que vai ganhar?" Diziam: "Tem o Amintas Barros, esse é o certo. Tem também um outro para fazer páreo." Depois apareceu um outro candidato, mas não teve importância.

Conseguimos polarizar a eleição entre Amintas de Barros e Celso Azevedo. Descobrimos numa pesquisa, que Belo Horizonte nunca havia tido um prefeito natural da cidade.

Portanto, seria o primeiro filho de Belo Horizonte a governar sua cidade natal. Era o lado que poderia ser explorado do ponto de vista emocional. Nós procuramos tirar partido daí.

Uma pesquisa entre o povo e com os motoristas de táxi e os barbeiros, que eram fontes de informação me levou a seguinte conclusão: a única qualidade do Celso Azevedo que podia ser explorado, era o fato de ele ser um engenheiro. Eu perguntava às pessoas: "Esquecendo o nome, esquecendo o candidato, você escolheria entre um político, que é um advogado brilhante, ou um engenheiro? Quem você acha que pode resolver os problemas da sua rua, do seu bairro, da sua cidade?" A maioria das pessoas respondia que preferia o engenheiro.

Nós chegamos a conclusão que, numa eleição, as pessoas estão interessadas sobretudo na sua rua, no seu bairro, na sua cidade. O aspecto partidário, as ligações ideológicas, nada disso tem importância. Então eu imaginei que as pessoas tinham que decidir entre um engenheiro, que podia resolver os problemas da cidade, os problemas do bairro, e um político. Posso dizer que foi a primeira campanha de posicionamento: o engenheiro de um lado, o político do outro.

A campanha ocorreu em três semanas. Fizemos uma série de anúncios. O primeiro deles dizia: "Os problemas de Belo Horizonte são problemas seus, mas são problemas técnicos.

Confie sua solução a um técnico, a um engenheiro, a um homem capas: Celso Azevedo". Esse era o tema fundamental da campanha. Descobriu-se também que o povo tinha aspirações muito concretas. Então, a nossa proposta ao Celso foi que ele não fizesse promessas muito grandes, que a campanha girasse em torno de algumas propostas, porque elas perdem credibilidade. Ele concentrou sua plataforma em torno de dois itens: o problema de transporte coletivo para os bairros mais distantes e o problema de calçamento de algumas ruas. Com calçamento, o transporte poderia chegar mais longe, mas não era o calçamento de asfalto! Ele ia para os bairros, fazia pequenas reuniões e explicava como calçar aquela rua com pé-de-moleque - um sistema anterior ao paralelepípedo, que os escravos mineiros adotavam no calçamento das velhas cidades. Se o transporte não chegava porque não havia uma ponte, ele fazia uma exposição simples de quantos sacos de cimento, quilos de ferro, vergalhões, e de quanto tempo de trabalho seriam necessários para construir aquela ponte. Ele ganhava credibilidade do eleitor mostrando que sabia fazer as coisas, que sabia resolver os problemas.

O resultado dessa campanha foi realmente inesperado. Ela teve o apoio do rádio com um jingle que se tornou extremamente popular. Ele tinha uma letra criada por mim e musicada pelo Sinval Neto. Dizia assim: "O povo reclama com razão / Minha casa falta água / Minha rua não tem pavimentação / Mas não basta reclamar, meu senhor / É preciso votar no prefeito de valor. Era uma letra simples, mas abordava exatamente uma coisa: que não bastava reclamar, era preciso votar, era preciso fazer uma escolha. Foi feito um programa de informação de rádio, convidamos o povo, não para os grandes comícios, mas para reuniões em que Celso mostrava como resolver os problemas sem discursos. Sem grandes discursos e sem promessas; só aquelas em que o povo pudesse acreditar.

De propósito, nós esquecemos o outro candidato. Achamos que devíamos fazer campanha a favor do Celso Azevedo e não contra o Amintas de Barros. Eu nunca ocupei o nosso tempo e atenção do nosso ouvinte, do nosso eleitor, com histórias sobre o adversário. As histórias sobre o adversário sempre colaboram contra nós. Foi o esquema que deu certo.

Diziam que o Amintas não podia perder porque tinha o apoio de Getúlio Vargas no ano do seu suicídio. A eleição foi em outubro. Em julho, três mesa antes da eleição, Vargas foi a Belo Horizonte e foi fotografado abraçado com o Amintas de Barros. Em agosto, o residente se suicidaria. O PSD mineiro e o PTB exploraram esse fato, lançando um folheto que mostrava a foto com a seguinte legenda: "Um voto no Amintas é uma pétala de rosa no túmulo de Getúlio". Isso era uma exploração sentimental enorme. E nós não podíamos combater Getúlio; ele estava morto!

Para concluir, em três semanas de campanha, Celso Azevedo foi eleito por maioria absoluta. Quando Amintas se deu conta e quis reagir, já era tarde. Esta, em resumo, é a primeira de uma campanha de Marketing eleitoral.

Na minha opinião, o voto é Marketing na medida em que você leva a mensagem do candidato ao conhecimento de muitos. Muitas vezes o candidato é desconhecido de muitos; outras, uma de suas faces ou ideias é desconhecida. Então, é preciso projetar o candidato e tentar fazer com que suas ideias sejam focalizadas. O Marketing tem esse valor."

Eis, portanto, um pouco da trajetória de João Moacyr de Medeiros que engrandece o Rio Grande do Norte, especialmente o Assu, sua terra natal. Afinal de contas, não é a toa que o Assu, através dos seus filhos ilustres tem tradição de pioneirismo.
Em tempo: Eis um importante depoimento publicado em o Jornal do Brasil, edição de 19 de junho de 2016 da conceituada jornalista e colunista daquele importante jornal chamada Anna Ramalho, que diz assim: "Medeiros foi um gênio da propaganda. O Jornal Nacional foi assim batizado por sua sugestão: na época do seu lançamento, era patrocinado pelo Banco Nacional, da família Magalhães Pinto, principal cliente da agência." Escreve mais ainda aquela jornalista dizendo que Moacyr teve outras invenções como "o tema ponte aérea, criado para a Real Aerovias, ainda na década de sessenta". E aquela ex-funcionária da JMM não dispensa elogios a pessoa do seu ex-patrão afirmando que Medeiros "é um exemplo de pessoa decente, do brasileiro que soube ganhar muito com o seu trabalho, mas sempre de forma digna, sem cambalachos e maracutaias."

E quem não se lembra da propaganda do guarda chuva do Banco Nacional de Minas Gerais já referenciado acima, que abria durante os anos sessenta e setenta, o Jornal Nacional, da TV Globo? Era, portanto, de criatividade, criação da empresa de publicidade daquele ilustre assuense, mistura de potiguar com carioca chamado João Moacyr de Medeiros, cuja figura eu tinha laços de amizade e parentesco próximo pelo lado da família Lins Caldas, de Sacramento/Ipanguaçu e Assu-RN.
Postado por Fernando Caldas

PARA OS CURIOSOS:

ASSU DOS ANOS 50

Em suas publicações o jornal ATUALIDADE, no ano de 1950, trouxe uma série de fotografias de prédios do Assu que orgulhavam a cidade, à época. Destes quatro imóveis conseguimos identificar apenas três deles: O grupo Escolar Tenente Coronel José Correia (recém construído), a agência dos Correios e Telégrafos (com mureta frontal) e a Praça Getúlio Vargas. Alguém poderia identificar essa casa do canto direito?

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

FESTA RELIGIOSA:

Beata Lindalva: Primeira missa da festa ocorreu às 6h desta quarta-feira

Nesta quarta-feira (07) abriu-se o programa oficial da festa da Beata Irmã Lindalva, co-padroeira da paróquia da Bem Aventurada Irmã Lindalva & São Cristóvão, no bairro Janduís, em Assú.
Sob o tema A missão da família cristã no mundo de hoje, a programação festiva sequenciará até o dia 17 de janeiro em curso.
A primeira manifestação festiva ocorrereu às 6h, com a celebração eucarística dirigida pelo padre Francisco Belarmino Gomes na residência de Dona Maria Lúcia, mãe da Beata Lindalva.
À tarde, por volta de 18h15, acontecerá a procissão motorizada saindo do local da primeira missa matutina com destino à igreja matriz da paróquia.
Às 19h30 acontecerá a solene instalação da festa com a homilia dirigida pelo bispo diocesano, dom Mariano Manzana.
Concluída a agenda religiosa, acontecerá a movimentação sociocultural, no pátio externo da igreja matriz.
Fonte: Pauta Aberta.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

HISTÓRIA:

CASA DA CARIDADE
No prédio onde atualmente está edificada a unidade educacional Complexo Instituto Padre Ibiapina, no ano de 1864, foi fundada a “Casa da Caridade” (prédio no fundo do canto esquerdo) pelo Padre José Antonio de Maria Ibiapina, cearense de Sobral, onde nasceu em 05 de agosto de 1806, na fazenda Morro do Jaibara. Ordenou-se em 1853 e faleceu em 19.02.1883. 

No Assu, na intenção de amparar crianças órfãs, ele fundou o “Colégio das Irmãs de Caridade”, com 30 recolhidas e irmãs religiosas, mantidas pela confraria do glorioso São João Batista, à custa do seu patrimônio.

Em 1862 Ibiapina esteve pela primeira vez em Assu, em companhia do “irmão” Inácio. Em fevereiro de 1865 voltou e visitou a Casa da Caridade, quando revelou: “tenho simpatia pelas ruínas”. (Silveira, 1995; 111).

Essa Casa funcionou (mesmo que precariamente) até o ano de 1948, quando a Paróquia de São João, numa parceria com a Congregação das Filhas do Amor Divino, transformou-a em educandário com a denominação de Instituto Padre Ibiapina, numa alusão ao idealizador daquele empreendimento educacional e de proteção às crianças desamparadas.
Fonte: Assu dos Janduís ao sesquicentenário - Ivan Pinheiro.

REPERCUSSÃO:


O exemplar deste domingo (04) do jornal O Mossoroense deu repercussão à decisão do deputado estadual reeleito George Soares (PR) de, a partir da próxima legislatura, empenhar-se a fim de conseguir, no plenário da Assembleia Legislativa do RN, derrubar o veto da então governadora Rosalba Ciarlini (DEM) a um Projeto de Lei de sua autoria.
Trata-se da proposta que sugere a isenção integral do pagamento do Imposto Sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Qualquer Bem ou Direito sobre os imóveis de São Rafael.
Aprovado de maneira unânime tanto na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) quanto no plenário da ALRN, o Projeto de Lei recebeu veto da governadora sob a alegação de inconstitucionalidade.
Veja a reportagem sobre o assunto n’O Mossoroense deste domingo clicando AQUI.

domingo, 4 de janeiro de 2015

LUTO:

Manoel do Coco - Foto: Canindé Soares/G1

O governador Robinson Faria (PSD) e o presidente da Fundação José Augusto, Rodrigo Bico, assinam Nota de Pesar distribuída pela assessoria de comunicação social do Governo do RN, acerca do falecimento, neste sábado (03), na capital do estado, do repentista e embolador Manoel Francisco Basílio, “Manoel do Coco”.
Leia abaixo.
O Governo do Estado do Rio Grande do Norte e a Fundação José Augusto lamentam a morte do repentista e embolador Manoel Francisco Basílio, mais conhecido como Manoel do Coco, na madrugada deste sábado (03). A batida do pandeiro e a voz inconfundível desse artista, que tão bem retratou a história e a cultura do povo potiguar através do coco de embolada, ficarão para sempre em nossas lembranças e em suas composições. Manoel do Coco era natural de Barcelona (RN), tinha 67 anos, e era reconhecido nacionalmente pelo trabalho como compositor, repentista e embolador com diversos CDs gravados. Atualmente ocupava cargo público na Prefeitura de São Gonçalo do Amarante, lotado na Fundação Cultural Dona Militana. O velório aconteceu no Centro de Velório Sempre, Zona Norte de Natal, e o sepultamento foi às 16h30min. no Cemitério de Nova Descoberta.
Postado por Pauta Aberta

ORGULHO POTIGUAR:

ACARIENSES MOSTRAM ORGULHO PELA CIDADE QUE TEVE ZERO HOMICÍDIO EM 2014

acari

Enquanto cidades seridoenses como Caicó, Currais Novos, Parelhas, Jucurutu, Ouro Branco, Jardim de Piranhas e Lagoa Nova sofreram em 2014 com a escalada da violência, notadamente no crescimento dos homicídios, outros municípios da região celebram um clima de paz com nenhum assassinato registrado no ano que passou.
É o caso de Acari, cidade do Seridó com população estimada em 2014 em 11.349 habitantes. De tradição pacata, nenhum homicídio foi registrado no ano passado. Tal feito tem sido comemorado pela população nas redes sociais, como pode ser visto num banner criado por uma página de uma comunidade do Facebook, mostrando duas pombas da paz planando em frente à Matriz de Nossa Senhora da Guia, padroeira local. Orgulhosos, os acarienses estão compartilhando fortemente a imagem.
Postado por Marcos Dantas