segunda-feira, 18 de maio de 2015

DOIS DEDOS DE PROSA:

ALMOÇO DEMORADO

O vereador Adelson Martins de São Gonçalo do Amarante foi convidado para um almoço cerimonioso, muito chique. Passando por uma mesa espetou com um palito a manteiga do convert. Com as palavras escorregando na boca apontou para o prato chamando a atenção dos colegas:
- Cuidado com esse troço, é manteiga. 
A surpresa maior estava por vir. Quando pediram camarão à havaiana. O prato foi servido, como manda a praxe, dentro de um abacaxi.
- Qués abacaxi Adelson? – Perguntaram.
- Não vou esperar o camarão.
Conversa prá lá, conversa prá cá e lá pras tantas chamaram o garçom.
- Amigo, esse almoço é de rosca?
O garçon com elegância respondeu:
- A comida está servida. Faz muito tempo... Seus camarões estão dentro dos abacaxis.

POISDIGA!
*_*
ESCONDERIJO

Conta Valério Mesquita em seu livro Poucas e Boas que numa sessão da Assembléia Legislativa a discussão da prorrogação da CPI da CAERN ocupava todo o tempo. Com a palavra o então deputado Leonardo Arruda, que estranhava o desaparecimento do presidente da comissão de licitação da CAERN que, convidado a depor, apresentou justificativas e tinha ido se refugiar numa casa de praia de Tamandaré, Pernambuco. Nesse instante, o deputado assuense Arnóbio Abreu, de saudosa memória, pediu a palavra para corrigir Leonardo: 
- Vossa Excelência esta distorcendo os fatos. Na reunião da CPI desta manhã, Vossa Excelência foi informado que ele se encontrava na casa de sua mãe.
O deputado Leonardo Arruda atônito, entre as risadas de todo o plenário perguntou: 
- Da minha mãe?

POISDIGA!

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