quarta-feira, 12 de julho de 2017

POETA DE OUTRORA:

TERRA NATAL

Salve, terra natal! Assu, berço de heróis!
Princesa do sertão, terra da liberdade,
Solo fecundo e bom, pátria de tantos sóis,
Sempre farta de luz, cheia de amenidade.

Teus verdes carnaubais trescalam suavidade
A doce orquestração dos ledos rouxinóis,
Sinto o olor da tristeza e amargo da saudade,
Assim longe de ti, gleba dos meus avós.

Tem glórias no passado e luzes no presente
Nas páginas da história, esplendorosamente
Teu nome já fulgura em letra multicor,

Salve glorioso Assu! Majestoso luzeiro
Berço róseo e gentil do meu sonho primeiro,
Terra que viu nascer o meu primeiro amor.

TRAÇOS BIOGRÁFICOS

Nasceu, a 22 de setembro de 1895, na cidade do Assu, OLEGÁRIO DE OLIVEIRA JÚNIOR.

Filho de Olegário Olindo de Oliveira e sua mulher dona Maria Cândida de Oliveira. Foi auxiliar de comércio e do magistério público, colaborando na imprensa, em sua terra, para o infantil (1911).

Em 1955, publicou o livro “Frutos do Meu Pomar”. Foi dos quadros da Academia Potiguar de Letras e da Academia Norte-rio-grandense de Trovas. 

Fez parte do livro ‘Poetas do Rio Grande do Norte’ – de Ezequiel Wanderley – 1ª Edição – 1922. Reeditado em Fac-Similar com atualização e notas de Anchieta Fernandes – Coedição de 1993 pela Sebo Vermelho – Clima e Sebo Cata Livros.

Não conseguimos localizar a data do seu falecimento. 

SANGUE

Sangue! Vitalidade, extraordinária essência,
Que fortalece e anima a flor da juventude...
Fonte de inspiração, suporte da existência,
Excelso precursor do gozo e da saúde...

Seiva de onde promana a suprema virtude de fazer
De fazer progredir a humana descendência...
Sangue! Musicação de violas e alaúde,
Nos contornos de corpo, ao rir adolescência.

Dos assomos da carne o gérmen soberano,
Morno, rubro, caudal, palpitando na artéria...
Sangue! Força vital do sentimento humano.

De capilares mil embrenha-se nas teias
Protoplasma da vida, a vida da matéria,
Cantando, triunfante, em giro, pelas veias!

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