quinta-feira, 14 de setembro de 2017

REMINISCÊNCIAS:

Fotografia do acervo de Carmem Délia de Sabóia Costa.
Castanha Chocha e Cachorrinha de Borracha (pseudônimos) eram dois débeis mentais que perambulavam juntos, pelas ruas da cidade de Assu de tantas figuras folclóricas, nos idos de sessenta. Castanha tinha uns 30 anos de idade e Cachorrinha era mais velha do que ele, Castanha, uns trinta e poucos anos. Pois bem, naquele tempo, se uniram em matrimônio, ato religioso realizado, salvo engano, por padre Militino na igreja matriz de São João Batista, lotada de curiosos como podemos conferir na fotografia, daquela terra assuense. O poeta Renato Caldas, um vigilante permanente que não perdia as oportunidades para versejar sobre o cotidiano da cidade, as acontecências do Assu, não deixou de registrar em versos, aquele engraçado acontecimento que movimentou, pelo fato inusitado, a cidade inteira escrevendo com irreverência e graça, aquele poeta do povo:

Quem procura sempre acha
É o ditado do povo
Arranjou marido novo
Cachorrinha de Borracha
Mas vai ser preciso graxa
Que a coisa não está tão frouxa
A fuzarca vai ser rouxa
Até o raiar do dia
Arranjou o que queria
Casou com Castanha Chocha.

Postado por Fernando Caldas

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