Dia
desses ia passando no pátio do DNOCS, ao lado da Escola JK, em Assu, quando avistei uns garotos empinando pipas. Aquela cena de certa forma me chamou a
atenção. Não foi a cena, propriamente dita, mas pelo fato deste costume já
não mais constar na relação das brincadeiras da criançada da era eletrônica.
Lendo o Jornal de Fato - parece que uma edição do ano passado, encontrei uma matéria que falava das brincadeiras de ruas de antigamente que estavam conquistando as crianças em Mossoró, como exemplo: empinar pipa, soltar pião, jogar bola de gude, pular corda, passar anel, entre outras.
Lendo o Jornal de Fato - parece que uma edição do ano passado, encontrei uma matéria que falava das brincadeiras de ruas de antigamente que estavam conquistando as crianças em Mossoró, como exemplo: empinar pipa, soltar pião, jogar bola de gude, pular corda, passar anel, entre outras.
Confesso
que não é tão somente saudosismo. Mas fiquei contente porque são brincadeiras do passado
que forçam a criatividade das crianças. Geralmente a criança produz seu
brinquedo ou desenvolve habilidades para a prática do divertimento. Soltar pião
pode ser visto como fácil, no entanto, necessita de destrezas para participar das
brincadeiras competitivas. Pular corda, jogar bolinha de gude ou castanhas é
preciso uma boa coordenação motora.
Brincar
é fundamental para o desenvolvimento e para a construção do mundo coletivo,
além de ser uma oportunidade de trabalhar a sociabilidade e a imaginação. Para
uma criança criativa, uma caixa de papelão, uma lata de leite em pó, uma caixa
de sabão em pó e uma garrafa plástica, por exemplo, podem se transformarem em
brinquedos belíssimos e a custo quase zero.
A
reportagem do Jornal de Fato entrevistou a psicóloga Marilu Martins e ela
afirmou que “talvez poucos pais saibam o
quanto é importante brincar para o desenvolvimento físico e psíquico do seu
filho”. Marilu Martins explica que as brincadeiras antigas, por exemplo, estão
ligadas a costumes populares e ainda promovem a socialização, ajudam a
desenvolver a coordenação motora, exploram o movimento, o equilíbrio, o
respeito às regras e o lado intelectual dos baixinhos.
Lembro
quando criança lá pela Rua do Córrego, diariamente as crianças se transformavam
em carpinteiros, lanterneiros, mecânico... Inventor. Na verdade cada um ou cada
uma inventava ou fabricava o seu brinquedo preferido. Quando pronto, às vezes
passava dias, era o momento de apresentar aos colegas e testar as habilidades.
Empinar arraia ou pipa, jogar pião, bola de gude, castanha... Cada uma tinha
seu período preferido. Hoje é impossível voltar àquelas brincadeiras na sua
plenitude, até porque o mundo e as pessoas se modernizaram. Mas vez por outra é
preciso voltar aos costumes do passado para valorizarmos o que temos no
presente.
Foto: Pedro Morgan
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