quarta-feira, 24 de julho de 2013

HISTÓRIA

BONDES NO BRASIL
Natal/RN
Foto do site Web: Natal - 400 Anos de História/jornal Diário de Natal
A foto mostra a chegada de um bonde ao monte Petrópolis, em Natal, capital do Rio Grande do Norte, seguindo a linha inaugurada em agosto de 1912. Abaixo, imagem do bonde elétrico trafegando pela cidade. O sistema de bondes da capital do Rio Grande do Norte foi extinto em maio de 1955.
Foto cedida pelo pesquisador norte-americano Allen Morrison, de New York/EUA

Relata o jornal Diário de Natal, na Internet:

Durante 50 anos, o principal transporte de Natal

Após os bondes puxados a burro que circularam em Natal a partir de 1908 no trecho que ia da rua dr. Barata até a Praça Padre João Maria, na Cidade Alta, o próximo transporte coletivo de Natal foi o bonde elétrico. Enquanto o bonde puxado a burro durou pouco mais de dois anos, o bonde elétrico circulo nas ruas de Natal, um total de 50 anos.
Em 1910 foram iniciados os estudos para instalação dos bondes elétricos. A empresa de melhoramentos de Natal, Vale Miranda&Domingos Barros contratou com a municipalidade o empreendimento, mediante empréstimo externo da França. Um ano depois, no dia 2 de outubro de 1911, são inaugurados com as mesmas solenidades, os serviços de bondes elétricos na cidade de Natal.
O progresso foi notável e as linhas começaram a se estender: em novembro de 1911, inaugura-se a linha para o Alecrim 1; em agosto de 1912 os bondes chegam a Petrópolis 2. Em agosto de 1913 inaugura-se nova linha que, partindo da avenida Rio Branco chegava ao Tirol onde está o Aero Clube e em 1º de fevereiro de 1915 à Praia de Areia Preta.
Decadência - Infelizmente, aí parou o progresso da Companhia com a desfeita da sociedade Vale Miranda & Barros. O serviço de viação urbana passou para a Empresa de Tração Força e Luz que, desinteressando-se pelo empreendimento, relegou o serviço de bondes a segundo plano, tornando-se deplorável.
Aos poucos, os bondes foram diminuindo, piorando, caindo a sua utilidade em meio a tantas reclamações. A Companhia não atendia às reclamações populares, chegando ao ponto de, em 1920, o governador mandar executar judicialmente a companhia concessionária, tendo o gerente alegado falta de recursos, abandonando a empresa que ficou paralisada por cerca de dois anos.
Houve intervenção, quando recomeçaram os trabalhos, precariamente, em 14 de setembro de 1923. Em agosto de 1927, a Prefeitura Municipal recebe e põe em tráfego novos bondes elétricos importados. Em outubro de 1930, o governo entregou esses serviços às empresas elétricas brasileiras, que os manteve até sua extinção em 1960.
A viagem pelos trilhos do Brasil continua...
Carlos Pimentel Mendes

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