quarta-feira, 26 de março de 2014

REMINISCÊNCIAS

 
Em maio de 1953, Renato Caldas (foto) estava na cidade do Rio de Janeiro, então Capital Federal. Trabalhava por lá, mas, sobretudo estava aguardando a promessa que Aluízio Alves o fizera para publicar a 2ª edição de “Fulô do Mato”. 

No dia 11 de maio daquele ano, Renato escreve uma carta ao Deputado Aluízio Alves, cujo teor da poesia foi esta: 

Aluízio meu amigo
Somente hoje consigo
Assunto pra lhe escrever
Sou um pobre flagelado
Vivo em São Paulo apertado
Trabalhando pra comer.

O meu viver é tirano
Não gosto de Italiano
E sou forçado a gostar
O regime é esquisito
De tanto comer cabrito
Já comecei a berrar.

Aqui o frio é malvado
Estou ficando congelado
E não tenho cobertor
Quero deixar esta peste
Regressar para o nordeste
Prefiro sentir calor.

Para salvar-me quem há de?
Somente sua vontade
É quem pode me salvar
Tenha pena de Renato
Apresse “Fulô do Mato”
Não posso mais demorar.

Desde já muito obrigado
Disponha do seu criado
amigo, sincero, exato
se for possível eu lhe peço
abaixo tem o endereço
Responda para Renato.


Não sabemos qual foi a resposta de Aluízio Alves, mas o certo é que em junho de 1953, mas precisamente na casa do jornalista Francisco Góis de Assis, da “Tribuna da Imprensa, no Rio de Janeiro, foi feito o lançamento da 2ª edição de “Fulô do Mato”.

Francisco Martins

Referências:
Tribuna do Norte, Natal, 6 jun 1953. Coluna “Revista da Cidade”, p. 2.
_____________, Natal, 14 jun 1953. Coluna “Revista da Cidade”, p. 2.
Postado por: FERNANDO CALDAS.

 

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