terça-feira, 25 de março de 2014

HISTÓRIA DO ASSÚ

PERFIL DO ASSÚ EM 1920

DE CONFORMIDADE COM INFORMAÇÕES DO HISTORIADOR ASSUENSE NESTOR DOS SANTOS LIMA, A CIDADE DO ASSÚ, NO ANO DE 1920, TINHA O SEGUINTE PERFIL: 
A cidade do Assú localiza-se em vasta planície arenosa, à margem esquerda do Córrego, (braço do Rio Assú, que se abre junto à Fazenda Farol, dois quilômetros ao sul da cidade, forma uma ilha coberta de extensos carnaubais e ótimas terras agrícolas, e reentra no mesmo rio junto à Casa Forte, ao norte da cidade).

Esse córrego serve de abastecimento d’água ao povo, quer nas cacimbas, outrora abertas ao seu leito, após as chuvas anuais, quer na Fonte Pública, construída em 1918, na administração municipal de Minervino Wanderley, a qual é provida de poço, bomba e moinho, que conseguem captar grande quantidade de água do subsolo.

A cidade, que fica em frente ao córrego, dista cerca de 2 quilômetros do grande rio Assú. Era o ponto onde se cruzavam as estradas comerciais de Pernambuco, Paraíba e Natal, para Mossoró e Ceará, do Seridó, Rio do Peixe, Pombal, Catolé do Rocha e quase todo o interior da Paraíba para as salinas do Assú e Macau.  Daí a sua grande importância comercial, hoje consideravelmente reduzida, devido à construção de outros caminhos e à falta de transportes rápidos para o litoral.

A cidade é constituída por um grande largo, a Praça da Proclamação, formado das quatro ruas principais, denominadas de Rua do Comércio (atual Praça Getúlio Vargas - lado sul), Rua São João (permanece o mesmo nome), Casa Grande (atual Praça Getúlio Vargas - lado norte) e Coronel Souto (atual Praça Getúlio Vargas - lado oeste), ficando-lhe, ao norte, a Igreja Matriz e, ao sul, o Mercado Público.  – Em meio da Praça, e sobre uns alicerces antigos (antiga Casa de Oração - primeira igrejinha da cidade), que o povo chamava Alto do Império, foi construída em 1900 uma coluna comemorativa da passagem do século dezenove.  Havia ainda as ruas São Paulo (atual Minervino Wanderley), Tenente Coronel José Carlos (que se prolonga até o Macapá) (provavelmente a atual Rua Ulisses Caldas), 7 de setembro, Pedro Velho (permanece o nome), Caridade (atual Av. senador João Câmara), Hortas, (depois, Moisés Soares), Dr. Amorim (antes, Flores) (atual Rua Prefeito Manoel Montenegro), Augusto Severo e Rosário (atualmente permanecem os nomes);  Havia as Praças Coronel Wanderley (antiga Canto), e Ulisses Caldas.

A construção das casas é sólida e algumas destas possuem bom aspecto arquitetônico. Os prédios Públicos são: A Intendência Municipal, cuja parte térrea serve de cadeia pública, o Mercado Público (com duas alas de compartimentos para pequenas casas de varejo, açougue e o grande alpendre central (no local onde atualmente está edificado o Mercado Público); a Casa de Caridade (construída em 1862, pelo missionário apostólico Frei José Antônio de Maria Ibiapina - atual IPI) o Cemitério Público (ao oeste da cidade), e o Grupo Escolar Tenente Coronel José Correia (à Rua São Paulo - atual Jardim Escola Recanto do Amor e da Educação).

A 28 de julho de 1874 foi inaugurada a Biblioteca Pública, que no ano seguinte possuía 581 volumes.  A Estação do Telégrafo Nacional, devida a insistentes pedidos dos Drs. Xavier da Silveira e Pedro Velho, Governadores Provisórios do Estado, foi instalada a 11 de dezembro de 1890, na Rua São Paulo. A cidade tem arrebaldes: ao norte, o Macapá e ao sul, a Fazenda São João.
(...) grifo nosso.
Foto: Intendência e Cadeia Pública.

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