quinta-feira, 27 de março de 2014

PRÊMIO

Projeto Caatinga Viva é um dos vencedores do Prêmio Mandacaru II

Lançado com o propósito de estimular iniciativas de convivência solidária e sustentável com o semiárido, apoiando financeiramente projetos e práticas inovadoras que promovam a melhoria da qualidade de vida das comunidades do semiárido, o Prêmio Mandacaru II – fruto das ações do Programa Cisternas, executado pelo Instituto Ambiental Brasil Sustentável – IABS, com recursos financeiros da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) e apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) – divulgou o resultado dos projetos vencedores .

O tema desse ano foi ”Água, Participação e Soberania Alimentar” e ao todo, foram distribuídos R$ 1 milhão para as 12 instituições vencedoras, divididas em quatro categorias: 1 - Experimentação no Campo; 2 -Práticas; 3 -Pesquisa Aplicada e 4 - Gestão Inovadora. O Projeto Caatinga Viva foi um dos quatro vencedores na segunda categoria 2.

Outros dois projetos apresentados por entidades do norte-riograndenses também saíram vencedores: Manejo Integrado do Rejeito da Dessalinização: Uma Alternativa Sustentável do Desenvolvimento no Semiárido Potiguar (UFERSA) e Reuso de Água Residuária para Produção de Forragem Animal no Município de Santana do Seridó - RN (Prefeitura Municipal de Santana do Seridó).

Confira os doze projetos vencedores do Prêmio Mandacaru II AQUI.
  
O Projeto

O Projeto Caatinga Viva foi concebido pelo pesquisador norte-rio-grandense Sílvio Tavares, da Embrapa Solos do Rio de Janeiro, com o objetivo de desenvolver um biocombustível sólido que pudesse ser usado como alternativa energética à lenha de caatinga utilizada nos fornos das indústrias cerâmicas instaladas no Baixo-Açu potiguar – os chamados briquetes.

Em 2010 o Projeto foi um dos mais de 900 inscritos no Programa Petrobras Ambiental, tendo ficado em primeiro lugar entre os 44 selecionados, de todo o Brasil. Com a aprovação, o projeto recebeu R$ 3,5 milhões para ser executado.

Por ser uma instituição de ensino e pesquisa, o IFRN foi escolhido para sediar a fábrica-escola de briquetes no Campus Ipanguaçu. Além de produzir os briquetes, a fábrica também funcionará como um laboratório em escala real para os alunos do Campus desenvolverem pesquisas sobre biocombustíveis sólidos a partir de outras matérias-primas, como é o caso do capim-elefante. 

Outras três instituições fazem parte do projeto: a Associação Norte-Rio-Grandense de Engenheiros Agrônomos (ANEA), responsável pela articulação entre os diferentes atores sociais envolvidos nas questões ambientais na região e na capacitação de técnicos extensionistas e profissionais de nível superior que atuam na área ambiental; a Companhia de Águas e Esgotos do RN (CAERN), que está testando uma tecnologia de tratamento final das águas do esgoto, utilizando-as para adubar a produção experimental de capim-elefante para produção de energia; e a ONG Carnaúba Viva, promotora de ações de educação ambiental atingindo 11 mil alunos e mais de 600 professores das escolas públicas dos nove municípios.
Por Alderi Dantas, 

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