segunda-feira, 25 de novembro de 2013

POEMA

ACORDA BRASÍ
  
Acorda Brasí drumente.
Tás drumindo inconciente
Nessa rêde de argudão!
Coidado cum o estrangeiro,
Esse povo é traiçoeiro
E num tem contempração.

Confia, desconfiado,
Sempre alerta, marombando
Esperando ocasião...
Te livra duma emboscada
Se hôvé dá u’a chumbada,
In riba do coração.

Quando o freguez é dereito,
Qui tem o valô nos peito,
Num sofre injuriação...
E vancê Brasí valente
Tem corage premanente
Pra brigá inté cum o cão.

É preciso tê destreza
Agarra tua riqueza
E defende o teu quinhão.
Te alembra do português?
Brigaro com os olandês!
quem sarvô foi Camarão.

Coidado Brasí, coidado.
Deixa de comprá fiado
Faça outra arrumação:
Acorda, trabái, trabái,
Qui das tuas terra sai,
A tua manutenção.

Te alavanta da rede,
Bebe água, mata a sêde,
Aperta teu cinturão…
E barre mão da peixeira,
Mostra a essa gente estrangeira

Qui o Brasí é uma Nação.

Poeta Renato Caldas - Assuense
* 08/10/1902 + 26/10/1991.

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