terça-feira, 10 de setembro de 2013

FIGURA HUMANA DO ASSU


Clóvis de Didi, dedicação ao futebol Assuense.
Dentre as muitas coisas que lembro do tempo de criança, uma era a dificuldade de possuir uma bola de couro, e depois quando tínhamos uma já usada e surrada, a mesma quando secava ou furava só encontrávamos um local que conseguíamos consertar, que era a casa simples de Clóvis de Didi (Chamado assim pois era o nome de sua esposa), e também no futebol Assuense já tinha um famoso ponta esquerda de nome Clóvis Boi (Tio de Marcelo Assuense), aí para não confundir os "Clóvis" veio o apelido.

O Clóvis que consertava bola (nunca ouvi dizer se ele jogou) e que por muitos anos promoveu um jogo entre o seu Palmeiras e o América que era da sua esposa Didi, na semana que antecedia o jogo, era uma verdadeira resenha na casa do casal e que funcionava também a oficina onde Clóvis consertava tudo que era de couro. Os dois faziam apostas e isso mexia com a cidade, e o time vencedor normalmente fazia a festa depois do jogo no Bar o Canecão que ficava próximo ao campo de Aveloz, por muito tempo o palco dos grandes jogos da Seleção do Assu e do Palmeiras. São velhos tempos que não voltam nunca mais (Já diz uma frase da música do Bartô Galeno). 
 
Feito este preâmbulo. queria mesmo era falar de mais uma figura humana que tive oportunidade de conhecer e o quanto essa pessoa contribuiu para o futebol da terra da poetas. Fosse no Campo de Aveloz ou no Campo do JK, quantas e quantas vezes Clóvis de Didi não marcou o campo sozinho com cal e no sol a pino para que os jogos acontecessem; Não consigo esquecer da fala mansa e carinhosa deste grande desportista que deixou muitas saudades aos seus familiares, e ao nosso futebol chamado Clóvis de Didi. Clóvis tem seu nome gravado em um dos vestiários do estádio Edgarzão com muita justiça.
Texto: L. Filho - Foto: Arquivo de Junior, neto de Clóvis.

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