terça-feira, 14 de maio de 2013

HISTÓRIA

Por João Felipe da Trindade
jfhipotenusa@gmail.com

Nem sempre os registros da Igreja trazem a naturalidade dos registrados. Sabemos, muitas vezes, a origem de alguém que nos antecedeu, pelos registros orais que vão passando de geração a geração. Assim, quando encontramos algum registro com a naturalidade de alguém, que veio de outro país, é importante a sua divulgação, como forma de provar o que as gerações transmitiram via oral.

Minha tia avó, Maria Jovelina Bezerra Torres, foi casada com João de Deus Gonçalves, filho de João Felippe Teixeira de Sousa e Quitéria Olímpia de Deus Gonçalves. O marido de tia Sinhá, como era conhecida, herdou o nome do avô, pai de Quitéria, João de Deus Gonçalves, casado com Francisca das Chagas de Azevedo.

Meu tio bisavô, Antonio Francisco da Costa Machado, foi casada com Maria Magdalena de Deus Gonçalves, filha legítima de João de Deus Gonçalves e Francisca das Chagas de Azevedo.

Uma tia, irmã de meu pai, que se chamava Crináurea, casou com Joaquim Firmino de Deus Gonçalves, filho de João de Deus e Francisca das Chagas. Ela foi a segunda esposa dele, que tinha o apelido de Joaquim Nô. No livro de Manoel Rodrigues de Melo, Terras de Camundá, há uma visita a casa de Joaquim e tia Crináurea.

Raramente, nos registros de Angicos, Santana do Matos, Macau ou Assú, aparecia a naturalidade dos estrangeiros, mas no registro de batismo de Antonio, em 1853, houve o registro da naturalidade de João de Deus Gonçalves.

Antonio, filho legítimo de João de Deus Gonçalves e Francisca das Chagas de Azevedo, naturais, ele do Reino de Portugal, e ela desta Freguesia, onde são moradores, nasceu a dezessete de março de mil oitocentos e cinquenta e três e foi por mim batizado, com os santos óleos, na Matriz de São José de Angicos, a vinte e nove de junho do mesmo ano; foram padrinhos José Joaquim Fernandes, casado e sua filha Maria Petronila Fernandes, por seus procuradores João Teixeira de Sousa, casado, e Francisca Joaquina de Deus Gonçalves, solteira, todos moradores nesta Freguesia. Do que para constar faço este assento em que assino. Vigário Felis Alves de Sousa.

No inventário de Marianna Lopes Viégas, quem foi nomeado tutor dos órfãos menores foi João de Deus Gonçalves, que aparece lá como tio dos meninos de menor idade. Na verdade, suponho que a esposa de João de Deus era a tia, isto é, Francisca das Chagas de Azevedo devia ser irmã de Marianna, ambas filhas do capitão Francisco Lopes Viégas e Anna Joaquina de Azevedo.

 
Maria Petronilla foi casada com Balthazar de Moura e Silva

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