sábado, 11 de janeiro de 2014

HISTÓRIA POLÍTICA

Agenor Nunes de Maria ou simplesmente Nonô, era natural de São Vicente, região do Seridó/RN. Foi militar da Marinha, vereador (1956-58, 62) pela sua terra natal onde também foi comerciante/feirante, além de agropecuarista, cooperativista, sindicalista rural, deputado estadual (1962-66), deputado federal em 1968 e 1983. Nas eleições de 1974, a convite do ex-governador Aluízio Alves foi candidato a senador da república. Uma jogada estratégica do ex-governador Aluízio Alves. Consta-se que ele, Agenor, teria dito a Aluízio que não dispunha de recursos financeiros para fazer a sua campanha, porém não tinha nada a perder. No que aceitou aquele convite, percorreu o estado com os seus companheiros de MDB, apresentou-se na televisão (foi, salvo engano, a primeira campanha política inserida no rádio e televisão, no estado norte-riograndense (TV Universitária, da UFRN, de Natal). Pois bem, com aquele seu linguajar próprio do sertanejo, ganhou a eleição para o grande jurista, deputado federal Djalma Aranha Marinho da ARENA, por quase 20 mil votos de maioria. Djalma tinha o apoio do presidente da república (regime militar), além do senador Dinarte Mariz e do governador já nomeado Tarcísio de Vasconcelos Maia. 

Senador atuante, combativo. Os seus pronunciamentos no Congresso Nacional, encantava. Publicou através da gráfica do senado daquela alta câmara, os livros intitulados de "Os Roteiros de Uma Luta", 1975, "Rio Grande do Norte do Presente", 1977, além de ter recebido várias honrarias.

Lembro-me que em 1985 estive em seu gabinete em companhia do prefeito do Assu Ronaldo Soares quando ele, Maria, exercia o cargo de deputado federal. E Agenor a ler alto, emocionado, o texto do discurso que o seu colega de parlamento deputado paraibano Raimundo Asfora teria pronunciado na tribuna da câmara dos deputados, traçando o seu perfil, considerando aquele parlamentar potiguar tatuado como "a mais bela voz rústica do parlamento brasileiro.”.

Se o ex-senador carioca chamado Darcy Ribeiro disse que "o Céu é melhor que o senado", Agenor Maria pronunciou na tribuna do congresso nacional: "O céu precisa ser muito bom pra ser igual ao senado".

Postado por: Fernando Caldas

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