Deputado George Soares cobra explicações sobre a ZPE do Sertão
O deputado George Soares
(PR) detalhou o requerimento apresentado na sessão plenária desta
quarta-feira, 28, cobrando informações sobre mudanças na execução do
projeto da Zona de Processamento de Exportação, a ZPE do Sertão, em
Assú. O deputado levantou uma série de perguntas sobre a situação e
anunciou a realização de uma audiência pública em Assú com a presença
dos setores produtivos, gestores e Ministério Público.
“Cabem muitas perguntas. Alguém está fazendo o estudo como vai ser o
novo processo? Uma mudança deverá passar pela legalização da área. Com
certeza mudará tudo. E o risco do cancelamento da concessão? Alguém já
avaliou esse risco?”, questionou. George Soares afirmou que a prefeitura
de Assú confirmou a recisão do contrato e negocia com outro grupo,
inclusive com a possibilidade de transferência da área para instalação
da ZPE.
A ZPE de Assú foi criada por meio de Decreto Presidencial, em 10 de
junho de 2010, para instalação em uma área de 1.000 hectares,
localizada às margens da BR 101, com a expectativa de geração de 30 mil
empregos diretos por meio da exportação de produtos derivados dos
minérios e do agronegócio. “Imaginemos um equipamento como esse em uma
região tão sofrida como o Vale do Assú, onde cerca de 80% das pessoas
sobrevivem às custas dos programas sociais. A ZPE muda totalmente o
cenário da economia do Vale do Açu”, reforçou.
Aqui no Rio Grande do Norte foram aprovadas duas ZPE´s há mais de
três anos, em Macaíba e em Assú. “É o único Estado da Federação que tem
duas Zonas de Processamento de Exportação aprovadas, o que vai melhorar o
abastecimento de água, investimento em infraestrutura rodoviária e
ferroviária, gerando milhares de empregos e a formação da mão de obra.
Fomos pegos de surpresa”, finalizou.
ZPE do Sertão
As Zonas de Processamento de Exportação são distritos industriais
incentivados, onde as empresas neles instaladas trabalham com suspensão
de impostos, liberdade cambial e procedimentos administrativos
simplificados de compra e venda de mercadorias, com a condição de
destinarem ao menos 80% de sua produção para o mercado externo. O foco
do modelo é a exportação já que, pela legislação vigente, apenas uma
pequena fração da produção pode ser direcionada ao mercado interno.
Fonte: Site da Assembleia Legislativa
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