ASSU
Assu, de chapéu de palha!
Que luta... Vive e trabalha
Somente para comer.
Assu, que vive sofrendo
Na própria dor escondendo
A angústia do seu viver!
Heróis, poetas, escritores,
Boêmios e trovadores
Ilustraram tradições!
Que não serão sepultadas
Para serem proclamadas
Pelas novas gerações.
Meu Assu das vaquejadas!
Das noites enluaradas...
- Que gratas recordações! –
Cantigas feitas dos sonhos
Dos seresteiros risonhos,
Conquistando corações.
Danças dos Congos, Lapinha,
Folguedos da argolinha,
Bumba meu boi! Pastoril
Eram brincos engraçados,
Hoje, porém, divulgados
De Norte e Sul do Brasil.
E, como o tempo é cruel!
Jogos de prenda... E anel
Ninguém sabe onde ficou?!...
Sei eu, onde está guardado
O meu Assu do passado,
Minha saudade guardou.
Renato Caldas - Livro: Fulô do Mato
Minha saudade guardou.
Renato Caldas - Livro: Fulô do Mato
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Fonte: modelistairanildosilva.blogspot.com |
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