Dica de leitura *
O escritor Marcos
Medeiros, publicou recentemente o cordel em quadrinhos “Zé da Jia”, que além de entreter e alegrar,
sobretudo a criançada, tem uma notória intenção, na própria sequência dos
quadrinhos, de promover o desenvolvimento cognitivo das crianças, na medida em
que elas raciocinam, refletem, e preveem o quadrinho subsequente, acompanhando
a sua leitura.
Os quadrinhos, na grande
maioria das vezes, são histórias narradas a partir da estrutura que sintoniza o
desenho e a fala; constituem gênero discursivo associado às linguagens verbal e
imagética, envolvendo elementos como personagens, tempo, espaço e
acontecimentos organizados em sequência, numa relação de causa e efeito. É o
que acontece com a história de “Zé da Jia”, quando este, nascido no Estado do Rio Grande do
Norte, vai investigar suas origens e o motivo do seu apelido.
Ao invés de usar a
expressão verbal, que costuma aparecer nos balões, o autor utilizou o cordel,
associado a imagens. O uso de imagens e a representação de gestos compõem a
linguagem não verbal.
A sequência de imagens do gibi
de Marcos Medeiros, como a dos quadrinhos, colabora, muita vezes, para que a
própria criança compreenda melhor o sentido da história, antes mesmo de
aprender a ler. Ela vai conseguir entender muito do que trata a revista através
das imagens. Sem dúvidas, a leitura de
gibis é uma atividade lúdica para as crianças, que naturalmente se identificam
com a linguagem dos quadrinhos e, muitas vezes, estabelecem uma relação afetiva
com seus personagens. É o que acontece, por exemplo, com o personagem Zé da Jia,
que tenta descobrir, por intermédio de um ancião, a origem do seu apelido.
A intenção da revista de
Marcos Medeiros, bem, como a de outros
quadrinhos e formas de arte, faz parte de um contexto, seja ele histórico ou
social. São na verdade um instrumento de mensagem e, sobretudo de aprendizado.
Iniciativa portanto muito válida.
*Thiago Gonzaga é pesquisador
Fonte: 101 Livros do RN.
Fonte: 101 Livros do RN.
Nenhum comentário:
Postar um comentário