quarta-feira, 10 de junho de 2015

LITERATURA:

Dica de leitura *

O escritor Marcos Medeiros, publicou recentemente o cordel em quadrinhos  “Zé da Jia”, que além de entreter e alegrar, sobretudo a criançada, tem uma notória intenção, na própria sequência dos quadrinhos, de promover o desenvolvimento cognitivo das crianças, na medida em que elas raciocinam, refletem, e preveem o quadrinho subsequente, acompanhando a sua leitura.
Os quadrinhos, na grande maioria das vezes, são histórias narradas a partir da estrutura que sintoniza o desenho e a fala; constituem gênero discursivo associado às linguagens verbal e imagética, envolvendo elementos como personagens, tempo, espaço e acontecimentos organizados em sequência, numa relação de causa e efeito. É o que acontece com a história de “Zé da Jia”, quando  este, nascido no Estado do Rio Grande do Norte, vai investigar suas origens e o motivo do seu apelido.
Ao invés de usar a expressão verbal, que costuma aparecer nos balões, o autor utilizou o cordel, associado a imagens. O uso de imagens e a representação de gestos compõem a linguagem não verbal.
A sequência de imagens do gibi de Marcos Medeiros, como a dos quadrinhos, colabora, muita vezes, para que a própria criança compreenda melhor o sentido da história, antes mesmo de aprender a ler. Ela vai conseguir entender muito do que trata a revista através das imagens. Sem dúvidas, a  leitura de gibis é uma atividade lúdica para as crianças, que naturalmente se identificam com a linguagem dos quadrinhos e, muitas vezes, estabelecem uma relação afetiva com seus personagens. É o que acontece, por exemplo, com o personagem Zé da Jia, que tenta descobrir, por intermédio de um ancião, a origem do seu apelido.
A intenção da revista de Marcos Medeiros,  bem, como a de outros quadrinhos e formas de arte, faz parte de um contexto, seja ele histórico ou social. São na verdade um instrumento de mensagem e, sobretudo de aprendizado. Iniciativa portanto muito válida.
*Thiago Gonzaga é pesquisador
Fonte: 101 Livros do RN.

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