IDENTIDADE ASSUENSE
Ivan Pinheiro.
Somos
uma singular e maravilhosa mistura de muitos povos e etnias. Parte de nossos
antepassados já vivia há milhares de anos nesse continente: O indígena de cor
vermelha. Outra parte veio do continente europeu, de além-mar: o caucasiano, de
cor branca. Outra, ainda, representa outros genes milenares: o africano, de cor
negra. Gente de continentes
diferentes, reunida sob o generoso sol nordestino, a representar uma infinidade
de culturas e costumes, e que formou a base, o alicerce, sobre a qual foi
construída a nossa maneira de ser nordestino, potiguar, assuense.
O município do Assu, inserido neste contexto,
tem ao longo do tempo contribuído para o fortalecimento do Rio Grande do Norte
seja no aspecto econômico, social, cultural, religioso... Enfim, somos assuenses
e estamos sempre a contribuir com todos com o que temos de melhor: nossa gente
e nossos produtos. Afinal somos hospitaleiros. Somos um povo de princípios
rurais arraigados. É parte de nossa identidade o caráter pacifico e honrado.
Somos bons e cordatos, honestos e humanos. Somos assuenses.
O
que significa ser assuense? Ser assuense é fazer parte de uma identidade que
engloba a todos que o repartem juntos; Ser assuense é procurar conhecer sua
história e se orgulhar de seu passado; Ser assuense é amá-lo, defendê-lo,
torná-lo cada dia melhor para todos os que nele vivem; Ser assuense é dividir
com os outros um passado comum, com as dificuldades amainadas pelo tempo e pela
compreensão das diferenças entre as pessoas. Para ser parte integrante deste território
assuense, é vital entender o que passou, e o que ainda está por vir. É saber-se
responsável pelo presente, e que é nesse tempo que se constrói o passado que um
dia vamos querer relembrar. Não basta, portanto, ter nascido no território
assuense, ou ter vindo residir neste torrão, é necessário identificar-se como
assuense.
Amparado
na frase do grande mestre Potiguar, Câmara Cascudo, quando disse que “o melhor
do Brasil é o brasileiro”, temos a certeza de que quem conhece o Assu, como o
folclorista Câmara Cascudo conheceu, sabe que o que existe de melhor neste
território é o povo assuense – tradicionalmente célebre, pacato, acolhedor
e grato.
Assu
sempre possuiu um povo inteligente, culto, a veia poética se esparrama deixando
rastros literários além fronteiras. Não foi a toa que o poeta João Natanael de
Macedo deixou registrado em um de seus poemas que: “Assu, um pedaço de céu
dentro do mundo”. Sem modéstia, orgulhosamente, somos assuenses!
Fonte: baseado no fascículo nº 2 de Leituras Potiguares.Foto: Página R.
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