Inundação da comunidade de Oficinas
Uma das primeiras enchentes do rio Piranhas/Assu que se tem registro na história, após a emancipação política, ocorreu no ano de 1850, ficando a várzea submersa e, a próspera comunidade rural de Oficinas (onde se iniciou o processo de carnes de charque) foi totalmente inundada, sendo parcialmente destruída.
A comunidade de Oficinas era o maior aglomerado populacional da zona rural do município. Possuía poucas casas fora de alinhamento, capela dedicada a São José, escola primária e cemitério. Chegou a ser Distrito de Paz em 1864.
Em conseqüência dessa cheia, alastrou-se, em 1850, a primeira epidemia de febre amarela que atingiu Assu, grassou de setembro de 1850 a junho de 1851.
Preocupada com a epidemia, a Câmara de Vereadores, no dia 11 de novembro de 1850, em sessão solene, aprovou a ordem para construção do Cemitério Público “a sotavento da cidade e suficiente distância...”, no entanto, ele só veio a ser construído em 1862. (Silveira, 1995; 73/84/85)
Segundo a pesquisadora Teresa Aranha a comunidade de Oficinas foi a primeira comunidade rural do município do Assu. Há sentido nesta sua afirmação, uma vez que nas “oficinas”, no século XVIII, concentrou-se grande quantidade de famílias produtoras de carnes secas e salgadas, aproveitando-se da proximidade das salinas e das facilidades para criação de gado bovino.
Fonte: Assu - Dos Janduís ao Sesquicentenário - Ivan Pinheiro.
Foto ilustrativa.
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