domingo, 14 de julho de 2013

HISTÓRIA

Em 1968, o político potiguar de Mossoró Dix-zuit Rosado (autor da famosa frase "quem não faz um pouco mais pela sua terra não poderá fazer nada pela terra de ninguém"), era o presidente do Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrário (INDA), atual INCRA. Dix-Zuit naquela época já tinha ligações de amizades com o povo assuense. Recém formado em medicina foi clinicar na cidade de Assu. Tempos depois, as ligações foram se estreitando através da política com Edgard Montenegro que apoiou seu irmão Vingt Rosado para deputado federal, em vária eleições. 

Pois bem, Dix-Zuit desejava contribuir com o desenvolvimento do Vale do Açu e realizar um sonho dos agropecuaristas daquela região. Conseguiu na qualidade de presidente daquele instituto, um convênio com a Companhia de Eletrifica Rural do Nordeste (CERNE) através do seu diretor Cel. Mena Barreto, eletrificar o Vale do Açu. Fundaram então a 16 de março de 1968, uma cooperativa que veio a ser denominada Cooperativa de Eletrificação Rural do Vale do Açu Ltda (CERVAL), com apenas 74 associados. Foi a primeira cooperativa de eletrificação do Rio grande do Norte.

As reuniões preparatórias foram realizadas no Clube Municipal (altos da prefeitura) do Assu com a coordenação da prefeita Maria Olímpia Neves de Oliveira, além do agrônomo Nelson Borges Montenegro e os agropecuaristas José Diógenes de Paiva, Joacy Fonseca, Francisco Soares de Macedo, Pedro Borges de Andrade, Solon Wanderley, Miro Cobe e Walter de Sá Leitão. Aquela comissão ficaram responsável para organizar a cooperativa e integralizar o capital, com prazo determinado. Lembrar Edmilson Lins Caldas que na qualidade de gerente geral da Cooperativa Banco Rural, que depois veio a ser Cooperativa Agropecuária do Vale do Açu Ltda, arranjou a quantia necessária para complementar o capital necessário para a fundação da CERVAL. 

Dix-Zuit-Rosado compareceu e presidiu a Assembléia de Constituição com a presença dos seus sócios fundadores como Nelson Borges Montenegro (o 1. presidente daquela cooperativa) Manoel de Melo Montenegro, Firmino Justino da Fé, Ezequiel Epaminondas da Fonseca Filho, Victor Fonsêca, José Wanderley de Sá Leitão, Edgard Borges Montenegro, José Araújo Filho, José Nazareno Tavares, Osvaldo de Oliveira Amorim, Ricarte Legítimo Barbosa, José Constantino de Souza, João Cobe, João Leônidas, dentre outros.

Entre as autoridades presentes aquele ato de fundação da CERVAL, além do Dix-Zuir, compareceram os senhores Estélio Ferreira (Delegado do Ministério da Agricultura (RN), Wander Said (Diretor da Escola Superior de Agricultura de Mossoró, Prefeita do Assu Maria Olímpia Neves de Oliveira, Juiz de Direito João Meira Lima, Gerente do Banco do Brasil Abelardo Pires Maia, presidente da Cooperativa Banco Rural do Assu Francisco Augusto Caldas de Amorim, agrônomo e presidente da Comissão de Desenvolvimento do Vale do Assu (CODEVA) Edgard Borges Montenegro, representante do MEC Waldemar Raul Furolla, representante da Companhia de Eletrificação Rural do Nordeste (CERNE) Abner Waldivino de Araújo, secretário de agricultura e representante naquela ocasião do governo do Estado (Walfredo Gurgel) Cássio Medeiros, prefeito de Ipanguaçu, Carnaubais e Pendências Nelson Borges Montenegro, Waldemar Campielo e Ivo Queiroz, respectivamente, diretor da ANCAR-RN Fernando Barros e o gerente do Banco do Nordeste, de Natal, Antonio Tavares.

A CERVAL funcionou primeiramente no térreo do sobrado das famílias Lins Caldas e Amorim (fotografia acima), e foi o seu primeiro presidente Nelson Borges Montenegro que tinha como vice-presidente Joaquim Carvalho e José Diógenes Paiva como secretário. 

Portanto, presidiram e gerenciaram aquela cooperativa, os senhores Miro Cobe, Walter de Sá Leitão, Joaquim Carvalho, José Nazareno Tavares, Ronaldo da Fonseca Soares, Edmilson Lins Caldas, José Maria Macedo Medeiros, Lourinaldo Francimari da Fonseca Soares, até a atualidade, além de Ponciano Bezerra.

Fica mais um registro importante para os estudiosos das coisas e da história da terra varzeana.

Fernando Caldas

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