terça-feira, 4 de junho de 2013

PRECARIEDADE

Realidade: Médico relata situação da saúde local de forma verídica e irretocável

Walmilson Braz
Há uma interferência direta na precarização dos serviços de saúde por meio do Pronto Socorro da Prefeitura Municipal instalado no interior do Hospital Regional Dr. Nélson Inácio dos Santos, em Assú, no cenário de decadência que tem comprometido a qualidade do atendimento do órgão estadual à população local e regional.
A observação é feita pelo médico Walmilson Silva Braz, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no Vale do Açu.
Ele relatou que tal situação se deve a não prestação de tal serviço básico por parte de alguns municípios que se encontram sob a sua área de jurisdição.
Neste contexto, salientou Walmilson Braz, a principal contribuição negativa vem do município de Assú, onde o Hospital Regional possui sua localização.
“A grande maioria dos atendimentos [no Hospital Regional] é do município do Assú que não tem um atendimento de qualidade no PSF”, asseverou.
O médico acrescentou que Assú “não tem um Pronto Socorro que possa dar suporte adequado, então [os pacientes] procuram o Hospital Regional que seria para dar um suporte mais avançado, para dar um suporte básico”.
Revelou que o Pronto Socorro municipal montado dentro do Hospital só realiza atendimento até meia-noite diariamente.
“A população só pode adoecer até a meia-noite; a partir da meia-noite ninguém adoece”, ironizou.
“Porque deixa-se esse horário a partir da meia-noite de pagar um profissional. Fica descoberto [o atendimento], mas em compensação o município não gasta pagando um profissional”, enfatizou.
Adiantou que, na intenção de dirimir tal óbice, alguns profissionais de saúde do Estado patrocinaram uma ação na esfera do Ministério Público Estadual contra o setor de saúde do município do Assú.
A ação, conforme disse, é para que o município “dê assistência integral aos seus munícipes”, finalizou.
Postado por Pauta Aberta - Lúcio Flávio

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