Realidade: Médico relata situação da saúde local de forma verídica e irretocável
Walmilson Braz |
Há
uma interferência direta na precarização dos serviços de saúde por meio do Pronto
Socorro da Prefeitura Municipal instalado no interior do Hospital Regional Dr.
Nélson Inácio dos Santos, em Assú, no cenário de decadência que tem comprometido
a qualidade do atendimento do órgão estadual à população local e regional.
A
observação é feita pelo médico Walmilson Silva Braz, do Serviço de Atendimento Móvel
de Urgência (Samu) no Vale do Açu.
Ele
relatou que tal situação se deve a não prestação de tal serviço básico por
parte de alguns municípios que se encontram sob a sua área de jurisdição.
Neste
contexto, salientou Walmilson Braz, a principal contribuição negativa vem do
município de Assú, onde o Hospital Regional possui sua localização.
“A
grande maioria dos atendimentos [no Hospital Regional] é do município do Assú
que não tem um atendimento de qualidade no PSF”, asseverou.
O
médico acrescentou que Assú “não tem um Pronto Socorro que possa dar suporte
adequado, então [os pacientes] procuram o Hospital Regional que seria para dar
um suporte mais avançado, para dar um suporte básico”.
Revelou
que o Pronto Socorro municipal montado dentro do Hospital só realiza
atendimento até meia-noite diariamente.
“A
população só pode adoecer até a meia-noite; a partir da meia-noite ninguém
adoece”, ironizou.
“Porque
deixa-se esse horário a partir da meia-noite de pagar um profissional. Fica
descoberto [o atendimento], mas em compensação o município não gasta pagando um
profissional”, enfatizou.
Adiantou
que, na intenção de dirimir tal óbice, alguns profissionais de saúde do Estado patrocinaram
uma ação na esfera do Ministério Público Estadual contra o setor de saúde do município
do Assú.
A
ação, conforme disse, é para que o município “dê assistência integral aos seus munícipes”,
finalizou.
Postado por Pauta Aberta - Lúcio Flávio
Nenhum comentário:
Postar um comentário