quinta-feira, 6 de junho de 2013

CRÔNICA

O PONTO
Ivan Pinheiro
Assu é uma cidade que já se pode observar um trânsito agitado, nervoso... Perigoso. Principalmente em cruzamentos de ruas onde não se distingue as preferenciais. Como agravante, nas avenidas principais que dispõem de sinalização eletrônica (pontos de paradas obrigatórias), poucos respeitam os semáforos.

Um exemplo é o ponto de cruzamento da avenida senador João Câmara com as ruas Coronel Wanderley e Professor Luiz Soares. Para que serve aquele semáforo? O transeunte ali “vê tocha” pra ultrapassar na... Supomos: passagem de pedestre.

Os motoqueiros? Só Deus mesmo para protegê-los... São verdadeiros acrobatas. É evidente salientar que não raro se observa alguns motos-taxistas com passageiros desrespeitando a sinalização. Um absurdo!

Mas eu quero comentar sobre um PONTO que é cômico. Apesar de super perigoso. Refiro-me ao ponto de cruzamento da Avenida Senador João Câmara na altura da Rua Esperanto  / Coronel Francisco Martins. A popular “Esquina do Estadual”. Quem desejar estimular os hormônios da adrenalina basta passar dez minutos na calçada, por exemplo, da ELETROVALE.

- Bateu!... Bateu!

- Caiu!... Caiu!

- Nossa Senhora! Escapou por pouco!

- Sai da frente ‘fio’ de rapariga...

Essas são algumas frases inevitáveis que ouvimos constantemente pronunciadas tanto pelos espectadores das calçadas, quanto pelos motoristas e motoqueiros que trafegam naquele ponto.

O aludido ponto talvez seja o calcanhar-de-aquiles mais sério no trânsito da avenida. Foram colocados pelo Detran, nas duas faixas, tachões para forçarem as paradas e consequentemente facilitarem as entradas, saídas e cruzamentos dos veículos e pedestres. No entanto, a imensa maioria dos motoristas e motoqueiros dribla os tachões. E muitos, em velocidade acima do permitido em perímetro urbano. Imagine que estamos falando do ponto de cruzamento de ruas onde, em uma das esquinas, está edificada a maior escola estadual do município.

Tenho dó de Josué que a duras penas construiu um ponto sobre a marquise da sua loja para bater papo com amigos. Inacreditável é que o mesmo não o utiliza porque, segundo ele, “não tem nervo que aguente ver as estripulias dos condutores de veículos evitando passar sobre os quebra-molas”.

Quantos acidentes já aconteceram ali? Quantos inocentes já foram prejudicados? Quais providências foram tomadas? 

Não podemos dormir no ponto nem entregar os pontos. Precisamos colocar um ponto final nesta problemática. Acredito que aquele ponto é o ponto de melindre, de honra, que precisa ser visto com bons olhos pelos responsáveis do trânsito. 

Os motoristas e motoqueiros precisam colaborar, nem que seja na marra, sob duras punições pecuniárias a cada ato de infração. Somente com atitudes concretas, haveremos de transformar aquele ponto num ponto de referência. 

Aí sim, teremos condições de assinar o ponto, tomando um cafezinho, na maior tranquilidade, no ponto de Josué.
Crônica publicada no Jornal O Rebuliço - 2008.

Nenhum comentário:

Postar um comentário