A ANTROPÓLOGA E O PESCADOR
Chico Lucas e Conceição no lançamento do livro 'Lagoa do Piató' |
Todas
as épocas têm seus pensadores e intelectuais: pessoas que se distinguem pela
maneira de observar os fenômenos com mais atenção e criar métodos específicos
para conhecê-los, decifrá-los e explicá-los. Desde que o mundo é mundo, desde o
aparecimento da espécie humana na terra, os homens procuram responder aos
problemas que lhes são postos em todos os domínios de sua vida, sejam esses
problemas individuais ou coletivos, materiais ou espirituais.
Chico
Lucas e José Lucas, afirmam, por exemplo, que: “se no mês de janeiro a gata der
cria, ou seja, parir e comer os gatos, seus filhos, é uma seca de fazer medo.
Se o vento norte “cai” dia primeiro de setembro e “encarriá”, ou seja, continuar,
o mês todinho, é bom sinal de inverno”.
“A
experiência do pescador, para saber se vai chover, é a curimatã ovar. No ano
que é mau, ela só ova, aqui acolá uma. É só de um lado. No ano que ela esta
esperando uma enchente grande, então ela ova os dois lados. As duas laterais
dela ficam bem ovadinhas. A mesma coisa acontece com o peixe coró”. Afirma Chico Lucas.
Esta foi apenas uma amostra das inúmeras experiências destes sábios assuenses, publicadas na 'Revista Galante' - nº 14/2002. Uma demonstração de que o homem inteligente nem sempre adquiri conhecimentos em uma universidade, a não ser a da vida.
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