treze livros essenciais do conto potiguar no século XX
Por Thiago Gonzaga *
Em ordem alfabética:
1. Cárcere das Águas, de Fagundes de Menezes.
2. Chão dos Simples, de Manoel Onofre Jr.
3. Os Deserdados da Chuva, de Eulício Faria de Lacerda.
4. O Dia em que Tyrone Power Esteve em Natal, de Geraldo Edson de Andrade.
5. Um Dia… Os Mesmos Dias…, de Francisco Sobreira.
6. Estórias Gerais, de Jaime Hipólito Dantas.
7. O Homem que Assassinava Árvores, de Pedro Simões.
8. Lugar de Histórias, de Bartolomeu Correia de Melo.
9. Os de Macatuba , de Tarcísio Gurgel.
10. Os Mortos São Estrangeiros, de Newton Navarro.
11. Pedro Cobra e Outros Acontecidos, de Umberto Peregrino.
12. Sete Contos Curtos e Outros Nem Tanto, de Moacir de Góes.
13. Sete Degraus do Absurdo, de Edna Duarte.
Esta lista tem o intuito de servir como modelo, um parâmetro para
alunos, professores e pesquisadores conhecerem o que melhor se produziu,
em se tratando de contos, no Rio Grande do Norte, no século passado.
São livros-base. Vale ressaltar Martins de Vasconcelos, como o primeiro
contista potiguar, porém cito aqui mais pela relevância histórica do que
pelo valor estético. Afonso Bezerra foi com certeza nosso primeiro
grande contista, porém, morreu inédito, em livro, só tendo sua obra
literária resgatada nos anos 60 por Manoel Rodrigues de Melo.
Outro excelente contista nosso, Nei Leandro de Castro organizou a
primeira antologia de contistas potiguares, em 1966, porém, não publicou
livro de contos no século XX; estreou, recentemente, em 2013, com a
obra “Pássaro sem Sono”. É bom também observar que contistas como
Francisco Sobreira, Geraldo Edson de Andrade e Tarcísio Gurgel são
autores de outros livros de contos, publicados no século XX, que se
situam no mesmo nível qualitativo dos que constam desta lista. Sobreira
tem, pelo menos mais dois bons livros que mereceriam estar na lista;
“Não Enterrarei os Meus Mortos”, e “ A Noite Mágica”. Bartolomeu Correia
de Melo é outro caso semelhante: estreou em 1997 com um livro de
contos, “Lugar de Estórias”, mas, no século XXI ele ainda iria produzir
outros livros no mesmo nível. François Silvestre e Iaperi Araújo,
veteranos cultores da ficção, (os dois fizeram algumas incursões pelo
conto no passado) vêm cada vez mais se destacando neste inicio de
século: o primeiro como importante romancista e o segundo como autor de
contos de muito boa qualidade estética e literária, publicados em
revistas literárias.
Comparada, a realidade deste novo milênio, é bastante diferente, pois
sobressaem muitos outros bons livros de contos que, alias, não vamos
listar, pois estamos analisando apenas obras do século passado. Mas é
notório o excelente trabalho de ficcionistas como Aldo Lopes (Escritor
paraibano radicado em Natal), Demétrio Vieira Diniz, Nelson Patriota,
Pablo Capistrano e outros talentos de valor nacional.
Semana que vem finalizamos este trabalho com as dez novelas mais relevantes da literatura potiguar.
Thiago Gonzaga é pesquisador, especialista em Literatura Potiguar pela UFRN.
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