GRUTA DOS PINGOS - ASSU
Material fornecido pelo escritor, fotógrafo e amante da espeleologia, Getúlio Moura.
EM TEMPO: Tive a oportunidade de acompanhar uma equipe formada por espeleologistas e pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN -, em uma de suas explorações a Gruta dos Pingos (não lembro bem o ano, sei que foi na década de oitenta). Os Pingos é um mistério. Muita sujeira, insetos, serpentes... As abelhas italianas, acredito, são as mais violentas da região. Analisando pelo ponto de vista turístico certamente não é recomendado pessoas leigas, sem equipamentos e sem guias visitarem aquela caverna.
A Gruta dos Pingos lembra, ligeiramente, a parte superior do nosso crânio. Como se fosse a cavidade de nossos olhos. Pela direita ela dá condição de acesso, no entanto é necessário que o visitante esteja devidamente equipado para evitar picadas de insetos, sobretudo das abelhas. Na cavidade esquerda o acesso é mínimo, da laje superior pinga água constantemente, pouco importa se o período é de inverno ou de longa estiagem. Daí o nome “Pingos”. A gruta possui uma altura próxima a da Matriz de São João Batista. Muito bonita, diferente, amedrontadora.
Poucos moradores do entorno (comunidades de Pingos e Palheiros) são conscientes do valor ambiental daquele sítio para o ecossistema da região. Sendo assim, constantemente a gruta sofre depredações para retirada do mel das abelhas que produzem em larga escala naquele local. Por outro lado, os órgãos responsáveis, não promovem programas de sensibilização ambiental para a valorização e o adequado uso sócio-econômico e ambiental daquele sítio arquelógico. Infelizmente.
O autor dessa foto me parece que é o Samuel Fonseca.
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