Meu amigo Roldão Teixeira me enviou uma prosa que compartilho com os seguidores deste humilde blog. Vejamos:
Ivan,
eu fui amigo de João Traíra, irmão do poeta Chico Traíra. Morava ali na Avenida 06, em Natal. Poeta de mão cheia, era do INSS, fazia bons versos. No ano de 77 eu trabalhava
na MARISA, empresa da SUDENE, o proprietário, Sr. Wandik Lopes, teve um câncer nas cordas vocais e deixou de falar. No carnaval de 78, sozinho
na fazenda, mandou um bilhete me convocando pra voltar à fazenda pois precisava
apartar um gado, etc. Quando recebi o bilhete, fiquei revoltado, pois
estava na minha folga, era carnaval. Imaturo, disse ao portador:
- Diga a
seu Wandick que estou de folga e não vou trabalhar.
João, ouvindo aquela atitude, pediu uma
caneta, escreveu num guardanapo de bate pronto:
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Wandick
contrariado
porque beber não podia
No pasto o touro mugia
E todo
resto do gado
Mandou urgente um recado
Para um folião que afinal
Não
achou justa ou legal
A ordem do fazendeiro
Roldão pensa que vaqueiro
Pode brincar carnaval.
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