segunda-feira, 30 de junho de 2014

PROSA

Meu amigo Roldão Teixeira me enviou uma prosa que compartilho com os seguidores deste humilde blog. Vejamos:
Roldao Teixeira
Roldao Teixeira29 de junho de 2014 19:05
Ivan, eu fui amigo de João Traíra, irmão do poeta Chico Traíra. Morava ali na Avenida 06, em Natal. Poeta de mão cheia, era do INSS, fazia bons versos. No ano de 77 eu trabalhava na MARISA, empresa da SUDENE, o proprietário, Sr. Wandik Lopes, teve um câncer nas cordas vocais e deixou de falar. No carnaval de 78, sozinho na fazenda, mandou um bilhete me convocando pra voltar à fazenda pois precisava apartar um gado, etc. Quando recebi o bilhete, fiquei revoltado, pois estava na minha folga, era carnaval. Imaturo, disse ao portador: 
- Diga a seu Wandick que estou de folga e não vou trabalhar. 
João,  ouvindo aquela atitude, pediu uma caneta, escreveu num guardanapo de bate pronto:
Wandick contrariado
porque beber não podia
No pasto o touro mugia
E todo resto do gado
Mandou urgente um recado
Para um folião que afinal
Não achou justa ou legal
A ordem do fazendeiro
Roldão pensa que vaqueiro
Pode brincar carnaval.

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