Sabidamente, a Lagoa do Piató, localizada na cidade do Assú, está agonizando;
Sabidamente, a Lagoa do Piató é vitima diária da retirada de alguns mil litros de agua, por parte de proprietários de fazendas localizadas em seu entorno, os quais criam dezenas de animais de quatro patas;
Sabidamente, a água retirada em grandes proporções da Lagoa do Piató serve para aguar o capim a ser ingerido por estes quadrupedes;
Sabidamente, a população nativa que habita o entorno da Lagoa do Piató e que sobrevive da pesca ou da agricultura familiar está sofrendo desmesuradamente os efeitos da seca e da retirada indiscriminada da água desta Lagoa;
Sabidamente, os órgãos ambientais (se é que na república independente do Assú eles existem) fazem vistas grossas para este descalabro;
Sabidamente, a Lagoa do Piató está com cerca de 25% de sua capacidade hídrica;
Sabidamente...
Uuuufffa... será que não seria plausível exigir que os proprietários dos quadrupedes que se alimentam do capim aguado com as águas da Lagoa do Piató fossem co-responsáveis por medidas e ações que amenizem o sofrimento da comunidade ribeirinha que sobrevive dos parcos recursos que este manancial hídrico ainda lhe disponibiliza?
Por onde anda as instituições de direitos humanos, associações, ambientalistas, partidos políticos...? Éééé... melhor encarar o factual: Na república independente do Assú, nada disso existe!
Foto: Samuel Fonseca
Nenhum comentário:
Postar um comentário