quinta-feira, 31 de outubro de 2013

RUAS DO ASSU

ALDEMAR DE SÁ LEITÃO

A Rua Aldemar de Sá Leitão está localizada no Bairro São João, última rua da divisa com o Bairro Vertentes na cidade do Assu. A Rua tem posição Norte / Sul. Ao Norte se limita com a Rua Luiz Correia de Sá Leitão, ao Sul com a Rua Tavares Júnior (em frente ao antigo Projeto Sertanejo). As artérias paralelas são: a Oeste Rua Professor Hélio e Leste Rua João Batista de Oliveira. 

Por muitos anos foi conhecida como “Rua de Dasdores Flor”. No passado era uma via muito problemática, de muitos buracos e lamaçal. Este problema foi abolido com a pavimentada a paralelepípedo na gestão do então prefeito Ronaldo da Fonseca Soares. 

Quem foi o patrono ALDEMAR DE SÁ LEITÃO? No dia 21 de outubro, nascia em Assu, ALDEMAR DE SÁ LEITÃO, filho de Joaquim de Sá Leitão e Maria Caldas de Sã Leitão.
  Viveu seus primeiros anos no aconchego de um modesto lar, agraciado pela natureza com o sopro da brisa das manhãs de inverno, quando o verde das carnaubeiras se confundia com o verde da esperança de um menino. Não lhe faltavam sorrisos nos lábios, carinho da família e brilho em seus olhos. Corria despreocupadamente, atrás da bola de meia, apanhava do chão carnaubinhas maduras para saborear, após o banho gostoso, na lagoinha, onde banhava seus sonhos: outras vezes, no córrego que passava pelo carnaubal, formando a paisagem de sua infância.
  Logo cedo, tornou-se estudioso do Esperanto passando a manifestar suas tendências para a comunicação.
  A profissão de Telegrafista que abraçara, sinalizava um luminoso caminho de Comunicador. Trabalhou como Telegrafista dos Correios e Telégrafos em várias cidades: Recife, Natal, Mossoró, Macau, Ceará-Mirim, Santana do Matos e Assu.
  Vislumbrando o progresso de sua cidade, corajosamente desenvolveu o mais arrojado empreendimento da época – a criação do serviço de alto-falante Divulgadora Assuense, fruto de sua ousadia e persistência, que contou com a colaboração de vários filhos da terra. Sua visão aberta para o mundo lhe dirigia os sentidos: promovia programas infantis, Hora da Saudade, Mensagens musicais, Leitura de Crônicas, “sketches”, teatro, página social, além de um renovado repertório musical que agradava a todos. Havia o momento informativo do que se passava na cidade, no país, no exterior.
  Na data de 26 de setembro de 1945, o jornal “A Voz de Londres”, nº 390, Boletim para o Brasil que fazia retransmissões diárias para o Brasil, através da estação Nacional, faz referência à Voz da Divulgadora Assuense, Estado do Rio grande do Norte, entrando então esse documento para a história de um comunicador assuense.
  Junto com outros assuenses, criou o Grêmio Literário Coronel Sã Leitão, cujo nome foi reconhecida homenagem à memória de seu pai, também amante do teatro. Participou Aldemar de Sá Leitão de várias pelas teatrais.
  O radialista, jornalista, foi presidente da Associação Recreativa e Cultural de Assú – ARCA, promovendo encontros sócio-culturais à família assuense.
  Como autodidata, aprofundou-se no estudo dos fenômenos da parapsicologia, notadamente a hipnose, ampliando tais conhecimentos através da leitura, da experiência e também do apoio de seu estimado sobrinho Padre Alfredo Simonetti. Costumou, ainda, aplicar o fruto de seus estudos, em favor da comunidade, levando a quem o procurava a ajuda, o apoio, à luz de seus conhecimentos. Isto o fazia feliz e vitorioso, poder sempre ajudar alguém.
  Casado com Ninita de Sã Leitão. São seus filhos: Aldenita, Janet, Isis, Sônia e Marcus Antônio. Ainda em Natal, onde morava como jornalista, trabalhou no Jornal do Comércio. Era membro da Associação Norte-rio-grandense de Imprensa – ANI.  
  Em Recife, a 02 de março de 1968, faleceu Aldemar, na Rádio Jornal do Comércio, espaço de comunicação.
  Ecoa, em meio ao farfalhar das carnaubeiras, em Assu, a voz vibrante de um homem simples que amou sua terra, sua gente – um comunicador a serviço do bem.
Fonte: Parte deste texto foi extraído de uma crônica de sua filha Aldenita de Sá Leitão em 21 de outubro de 2007- centenário do nascimento de Aldemar de Sá Leitão.

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