ALDEMAR DE SÁ LEITÃO
A
Rua
Aldemar de Sá Leitão está localizada no Bairro São João, última rua da
divisa com o Bairro Vertentes na cidade do Assu. A Rua tem posição Norte / Sul.
Ao Norte se limita com a Rua Luiz Correia de Sá Leitão, ao Sul com a Rua Tavares
Júnior (em frente ao antigo Projeto Sertanejo). As artérias paralelas são: a
Oeste Rua Professor Hélio e Leste Rua João Batista de Oliveira.
Por
muitos anos foi conhecida como “Rua de Dasdores Flor”. No passado era uma via muito
problemática, de muitos buracos e lamaçal. Este problema foi abolido com a
pavimentada a paralelepípedo na gestão do então prefeito Ronaldo da Fonseca
Soares.
Quem
foi o patrono ALDEMAR DE SÁ LEITÃO? No dia 21 de outubro, nascia em Assu,
ALDEMAR DE SÁ LEITÃO, filho de Joaquim de Sá Leitão e Maria Caldas de Sã
Leitão.
Viveu seus primeiros anos no aconchego de um modesto lar, agraciado
pela natureza com o sopro da brisa das manhãs de inverno, quando o verde das
carnaubeiras se confundia com o verde da esperança de um menino. Não lhe
faltavam sorrisos nos lábios, carinho da família e brilho em seus olhos. Corria
despreocupadamente, atrás da bola de meia, apanhava do chão carnaubinhas
maduras para saborear, após o banho gostoso, na lagoinha, onde banhava seus
sonhos: outras vezes, no córrego que passava pelo carnaubal, formando a
paisagem de sua infância.
Logo cedo, tornou-se estudioso do Esperanto passando a manifestar
suas tendências para a comunicação.
A profissão de Telegrafista que abraçara, sinalizava um luminoso
caminho de Comunicador. Trabalhou como Telegrafista dos Correios e Telégrafos
em várias cidades: Recife, Natal, Mossoró, Macau, Ceará-Mirim, Santana do Matos
e Assu.
Vislumbrando o progresso de sua cidade, corajosamente desenvolveu o
mais arrojado empreendimento da época – a criação do serviço de alto-falante
Divulgadora Assuense, fruto de sua ousadia e persistência, que contou com a
colaboração de vários filhos da terra. Sua visão aberta para o mundo lhe
dirigia os sentidos: promovia programas infantis, Hora da Saudade, Mensagens
musicais, Leitura de Crônicas, “sketches”, teatro, página social, além de um
renovado repertório musical que agradava a todos. Havia o momento informativo
do que se passava na cidade, no país, no exterior.
Na data de 26 de setembro de 1945, o jornal “A Voz de Londres”, nº
390, Boletim para o Brasil que fazia retransmissões diárias para o Brasil,
através da estação Nacional, faz referência à Voz da Divulgadora Assuense,
Estado do Rio grande do Norte, entrando então esse documento para a história de
um comunicador assuense.
Junto com outros assuenses, criou o Grêmio Literário Coronel Sã
Leitão, cujo nome foi reconhecida homenagem à memória de seu pai, também amante
do teatro. Participou Aldemar de Sá Leitão de várias pelas teatrais.
O radialista, jornalista, foi presidente da Associação Recreativa e
Cultural de Assú – ARCA, promovendo encontros sócio-culturais à família
assuense.
Como autodidata, aprofundou-se no estudo dos fenômenos da
parapsicologia, notadamente a hipnose, ampliando tais conhecimentos através da
leitura, da experiência e também do apoio de seu estimado sobrinho Padre
Alfredo Simonetti. Costumou, ainda, aplicar o fruto de seus estudos, em favor
da comunidade, levando a quem o procurava a ajuda, o apoio, à luz de seus
conhecimentos. Isto o fazia feliz e vitorioso, poder sempre ajudar alguém.
Casado com Ninita de Sã Leitão. São seus filhos: Aldenita, Janet,
Isis, Sônia e Marcus Antônio. Ainda em Natal, onde morava como jornalista,
trabalhou no Jornal do Comércio. Era membro da Associação Norte-rio-grandense
de Imprensa – ANI.
Em Recife, a 02 de março de 1968, faleceu Aldemar, na Rádio Jornal
do Comércio, espaço de comunicação.
Ecoa, em meio ao farfalhar das carnaubeiras, em Assu, a voz
vibrante de um homem simples que amou sua terra, sua gente – um comunicador a
serviço do bem.
Fonte: Parte deste texto foi
extraído de uma crônica de sua filha Aldenita de Sá Leitão em 21 de outubro de
2007- centenário do nascimento de Aldemar de Sá Leitão.
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