Blocos Carnavalescos do Passado
Nos anos 30 – Destacamos: Os Come Água era dirigido por Joca Marreiro Pessoa. A fantasia era humilde, mais significativa: Calça branca e camisa florida. Na cabeça dos componentes era usada uma fita escrita: “Os Come Água”. No primeiro dia de carnaval, caiu uma grande chuva e quando Joca Marreiro chegou a casa, sua mulher comentou: - Viu Joca, eu não disse que esta faixa não dava certo. Vocês comeram água mesmo. – Joca brincava com muita animação, mas nem bebia e nem deixava os outros beberem. Apesar da musica que cantavam não confirmar isto.
Ainda nos anos 30 - Os Bengalinhas – Eram mais ou menos 20 componentes bem fantasiados, de chapéus enfeitados e usavam uma bengala. Seus organizadores eram: Solon e Afonso Wanderley.
Nos anos 40 - Os Piratas – O bloco era dirigido por Chico Belo. Muito bem organizados saiam em 03 alas e visitavam as casas de famílias onde eram bem recepcionados. Um ano tirou em primeiro lugar e foi uma festa na casa do Chico Belo. Neste dia a poetisa Alice Wanderley escreveu uns versos que Boanerges lembrou tão somente de uma quadra: Piratas de Brincadeira/ Piratas no carnaval/ De façanha derradeira/ Destes a nota final.
Nos anos 50 - Os Cangaceiros – O organizador da agremiação carnavalesca era Chico de Laura. Um bloco de 25 a 30 homens representando o cangaço de Lampião Vestiam uma calça branca e camisa quadriculada e um chapéu típico. Cantavam a música Mulher Rendeira. Todos armados com espingardas, revolveres de madeira, facões, etc.
Ainda nos anos 50 – Os índios que tinha como Page João Branco. Era um bloco muito bonito e os componentes trajavam as vestes indígenas com muito zelo. Não havia letra nas músicas, pois eram gaitas e tambores. E o homem branco aprisionado, aparentava muito maltrato.
Nos anos 60 - Boanerges Wanderley descreveu dois Blocos: Os Ciganos que tinha Zé Branco como chefe e Os Vassourinhas este era organizado pelo pernambucano Djalma Barros. Com todo o exagero o carnaval pernambucano foi transferido para o Assú. Djalma com suas filhas bailavam ou até mesmo flutuavam dançando nas ruas de nossa cidade. A música era e não podia deixar de ser: Vassourinhas, ainda hoje tocada em carnavais. As fantasias eram de muito bom gosto e as apresentações encantavam o publico.
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